É muito simples, ao invés de picar tudo grandão, pique tudo pequenininho. Tomatinhos, abobrinha, pimentão amarelo, azeitona preta, cebola roxa e hortelã. Um vinagrete de laranja e queijo feta.
Categoria: saladas
um baita pepino
Meu chefe me apareceu com um pepino, que ele ofereceu e eu aceitei, não pude recusar. Ele disse que era um pepino japonês, mas eu duvidei. E contou que pegou dois deles na horta pública do departamento de Plant Science, fato que eu também duvidei. Que ele pegou os pepinos lá na horta eu tive certeza, mas duvidei que pudesse só passar e ir pegando. Acho que você tem que trabalhar nela pra poder pegar os legumes e verduras. Mas tudo bem, eu aceitei o pepino que me foi ofertado tão gentilmente pelo meu chefe e com ele fiz uma salada.
Fatiei o pepino bem fininho no mandoline e temperei com um molho feito com iogurte integral, suco de limão, flor de sal, pimenta branca moída, dill seco e bastante azeite.
salada de tomate [heirloom]
Pegue dois tomatoes heirloom, corte em fatias grossas e tempere com uma vinagrete feita com vinagre de vinho, flor de sal, pimenta do reino moída e azeite. Antes de servir sapeque queijo de cabra em pedacinhos e folhinhas de manjericão—esses são de um minúsculo e perfumado chamado spicy bush.
salada de melão
Fiz essa salada outro dia usando um melão verde. Desta vez usei o laranja. É importante que o melão esteja SUPER doce. Esses que ando recebendo na cesta orgânica—graças à benevolência dos perus selvagens, que neste ano não invadiram a fazenda para devorá-los—estão um verdadeiro mel.
Então pra fazer essa salada é só cortar um melão em cubinhos, cortar outra fruta qualquer em cubinhos também. No meu caso cortei dois pêssegos e duas nectarinas do meu quintal. Regar as frutas com o suco de um limão [amarelo] e salpicar com lascas de amêndoas tostadas. Não vai uma pitada de açúcar, nem mel, nem nenhum outro adoçante, mas fica uma salada de frutas dulcíssima, com um toque azedinho do limão e a crocância simpática das amêndoas.
Faça, que você não vai se arrepender. E as sobras, se houverem, mantém-se muito bem na geladeira, para voltarem deliciosas à mesa no dia seguinte.
salada de batata e ovo
Foi a minha amiga carioca-norueguesa Eli quem colocou a batata sob uma nova perspectiva, quando me contou anos atrás sobre a importância, as mil e uma variedades e maneiras de prepará-las. As batatas que eu recebo na cesta orgânica são como as batatas dos noruegueses—não se pode desperdiçar um naco, uma casca, nada! São preciosas, deliciosas e chegam em diferentes variedades e cores. Eu sempre cozinho com casca, às vezes preparo também com casca, que são bem lavadas e, se precisar, levemente escovadas. Nessas batatas não é necessário usar muitos ingredientes ou temperos, pois elas já são saborosas o suficiente. Para essa salada foi só cozinhar as batatinhas em água, depois remover a casca que sai facilmente, picar e juntar uns ovos cozidos, depois um punhado de chives, essas colhidas no meu quintal. Temperei com um vinagrete feito com vinagre de champagne e laranja, azeite, sal marinho, pimenta do reino moída e mostarda amarela preparada. Bati tudo muito bem com um batedor de arame, derramei e envolvi nas batatas.
salada de pepino
Salada tirada do capítulo do verão do The Taste of Country Cooking da Edna Lewis. Bem fácil de fazer, refrescante e diferente apesar de não ter nada de especial. Use pepinos orgânicos para poder fatiar com a casca.
Rale dois pepinos médios com casca e tudo no mandoline. Salpique com 1 colher de chá de sal marinho grosso e revolva bem com as mãos. Coloque uma vasilha pesada em cima dos pepinos e coloque na geladeira por uma hora, para soltar bastante água. Remova da geladeira depois de uma hora, coe bem todo o líquido que o pepino vai soltar. Reserve. Numa saladeira bata com o batedor de arame 1/3 xícara de vinagre de vinho branco [eu usei de maçã] com 1/4 de xícara de açúcar, até o açúcar dissolver. Junte o pepino escorrido, misture bem para incorporar e salpique com bastante chives/ciboulette picadinha. Sirva imediatamente ou leve à geladeira até a hora de servir.
Israeli couscous com tomate
O Israeli couscous, também conhecido por maftoul ou pearl couscous, é bem diferente do couscous marroquino. O Israeli é feito de bolotas largas e precisa ser cozido, não apenas re-hidratado como o marroquino. Ele fica ótimo em saladas, como esta com lentilha e hortelã que eu fiz um tempo atrás. Desta vez me baseei numa receita da revista Martha Stewart Living.
