O sorvete da pamonha

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Tive a idéia fazendo o almoço e concretizei o experimento no jantar. Eu tinha certeza que ele iria detestar. Ao som de rufos de tambores imaginários ele pegou um naco com a pontinha da colher, degustou e deu o veredito:

—dá pra comer!

E pegou outro naco, um pouco maior, que colocou no potinho e comeu sem muito entusiasmo. Já eu não conseguia parar de devorar o meu saboroso sorvete de milho verde. Quisera ter usado o milho amarelo, mas com o branco também ficou bom. Era exatamente o que eu queria e esperava. Comi um tanto a mais do que a boa educação à mesa manda e ainda lambi a colher.

Sorvete da pamonha
2 sabugos de milho verde
1 xícara de buttermilk
1/2 xícara de leite integral
3 colheres de sopa de açúcar demerara
1 pitada de canela moída

Cozinhe e milho na água, escorra e remova os grãos com uma faca. Bata os grãos cozidos no liquidificador com os outros ingredientes. Coe tudo por uma peneira fina e coloque o liquido na sorveteira. Eu não usei muito açúcar pois o milho daqui já é bem doce, mas isso fica a critério do freguês. Pra mim esse sorvete ficou perfeito. E pra ele, deu pra comer!

sorvete de framboesa e laranja

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1 xícara de creme de leite fresco
1/2 xícara de leite integral
2/3 xícara de açúcar
misture bem com o batedor de arame. Acrescente:
1 colher de sopa de raspas de laranja
1 colher de sopa de licor Grand Marnier
1 xícara de framboesa * usei as frescas
Misture bem e coloque na sorveteira. Neste caso eu quis inovar e coloquei as frutas inteiras. O sorvete ficou extremamente pedaçudo e you-know-who não curtiu muito. A opção é bater a framboesa e o leite no liquidificador e coar, para livrar-se das sementes.

tudo por um sorvete de figo

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Culpa da Fafah, que deixou um comentário mencionando um tal sorvete de figo. Minha mente obsessiva entrou em modalidade ziriguidum. Não sosseguei enquanto não fiz o sorvete. Felizmente estamos em temporada de figo. Felizmente em moro num estado onde os figos abundam. Felizmente eu tenho acesso à uma árvore de figos. Felizmente pra Fafah também, pois se eu não conseguisse fazer o tal sorvete de figos, certamente ela iria receber mensagens ameaçadoras das minhas lombrigas mafiosas.

Para fazer o sorvete de figo foi super simples. Envolveu apenas algumas etapas que foram facilmente superadas. Primeiro fui dirigindo até a estação experimental de vegetable crops da UC Davis, onde tem uma figueira de ninguém dando sopa e muitos figos. Esses não são dos figos roxinhos, mas da variedade calimyrna, que é verde. Fui até a figueira munida de luvas e cesta, me espichei toda pra colher as frutas mais madurinhas—a árvore estava lotada, então já sei que ainda vou poder voltar lá mais vezes. A estação experimental fica no meio de um poeirão, com greenhouses de um lado, campos de milho e outros legumes do outro. Tem que ir de sapato fechado e tomar cuidado pra não pisar em figos podres e depois pisar na terra e pedregulhos. E tem que lembrar de checar as solas do sapato antes de entrar no carro.

Munida de muitos figos madurinhos, rumei para casa onde
eles foram lavados e despolpados—alguns devorados animalisticamente ali na frente da pia mesmo. Depois fiz uma mistura de 2 xícaras de creme de leite fresco, 1 xícara de leite integral, 3/4 de xícara de açúcar e 2 colheres de chá de essência de baunilha. Misturei bem com o batedor de arame, até o açúcar dissolver completamente. Acrescentei a polpa de vários figos, mexi bem e coloquei na sorveteira.

