salada de batata doce & figo

saladabatatafigoEsta é mais uma receita maravilhosa do livro Jerusalem do Yotam Ottolenghi e do Sami Tamimi. Ela me encantou logo de primeira vista. Será que é porque adoro figos [preciso dizer isso?] e adoro batata doce? Pode até ser. Mas também acredito que esse chef é um gênio para combinar frutas e legumes e a mistura desses dois ingredientes ficou absolutamente auspiciosa. Usei uma picante porém não flamejante pimenta jalapeño que já estava avermelhando. Não lembrei de colocar o queijo de cabra e sinceramente nem achei que fez falta.

4 batatas doces pequenas
5 colheres de sopa de azeite de oliva
40 ml de vinagre balsâmico vinegar
20 gr de açúcar
12 ramos de cebolinha partidas ao meio
1 pimenta vermelha fatiada no comprimento
6 figos frescos cortados em quatro
150 gr de queijo de cabra [opcional]
Sal Maldon e pimenta do reino moída na hora a gosto

Pré-aqueça o forno em 450ºF/ 240ºC. Lave e seque as batatas e corte em fatias longas e grossas ou cubinhos. Tempere as batatas com 3 colheres de sopa de azeite, 2 colheres de chá de sal e pimenta a gosto. Espalhe as batatas sobre uma assadeira forrada com papel alumínio e asse por uns 25 minutos, ou até elas ficarem macias, mas não desmanchando. Remova do forno e deixe esfriar totalmente.

Coloque o vinagre balsâmico numa panela pequena e leve ao fogo. Deixe ferver e abaixe o fogo, cozinhando por uns 2 ou 4 minutos, até o vinagre engrossar. Remova a panela do fogo e reserve.

Numa outra panela coloque o azeite restante, as cebolinhas cortadas ao meio e as fatias de pimenta. Deixe cozinhar por uns 4 ou 5 minutos, mexendo sempre. Desligue o fogo.

Monte a salada colocando as batatas assadas sobre uma travessa, espalhe os figos e tempere com o azeite e os ramos de cebolinha e pimenta cozidos nele. Regue com a redução de balsâmico, espalhe o queijo de cabra esmigalhado com as mãos por cima [eu não coloquei] e sirva.

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salada de tomate
com manteiga queimada

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Essa ideia absolutamente genial eu vi num dos meus blogs favoritos e fiz logo em seguida. É tão simples de preparar e fica muito saboroso! Mas você precisa de tomates madurissimos, imprescindivelmente orgânicos. Eu usei os heirloom pineapple e mortage lifter. Corte os tomates em rodelas grossas e ajeite numa travessa. Numa panelinha coloque bastante manteiga sem sal e deixe derreter em fogo médio. Quando a manteiga estiver completamente derretida abaixe o fogo e deixe cozinhar até ela ficar com uma cor amarronzada e com um cheiro de nozes. Usando uma colher, coloque essa manteiga queimada sobre os tomates, tempere com sal Maldon [ou outro sal flocado] e pimenta do reino moída na hora. Sirva imediatamente.

salada de figo & rúcula

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Na terça-feira passada saí do trabalho e fui direto para o Farmers Market de Woodland. Eu precisava comprar ovos e queria aproveitar os últimos momentos da temporada dos figos. Gastei todo o dinheiro que tinha na carteira com eles. Na banquinha de uma família de fazendeiros mexicanos de Esparto, comprei os figos de casca verde e miolo roxo mais doces que já comi. E de aparência absolutamente impecável, sem manchas, sem amassos, porque tinham sido colhidos naquele mesmo dia. Na mesma banca dos ovos, a moça vendia figos de casca mais verde escura e quando eu agarrei todas as cestinhas disponíveis, ela me disse que a árvore dela continuava frutificando, ela colhia, colhia, e os figos continuavam amadurecendo. Eu então disse alegremente que ela continuasse trazendo os figos pra vender, que eles teriam comprador certo [eu!]. Cada cestinha desses figos locais e fresquíssimos custam três duas e meia patacas no Farmers Market de Woodland. Aproveitando estou, pois boba não sou!

Os figos verdes claros comi todos frescos, abrindo ao meio e abocanhando a maioria com casca e tudo. E com os verdes mais escuros fiz essa salada, tentando imitar a que comi no Piccino cafe em San Francisco.

