Autor: Fer Guimaraes Rosa
salada de couscous israeli
pepino, azeitona, feta
Marquei pra fazer essa receita assim que a vi. Adorei a combinação dos ingredientes, sem falar que fazia muito tempo que não preparava nenhum prato com orzo.
Bem, a receita original pede orzo, mas eu fui ao supermercado e comprei todos os ingredientes que precisava para fazer as comidas do feriado de 4 de julho e não comprei orzo porque achei que tinha na despensa. Eu sempre faço dessas pataquadas. No dilema de substituir o ingrediente faltando ou ter que ir no supermercado mais uma vez, decidi substituir. Por isso usei o couscous israeli. Porque tempera-se a massa um pouco antes de adicionar o pepino, não fica aquela coisa molengona. E o sabor cítrico é espetacular. Meu filho, quando provou a primeira garfada murmurou—uau… hmmmm!
faz 8 porções
400 gr de couscous israeli [ou orzo]
Raspas da casca de 1 limão
2 colheres de sopa de suco de limão
2 colheres de chá de mostarda de Dijon
1 chalota média, ralada
5 colheres de sopa de azeite de oliva extra-virgem
4 colheres de sopa de endro fresco picado
1 xícara de azeitonas Kalamata sem caroço e cortadas em quatro
2 pepinos médios sem casca e sem sementes cortados ao meio e depois em fatias
170 gr de queijo feta
Cozinhe o couscous [ou orzo] em bastante água com sal de acordo com as instruções da embalagem ou a seu gosto. Escorra e transfira para uma tigela grande de salada. Enquanto isso faça o molho misturando numa vasilha as raspas de limão e suco, a mostarda e a chalota ralada. Misture tudo junto com algumas pitadas de sal e pimenta do reino moída na hora. Lentamente adicione o azeite de oliva batendo com um batedor de arame, em seguida misture o endro picado. Prove e ajuste o sal conforme necessário. Despeje o molho sobre o couscous ainda quente e misture. Deixe esfriar até a temperatura ambiente, em seguida acrescente as azeitonas e os pepinos. Espalhe o queijo feta por cima e sirva.
waffles de trigo sarraceno
[com ricota fresca & morango]
Adaptei essa receita para os morangos da época, mas acho que vale muito a pena esperar a volta dos citrus para refazer com a fruta original. Esses waffles foram o nosso lanche de domingo à noite. Usei uma ricota fresca da melhor qualidade, mas se não for possível achar uma tão boa recomendo que se faça essa receita caseira.
1 xícara de farinha de trigo sarraceno
1 xícara de farinha de trigo comum
1/4 de xícara de açúcar
1 e 1/2 colheres de chá de fermento em pó
1/2 colher de chá de sal grosso
1 e 1/2 xícaras de leite integral
4 colheres de sopa de manteiga sem sal, derretida e fria
1 ovo caipira grande
1 xícara de ricota fresca
Morangos frescos e mel a gosto para servir
Numa tigela grande misture as farinhas, o açúcar, o fermento e o sal. Numa outra tigela misture o leite, manteiga e ovo e bata até ficar bem combinado. Coloque a mistura de leite na mistura de farinha e mexa bem com uma espátula, até todos os ingredientes se incorporarem. Deixe a massa repousar descoberta por 20 minutos.
Pré-aqueça a máquina de waffle e unte levemente com manteiga. Preencher cada quadrado com 1/2 xícara de massa, fechar a máquina e deixar cozinhar até dourar e ficar crocante, cerca de 8 minutos. Na hora de servir cubra cada waffle com ricota, os morangos e regue com mel. Eu salpiquei raspinhas de casca de limão também, mas não é obrigatório.
all my love
nhoque de ricota
Depois de fazer aquela receita de nhoque de batata doce da minha irmã, fiquei animada para tentar outras variações. Comprei dois potes de uma ricota fresca muito boa para fazer essa torta com abobrinhas que meu chefe trouxe da horta dele. Levei a torta para dividir com meus colegas no trabalho, mas essa é outra história. Com o pote de ricota que sobrou decidi fazer novamente um nhoque e segui as instruções dessa receita. Fui bem devagar na farinha e não usei nem 1 xícara no total. Os nhoques ficaram extra fofos e macios, fiquei até com medo que eles fossem se esfarelar na água quente, mas eles se mantiveram nhoque e ficaram uma delicia, super levinhos, servidos com o mesmo clássico molho de tomate de sempre.