Olha, não vou nem tentar contabilizar aqui em público a quantidade absurda desse sorvete que eu devorei, enquanto murmurava palavras elogiosas e prazeirosas degustando o creminho gelado impregnado do sabor e das sementinhas de figo. Obrigada pela inspiração Fafah. As lombrigas de pança cheia mandam lembranças!

sorvete de iogurte e nectarina

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Tive um ataque de ansiedade quando, no meio da tarde no trabalho, resolvi checar em que ponto estava a minha compra no site da Amazon. Quando li delivered – front door quase tive um treco! Minha sorveteira estava na porta da minha casa e eu tinha ainda umas boas três horas de labuta pela frente. Roí até os cotovelos de vontade de largar tudo e pedalar enlouquecidamente para casa. Mas a hora chegou e eu pude finalmente abrir a caixa da minha primeira sorveteira!

Maldição que é essa minha librianice de ficar como uma tonta, indecisa, de enrolar e procrastinar, de não conseguir escolher as coisas, ir na loja e dizer—é essa! Agarrar e comprar. Fiquei protelando tantos meses para comprar essa sorveteira. Já estamos no meio do verão, veja quanto tempo perdido.

Mas lamentos serão desnecessários, pois já estreei com sucesso minha maquininha de fazer gelados. Comecei com algo bem saudável, um frozen yogurt. Usei as nectarinas que já estamos colhendo, polpudas, suculentas e docinhas. A receita eu adaptei do livrinho que veio com a máquina. Não poderia ser mais simples.

Coloque três nectarinas no processador e pulse até ela ficar pedaçuda, mas não totalmente liquida. Numa outra vasilha misture 2 xícaras de iogurte natural, 1/2 xícara de leite integral, 1/4 xícara de açúcar. Bata bem, para o açúcar dissolver completamente. Acrescente o molho de nectarinas e misture bem. Ligue a sorveteira, coloque o liquido nela e espere o sorvete ficar pronto, que neste caso foram vinte minutos. Gostei muito mais da textura do sorvete no dia. Depois que dormiu no congelador ele ficou mais durinho. Mas nada que comprometesse o sabor. Outros experimentos virão, com creme de leite e tais.

ice cream social

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Passamos a tarde do Memorial Day na casa da Elise, em Sacramento. Ela ganhou um batch de sorvetes da Mashti Malone’s de Los Angeles, todos com sabores incomuns e exóticos. Fizemos uma degustação regada a home made lemoncello e super deliciosos cupcakes. Foi muito legal reencontrar os queridos blogueiros e conhecer os simpaticissimos pais da Elise, além de conversar sobre o óbvio—COMIDA! Também comentamos exaustivamente a reportagem sobre food blogs que saiu no jornal Sacramento Bee e combinamos uma degustação de vinhos para breve.
* na foto, o sorvete de lavanda, um dos meus favoritos depois do incrível sorbert de ervas.

sabores exóticos

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A série Häagen-Dazs Reserve está bem interessante. Já experimentamos o sabor romã com chocolate, que foi aprovadíssimo por todos. O de açaí não fez muito a nossa cabeça. Mas apesar de ser um Häagen-Dazs, ele tem quase zero de gordura, fato que nos impressou deveras. Esse sorvete é delicioso justamente porque tem mais de cinquenta por cento de gordura—quase um crime! Provamos também o sabor mel lehua havaiano com creme, que gostamos muito.

ice cream dream

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Confesso que comprei esses sorvetes no Co-op puramente baseada no rótulo de nutrição. Quando li 10% total fat, zero de trans fat e 5g de açúcar, coloquei os potinhos imediatamente no carrinho. Comparado com os 50% total fat de um Haagen Dazs da vida, peloamordedeus, é uma diferença brutal! Só depois que vi que o sorvete, fabricado pela Celestial Seasonings, tinha os mesmos sabores de alguns dos seus chás e era feito com leite de arroz. Como eu adoro leite de arroz, fiquei toda sorridente. E o sorvete é simplesmente uma delícia – leve e delicado, e vem sem motivos para culpa.