Você vai precisar de um maço de rúcula, figos frescos, um pedaço de queijo gorgonzola ou blue e avelãs torradas. Eu torro as minhas na frigideira, pois acho mais fácil. Monte a salada e tempere com sal [usei o Maldon], pimenta do reino moída na hora, azeite de oliva extra-virgem e uma redução de vinagre balsâmico. Para fazer a redução é só colocar uma quantidade de vinagre numa panelinha e levar ao fogo baixo até o liquido engrossar, ficar como um xarope. O melhor é temperar a rúcula separadamente numa vasilha com o sal, pimenta e azeite. Colocar a rúcula temperada numa travessa e salpicar com os figos cortados ao meio ou em quatro, as avelãs torradas e pedacinhos de queijo gorgonzola ou blue. No final colocar um pouquinho da redução de balsâmico por cima e servir imediatamente.

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salada de alface romana
[com pera asiática & amêndoa]

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A alface romana tem um je ne sais quoi que eu adoro. Deve ser pela sua imperturbável e sempre presente crocância. Nessa salada ela desempenhou muito bem o papel de protagonista, sustentada pela delicadeza das fatias finíssimas de pera asiática e das lascas de amendoâs torradas. Temperei apenas com sal maldon, pimenta do reino moída na hora, azeite de oliva extra-virgem e suco de limão taiti. Ficou ultra refrescante.

salada de repolho & cenoura

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Era o último repolho. E felizmente era bem pequeno. Por isso virou salada. Casado com cenouras. Tudo ralado no mandoline. Mais um punhado de currants. E outro punhado de salsinha picada. Temperado com suco de limão. Azeite extra-virgem. Sal maldon. Pimenta do reino moída na hora. E umas colheradas de sour cream. Foi um farewell ao repolho. Embora sabendo que ele voltará. Porque repolho sempre volta. Eu querendo ou não.

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uma salada portátil

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A salad in a jar—não é uma ideia nova, mas é uma boa ideia, que vi na revista Whole Living da Martha Stewart da qual sou assinante na versão para ipad. Fiz essa minha primeira interpretação da salada portátil usando apenas cenouras amarelas cortadas em palitos. No fundo do vidro coloquei sal, pimenta do reino moída na hora, azeite de oliva extra-virgem, suco de limão, buttermilk e alecrim fresco picadinho. Na hora de comer é só abrir o vidro e ir molhando os palitinhos de cenoura no molho e crockn’nhock! Bom pra trazer na marmita pro trabalho ou pra levar em picnics e tals.

abobrinha grelhada
[com manjericão & parmesão]

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Essa abobrinha é tão simples de fazer e fica tão gostosa que era imprescindível que eu fizesse um registro aqui. Comprei um punhado delas no Farmers Market de Woodland e preparei essa espécie de salada duas vezes seguidas. É só cortar a abobrinha em tiras bem longas e finas [use o mandoline, se tiver um], temperar levemente com sal, pimenta do reino moída na hora e um fio de azeite e grelhar rapidamente dos dois lados—eu usei essa grelha de ferro, mas pode ser qualquer outro tipo]. As tirinhas cozinham bem rápido, então tem que ficar de olho, não pode distrair pra não deixar queimar. Depois é só colocar a abobrinha grelhada numa travessa, espremer meio limão por cima, decorar com folhinhas de manjericão fresco e fatias fininhas de queijo parmesão e servir. Não vai ter sobras.

salada de pepino & abacate

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Voltamos do mercadinho, que descobrimos na saída pra County Road 16 e já viramos fregueses, carregando vários abacates maduros e um pacote de rabanetes, além do saco de laranjas super doces e uma dúzia de ovos da FelizBerta. Tudo local. Era um sábado, já estava um pouco tarde para inventar coisa muito complicada na cozinha e a fome apertava. Para o nosso almoço preparei rapidamente uma das inúmeras variações daquela sopa de tomate com pimentão, tostei fatias de pão integral com um fio de azeite e preparei essa salada. Para fazê-la usei:

1 pepino picadinho
1 talo de salsão picadinho
1 abacate pequeno picadinho
3 rabanetes picadinhos
Suco e raspas de um limão
Bastante azeite
Um pingo de vinagre balsâmico de pêssego
Folhas de coentro fresco picadas
Queijo feta esmigalhado com as mãos
Sal Maldon e pimenta do reino moída na hora

Misture tudo, tempere e sirva. [Hmmmmhh!]

salada de cogumelos
[com erva-doce & parmesão]

