salada de inverno

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Essa é uma salada de inverno porque foi feita e consumida no inverno, mas se for feita e consumida no verão, pode ser chamada de salada de verão – isso é que é um prato versátil!
A verdade é que no inverno eu consumo muito menos salada, pois meu corpo pede, implora, suplica por uma comida substanciosa, encorpada e quente. Parece mentira, mas qualquer coisa quente – uma fatia de pizza, um bife com batatas, uma sopa cremosa, um pratinho de macarrão – qualquer coisa, desde que seja quente, faz milagres quando se está tiritando de frioooooooo….
Essa salada não é quente, mas é bem substanciosa, apesar de ser de folhas. Pra acompanhar e encorpar o verdinho da rúcula, cubinhos de double cream brie, nozes carameladas e figos cozidos no vinagre balsâmico. O tempero é um básico limão, laranja, vinagre de vinho branco, sal, pimenta e muito azeite.

earl grey pots de créme

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Ainda estou com a idéia do Caramel Pots de Créme na cabeça, mas folheando uma Martha Stewart Living de Maio de 2003, me deparei com essa receita fantástica dos Potes de Creme de Earl Grey. Esses potes são umas fofuras, geralmente parecendo uma mini-panela com tampinha. Na falta dos originais, fiz numa xícara de chá, mas pode ser feito em potinhos comuns de sobremesa, desde que possam ir ao forno. Gostei dessa receita também porque ela só faz quatro potinhos, o que é uma quantidade mais que suficiente para duas pessoas. Aqui em casa as sobremesas sempre sobram.

Earl Grey Pots de Créme
1 xícara de creme de leite fresco – heavy cream
1 xícara de leite integral
2 colheres de sopa de folhas de chá Earl Grey
4 gemas de ovos
1/2 xícara de açúcar
1/2 colher de chá de raspas de limão bem fininhas
1/8 de colher de chá de sal

Numa panela pequena misture o creme de leite, o leite e as folhas de chá. Leve ao fogo médio e deixe ferver. Apague o fogo, tampe e deixe descansar por no mínimo 30 minutos.

Pré-aqueça o forno em 325°F/165ºC.

Numa vasilha média bata bem as gemas com o açúcar, as raspas do limão e o sal. Aqueça novamente a mistura do chá e coe numa peneira bem fininha por cima da mistura de ovos. Bata bem, até ficar uma mistura bem cremosa.

Arrume os potinhos ou xícaras num refratário fundo. Coloque água fervendo até atingir metade dos potinhos. Distribua o creme igualmente nos quatro potinhos. Cubra com papel alumínio bem fechado. Faça dois furos no papel, para o vapor escapar. Asse nesse banho-maria por 30 minutos/

Remova o refratário do forno coloque os potinhos numa grade para esfriar. Deixe gelar bem e sirva.

*nota: o Earl Grey tem uma história peculiar na minha família. durante toda a sua adolescência, o Gabriel bebia esse chá com a maior abundância e pose por causa de um de seus ídolos, o Capitão Jean-Luc Picard. meu filho era [ainda é? não sei!] um trekkie.

salmão assado no papel

Fazia muito tempo que eu não preparava um peixe assado no papel. Fica ótimo, muito saboroso porque retém todos os liquidos e sabores, e é saudável. Hoje, dia perfeito para um prato desses, porque são três da tarde e eu já estou na frente da tevê, vendo as chatonildas da Joan e Melissa Rivers no Red Carpet em Los Angeles.

Da revista Martha Stewart Living de janeiro de 2005:
Salmon, spinach, and potatoes baked in parchment
1 colher de sopa de manteiga amolecida
1 colher de sopa de alcaparras escorridas, lavadas e picadas
1 colher de sopa de salsinha picada
1 dente de alho picado
1 batata grande ralada em fatias bem finas – eu usei 4 pequenas
Sal grosso e pimenta do reino moída a gosto
2 shallots em fatias finas – eu usei uma cipollini pequena, mas qualquer cebola vale
1 xícara de espinafre – a receita pede baby, mas eu não tinha, então usei cress
2 filés de salmão – usei o selvagem
1 limão amarelo cortado em fatias

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Pré-aqueça o forno em 400ºF/205ºC. Corte duas folhas de papel para assar – parchment paper – 40X50 cm.

