tapenade

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Azeitonas verdes sem caroço
Azeitonas pretas sem caroço
Alcaparras conservadas no sal grosso*
[*deixe de molho e troque de água duas vezes, depois escorra]
Filés de Aliche/Anchovas
Azeite
Bata tudo no processador ou liquidificador. Sirva como quiser. O que sobrar, ponha num pote com tampa e guarde na geladeira.

SPQR

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Fomos à San Francisco encontrar com o nosso amigo Fernando e almoçamos com ele no SPQR, uma pequena osteria na Fillmore Street. As referências do restaurante eram as melhores possíveis—trocentas reviews ultra-positivas, cheias de elogios e salamaleques para o local que serve uma adaptação californiana de um menu romano. As reviews falavam de filas quilométricas na porta e esperas intermináveis, já que o restaurante não aceita reservas. Fomos com duas outras opções de back up, mas encontramos tudo razoavelmente vazio para um horário de almoço no domingo. O SPQR está instalado num prédio pintado de preto, sem placas piscantes anunciantes, o que nos fez passar por ele sem perceber que era ali o lugar. Lá dentro, num ambiente aconchegante e bem estreito, ficam as poucas mesas e um bar, de onde pode-se assistir aos preparativos do chef. A primeira coisa que eu reparei quando coloquei os pés dentro do SPQR foi que eles usavam as cerâmicas da Heath de Sausalito, a mesma que fornece as louças para o Chez Panisse—mais chique que isso não há!

O almoço estava muito bom. Pedimos um trio de antipasti que estava fantástico: uma salada de erva-doce com atum em conserva, ervas, pimenta e bottarga; cogumelos chanterelle com espinafre e pancetta; e mussarela bocconcini com tomates. O ponto forte do lugar parece ser os antipasti, porque a pasta, fatta in casa, me decepcionou um pouco. Deve ser por ter crescido comendo a melhor pasta feita em casa que sei muito bem a diferença entre uma pasta caseira e outra nem tanto. Mas esse pequeno detalhe não comprometeu. Eu comi um canelloni com linguiça de porco, ricotta, espinafre e pecorino, O Uriel comeu um rigatoni amatriciana e o Fernando um rigatoni aglio e olio. Eu fiquei um pouco atrapalhada com a carta e vinho, que só tinha italianos, e acabei pedindo um rosato que estava uma delicia. Decidimos não pedir sobremesa e fazê-lo em outro lugar, mas me arrependi de não ter provado as que eles ofereciam por lá. Fica pra próxima vez!

Panna cotta com romã

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Cheguei do trabalho na sexta-feira e—surprise, surprise—fui recepcionada por um sacão com mais umas vinte romãs gigantes em cima da pia da cozinha. Abri três delas e coloquei as sementes em containers na geladeira. Quis porque quis experimentar fazer uma panna cotta com elas. Usei a mesma receita clássica da Alice Waters que sempre uso. No fundo dos potinhos coloquei um pouquinho de pasta concentrada de romãs, depois um tanto das sementinhas frescas e cobri com o creme. Levei à geladeira por muitas horas. Adorei o resultado!

o minestrone de anteontem

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Outra sopa? Sim, outra sopa!
Felizmente existem sopas e saladas para alimentar pessoas preguiçosas e eternamente cansadas como eu. Tem dias—e esses dias parecem ser quase todos os dias—que só dá ânimo pra coisas fáceis, rápidas e de preferência feitas numa só panela. E na noite em que o minestrone figurou no menu, eu tive vontade de mastigar, de comer algo quente e pedaçudo. Nada mais prático então do que essa sopa super versátil, que não precisa de receita, ajuda a dar cabo de legumes e verduras acumulados e ainda fica reconfortante e deliciosa.
Nessa versão eu usei algumas fatias de um ótimo bacon, que cortei em cubinhos e fritei numa panela de ferro robusta. Depois acrescentei cebola picada, cenoura em cubinhos, abóbora em cubinhos, uma lata de feijão mulatinho cozido [pinto beans], alguns quiabos cortados em rodelas e um pequeno pimentão. Juntei um litro de caldo de cogumelos, um pouco de água e um outro pouco de vinho brano. Deixei cozinhar até engrossar, daí acrescentei um punhado de ORZO e sal a gosto. Deixei fervei, desliguei e acrescentei bastante salsinha fresca picada. Servi com fatias de pão rústico sweet batard.

bolo de romã

 

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No mês passado o Uriel trouxe da fazenda de pistachos seis romãs gigantes. Essa fazenda produz romãs exclusivas para exportação, elas vão para o Japão provavelmente dentro de saquinhos de veludo e devem custar por lá o seu peso em ouro. Mas elas são lindas e perfeitas! O cara da fazenda avisou o Uriel que elas já estavam ótimas para consumo. Eu dei uma para uma amiga, abri outra que comi sozinhas devorando as sementes com a colher—e desta vez não encontrei nenhuma surpresa!

Estava pensando no que fazer com tanta romã, ainda mais que também tem chegado romãzinhas singelas, as primas pobres das romãzonas bacanudas, na cesta orgânica. Estava pensando em fazer uma panna cotta, quando cruzei com esta receita. Assim foi. Abri uma romã gigante, fiz o bolo e e ainda sobrou muitas sementes para eu levar de snack no trabalho. O bolo ficou no mínimo o máximo!

Pomegranate Pound Cake
3/4 xícara de açúcar
6 colheres de sopa de manteiga na temperatura ambiente
2 ovos caipiras grandes
1 clara de ovo
3/4 xícara de buttermilk
2 colheres de chá de raspas de limão
2 colheres de chá de extrato de baunilha
1/2 colher de chá de bicarbonato de sódio
2 1/2 xícaras de farinha de trigo
1/4 colher de chá de sal
3/4 xícara de sementes de romã
Manteiga para untar a forma

Pré-aqueça o forno em 350°F/ 176ºC. Na batedeira bata em velocidade de média para alta a manteiga com o açúcar até ficar bem misturado. Adicione os ovos e a clara um de cada vez, batando sempre. Numa vasilha misture o buttermilk com as raspas de limão, a baunilha e o bicarbonato de sódio. Numa outra vasilha misture a farinha e o sal e bata com o batedor de arame. Vá colocando alternadamente a mistura de buttermilk e a de farinha na batedeira, até formar uma massa lisa. Desligue, adicione as sementes de romã, misture com uma espátula e coloque numa forma média untada. Asse por uma hora, até que o bolo fique firme e dourado. Retire do forno e deixe esfriar antes de desenformar.