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Sou daquelas que nunca passa indiferente diante de uma cestinha de cogumelos frescos. Pra mim, eles são irresistíveis. Compro sempre e muitos, se forem selvagem ou orgânico melhor ainda. Não desprezo, não ignoro, não evito. Mas só compro os não venenosos—que isso fique bem claro [*pisc!]. Desta vez acumulei um pacotão dos pequenos creminis e dos saborosos shiitakes, que foi o que usei para fazer uma adaptação dessa receita. Troquei o salsão e a salsinha da receita original pela erva-doce e ciboulette. Ficou muito bom, mas ainda vou refazer usando os ingredientes indicados. Duas notas super importantes sobre cogumelos frescos: guarde sempre os cogumelos em sacos ou embalagens de papel, nunca em nada de plástico. Embalados em papel eles duram por tempo indeterminado na geladeira—vão secar, mas continuam bons e podem ser re-hidratados e usados. Em embalagens de plástico eles murcham e mofam. E cogumelos frescos não devem ser lavados, no máximo escovados delicadamente ou limpos com um paninho ou folha de papel, apenas para remover qualquer eventual resíduo de terra.

7 colheres de sopa de azeite de oliva extra-virgem
1/2 quilo de cogumelos frescos [cremini & shiitake]
2 colheres de sopa de suco de limão
2 bulbos de erva-doce fatiados bem fininho
[use um mandoline, se tiver um]
1 xícara de queijo parmigiano reggiano em fatias finíssimas
Sal marinho e pimenta do reino moída na hora
1/4 xícara de ciboulette picadinha

Refogue os cogumelos e, 3 colheres de sopa de azeite sobre fogo médio por 5 minutos ou até eles ficarem dourados. Tempere com sal e pimenta e deixe esfriar.
Numa saladeira coloque as 4 colheres de sopa restantes de azeite e o suco de limão. Tempere com sal e pimenta. Misture bem e adicione a erva-doce fatiada, os cogumelos refogados e frios, o queijo e as cibouletes. Misture bem e sirva.

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panzanella de aspargos

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A salada que levei para o nosso picnic chuvarento merecia ser publicada aqui. Preparei ums receita no dia usando ervilhas frescas, além dos aspargos. E refiz no dia seguinte, usando vagens no lugar das ervilhas. Das duas maneiras ficou muito bom. A panzanella é uma salada de verão, geralmente feita com tomates e manjericão. Mas há variações de primavera e os aspargos ficam perfeitos nessa reinterpretação desse prato clássico.

faça os croutons:
1 pão rústico pequeno e amanhecido
Queijo parmesão ralado
Pimenta do reino moída na hora
Um maço pequeno de tomilho fresco picadinho
Azeite

Corte o pão em cubinhos pequenos, tempere com a pimenta, o tomilho, o queijo ralado e o azeite. Mexa bem para incorporar os temperos, espalhe sobre uma assadeira coberta com papel alumínio e asse em forno pré-aquecido em 400ºF/ 205ºC por 15 minutos ou até os croutons ficarem dourados e crocantes. Retire do forno, deixe esfriar e reserve.

faça a salada:
1 maço de aspargos frescos
1 pacote de vagens verdes [ou 2 xícaras de ervilhas frescas]
Meia cebola roxa cortada em fatias finas
Ciboulettes e folhas de hortelã fresco picados
Cubinhos de qualquer queijo firme
[*usei um queijo toscano com syrah na primeira versão e o queijo asiago na segunda]
Raspas e suco de um limão [*usei o Meyer]
Sal marinho e pimenta do reino moída na hora
Azeite a gosto

Remova a parte dura da extremidade inferior dos aspargos, coloque eles inteiros numa vasilha e regue com um fio de azeite. Coloque os aspargos numa grelha ou frigideira e cozinhe até eles ficarem al dente. Não deixe cozinhar demais! Remova os aspargos da grelha e deixe esfriar num prato. Reserve. Cozinhe as ervilhas ou as vagens por uns minutos em água fervendo. Também não deixe cozinhar muito, especialmente as vagens que não devem ficar molengas. Escorra e reserve. Coloque as fatias de cebola numa vasilha com água gelada e um pouco de vinagre de vinho. Deixe descansar por uns 10 minutos, escorra e reserve. Numa saladeira coloque os aspargos grelhados e picados, as ervilhas ou vagens cozidas [pique as vagens também], a cebola, as ervas e as raspas de limão. Misture bem, tempere com sal e pimenta do reino moída na hora, o suco de limão e azeite a gosto. Junte os cubinhos de queijo e os croutons, mexa para incorporar e sirva.

Essa salada guarda bem de um dia para o outro na geladeira se porventura houver o milagre das sobras. Adoro quando isso acontece!