Torta brulée de damasco
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Quero aproveitar ao máximo a curta temporada dos damascos e fazer pelo menos uma tortazinha legal com eles. Achei essa receita usando o mecanismo de busca dos blogs de culinária, que é realmente uma mão na roda. Achei tudo ótimo, gostei da massa com amêndoas e do creme caramelizado. Planejei fazer essa torta por mais de uma semana e finalmente concretizei meus planos no sábado à tarde. Gostamos muitíssimo do resultado. Eu decidi fazer em forminhas individuais, para ficar mais fácil o consumo. Deu seis tortinhas.
Apricot Tart Brulee
Faça a massa:
1-1/4 xícaras de farinha de trigo
1/2 xícara de amêndoas sem pele e torradas, moídas bem fininho
3 colheres de sopa de açúcar
1/2 colher chá de sal
1/2 xícara ou 1 tablete de 113gr de manteiga sem sal gelada
1 gema de ovo
1 colher de chá de baunilha
3 colheres de sopa de creme de leite fresco
Misture a farinha, as amêndoas moídas, o açúcar e o sal numa vasilha. Acrescente a manteiga gelada cortada em cubinhos e misture tudo com os dedos, até formar uma farofa. Não amasse! Num outro recipiente bata a gema do ovo e acrescente a baunilha e o creme de leite. Faça um buraco na mistura de farinha, jogue lá a mistura de ovo e creme e misture bem com um garfo, depois amasse bem com as mãos até formar uma bola. Enrole em plástico e coloque na geladeira por 30 minutos.
Pré-aqueça o forno em 375ºF/200ºC. Abra a massa com um rolo e forre uma forma grande ou forminhas pequenas, como quiser. Coloque as formas na geladeira por mais 30 minutos, ou faça um shortcut no congelador, como eu fiz. Apenas 10 minutos. Coloque a massa para assar por uns 15 minutos, ou até ela ficar um pouco firme e levemente dourada. Retire do forno. Reduza a temperatura do forno para 350ºF/176ºC.
Faça o creme:
1 xícara de creme de leite fresco
1 colher de chá de baunilha
2 ovos ligeiramente batidos
1/4 xícara de açúcar
Misture todos os ingredientes muito bem, batendo com um batedor de arame.
Corte uns 8 damascos em fatias e arrange sobre as forminhas. Jogue o creme por cima dos damascos, salpique com pedacinhos de manteiga e açúcar. Coloque no forno e asse por uns 30 minutos, ou até o creme ficar firme. Coloque no broiler por 5 minutos somente para caramelizar o açúcar. Remova do forno e deixe esfriar bem antes de servir.
nosso arraiar
gelado de menta chocolate
Essa é a minha versão funky do famoso sorvete de menta com chocolate chips, que foi um sabor muito popular nos anos 80 e era um dos meus favoritos na época. Não por causa do chocolate, mas sim por causa da menta. Adoro essa erva. E como tenho uma abundância de uma variedade de menta muito interessante na minha horta, decidi arriscar replicar o famoso mint chocolate chip ice cream. Só que a minha versão é um pouquinho diferente, pois não usei chocolate chips, mas sim os cacao nibs. Esses são o cacau na sua forma mais pura e apesar de terem um sabor intenso quando mastigados, os cacao nibs não interferem no sabor do sorvete, que fica completamente mentolado. Muito bom!
Bati um punhado de folhas de menta chocolate no liquidificador com 1/2 xícara de leite integral e deixei descansar por uma hora. Depois coei, ficou um leite esverdeado. Eu deixei um pouquinho das folhas da menta moída no leite, mas isso não é necessário. Misturei ao leite mentolado 1 xícara de creme de leite fresco, adocei com mel a gosto e coloquei os cacao nibs—não coloque muito! Coloquei o liquido na sorveteira e voilá!
