American Market Café

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Outro dia voltaremos para almoçar ou jantar no Julia’s Kitchen, pois essa será a visita principal. Mas ontem comemos no American Market Café ao lado do restaurante, onde se pode pedir pratos mais simples preparados no Julia’s Kitchen, sanduiches, sopas ou fazer uma comprinha básica de queijos, pães, quitutes e preparar um picnic para se devorar sentado na grama dos jardins do Copia. Nós escolhemos pratos do restaurante e sentamos nas mesinhas do jardim. Eu quis tentar o mini hamburguer, que era mini mesmo! Três mordidas – gone! Veio num mini pãozinho de batata, acompanhado por fritas com limão e tomilho e um molho chipotle. A salada era de espinafre, três tipos de vagens e amêndoas. Eu gostei, apesar de não ser super fã das vagens. O Uriel sempre prevenildo pediu um fettucini com legumes. Tudo vem da horta e pomar orgânicos mantido lá mesmo no Copia—o edible gardens.

Copia

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Não cozinhei nem sexta nem sábado. No domingo, já tinha até pensado no menu do almoço quando ele sugeriu às dez da manhã – vamos lá no Copia?

Não precisou nem ouvir a resposta. Já fui tomar banho, me vestir e me aboletei sorridente no carro. Copia não é só a deusa romana da abundância, mas também um lugar muito bacana instalado na cidade de Napa. The American Center for Wine, Food & The Arts é uma mistura de museu, galeria de arte, restaurante fino, cafeteria, espaço para eventos, wine tasting, cinema, jardim, horta, pomar. Passamos a tarde lá, comendo, bebendo, vendo, ouvindo, cheirando, tocando comida e vinho. Primeiro fizemos uma tour do local, depois almoçamos no café, que é ligado ao restaurante Julia’s Kitchen [um dos 100 melhores da Bay Area, batizado em homenagem à Julia Child]. Depois vimos três exposições – a permanente, sobre comida, e outra sobre American Diners e garçonetes profissionais. Passeamos pelo maravilhoso jardim, que produz frutas, legumes e verduras orgânicos que provém o restaurante e o café. Não fizemos mais coisas por falta de organização e tempo. Já tínhamos visitado o Copia em 2002, mas estamos precisando ficar mais assíduos.

* seguirão fotos galore!

menus antigos

Eu não me lembro exatamente onde eu achei isso – se foi na versão online da biblioteca pública de Los Angeles ou se foi na da UC LA. Achei e guardei. Esqueci. Hoje achei. Sou fascinada por essas coisas. Esses são menus da década de 30 de restaurantes californianos. A primeira coisa notável são os preços – infinitamente inferiores aos praticados hoje. Depois o menum que consistia de alguns itens diferentes como – fígado, miúdos e cérebro frito com ovos. Eca!
Alguns dos menus – Hotel Barbara WorthKing’s Tropical InnGlenn In Cafe.

cranberry upside-down cake

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Fiz essa receita no outono de 2003, quando me meti a assar bolos. Tirei da revista Every Day Food da MS. Como agora não é época de cranberry, mas é de blueberry, acho que essa substituição ficaria bem adequada. Mas também acho que dá para fazer com qualquer tipo de fruta, que tenha uma consistência mais firme.

8 colheres de sopa de manteiga sem sal na temperatura ambiente
1 xícara de açúcar
1/2 colher de chá de canela em pó
1/4 colher de chá de allspice
1 3/4 xícara de cranberries
1 ovo grande
1 colher de chá de extrato de baunilha
1 1/4 xícara de farinha de trigo
1 1/2 colheres de chá de fermento em pó
1/4 colher de chá de sal
1/2 xícara de leite

Pré-aqueca o forno em 350°F/ 180ºC com a grade no centro. Unte uma forma redonda de bolo de 8-inch/20 cm. Numa vasilha pequena misture 1/2 xícara de açúcar com a canela e o allspice. Espalhe essa mistura no fundo da forma untada, jogue as cranberries por cima.

