tudo tem que ser rápido e fácil

Muitas vezes estou muito cansada para me enfiar na cozinha e fazer um rango maneiro. Mas também – sinceramente, ando enjoadíssima de comida de restaurante. Prefiro mil vezes minha comidinha brejeira, mesmo que seja somente um macarrãozinho improvisado, feito com alho, aliche, tomates secos e um macinho de baby rúcula, tudo refogado ligeiramente num azeite de excelente qualidade, numa quantidade razoável, temperado com sal e pimenta do reino. Muito queijo ralado fresco na hora de servir e salvou-se a pátria, ufa!

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figo galore

* este é outro post reciclado do The Chatterbox. estou um tanto soterrada de trabalho, sem inspiração e comendo coisas nada criativas. mas logo terei uma folga, o que vai resultar em mais posts especialmente escritos para o Chucrute. explicando, este post do figo é do verão, quando as figueiras lotam aqui no norte da Califórnia. os figos da segunda foto são de uma variedade branca [ou verde claro].
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Tenho que inventar maneiras diferentes de comer a bacia cheia de figos, antes que estrague tudo. Já devorei um número enorme de unidades frescas…. e agora estou tentando comer o restante de maneiras mais criativas.

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» cortados em rodelas e misturados com yogurte grego [ah, uma das mais deliciosas maravilhas do mundo dos laticínios] e mel.

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» cortados ao meio, regados com mel e vinagre balsâmico, salpicados com feta cheese e assados em forno médio por meia hora.

Coppola também faz vinho

Coppola Vinery
Coppola Vinery
Coppola Vinery
Coppola Vinery
Coppola Vinery
Coppola Vinery
Coppola Vinery
Vinícola de Francis Ford Coppola no Napa Valley, CA

Em 2002, fizemos uma visita à vinícola do Coppola no Napa Valley. O passeio vale muito pelo interesse no cineasta. Ele tem um museu de cinema na casa da fazenda, onde expõe mementos de filmes dele e outras coisas interessantes que ele coleciona. A vinícola é bonita e deve ter sido cenário de algum filme. Na época não bebemos o vinho de lá, mas como eu sempre vejo os vinhos Coppola pra vender nos supermercados, hoje comprei um Pinot Noir. Saberei em breve se o vinho do Coppola é tão bom quanto os seus filmes.

um engenheiro na cozinha

Meu marido não sabe fritar um ovo. É uma situação frustrante, e irritante às vezes. Eu sinto muito a falta de domínio dele na cozinha quando fico doente. Já houve episódios memoráveis, que até hoje são contados em minha defesa. Como aquela vez no Canadá, quando peguei uma desgraceira de um stomach flu e fiquei totalmente dismilingüida na cama, coisa pesada mesmo, incapaz de me levantar e ele cheio de trabalho no PhD dele, saiu e me deixou lá tremendo e suando, com remédios na cabeceira da cama e UMA LATA DE SOPA CAMPBELL’S com o ABRIDOR DE LATA ao lado, na bancada da cozinha. Hoje ele não ousa mais fazer isso, porque pegou SUPER mal…. Ele perdeu muitos pontos comigo, minha família e amigos. Mas mesmo ele se esforçando não tem jeito. Caí de cama no sábado e à noite ele comprou uma pizza congelada de caixa e deixou torrar. Não dava nem pra cortar com a faca, comi uma fatia como se fosse uma bolacha e voltei pra cama. No domingo, hora do almoço, um frio da cacilda, eu doente e desejando uma sopa quente e o que ele traz? Uma caixa com SALADA. Comi a salada tremendo e praguejando. Carvalho! Será o benê que a pessoa não se toca que doente quer conforto, quentura? Quando ele ficou doente duas semanas atrás, eu fiz uma sopa substanciosa. Mas no meu caso, tô ferrada.