faz 4 porções
500 gr de ricota fresca de leite integral
1 ovo grande
1/2 xícara de queijo parmesão ou pecorino ralado finamente
1/2 colher de chá de sal
de 3/4 a 1 xícara de farinha de trigo
Forre uma peneira com pano de queijo, filtros de café ou papel toalha e coloque sobre uma tigela. Adicione a ricota e deixe escorrer por cerca de uma hora. Isto pode ser feito com dias de antecedência.
Em uma tigela grande misture a ricota drenada, o ovo, o queijo e 3/4 xícara de farinha de trigo, que deve ser acrescentada aos poucos até todos os ingredientes ficarem bem incorporados. Cubra e leve à geladeira por 15 minutos.
Verifique a massa rolando um pouco na sua mão. Se estiver muito mole e pegajosa, acrescente mais farinha, uma colher por vez. Coloque uma panela grande com bastante água e sal no fogão e deixe ferver. Polvilhe uma assadeira forrada com papel vegetal com farinha de trigo. Polvilhe as mãos e a superfície de trabalho com um pouco de farinha. Tire um pedaço da massa e role até ficar com um dedo de espessura. Corte com uma faca em pedacinhos. Vá colocando os nhoques na assadeira.
Quando a água ferver vá colocando os nhoques delicadamente na água. Quando boiarem estarão cozidos. Retire os nhoques com uma escumadeira e transfira para um escorredor sobre uma tigela para terminar a drenagem. Vá repetindo até acabar o lote de nhoques. Coloque tudo numa travessa, tempere com o molho e sirva imediatamente.
salada de camarão
Tive a ideia para essa salada quando vi essa receita bem antiga, resgatada de uma daquelas caixas com cartões, que era muito comum em outros tempos. Uma salada feita com camarões e ervilha em lata, macarrão de conchinha e maionese não é muito o meu estilo, mas gostei da mistura de camarão com o salsão e a maçã. Fiz uma adaptação e ficou bem gostosa. Essa salada sobrevive bem na geladeira e foi o nosso almoço por mais dois dias. Usei um camarão que já veio cozido, daqueles bem pequenininhos, pescado de maneira sustentável na costa dos EUA.
500 gr de camarões bem pequenos cozidos
3 talos de salsão picadinhos
1 maçã verde picadinha
Coentro fresco picadinho a gosto [ou salsinha]
1 xícara de sour cream
Sal e pimenta do reino moída na hora a gosto
Suco de limão e azeite para temperar
Misture todos os ingredientes e sirva sobre uma fatia grossa de pão que foi tostado na frigideira com um fio de azeite.
berinjela au poivre
Essa é AQUELA época do ano quando começam as desovas de legumes e frutas. Muita gente tem horta em casa e não consegue dar conta de consumir tudo o que produz. O verão é uma época de abundância e eu estou sempre disponível para receber o surplus alheio. Em uma semana tivemos desova de ameixas, tomates, abobrinhas e berinjelas no meu trabalho. Meu chefe me deu três berinjelas, ganhei outra enorme de uma colega e outra gigantesca veio na cesta orgânica. Pra dar conta de tanta fartura, recorri às receitas guardadas nos meus alfarrábios eletrônicos. A escolhida foi retirada da revista Bon Appetit e estava guardada por dois anos. Usei duas berinjelas bem grandes e o resultado fica parecendo um bife, só que bem melhor, porque não é carne. Uma delícia!
2 berinjelas grandes cortadas no sentido do comprimento
3 colheres de chá de pimenta do reino moída na hora
5 colheres de sopa de azeite
2 limões cortados pela metade
1 chalota pequena picada
1 dente de alho médio picado
1/4 xícara de conhaque
6 colheres de sopa de caldo de legumes
3 colheres de sopa de manteiga sem sal gelada
2 xícaras de folhas de espinafre fresco
2 colheres de sopa de alcaparras escorridas
Sal Kosher a gosto
Pré-aqueça o forno a 400ºF/ 205ºC. Tempere os lados cortados da berinjela com 1 e 1/2 colher de chá de pimenta do reino moída. Numa frigideira grande aqueça 1 e 1/2 colher de sopa de azeite em fogo médio-alto. Se as berinjelas não couberem todas juntas na frigideira, frite em dois turnos. Coloque as berinjelas na frigideira com o lado do corte para baixo e frite até dourar, aproximadamente 2 minutos de cada lado. Transfira as berinjelas para uma assadeira, com o lado do corte para baixo e leve ao forno pré-aquecido. Asse até as berinjelas ficarem macias quando perfuradas com uma faca, por uns 10-20 minutos dependendo do tamanho.
