pudim de ameixa seca

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Essa sobremesa naturaleba foi preparada com o intuíto de gastar ingredientes encalhados. O leite de hemp que encalhou. E as ameixas secas sem sorbato de potássio que comprei pra fazer esta receita de panna cotta e que também encalharam. As ameixas são uns dos snacks favoritos do Uriel, só que ele não gostou muito dessas porque eram mais durinhas. Fiz a mesma calda com limão da sobremesa com coco, saquei dois envelopinhos do fantástico agar-agar do bolso do casaco e voilá. O sabor das ameixas alimãozadas dominou e nem deu pra perceber o gosto exageradamente rústico do leite de hemp [o cânhamo].

4 xícaras de leite de hemp [ou outro tipo de leite]
1 xícara de ameixas em calda
2 pacotinhos de agar-agar
Maple syrup [ou outro adoçante] a gosto

Coloque 2 xícaras do leite de hemp, ou outro leite qualquer que for usar, numa panela. Adoce com maple syrup ou outro adoçante da sua preferência e salpique o agar-agar por cima. Leve ao fogo até ferver. Enquanto isso bata as outras 2 xícaras de leite com as ameixas no liquidificador até virar um creme grosso. Quando o leite com o agar-agar ferver, desligue o fogo e misture ao leite batido com as ameixas. Despeje tudo numa forma molhada e leve à geladeira até gelar e firmar. Desenforme e sirva.

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peixe com tomate e erva-doce

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Minha rotina não é mais a mesma velha rotina. Estou num outro ritmo e num esquema bem diferente e já me preparando para uma mudança bem significativa na minha vida. Por isso nos sábados, que era geralmente o dia oficial de comer peixe, esse hábito se consolidou fortemente. Porque poucas coisas são mais fáceis de fazer do que peixe. No último sábado estávamos com a agenda cheia, compromissos de manhã e à tarde e eu ainda queria nadar. Então foi o Uriel quem deu um pulinho ao Farmers Market pra comprar o peixe que planejei preparar para o almoço. E ele trouxe um filé grande de halibut, que é um peixe ultra saboroso e não precisa de muitos tri-que-tri-ques.

Quis fazer o peixe num molho de tomate, então usei uma lata de tomates orgânicos inteiros, mas se estivéssemos no verão, teria feito com as frutas frescas e bem maduras.

Tempere o filé de peixe com sal marinho e pimenta do reino moída. Numa panela robusta coloque um pouco de azeite. Amasse dois dentes de alho com o cabo da faca e refogue no azeite. Quando o alho estiver ligeiramente dourado, empurre para os lados e coloque o filé de peixe na panela. Frite ligeiramente dos dois lados, virando cuidadosamente com uma espátula larga. Junte meio bulbo de erva-doce cortado em fatias. Refogue bem a erva-doce. Junte então uma lata pequena de tomates orgânicos inteiros e batidos no liquidificador. Junte uma dose de Pastis ou outra bebida com base de anis. Tampe a panela de deixe cozinhar um fogo médio por uns minutos, até o molho de tomate dar uma engrossada. Ajuste o sal, desligue o fogo e sirva.

Eu servi esse peixe acompanhado de quinoa. Para fazer a quinoa lave bem, com bastante água corrente, 1 xícara de quinoa branca. Coloque a quinoa numa panela e junte 1 e 1/2 xícara de água, tempere com sal a gosto e um fio de óleo vegetal. Leve ao fogo alto, quando ferver, abaixe bem o fogo e tampe a panela. Deixe cozinhar até secar toda a água—uns 20 minutos. Afofe a quinoa cozida com um garfo e jogue um punhado de cibouletes picadas.

bolo de laranja [com casca]

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Para [re]fazer esta receita de bolo de laranja com casca que resgatei das profundezas das catacumbas do início deste blog, usei as laranjas cara-cara. Essa fruta é de uma gostosura sem precedentes. Tem a polpa bem avermelhada, como a blood orange, mas é bem doce, como a navel orange. E esse bolo é infalível—um coringa reproduzido prodigiosamente por todos os cantos, desde os caderninhos de mães, tias e avós, até os websites e blogs pela internet. E com receita de liquidificador nem tem o que discutir, né?

1 laranja com casca cortada e sem sementes
1 xicara de óleo vegetal [*usei o de semente de uva]
3 ovos caipiras inteiros
2 xícaras de açúcar
2 xícaras de farinha de trigo
1 colher de sopa de fermento em pó

Bater a laranja, o óleo e os ovos no liquidificador. Numa vasilha coloque o açúcar, a farinha e o fermento. Junte a mistura batida de laranja à mistura de farinha. Mexa muito bem com uma espátula ou colher de pau e despeje numa forma com um buraco no meio untada com óleo e polvilhada com farinha ou açúcar. Asse em forno pré-aquecido em 375ºF/ 190ºC até que o bolo fique dourado e firme por dentro.

não tô mais podendo

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[ chuvendô? travêis? ]

