Tive um dia atribulado, daqueles em que à medida que as noticias vão chegando, você só sente vontade de sentar [ou deitar] e chorar. No meio da manhã bradei bem alto, assustando minha chefona que trabalhava concentrada—VAMOS TER QUE ASSALTAR UM BANCO! Porque é tanto quiprocó burocrático e gastação ridícula de dinheiro no processo de vender uma casa e comprar outra que nem sei. Gostaria de estar tendo tempo para fazer um diário e registrar todos os passos, todos os afazeres, os corre pra lá e corre pra cá que envolvem uma mudança. Sem falar na montanha russa emocional, que está realmente desgastante. A tristeza de deixar a casa antiga, com a excitação das novidades da casa nova. Tem dias que me pego falando alto e sozinha, no mais completo transe de mulher endoidecida.
Neste dia particular, em que todas as notícias de quanto iríamos gastar nas reformas e consertos foram chegando de solavanco, fui almoçar em casa e [bah] constatei chocada que não tinha absolutamente nada pronto para comer na minha cozinha. Nem mesmo um pão com queijo. Na verdade até tinha pão, mas não tinha queijo. Fiquei uns minutos zanzando pela cozinha, até decidir colocar uma panelinha com água e sal no fogo. Qualquer massa funcionaria bem. E as ervilhas congeladas foram a segunda opção. Decidi pelo couscous israeli que cozinha rápido. Então foi só cozinhar a massinha na água com sal fervendo e no final juntar um tanto de ervilhas congeladas. Escorrer tudo, temperar com sal, pimenta do reino moída e um fio de azeite extra-virgem, misturar e servir bem quente. Deu um almocinho bem reconfortante que me ajudou a enfrentar o resto do dia. Ready for second round!