salada de abóbora assada e mussarela fresca

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Refiz essa salada no sábado passado pela terceira vez e então me toquei que nunca tinha colocado ela aqui. Talvez porque a foto não tenha ficado bonita. Mas deixa eu dizer que essa salada fica BOA PRA BURRO! Quando começam a chegar as abóboras eu dou pulos de alegria pelas butternut squash, mas a delicata squash nunca tinha me entusiasmado muito. Até eu achar essa receita no blog da Heidi. Fiz com rúcula e com alface e as duas versões ficam gostosa. O importante mesmo é a abóbora. E não omitam a pimenta vermelha. Desconsiderem a foto insípida, confiem na minha palavra, sigam nessa direção e deleitem-se—bon appétit!

2 abóboras [delicata squash] médias
3 colheres de sopa de azeite de oliva extra- virgem
2 dentes de alho médios descascados e esmagados
2 pimentas secas [*eu usei vermelha em floco]
2 ramos de tomilho fresco
Sal marinho a gosto
Uma bola de mussarela de búfala
4 xícaras de rúcula [ou outra folha verde]

Pré-aqueça o forno a 400ºF/205ºC com a grade no centro. Corte a abóbora ao meio e depois em fatias crescentes. Não é necessário descascar, mas a delicata tem uma casca fina. Numa tigela misture as fatias de abóbora com o azeite, o alho, a pimenta seca esmigalhada, o tomilho e o sal. Arrume em uma assadeira em uma única camada. Asse por 20 a 30 minutos. Mexa a abóbora uma vez para dourar dos dois lados. Remova a assadeira do forno e deixe esfriar por alguns minutos.

Na hora de servir misture a rúcula com a abóbora assada e um pouco de azeite. Rasgue a bola de mussarela e coloque sobre a salada. Tempere com mais sal se precisar. Pode acrescentar cebolinha picada por cima, se quiser.

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macarrão com tomate assado

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Esse macarrão foi feito rapidinho pro almoço do sábado do primeiro final de semana da minha volta de viagem. Os tomatinhos estavam maduros demais e resolvi usar tudo de uma vez, assando para fazer um molho. Só precisa espalhar os tomates numa assadeira forrada com papel vegetal ou alumínio, salpicar com lascas de alho, sal, pimenta, umas folhas de manjericão fresco e regar com azeite. Vai no forno alto—uns 400ºF/205ºC. Assa por uns 20 minutos até que os tomates fiquem bem molinhos e soltem bastante líquido. Depois é só cozinhar o macarrão e jogar esse molho por cima, direto da forma para a travessa. Servir com queijo parmesão ralado na hora. Eu fiz o macarrão em casa, mas fi-lo porque qui-lo, não é obrigatório. Mas ver a cara de felicidade do meu marido comendo comida caseira e fresquinha depois de duas semanas improvisando e comendo comida comprada, valeu o trabalho de fazer a massa. Saber cozinhar é bom, não é?

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salada de alface & vagem
[com ovos e vinagrete de avelã]

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A primeira coisa que preparei na minha cozinha assim que voltei de viagem foi uma salada. Uma salada de alface. Quando viajei o meu farmers market estava abarrotado com produtos de verão. Duas semanas ausente e sou recepcionada por um cenário um pouco diferente. Primeiro que metade dos fazendeiros já fecharam a barraca e só voltarão no próximo ano. Esse mercado é sazonal e o que acontece no final da estação é que vão acabando os legumes, frutas e verduras. E como o mercado não abre pro outono e inverno, poucos são os vendedores com produtos pra vender até o final. Mas a moça da minha fazenda orgânica favorita estava lá, com muitas alfaces, de diferentes variedades, todas fresquíssimas colhidas naquela manhã pelo marido dela. Foi uma alegria encontrar aquelas alfaces vistosas e garbosas, quase perfeitas. Levei um mação e fiz essa salada, que também usou um maço de vagens que tinha sobrado da ultima edição da cesta orgânica. A inspiração veio de uma receita que estava mofando nos meus alfarrábios. Eu mudei as nozes pra avelãs e tive a oportunidade de usar mais uma vez o verjuice, mas se você não tiver use suco de limão.