Misture bem a manteiga, alcaparras, salsinha e alho. Reserve. Rale as batatas. Dobre o papel no meio e coloque metade das batatas forrando o meio de um dos lados. Tempere com sal e pimenta. Salpique com parte da cebola picada. Forre com metade do espinafre [ou outra folha verde], coloque o filé por cima e salpique com mais cebola picada. Cubra com algumas fatias de limao e coloque metade da mistura de manteiga sobre o limão. Feche o papel como se fosse um pastelzão. Vá dobrando o papel formando uma lua, tentando deixar o mais lacrado possível. Faça o mesmo procedimento na outra folha de papel com o outro filé. Asse por uns 20 minutos, ponha os pacotes nos pratos e abra cuidadosamente com uma faca ou tesoura, pois pode sair um vapor quente.

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Esse peixe fica delicioso, com uma caminha de batata perfeita, mais todos os outros temperos que misturam-se ao salmão de maneira super delicada. E o melhor de tudo é que não suja absolutamente NADA!

comprar, papear e coçar, é só começar

Parando pra pensar, é incrivel constatar que eu passei o dia de sábado fazendo coisas relativas à comida. Pela manhã fui ao Kim’s Market, que é a loja que simboliza a nossa Chinatown. São apenas três corredores abarrotados de ingredientes orientais. Comprei umas cumbuquinhas pra missô soup, que procurei na Chinatown de San Francisco e não achei. Dali fui para o Farmers Market, de onde achei que não sairia nunca mais, de tantos amigos que encontrei por lá. Com a minha cestinha em punho, fiquei horas caminhando e conversando e até que consegui comprar pão, tangerinas, morangos. À tarde fiz outra maratona, num outro mercado internacional, mais o supermercado normal. Fui comprar mais ervinhas para a horta também. Em todos os lugares em que estive, encontrei amigos ou gente conhecida e parei pra conversar! Davis é um small town mesmo.
No intervalo entre entre as saídas e papos, fiz um macarrão integral com abóbora assada, rúcula, tomate seco e azeitona preta pro almoço. E pizza calabresa pro jantar. Derrubei um tupperware cheio de sopa de cebola na geladeira, que se espatifou e melecou geladeira e chão da cozinha numa sujeirada simplesmente atroz! Felizmente alguém limpou pra mim, num ato de incrível delicadeza e bondade.
Hoje, domingo, não vou sair de casa e tudo vai ser muito simples, pois às três da tarde vou subir para a sala de tevê carregando o meu laptop para poder conversar com o Moa e comentar os micro-detalhes de tudo. Hoje é aquela noite que todos já sabem: não posso ser perturbada, pois vou estar entretida assistindo ao Oscar!

grawwwwwwwwwwwwwn!

Se tem uma coisa que me dá nos nervos BIG TIME é ficar ouvindo barulho de bocão e gente mastigando. Eu vou pra casa almoçar—sei, sou uma sortuda por morar a dez minutos de bike do local onde trabalho. Meus colegas não têm a mesma sorte. Nosso prédio é na verdade uma pequena casinha, anexo de um prédio maior. Não é o local mais espaçoso do mundo, nem foi designado pra se fazer picnic nele.

A jornalista almoça discretamente uma maçã e um pacote de doritos, e toma café ou coca-cola. O programador chefe esquenta seu pocket diário de queijo e pepperoni no microondas. O outro programador vive com um garfo no bolso da camisa, mas eu nunca vi o que ele come, como não vejo o que o pessoal da área administrativa come. Agora o meteorologista — raios e trovões — come todo dia uma tonelada de junk food, que ele traz de uma das cafeterias da universidade. É daquelas comidas nauseabundas, sempre acompanhadas de um copão de algum liquido borbulhante, que ele slurrrrrrrpsluurrrrp nada discretamente…. A figura irritante come a gororoba fedorenta sentado no cúbiculo dele, que fica ao lado do meu. Então todo santo dia eu enfrento uns quinze minutos de tortura sensorial. Tento me defender me contorcendo e fazendo caretas, totalmente repugnada pelo cheiro das tranqueiras que ele devora. Elas são daquelas que vem embrulhadas em papel que faz creeeeaappp, às vezes acompanhadas de chips CROCANTES, e que ele mastiga beeeem mastigado, morde bem com todos os dentes, com muita fome e vontade, lambe os beiços e lava tudo com o sluuurrrrrrrpppp.

Vou ter que trazer algum apetrecho de aromaterapia ou defumador, e um fone de ouvido salvador para me ajudar a manter a pose zen durante a hora do almoço super light do meu colega jamelão*!

*esse, o tal, que uma vez quando eu estava tossindo alto, me ofereceu um drops de halls… minha tosse não deveria realmente incomodá-lo, afinal, ele passa o dia trabalhando de headphones, ouvindo Céline Dion.