sopa finlandesa de salmão

sopa finlandesa de salmão

Essa receita é do livro Notes from the Larder do Nigel Slater, mas chegou até mim através da newsletter semanal que recebo do website Culinate. Neste momento qualquer ideia que me ajude a gastar os nabos e rutabagas [nabos suecos] que tenho recebido pontualmente na minha cesta orgânica é extremamente bem-vinda. Mas essa receita é algo além de apenas uma desculpa para usar uns tubérculos. Ela fica deliciosa e é ao mesmo tempo robusta e delicada. O salmão que eu uso é sempre o selvagem pescado no Pacífico, mas você pode usar outro peixe dependendo do local onde você vive. Neste caso acho essa adaptação muito viável e aceitável. Caso não tenha ou não queira usar os nabos, simplesmente omita.

1 cebola média picada
1 alho-poró picado
3 colheres de sopa de manteiga
1 couve-flor, os floretes separados
750 gr de batatas cortadas em cubinhos
350 gr de nabo sueco [rutabaga] cortados em cubinhos
5 xícaras de água
2 tomates picados [*usei em lata]
600 gr de filé de salmão selvagem [*ou outro peixe]
1/2 xícara de creme de leite fresco
Um ramo de aneto [dill] fresco
Suco de limão a gosto

Derreta a manteiga em uma panela robusta e adicione a cebola e alho-poró. Deixe cozinhar em fogo médio, mexendo regularmente até ficarem bem macios. Numa outra panela coloque bastante água para ferver. Quando a água estiver fervendo jogue os floretes da couve-flor e cozinhe até ficar macio. Escorra e reserve.

Adicione os nabos e batatas à cebola e alho-poró e cozinhe em fogo moderado por 10 minutos, mexendo regularmente. Adicione a água, deixe ferver e tempere com um pouco de sal. Abaixe o fogo e cubra a panela parcialmente com uma tampa. Pique os tomates e adicione-os à sopa, logo depois adicione a couve-flor.

Quando o nabo e as batatas estiverem totalmente cozidos, corte o salmão em pedaços grandes e coloque na sopa. Tempere com sal e pimenta do reino a gosto e deixe cozinhar por cerca de 5 minutos. Despeje o creme de leite e misture delicadamente. Pique o endro e adicione à sopa e mexa. Misture um pouco de suco de limão a gosto e sirva em seguida. Decore com ramos de endro se quiser.

bolo de abóbora com gengibre
[e glacê de melado]

bolo abobora gengibre.jpg

Achei essa receita nos meus alfarrábios quando estava procurando algo para usar uma sobra de buttermilk. Fui até comprar o gengibre cristalizado, que eu não tinha, porque não dava pra fingir que não vi a cobertura absolutamente pecaminosa que enfeita esse bolo. E apesar do açúcar e do melado, não achamos um bolo ultra doce. Como a receita faz duas unidades, aproveitei a oportunidade [pra não dizer que fiquei com preguiça de dividir a receita] e levei o segundo bolo para os meus colegas no meu trabalho. Foi sucesso de público e crítica, até o diretor do departamento comeu uma fatia.

para o bolo:
2 e 3/4 xícaras de farinha de trigo
2 colheres de chá de gengibre em pó
1 colher de chá de pumpkin pie spices [*usei canela, cravo e cardamomo em pó]
1 e 1/2 colheres de chá de bicarbonato de sódio
1 colher de chá de sal
1 xícara de açúcar
1/2 xícara de óleo vegetal
3 ovos grandes
450 gr de purê de abóbora, cozida ou assada
1/2 xícara mais 2 colheres de sopa de melado
1/2 xícara de buttermilk

para o glacê:
1 e 1/2 xícaras de açúcar de confeiteiro
2 colheres de sopa de água
1 colher de sopa de melado
1/3 xícara de gengibre cristalizado picado [*usar a versão macia, não o completamente seco]

Preaqueça o forno a 350°F/ 176ºC. Unte duas formas de pão com óleo vegetal. Reserve. Numa vasilha grande peneire a farinha, o gengibre em pó, as especiarias, o bicarbonato de sódio e o sal. Usando a batedeira, bata a 1 xícara de açúcar e a 1/2 xícara de óleo em até ficar bem misturado. Coloque os ovos, um de cada vez, misturando bem após cada adição. Junte o purê de abóbora, a 1/ 2 xícara de melado e o buttermilk. Incorporar a mistura de farinha e bater bem.
Divida a massa entre as duas formas preparadas. Leve ao forno e asse por cerca de 40 minutos ou até que o centro do bolo esteja completamente cozido. Remova do forno e transfira para uma grade. Desenforme e deixe os bolos esfriarem completamente.