Um maço de alface
Um maço de vagens
3 ovos caipiras
1/2 xícara de avelãs tostadas
1/4 de verjuice [*ou suco de limão]
1/4 de óleo de avelã [*ou de nozes]
2 colheres de chá de mostarda Dijon
Sal e pimenta do reino moída na hora a gosto

Cozinhe as vagens rapidamente no vapor ou diretamente num dedo de água fervendo. Não deixe amolecer demais, apenas cozinhar levemente. Eu piquei em pedacinhos, mas pode deixar inteiras se quiser. Cozinhe os ovos. Lave e seque bem as folhas de alface. Coloque sobre uma saladeira ou travessa e salpique com as vagens, as avelãs torradas e os ovos cortados ao meio. Numa vasilha pequena misture bem o verjuice com o óleo e a mostarda. Tempere com sal e pimenta e regue sobre a salada. Sirva imediatamente.

a galinha dos ovos

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Cheguei de viagem e a geladeira estava vazia, não tinha nem um ovinho, pois o Uriel cozinhou todos. No sábado fui ao Farmers Market e comprei duas dúzias. Os ovos vem sorteados—uns são azulados, outros acinzentados, outros são marrom claro, outros cor de pele clarinhos, com pintinhas ou esbranquiçados, um lá vem com uma pluminha colada. Pra mim esses ovos são de ouro.

[setembro] passou tão rápido

setembro no Brasil
setembro no Brasil setembro no Brasil
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De repente me toco que este blog está quase virando um arquivo morto, um balaio de gato com coisas velhas, visitado apenas por paraquedistas dos mecanismos de buscas. Foi apenas um hiato ou é pra valer? Quero explicar que foi apenas um intervalo, causado por toneladas de trabalho e uma viagem ao Brasil. Fui, voltei e nem tive tempo de respirar pois mais trabalho me aguardava na volta. Minha visita foi, com sempre, rápida e intensa. Fui ver meus pais e passar um pouquinho de tempo com eles. Não fiz muitas coisas por lá, mas encontrei amigos e família, comi coisas gostosas e até vi televisão [pra matar o tempo durante a semana]. No meu último final de semana por lá fui pra São Paulo levando a minha mãe para assistir a palestra da Neide Rigo no evento do Paladar Cozinha do Brasil. Até pra ir lá foi tudo na correria, chegamos no local, batemos um rango rápido no mercado, entramos na palestra e tivemos que sair antes do término porque minha mãe precisava pegar o ônibus de volta pra Campinas. Mas foi muito legal poder participar de um evento grande, ver a Neide em ação e aprender um monte de coisas legais. E ainda tive a oportunidade de conhecer a simpaticíssima e fofa Maria Capai, autora do blog Diga Maria. Que pena que foi tudo tão rápido e não tive tempo pra bater mais papo e conhecer mais gente. Mas aproveitei muito meu último dia no Brasil na companhia das queridas amigas Roberta F, Maria Rê & Lilian T. Muito obrigada pela amizade, hospedagem, risadas e pelas comidas gostosas que dividimos. Até breve! Agora acho que finalmente regressei, né? E vamos em frente!

when Napa is not available

wines in placer county
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Foi a primeira vez em dezessete anos que eu realmente me organizei para uma visita ao Napa. Peguei uma dica de vinícolas para serem visitadas na revista Food & Wine, fui no website de todas elas, escolhi algumas, coloquei todos os endereços no google maps e avisei o Uriel da minha decisão—marido, desta vez sairemos cedo e não ficaremos zanzando como baratas tontas sem saber onde ir, desta vez eu me organizei!

Isso foi no sábado. No domingo pela manhã quando nos levantamos animados com a perspectiva da jornada vimos a noticia: TERREMOTO NO NAPA!!