Toste 1 xícara de Israeli couscous numa panela até os grãozinhos ficarem dourados. Enquanto isso tenha uma chaleira preparada com água fervendo. Quando o couscous estiver douradinho despeje bastante água fervendo até cobrir todo os grãos, acrescente sal a gosto e deixe cozinhar até os grãos ficarem bem macios. Escorra bem e reserve. Você pode fazer com tomates crus, como a MS ensina, mas eu estava usando a churrasqueira pra fazer outras coisas e resolvi aproveitar o calor e assei os tomates pequenos cortados ao meio e embrulhados numa folha de papel alumínio. Você pode também fazer no forno. Quando eles estiverem cozidos, remova da churrasqueira, abra o pacote e deixe esfriar um pouco. Misture os tomates assados—com o caldinho que soltou e tudo, no couscous cozido. Tempere com molhinho feito com vinagre balsâmico, suco de limão, azeite, óleo de nozes e flor de sal. Misture bem, jogue bastante folhinhas de manjericão frescas rasgadas com as mãos, e então sirva.
43 graus
Pedalando minha bicicleta pelo campus da UC Davis às cinco da tarde me senti dentro de um forno natural. O ar estava seco e amarelado e os meus olhos ardiam com o calor que estava no pico, marcando 43ºC / 109ºF. Nesses dias extremamente quentes, o departamento de saúde pede para as pessoas evitarem ficar na rua, fazer exercícios, levar crianças à piscina, pois o ar fica insalubre. Felizmente, essas ondas de calor duram no máximo três dias, embora elas aconteçam várias vezes durante o verão. Felizmente também temos uma excelente infra-estrutura e só se sente o calor na rua. Minha casa tem ar condicionado central, como a maioria das casas e locais públicos ou de trabalho. Eu fecho as janelas pela manhã para não deixar o bafão entrar e quando chego em casa, o a/c já ligou automaticamente para manter a temperatura da casa nos agradáveis 25ºC / 77ºF. Por isso eu não uso o fogão nesses dias tórridos, porque não faz sentido ter uma temperatura controlada e esquentar deliberadamente uma parte da casa. E como esquenta! Em dias secos e quentes como esse, até a chama do fogão produz calor demais. Então o jeito é cozinhar na churrasqueira, onde eu já adquiri maestria, ou fazer receitas que não precisam cozimento. Nesse dia baforento optei mais uma vez pela panzanella. Essa salada é uma refeição completa e não precisa usar o fogão para prepará-la. Nessa variação usei abobrinha. Mas já fiz várias vezes a receita clássica e a versão com aspargos. Assim jantamos no primeiro dia da ondaça, que ainda vai nos castigar por mais dois dias. E a previsão pra hoje—lord have mercy—é de 44ºC / 112ºF.
purple coleslaw
Se a vida [via fazenda orgânica] lhe oferecer um repolho, faça com ele um coleslaw. Se o repolho for roxo, faça então um purple coleslaw. Para realizar essa façanha você vai precisar de:
um repolho roxo ralado fininho no mandoline
uma maçã ralada fininha da mesma maneira
uma abobrinha amarela pequena idem
figos secos picados em cubinhos
um pouquinho de folhas de orégano fresco picadinhas
misture tudo e tempere com um molho feito com:
suco de um limão amarelo, flor de sal, azeite extra-virgem, mostarda dijon e creme fraiche
* esse coleslaw não ficou muito fotografável, mas passou pelo meu crivo de blogável, então aqui está!
uma [bela] saladona
Já virou praxe fazer uma saladona assim quando está quente e não se pode nem pensar em usar o fogão. Eu faço tantas dessas que já nem é mais novidade. Mas elas sempre saem diferentes, pois nunca uso os mesmos ingredientes. Uso uma travessa bem larga e rasa e vou colocando o que vier na minha telha. Às vezes eu tempero cada coisinha separadamente. Outras vezes coloco tudo na travessa e depois tempero como quero. Dessa vez fiz mais ou menos. Temperei o feijão fava separado e o resto na travessa mesmo, mas variei os azeites e os vinagres. Já fiz essa salada em noites de inverno também. Portanto, nada com respeito dessa saladona é rigidamente delimitado.
Nessa usei—tomates vermelhos e amarelos, feijão fava, figos secos, azeitonas pretas, brócolis levemente cozidos no vapor, ovos cozidos, atum conservado no azeite, abobrinha ralada em tirinhas bem finas, pepino japonês em cubos e bastante folhas de manjericão fresco picadas e salpicadas por cima de tudo. Tempero a gosto.