Faça o glacê misturando o açúcar de confeiteiro com água e uma colher de sopa de melaço numa tigela média, adicionando mais água se for necessário para formar um creme espesso. Espalhe o glacê sobre os bolos e salpique com o gengibre cristalizado picado. Deixe repousar até que o glacê fique bem firme.

brandade de bacalhau
[brandade de morue au gratin]

brandade

Essa receita também é da revista Food & Wine e foi escolhida por ser fácil de fazer, mas ter um quê de sofisticação. É a versão provençal do chef Jacques Pépin do gratinado de bacalhau. Fica um prato bem leve, e por isso foi perfeito para o nosso primeiro dia de ano quando estávamos nos sentindo chumbados por um jet lag de seis horas.

500 gr de filé de bacalhau sem pele
500 gr de batatas
1 e 1/2 xícara de leite integral
8 dentes de alho grandes descascados
1 colher de chá de raspas da casca de um limão
2 colheres de sopa de suco de um limão
1/8 colher de chá de pimenta caiena
3/4 de xícara de azeite extra-virgem
Pimenta do reino moída na hora
2 colheres de sopa de queijo fresco Parmigiano -Reggiano ralado
2 baguettes cortadas em rodelas e torradas, para acompanhar

Um dia antes, coloque o bacalhau em uma tigela e cubra com água fria. Leve à geladeira por 24 horas, trocando a água 4 vezes.

Coloque as batatas em uma panela grande, cubra com água e deixe ferver em fogo médio por cerca de 30 minutos. Escorra e deixe as batatas esfriarem um pouco.

Enquanto isso escorra o bacalhau e transfira para uma panela. Adicione 2 litros de água e dê uma fervura. Escorra o bacalhau e volte para a panela, adicione o leite e os dentes de alho e deixe ferver. Tampe e cozinhe por 10 minutos.

Descasque as batatas e transfira para um processador de alimentos. Adicione o bacalhau, com o leite e os dentes de alho, as raspas e o suco do limão e a pimenta caiena e processe até ficar homogêneo. Com a máquina funcionando despeje lentamente o 3/4 de xícara de azeite. Tempere com pimenta do reino.

Pré-aqueça o forno a 400F°/ 205ºC . Unte levemente uma assadeira com azeite e coloquer a brandade. Polvilhe o queijo ralado por cima. Leve ao forno e asse por uns 20 minutos até dourar. Sirva com as torradas.

salada de alface romana
com molho cremoso de limão

salada de alface

Com um pacote de alface romana na geladeira, quis fazer uma salada simples, mas que tivesse um toque festivo. Achei essa receita na revista Food & Wine e foi perfeita. A alface romana é bem firme e crocante, as folhas seguram bem um molho mais denso e cremoso. Eu fiz o molho com o limão meyer que é ultra aromático, mas qualquer outro limão pode ser usado.

1/3 xícara de maionese [*use iogurte ou sour cream se quiser]
1 colher de chá de casca ralada de um limão [*usei o meyer]
2 colheres de sopa de suco de limão
2 colheres de sopa de azeite extra-virgem [*usei um prensado com limão meyer]
1 colher de chá de mostarda Dijon
1 dente de alho picado [*omiti]
Sal e pimento do reino moída na hora a gosto
400 gr de folhas de alface romana, lavadas, secas e grosseiramente rasgadas com as mãos
1/4 xícara de queijo parmigiano-reggiano ralado

Numa vasilha pequena misture a maionese, raspas e suco de limão, azeite, mostarda, alho, sal e pimenta do reino e bata bem ate ficar um creme. Coloque as folhas de alface numa saladeira, tempere com o molho, salpique o queijo ralado por cima e sirva imediatamente.

