essa minha cozinha

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Tem dias que acho a minha cozinha toda errada. Acho que tenho muito cacareco, que ela esta atravancada, com muitas coisas empilhadas, muitos enfeites cocorocós, totalmente over, muitas cores, tudo improvisado, desorganizado, como eu mesma sou. Olho as fotos de cozinha de revista e desejo ter uma cozinha daquelas, toda limpa, bancadas vazias, minimalista, inox, madeira, vidro. Tudo muito chique, tão chique que provavelmente eu teria pena de me arriscar cozinhar ali e fazer das minhas pataquadas acidentais.
Tem outros dias que acho a minha cozinha perfeita. Luz suficiente, espaço suficiente, uma área primorosa para eu dar minhas piruetas, transformar ingredientes de primeira em refeições maneiras ou incomíveis, dependendo da sorte do dia. Aqui eu fico à vontade, tomando cuidado para não tropeçar no gato, para não derrubar a panela, embora nem sempre ter cuidado adiante.

A minha cozinha é um ambiente experimental, onde, além de cozinhar, eu também ouço música, danço, escrevo, leio, tiro fotos, olho pela janela, falo ao telefone, faço até pose, penso e concluo que apesar de não ser perfeita, nem a mais linda, nem a mais moderna, nem a mais equipada, nem a mais minimalista como eu gostaria, essa é a cozinha que eu tenho e é nela que adoro estar.

salada de erva-doce & laranja

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Fui correndinho tentar replicar em casa a salada que comi na Pizzeria Delfina. Essa é uma salada típica de inverno, feita com ingredientes que estão na crista da onda agora. Eu tinha laranjas vermelhas Cara Cara. Descasquei uma grande e cortei em fatias. Também tinha um bulbo de erva-doce que cortei ao meio e ralei uma das metades no mandoline. As nozes também estão no pico e foi só tostá-las por uns minutos na frigideira e depois esmigalhar com as mãos. Espalhei por cima da salada montada uma pitada de folhinhas secas de dill e temperei com um vinagrete feito com suco de limão cravo, mostarda honey, óleo de amêndoas e flor de sal.

Pizzeria Delfina

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O nosso sábado foi gasto batendo perna e dando um extenso rolê por San Francisco. Quando a noite se aprochegou, a italianada quis comer pizza, é claro. Rumamos para o bairro da Mission, onde nos aconchegamos na minúscula Pizzeria Delfina que cheirava deliciosamente a massa assada e queijo derretido. O lugar é realmente pequeno e já estava lotado às seis da tarde, ou melhor, da noite do nosso inverno. Colocamos o meu nome na lousa—party of five, sem predileção para ficar fora ou dentro, pois tínhamos no grupo uma criança cansada e faminta. Esperamos uns trinta minutos e fomos colocados numa mesa na calçada, estratégicamente situada embaixo de uma fileira de aquecedores na borda do telhado. Jantamos no quentinho e olhando o movimento da rua. Quando a comida chegou tive uma paralisante amnésia fotográfica. Pedimos três antepastos, com três tipos de azeitonas marinadas e servidas mornas, uma salada de laranja vermelha com erva-doce e nozes, e o vencedor da noite, que eu comi entre murmuros, uma escarola grelhada com azeite de limão, nozes e um ingrediente que não consegui ler no menu da parede, mas que me pareceu ser aliche/anchovas. As pizzas foram a tradicional margherita e outra batizada de panna, assada com uma bolota de creme e lascas de parmigiano por cima, que foi eleita a mais gostosa. Cada pizza serve uma pessoa com muita fome ou duas com acompanhamento de antepastos variados.

*um relato ótimo sobre a Pizzeria Delfina foi publicado pelo No salad as a meal—um blog que eu adoro e uso como referência de restaurantes em San Francisco.

o cão pidão

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No tasting room da vinícola Imagery no Sonoma Valley, um casal estava numa provação de vinho tão dedicada que o cachorro deles perdeu a paciência e resolveu ir à luta. Foi até o outro lado do balcão, onde colocou as patas e com o olhar mais pidão do mundo implorou por algo—um copo d’agua? uma taça de vinho? uma xícara de café? alguém para levá-lo peloamordedeus para casa? socorro, please, onde é o dábliucê? Todo mundo riu, mas ninguém sacou o que o cão queria. No fim ele ganhou um grissini, que comeu resignado, até que os donos se tocaram e vieram pegá-lo. Au-au!

quiche de salmão – take II

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Essa receita de quiche de salmão precisava ser repetida e fotografada, pois foi um dos maiores sucessos de público e crítica da minha cozinha. Eu fiz pela primeira vez há tantos anos que não me lembro de onde peguei a receita. Já re-usei a massa para fazer uma torta de tomate. E desta vez não foi diferente da primeira—todo mundo adorou! Da primeira vez eu usei sobras de churrasco de salmão e desta vez usei um salmão defumado. O salmão pra mim é sempre o selvagem. Nessa versão eu não tinha sour cream, então usei iogurte grego e coloquei por acidente apenas dois ovos ao invés dos três que a receita pede e não houve problema. Esse é um quiche prático, pois é para se comer frio e então dá pra fazer com antecedência.

mãozinhas extras [na cozinha]

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Que delicia que foi ter a Patricia e a Livia me ajudando com a cesta orgânica nesta segunda-feira! A Pat lavou, secou e ensacou TODAS as folhas verdes, com a ajuda da Livia, que também descascou umas cenouras fresquinhas pra gente depois cortar em palitinhos e comer com um molho rancho improvisado, que ficou ótimo. Se eu pudesse ter mais mãozinhas assim na lavação toda semana. Fazer o jantar nesse dia foi uma tranquilidade…

O que tem pra hoje?

No final do ano passado o meu querido amigo Moa, com quem eu divido aquele blog simpático sobre cinema, foi diagnosticado com uma condição chamada de esofagite. Ele foi intimado a entrar numa dieta rigorosa, pelo menos neste inicio de tratamento, que eliminou do seu cardápio diário o café, o açúcar, os produtos com glúten, frutas ácidas, vinho, entre outras coisinhas. Mas o Moa tem a sorte de ter ao seu lado o Lau, um chef de cozinha excepcional, que está se desdobrando para fazer as comidinhas da dieta ficarem saborosas e interessantes. Sendo assim, o caminho natural era o Moa abrir um blog de culinária, para poder deixar registrado toda a sua experiência e poder ajudar outras pessoas com o mesmo problema, ou apenas deixar lá as idéias bacanas dele e do Lau para quem quiser se inspirar. Eu já me entusiasmei toda com uma receita de pizza com sobras de arroz… hmmm!
Pois agora já posso perguntar para o Moa e o Lau com um misto de curiosidade e expectativa—O QUE TEM PRA HOJE?

olive oil tasting

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Passei a tarde de domingo dirigindo pelo vale de Sonoma com meu irmão, minha cunhada e minha fofíssima sobrinha, visitando algumas vinícolas. Como não pude beber pois estava no volante, fiquei felicíssima quando paramos na Jacuzzi winery e vi que lá também havia uma provação de azeites. Me diverti de um lado da vinícola, com azeites e mil coisinhas bacanosas, enquanto meu irmão provava os vinhos do outro lado. Ele não gostou de nenhum, pois achou todos eles muito “frutados”. Mas nós curtimos muito a visita à vinícola estilo missão espanhola e o dueto vinho—azeite.