Quem sabe se eu sugerir o cooking for engineers… Sei lá. Acho que quando o homem sai assim, com certeza deve ser culpa da mãe que não ensinou requisitos super básicos para a sobrevivência. Como saber cozinhar, por exemplo.

da boca pra fora

* post velho reciclado

Pra quem ainda não sabe, comida é um dos meus assuntos favoritos, logo depois de cinema, é claro! Mas eu falo muito mais do que cozinho ou como. Falar é mesmo o meu ponto fraco!

Eu tenho duas amigas com quem converso muito e sempre sobre comida. Trocamos receitas, dissecamos ingredientes. Uma delas é da área de ciência dos alimentos, então eu aprendo muito com ela. Outro dia nós passamos umas duas horas caminhando pelos corredores do Corti Brothers em Sacramento, olhando ingredientes e comentando sobre eles. No Corti Brothers tem tanta variedade de feijões e lentilhas, além das massas, das latarias, dos vinhos…. Oh, é bom demais! Outra coisa que eu amo é ler livros sobre comida, de receita ou de história. Nem uso muito os meus livros pra seguir receita passo-a-passo, mas eles são uma fonte inesgotável de inspiração. Minha fascinação por esse assunto fica bem clara quando você entra na minha cozinha e vê logo ali no canto a minha biblioteca culinária . Eu posso nem cozinhar muito bem, mas estou incrivelmente bem informada!

choveu no meu churrasco

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No inicio do verão passado eu convidei duas amigas queridas e suas famílias para um churrasco aqui em casa. Quis retribuir os inúmeros convites que elas sempre me fazem, para rangos e regabofes. Planejei tudo nos micro-detalhes, arrumei a mesa com flores do meu jardim, toalha de verão, pratos de moscas para os guris, drumettes temperados, picanha, farofa, salada de batata, cerveja gelada, e….. CHUVA!!
Chover aqui no verão é uma coisa totalmente fora do normal. Passamos o verão todo com um céu incrivelmente azul sem nenhuma nuvenzinha. Mas no dia desse meu churrasco choveu, porque tem sempre que chover quando não é pra chover.

Ribollita
[sopa de feijão e pão]

Eu pertenço à um grupo de mulheres que se encontra uma vez por mês para um chá e muito papo. São mulheres dos vinte e tantos aos oitenta e poucos anos, todas muito cultas, algumas estrangeiras, super viajadas, algumas casadas com acadêmicos como eu, que falam várias línguas, já moraram em diversos países. É um grupo super interessante e eclético. Sábado passado tivemos o encontro de fevereiro, só que invés de chá tivemos uma sopa. Era na verdade uma soup party! Uma inglesa foi a anfitriã e fez a receita de Ribollita, uma sopa típica da Toscania, na Itália, onde ela morou por alguns anos. Foi uma noite super agradável, com sopa e vinho, numa casa super simpática cheia de mulheres matracando e os maridos, noivos, namorados não foram convidados!

A receita da sopa toscana:
Ribollita
4 colheres de sopa de azeite
1 cebola roxa picada
1 alho poró picado
1 dente de alho picado
4 cenouras em rodelas
4 abobrinhas picadas
1/4 de repolho picado fininho
1 maço de cavolo nero, que é uma couve beeeem escura
1 maço de espinafre picado
4 batatas descascadas e picadas
2 xícaras de feijão branco cozido e amassado
2 colheres de sopa de sal [eu uso o kosher/grosso]
4 colheres de sopa de pasta de tomate
1.2 quilo de pão italiano amanhecido cortado em cubos

Refogue a cebola e o alho poró, adicione o alho e frite por um minuto. Adicione todos os outros legumes e verduras. Salgue e cozinhe tampado por 20 minutos.
Cubra com bastante água e reduza o fogo. Adicione a pasta de tomate e mexa bem. Cubra e cozinhe por uma hora. Adicione os feijões e o pão. Essa é uma sopa bem grossa. Sirva com um fiozinho de azeite extra virgem por cima.