um bom ano

Confundida pelo clássico AM/PM acreditei por alguns dias que iriamos passar a virada do ano dentro de um avião da American Airlines. Felizmente percebi a tempo que nosso voo sairia de São Paulo às 12:15am do dia 31 de dezembro de 2013, o que me proporcionou tempo de sobra para chegar em Woodland, tomar um banho, ir ao supermercado comprar ingredientes, preparar uma panela de lentilhas com linguiça e servir com pão fresquinho e queijos e uvas brancas de sobremesa. Essa foi a nossa ceia de reveillon, que foi devorada às seis da tarde. Não somos tão fortes como pensamos, pois às oito horas já estavamos dormindo e só fomos acordados uns minutos antes da meia noite pela festa dos vizinhos e o som de alguns rojões pipocando no horizonte, nos beijamos e abraçamos deitados mesmo, desejamos “feliz ano novo” um pro outro, eu lembro de ter dito “esse vai ser um ano MUITO BOM”, viramos para o lado e continuamos a dormir. No dia seguinte, já mais revigorada, fiz o almoço do ano novo que consistiu de uma salada de alface e um gratinado de bacalhau. Mas não foi qualquer salada, nem qualquer bacalhau, foi algo especial. E devoramos com gosto. Vai ser muito bom este ano de 2014, não vai? Sim, vai ser um ano incrívelmente bom!
[»em seguida, as receitas]

farofa fria de limão
[da Dona Luci]

farofa fria de limão

Nossa ceia de Natal brasileira foi super simples—um pernil assado, que compramos temperado e que ficou no forno por nove horas, um arroz sete grãos que cozinhei somente com sal e manteiga, uma salada de beterraba assada acompanhada de ricota de búfala, outra salada de rúcula com laranja, erva-doce, cebola roxa e azeitonas pretas e essa farofa, que foi o centro das atenções e elogios. Na casa do meu cunhado, a sogra dele, Dona Luci veio me perguntar se eu achava que se ela fizesse uma farofa fria de limão com um dia de antecedência correria o risco dela ficar amarga, Quando eu ouvi as palavras FAROFA FRIA DE LIMÃO a minha resposta foi —não vai ficar amarga não e EU QUERO ESSA RECEITA PELOAMORDEDEUS! Dona Luci muito querida e prestativa foi pra casa dela e de á ligou pra neta e ditou a receita, que chegou até as minhas mãos em tempo record, escrita numa folha de caderno decorada com ursinhos Puff cor-de-rosa na letra cursiva de menina caprichosa [obrigada, Luara!]. Fiz a farofa no dia seguinte e posso afirmar que se eu achar as farinhas de milho e de mandioca flocada por aqui, essa receita vai ser repetida muitas vezes, porque ela é da categoria Fino da Bossa. Fica uma farofa fofinha, bem cítrica e refrescante, um ótimo acompanhamento para uma carne mais forte. E não precisa nem usar o fogão!

1 cebola picada
3 ovos caipiras cozidos e picados
3 tomates sem pele picados [*omiti]
200 gr de azeitonas verdes sem caroço picadas
Cebolinha e salsinha picadas
1/2 xícara de suco de limão [*usei o tahiti]
1/2 xícara de azeite [pode misturar metade azeite, metade óleo vegetal]
2 xícaras de farinha de milho em flocos
2 xícaras de farinha de mandioca em flocos
Sal e pimenta do reino moída na hora a gosto
Amêndoas picadas [*pode usar nozes e castanhas de caju]
Uvas passas sem sementes picadas

Numa vasilha colocar as farinhas e hidratar com mais ou menos 1/2 xícara de água. Vai colocando água e mexendo bem a mistura de farinha com as mãos. Não pode deixar molhada, apenas levemente úmida. Numa outra vasilha coloque todos os outros ingredientes, junte as farinhas, misture bem, coloque numa travessa e sirva. Guarda bem de um dia para o outro coberta com um plástico, fora da geladeira.

[ r e s u m o ]

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Ficou tudo meio paradão por aqui, espero que ninguém tenha reparado, porque já estou empenhada limpando a poeira e as teias de aranha. Tivemos um pequeno hiato porque decidimos ir para o Brasil no ultimo minuto antes do Natal e poder passar os feriados com a família depois que meu pai adoeceu. Foi uma decisão correta, mas a viagem foi expressa, somente para cuidar de assuntos familiares. Aproveitei também para ver meu filho que já estava lá e passar uns dias com ele, antes dele embarcar para outra parte da sua aventura brasileira. Graças à disposição dessas meninas de dirigirem até Campinas para nos ver, tivemos um encontro ultra auspicioso com as queridas amigas Roberta e Maria Rê no dia seguinte da minha chegada. Depois disso só consegui ver membros da família. Tivemos um Natal tropical mega improvisado e atribulado, partimos no último dia do ano com tempo de chegar na Califórnia antes do inicio de 2014 e passar a virada dormindo. O ano começou diferente e apesar de eu estar ainda um pouco cansada, outro tanto emocionada, tenho certeza absoluta que este novo ano será muito bom. Estou positiva e antecipando muitas coisas bacanas que estarão vindo em nossa direção!