Numa batedeira bata a manteiga com 1/2 xícara de açúcar até ficar bem cremoso. Adocione o ovo e a baunilha. Bata bem. Numa vasilha separada misture a farinha, o fermento e o sal. Adicione essa mistura de farinha ao creme de açúcar com a batedeira em velocidade baixa. Alterne farinha e leite, em três vezes e continue batendo até formar uma massa bem uniforme. Coloque a massa na forma, sobre as cranberries. Coloque a forma sobre uma assadeira lisa de assar biscoitos. Asse por 30 ou 35 minutos. Deixe esfriar numa grade por 20 minutos. Inverta a forma sobre um prato, assim a parte do bolo com caramelo e cranberries ficara por cima.

em volta da mesa

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Lendo um capítudo de Serve it Forth da maravilhosa M. F. K. Fisher, onde ela descreve refeições feitas com amigos, pequenos grupos de seis no máximo, me lembrei com tristeza de alguns desfortunados jantares sociais que fiz na minha casa. Tirando a comida, preparada com carinho e esmero, todo o resto estava errado e o gosto que ficou foi amargo. Aprendi a lição e concluí com quase certeza que de todas as as refeições que fiz em família foram as melhores, sem comparação. Fisher diz que bons començais devem ter o desejo de permanecer sentados à mesa por muitas horas, mesmo no caso da refeição servida ter sido a mais simples – salada, pão, queijo, vinho. Essa façanha eu sempre consegui em almoços e jantares de família. Agora também com a nossa família agregada – americana e norueguesa. Esse é um conforto que substitui a lembrança daquelas migalhas na toalha branca de linho, o copo e a garrafa de vinho na mesa de madeira escura e riscada, a pilha de pratos que foram presente de casamento no buffet da sala.

livros, livros, livros!

Eu fico super inspirada quando leio os textos de história da culinária escritos pela Gorete. Outro dia deixei um comentário pra ela, dizendo que qualquer hora iria até a Biblioteca Pública de San Francisco pra ver o que eu poderia achar sobre história e comida. Cacilda, eu sou uma pessoa bem cabeça de ventoinha mesmo…. Dirigir até San Francisco ou pegar o trem, para ir à biblioteca? For Pete’s sake, se liga Fezoca!
Eu trabalho ao lado de uma super duper biblioteca acadêmica. Moro perto também. Passo em frente da Biblioteca da UC Davis quatro vezes por dia. Já frequentei muito essa parada, quando fiz classes na universidade. E como staff, posso retirar livros a la vontê. O que eu estava pensando? E o que eu estou esperando!!
Já fiz um search no website por “culinary”, “cookery” e “gastronomy” e fiquei até com lágrimas nos olhos com os resultados. Toneladas de livros, coisas novas, antigas, reliquias, em diversas línguas, sobre todos os assuntos possíveis relacionados à comida. O problema agora é onde vou arrumar tempo pra fazer uma visita à biblioteca. E onde vou arrumar tempo para ler todos os livros que vou achar por lá. Estou numa confa. Não que eu esteja reclamando. Nada disso!

pasta de verão

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Saí do trabalho me sentindo tão cansada. Pedalei minha bicicleta com um baita esforço. Achei que tinha pegado um “bug” de gripe. Me senti tão pesada e desanimada que sinceramente não sei como consegui fazer um jantar decente.

Quando estou assim no limite, minha opção é sempre um macarrão. Usei a última abobrinha na geladeira. E alguns dos zils tomates. Um pouco do mação de basilicão. Juntei tudo e improvisei uma receita inspirada numa que li em algum lugar – não lembro onde.

Cozinhe o macarrão em bastante água fervendo temperada com sal e uma folha de louro. Enquanto o macarrão cozinha, corte a abobrinha em fatias finas, corte os tomates ao meio, pique folhas de basilicão, esmague uns quatro dentes de alho assado, tempere tudo com sal e pimenta do reino. Escorra o macarrão e misture com a abobrinha, tomate e ervas. Esquente um tanto de azeite numa panelinha – não esquente muito – e jogue sobre o macarrão. Misture bem, cubra com queijo ralado. Sirva-se a vontade!

* vejo esse macarrão feito em muitas versões, pode substituir a abobrinha por outro legume, o basilicão por outra erva, acrescentar azeitonas pretas, e o alho assado por alho cru – pra quem tiver coragem!

os verdinhos vão secar

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Eu uso as ervas frescas o quanto posso. Mas não é possível consumir tanto, então todo final de verão começo a secá-las. Seco o basilicão, o orégano, o tomilho, o hortelã, o alecrim, a sálvia e o que mais aparecer. O bom é que, vivendo num clima seco, eu não preciso fazer nada para secar as verdinhas. É só abandoná-las por uns dias em cima de um prato, num canto qualquer. Depois moer as folhas com as mãos mesmo e ensacar ou envidrar o produto que será usado nos meses de inverno.