You’ve got to be kidding me!

Ainda cogitei não cancelar o passeio, mas quanto mais eu lia sobre os estragos, mais desanimada eu ficava. Quando vi fotos da cidade e tentei fazer reserva num restaurante pela open table e recebi mensagem de que ele estava fora do ar, repensei tudo. Esquece, não vou fazer passeio em panorama pós-terremoto, barris e garrafas de vinho espatifados por todo canto, calçadas rachadas, áreas sem energia elétrica. Botei minha viola no saco e avisei o Uriel da minha decisão—marido, vamos para o lado contrário, vamos para Auburn.

E fomos. Auburn é uma pequena cidade histórica no pé da Sierra Nevada onde já fomos muitas vezes. Ela é uma das muitas cidadezinhas da época corrida do ouro na California. Dali seguimos para duas vinícolas no Placer county. Essa região não tem o mesmo glamour de Napa ou Sonoma, mas tem vinícolas muito boas, fazendo vinhos muito bons. Usamos o Yelp e chegamos na Green Winery na hora do almoço quando estavam todos colhendo uvas. O dono correu abrir um galpão onde pudemos provar os vinhos que a vinícola produz a bater papo. Ele nos recomendou uma outra vinícola que só fazia vinhos com uvas espanholas e seguimos para lá. A Viña Castellano era um pouco mais sofisticada, com um tasting room muito bem instalado numa caverna. Lá dividimos uma bandeja de tapas e eu fiz um flight completo com muitos tempranillos. No meio do nosso tasting a moça veio perguntar se éramos brasileiros.

—somos! como você sabe??
—é que o uncle Charlie da Green Winery me ligou e disse que um casal de brasileiros muito simpáticos tinham passado por lá e estavam vindo pra cá.
—hahaha, deve ser nós mesmos!
—um brinde!

torta de iogurte com pêssego
[e massa de pecans]

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Essa foi outra receita guardada que viu a luz do dia e acabou se revelando muito melhor do que eu esperava. Como tínhamos planos de sair de casa o dia todo no domingo, fiz essa torta para o sábado à noite, mas dividi a receita ao meio para não ter perigo de acabar com um monte de sobras. Fiquei com uma cara de nhoca quando dei a primeira mordida e percebi a delicia que tinha encontrado. Vou refazer e da próxima vez farei a torta inteira. Mudei apenas a fruta da receita original, pois pêssego era o que eu tinha em casa. E drenei o iogurte grego por dois dias na geladeira, mas sinceramente acho que não precisa. Decidi adoçar o iogurte, porque o iogurte grego drenado fica bem pungente. Acho que pra essa torta ele precisa ser adoçado, embora na receita original ele não seja. Eu usei um açúcar de lavanda que eu tinha, mas pode usar açúcar baunilhado ou mel. Fica a seu critério.

faz uma torta de 22 cm
1 e 1/2 xícara de pecans
2 colheres de sopa de mel
2 colheres de sopa de manteiga sem sal gelada, cortada em pedaços pequenos
1 xícara de iogurte grego
1/4 xícara de açúcar de lavanda [ou outro adoçante de sua preferência]
4 pêssegos descascados e cortados em fatias

Aqueça o forno a 400°F/ 205ºC. Coloque as pecans em um processador de alimentos e pulse até obter uma farofa grossa. Transfira para uma tigela e misture o mel e em seguida os pedaços de manteiga, misturando bem com os dedos. Pressione essa mistura em uma forma de torta redonda de uns 20 cm. Aperte bem no fundo e só um pouquinho dos lados. Coloque forma sobre uma assadeira e leve ao forno. Asse por cerca de 12 minutos, até a massa ficar dourada. Retire do forno e deixe esfriar completamente. Bata bem o iogurte com o açúcar de lavanda e espalhe com uma espátula sobre a massa. Coloque as fatias de pêssego por cima do iogurte e sirva imediatamente. Ou guarde a torta na geladeira coberta com um filme plástico até a hora de servir.