Bandon Cranberry Bread

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Umas das receitas que me fisgaram no livro da Helen Brown foi esse pão de cranberries, que na verdade é um bolo. Bandon é o nome da cidade no Oregon considerada a Capital nacional do cranberry. A receita é facílima e o pão/bolo fica macio e picante, com as ácidas cranberries escondidas na massa.

1 xícara de cranberries frescas
1/2 xícara – 8 colheres de sopa de açúcar
1 ovo
2 colheres de sopa de manteiga derretida
2 colheres de chá de raspas de laranja
1 1/2 xícara de farinha de trigo
2 colheres de chá de fermento em pó
1/2 colher de chá de sal
1/2 xícara de leite
1/2 xícara de nozes picadas

Pique as cranberries e salpique com 3 colheres de sopa do açúcar. Bata o ovo, a manteiga, as 5 colheres restantes de açúcar e a casca de laranja. Acrescente as cranberries picadas. Junte a farinha que foi misturada com o fermento e o sal. Misture, acrescente o leite e misture bem, vigorosamente. Adicione as nozes picadas e coloque a massa numa forma de pão untada com manteiga. Asse um forno pré-aquecido em 350ºF/176ºF pou uma hora. Deixe esfriar e desenforme.

* pro meu gosto as nozes são perfeitamente dispensáveis.

Helen Brown’s West Coast Cook Book

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Esse foi o último livro que eu abri, depois de ter escrutinizado todos os outros. Abri já sabendo que a Helen Brown era amicíssima do James Beard e que ela é considerada a mulher que colocou a culinária do oeste americano no mapa mundial. Pois então abri finalmente o livro e não consegui mais fechar. Marquei tantas páginas com post it coloridos que perdi a conta. Quero fazer mil receitas! O que me encantou nesse livro foi ver todos os produtos dos estados da Califórnia, Oregon e Washington protagonizando e estrelando nas maravilhosas receitas – amêndoas, azeitonas, laranjas, queijos, salmão, frutos do mar, cranberries, abacates, pistachio, morangos, pêssegos – uma lista interminável.
O bacana do livro da Helen Brown é que também ela dá receitas do tempo dos pioneiros, do oeste, da corrida do ouro, dos indígenas e conta um pouco a história gastrônomica desse lado do país, que foi desbravado na metade do século 19.
Ela dá a receita do pão feito na frigideira sobre um fogo aberto nos acampamentos dos pioneiros – o flapjack, e conta das frutas secas e mel que os indios usavam para adoçar o paladar, já que açúcar só apareceu mais tarde trazido pelos mexicanos – o mascavo em forma de cone. Ela também conta da catinga de salmão que os indios emanavam, pois defumavam o peixe constantemente, fazendo provisão para a baixa temporada.
Ainda estou degustando Helen Brown’s West Coast Cook Book, e como já renovei o livro três vezes na biblioteca, decidi comprar o meu próprio – for keeps! Comprei a mesma edição da biblioteca, de 1952, usado, pois não encontrei uma edição atual e nova.

as últimas abobrinhas do ano

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Comprei diferentes variedades de abobrinhas no Farmers Market. O primeiro sinal de que a temporada de algum produto está no final, é quando ele some da cesta orgânica semanal. Já aconteceu com as abobrinhas, então resolvi comprar no mercado para um farewell. Para fazer essa salada me baseei numa receita de courgettes à francesa do livro Is There a Nutmeg in the House? da Elizabeth David.
Corte as abobrinhas e cozinhe no vapor.
Não cozinhe muito, pois elas precisam ficar crocantes e não molengas.
Coloque num prato, deixe esfriar.
Prepare o molho com:
1/2 xícara de iogurte grego
Suco de 1 limão verde
Sal e pimenta do reino a gosto
Ciboulettes [Chives] picadinha
Azeite extra-virgem a gosto – usei um orgânico produzido aqui na Califórnia e vendido pelo Trader Joe’s que é uma coisa impressionante, cheiroso e com uma cor esverdeada que eu nunca vi num azeite antes.
Misture bem com o batedor de arame e sirva sobre as abobrinhas.
Usei esse molho com pepinos e também ficou ótimo.

para adoçar o dia

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Eu tenho uma obsessão por geléias. Não tenho uma explicação lógica, mas acredito que deve ser pelo fato delas serem feitas com frutas, e de terem infinitas possibilidades de variações e misturas. Eu compro vidros compulsivamente! Minha despensa e geladeira abrigam inúmeros vidros de geléias inglesas, francesas, dinamarquesas, turcas, suecas, havaianas, além das feitas localmente, por algum amigo ou comprada no Farmers Market. Algumas encalham, pois são muito doces, ou não fazem a minha cabeça – ou seria estômago? Gosto particularmente das marmelades inglesas feitas de diferente tipos de laranja, quase sempre com casca. Gosto do amarguinho. Também gosto de um bom lemon curd, que não é bem uma geléia, mas eu uso como se fosse. Mas tem que ter mais limão do que açúcar e tem que ter uma cor bem cremosa, e não ser transparente. Vou testando e acumulando – todos os tipos de berries, figo, goiaba, laranja, limão, maçã, ameixa, pêssego….
Uma das melhores que já comprei e provei é essa de figo, que uma moça de Winters faz e vende no Farmers Market. Essa geléia é perfeita: feita de uma fruta que eu adoro, sem preservantes e com pouco açúcar – realçando o sabor da fruta. Ela ainda dá um toque especial, usando açafrão na receita. Gostei tanto que comprei um estoque, pois não sei por quanto tempo ainda esse produto estará disponível no mercado. Gosto de misturar a geléia com iogurte comum ou grego. Fica delicioso!
Uma curiosidade:
Jam – é a geléia feita com a fruta, polpa e casca.
Jelly – é a geléia feita somente com o suco da fruta.

rotina

6:30pm: trimtrim, alô, e aí vem jantar, só estou terminando um negócio, ihh, não, é sério, em meia hora eu te ligo e vamos comer em algum lugar, tá, tchau, um beijo, outro.
7pm: resolve fazer uma sopa de milho, vê que tem pão fresquinho e queijo suiço pra acompanhar, refoga cebola, milho, caldo de galinha, salsinha picada, vrumvrumvrum tritura a mistura, creme de leite, desliga o fogo.
7:30pm: cd da Motown, dança, dança, assusta o gato, lê um caderno do jornal, outro caderno, senta, levanta.
7:45pm: música, música, pega uma revista, senta, lê, morre de rir, levanta, dança, assusta o gato de novo, termina de ler a revista.
8:15pm: trimtrim, alô, assim não tem condições, o que foi, você sabe que horas são, ew, não.., vou jantar sozinha mesmo, mas não íamos sair pra comer fora juntos, ah, deu até tempo de fazer uma sopa, mas que horas são, você não disse que iria ligar em meia hora, é.., já se passaram quase duas, oh…, eu li o jornal, a revista, agora chega, então quando eu chegar, cheguei, é, quando você chegar, chegou, tchau, um beijo, tchau, outro.
* post reciclado do The Chatterbox de novembro de 2004 – certas rotinas não mudam nunca!