Em todos os meus sorvetes cremosos eu uso leite integral e creme de leite orgânico da Straus Family Creamery. Acho que a qualidade desses ingredientes refletem na qualidade do produto final, que fica sem sombra de dúvidas o fino da bossa. Pisc!
a menta chocolate
Essa é a menta chocolate, que eu plantei na minha horta há uns cinco anos e renasce todo ano na primavera, tomando conta praticamente de todo o canteiro quando chega o verão. Ela é uma menta com um sabor bem forte e picante, mas não tem gosto nenhum de chocolate.
sempre aos sábados
passion frozen delight
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Maracujá, aqui não há. Mas a polpa congelada pode ser encontrada no mercadinho internacional, e há uns meses eu comprei dois pacotes porque precisava ter essa opção. E outro dia bateu a inspiração—sorvete! Por que não?
Fiz a receita básica: 1 xícara de creme de leite fresco, 1/2 xícara de leite integral. Bati levemente no liquidificador com um punhado de cerejas, mel a gosto e 1 xícara da polpa do maracujá, que eu descongelei e ficou bem liquida. Por ter acrescentado uma quantidade grande de liquido à mistura básica, onde geralmente vai somente a fruta, resolvi aplicar um truque que aprendi com a Elise: coloquei duas colheres de sopa de vodka na mistura e coloquei na sorveteira. O álcool ajuda a manter a cremosidade do sorvete, e esse vai ficar bem sedoso quando finalizado e depois de passar horas, ou mesmo dias, no congelador, vai se firmar numa textura bem macia. O resultado desse sorvete ficou excepcional. Forte, realmente passional como é a característica do maracujá, com o toque delicado da cereja.
os indesejados
Realmente, dá uma baita raiva quando você vê um buraco perfeito, como se aquele pezinho de manjerona tivesse sido sugado por uma micro-nave espacial. Na verdade, a ervazinha plantada por você com carinho e antecipação foi arrancada pelas patinhas habilidosas de um gopher ou esquilo. Outros danos são causados por outros roedores, que aparecem sem serem convidados e se instalam na sua propriedade. Agora o meu quintal é a foster home de uma lebrezinha de uma fofurice que até dói o coração. Ela é super minúscula, com um par de orelhonas e olhinhos meigos e doces, deve ter se perdido da mãe. Quando vou ao quintal ouço o barulhinho dela correndo, se escondendo. Às vezes vejo um pequeno vulto, passando rápido como um raio. Outras vezes vejo ela direitinho quando estou na janela, do lado de dentro da casa, e ela não está vendo que eu estou vendo. É uma lindeza de criatura, mas estou de olho, pois não quero que ela faça estragos na minha horta. Morar no quintal tudo bem, mas há regras, como os nossos inquilinos bem sabem.
Minha amiga Alison está tendo problemas muitos piores que o meu, pois a horta dela é muito maior e ela mora numa área rural. O que fazer? Não sabemos. Pra mim só resta vigiar e me descabelar no caso de alguma perda. Ela busca por alternativas. Outros já encontraram e decidiram pegar em armas. Mas pra mim, isso não é, nem nunca será uma opção.
alho
the walking tempura
Meu marido acha que eu exagero nas minhas criticas, mas eu detesto o Zen Toro. Ele é um restaurante japonês pseudo-modernex, que veio para Davis nesses esquemas massificantes de franchising. Está instalado num espaço minúsculo em downtown e quem vai almoçar ou jantar lá sai sempre fedendo a fritura da cabeça aos pés. Mas eu não desgosto de lá somente por isso. Também acho a comida pretensiosa e o serviço uma porcaria. Tá certo que numa cidade universitária, onde noventa e nove por cento dos atendentes dos restaurantes são estudantes, não se pode esperar o melhor serviço do mundo. Mas no Zen Toro eu tive um dos piores, com o agravante que de lá sempre se sai com cabelo, pele e roupa empesteados numa fedentina de óleo de fritura.
Meu chefe veio me ajudar num projeto que realmente eu não precisava de ajuda. Quando ele sentou-se ao meu lado, senti na hora que ele tinha almoçado em algum lugar catinguento, daqueles onde frituras abundam. Depois de me dar uma mão desnecessária ele entabulou num convercê e então confidenciou que ele e a esposa tinham ido almoçar num lugar diferente. E eu—ah é, onde? Nem fiquei surpresa quando ele respondeu—no Zen Toro.