Enquanto isso, aqueça 1 colher de sopa de azeite na mesma frigideira que fritou as berinjelas. Frite os limões com o corte para baixo, até caramelizar, cerca de 4 minutos. Transferir os limões para um prato. Aqueça outra 1 colher de sopa de óleo na mesma frigideira em fogo médio-baixo. Adicione 1 e 1/2 colher de chá pimenta, metade da chalota e alho e refogue até ficar macio, cerca de 1 minuto. Retire a panela do fogo e cuidadosamente adicione o conhaque [cuidado pois pode pegar fogo!]. Retorne a panela no fogo e cozinhe até conhaque ficar reduzido pela metade, cerca de 1 minuto. Adicione o caldo de legumes e deixe cozinhar até reduzir um pouco. Adicionar a manteiga e mexer bem. Tempere com sal e misture as alcaparras. Num prato ou travessa arrume uma pequena pilha de espinafre ao lado de berinjela. Esprema os limões caramelizados por cima e tempere com sal. Cubra com o molho e sirva.
picolé de cereja & kefir
Hoje a máxima é de 108ºF/ 42ºC aqui na roça. Mas não foi por isso que fiz picolés. Esses, aliás, fiz faz tempo, quando ainda tinha cereja no Farmers Market. Esse não foi um bom ano pra safra de cerejas e quando o meu chefe disse que não iria comer cerejas nessa temporada porque elas não estavam boas tive um momento sad trombone. Essas foram as últimas que comprei, as lindas cerejas rainier.
Para fazer os picolés, bater no liquidificador um bocado de cerejas frescas descaroçadas, um tanto de kefir, adicione umas gotas de água de flor de laranjeira, adoce com o adoçante da sua preferência—eu usei o açúcar de limão. Coloque nas forminhas, leve para congelar, desenforme e plá.
nhoque de batata doce
Estou tentando vencer meus medos e receios na cozinha, um passinho de cada vez. Comecei com o macarrão e desta vez foi o nhoque. Minha irmã me passou essa receita e eu adorei a ideia, mas tive um pouco de medo do resultado ficar uma droga. Acho que só fiz um nhoque bom uma vez, uns 30 anos atrás, quando num belo dia decidi preparar um nhoque de inhame que ficou uma delicia. Depois disso não acho que consegui fazer um nhoque ficar bom, todas as tentativas ficaram bem maromeno. O segredo é não encher a massa de farinha, pro nhoque não ficar pesado nem borrachudo. Desta vez fui acrescentando farinha bem devagarinho, só até dar pra enrolar. Fiz sem medidas super exatas, como minha irmã me passou. Desta vez deu certo e ficou muito bom!
3 batatas doces grandes
1 ovo caipira
Sal a gosto
Um pouquinho de noz moscada ralada na hora
Um pouquinho de canela em pó
Farinha de trigo o quanto baste [1 xícara mais ou menos]
Cozinhar as batatas numa panela com água. Depois de cozidas amassar com um garfo ou passar pelo espremedor e deixar esfriar. Acrescente o ovo batido, sal a gosto, noz moscada a gosto e canela a gosto, vá acrescentando farinha até o ponto que não grudar mais nas mãos. Enrole tiras finas corte em pedaços de mais ou menos um 1 cm, formando o nhoque. Coloque uma panela com bastante água e sal para ferver . Quando a água estiver fervendo vai colocando os nhoques na água—quando cozidos eles sobem para a superfície e devem ser retirados imediatamente com uma escumadeira. Coloque os nhoques cozidos numa travessa e sirva com molho de sua preferência—eu escolhi fazer esse de tomates super simples—e salpique com bastante queijo parmesão ralado.
new York ━ 1938