Olha, eu sou apenas um gato e nem saio na rua, nem mesmo no quintal. Mas não tô mais aguentando nem ver nem ouvir através dos vidros das janelas esse pinga pinga, molha molha e encharca encharca. E a ventania? Outro dia deu uma tempestade de chuva enviezada e vi galhos de árvores galore voando pela rua, além daquela poça ameaçadora que se alargava perigosamente lá no quintal. E esse céu sempre cinza? Nem dando muitos pulinhos espinoteados pela casa pra elevar o astral. Cansei a beleza de ver tanta água jorrando. Eu nem deveria me preocupar, já que nem saio de casa. Mas quando vejo a Fezoca chegando toda molhada e esbaforida, empunhando um guarda-chuvão cafona, dá uma certa pena. Mesmo pra mim tá tudo muito chato. Não aguento mais essa choveção. Dá pra começar logo essa tal de primavera?

gelatina de citrus

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Os cítricos combinam com receitas refrescantes e como eles abundam nos meses de frio, acabamos consumindo muito mais sobremesas como esta, embora o tempo implore por uma xícrona de chocolate quente. Eu acho isso ótimo. Entendo que é a natureza fazendo o papel de mãe protetora e nos obrigando a ingerir as vitaminas que precisamos para enfrentar esse climazinho miseraver. Delírios ou não, adorei fazer e comer essa gelatina toda recheada de frutas citricas.

1 laranja
1 grapefruit
1 tangelo
1 xícara de vinho branco [*usei um sauvignon blanc]
1 xícara de suco de laranja
2 envelopes [7 gr cada] de gelatina em pó sem sabor
Maple syrup ou outro adoçante da sua preferência

Descasque as frutas e remova o máximo da parte branca. Corte em pedacinhos e coloque no fundo de um refratário ou molde molhado. Numa panela coloque o suco de laranja e adoce a gosto [*usei o Maple Syrup]. Leve ao fogo até quase ferver. Enquanto isso coloque o vinho numa vasilha e salpique a gelatina por cima. Quando o suco estiver bem quente, misture com o vinho e gelatina. Mexa bem com um batedor de arame até a gelatina dissolver completamente. Despeje o liquido sobre as frutas no refratário ou molde. Cubra e leve à geladeira até firmar. Desenforme colocando o refratário sobre água quente por uns segundos. Corte em fatias, usando uma faca de serra molhada, com bastante delicadeza e cuidado.

dumplings de camarão
[no caldo de legumes]

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Sempre achei que fazer dumplings dava um trabalhão. Mudei de idéia depois de me aventurar na receita que saiu na revista da Heleninha, a MSL de abril/11. Não tem nada mais simples. E neste caso, com um recheio que eu realmente curti. Ficou muito bom. Tão bom que fiz uma receita extra e congelei. Tenho agora dumplings congelados para apenas jogar num caldo e preparar um ranguinho reconfortante numa piscada. Usei os camarões wild-caught no Canadá, que é recomendado como good alternative pelo Seafood Watch do Aquário de Monterey. Para quem está no Brasil, fique sempre de olho no guia para escolher peixe organizado pela Maria Rê.

120 gr de camarão pequeno [sem casca]
2 colheres de chá de gengibre descascado
2 colheres de chá de cibouletes picadinha
16 massinhas prontas para won-ton

Num mini-processador misture o gengibre e o camarão. Transfira para uma vasilha e acrescente as cibouletes picadas. Eu temperei com um pouquinho de sal e pimenta também. Coloque 1 colher de chá desse recheio no centro de cada passinha de won-ton. Molhe as beiradas da massa com água e feche bem, formando um pastelzinho. Cubra com um papel úmido e leve à geladeira até a hora de usar ou por até 3 horas.

Faça um caldo de legumes ou use um de boa procedência. Eu tenho sempre na minha despensa um orgânico, que tem uma cor e sabor bem fortes. Coloque o caldo numa panela e junte 1 pimenta vermelha seca cortada ao meio e sem as sementes, um anis estrelado. Eu coloquei também cubinhos de cenoura. Deixe ferver. Adicione os dumplings já preparados e cozinhe por uns 5 minutos. Adicione um punhado de cogumelos, um rabanete cortado em fatias finas e um tantinho de ciboulettes picadas ao caldo. Tempere com molho de soja e sirva imediatamente.

a irmã do meio

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Sempre paro pra olhar as prateleiras dos vinhos em todo lugar que vou. Gosto de ver quais variedades são oferecidas, comparar os preços que podem variar muito e presto atenção também nas novidades e nos rótulos. E foi por causa dos rótulos que parei na seção dos vinhos da Target, porque esses da irmã do meio conquistaram o meu coração. Pudera, com esses rótulos fofíssimos, um para cada variedade e cada um engrandecendo uma caracteristica da referida moçoila. Parei pra fotografar enquanto dava muita risada sozinha no corredor da loja—acho que ninguém viu, abafa! Não comprei nem bebi nenhum desses vinhos, mas gostei da proposta divertida. Eu sou a irmã mais velha, mas tanto faz se somos a irmã do meio, a mais velha ou a mais nova, todas nós nos achamos criaturas especiais e queremos ser tratadas com tal distinção. A única dúvida que ficou no ar pra mim foi—será que a dona da vinícola é a própria [e exibida] irmã do meio ou são as irmãs [modestas] da irmã do meio?