bolo de ruibarbo

bolo de ruibarbo

Ainda estou no frenesi do ruibarbo, por isso sai procurando por receitas e a desse bolo caiu na minha rede. Ficou gostoso, comemos tudo, mas vou avisar que ninguém terá uma epifania por causa dele. E se não tiver ruibarbo, certamente pode-se usar outra fruta que tenha uma consistência firme.

1 xícara de iogurte integral
1 xícara de açúcar
1 pitada de sal marinho
1/2 colher de chá de extrato de amêndoa
1/2 xícara de óleo vegetal
2 ovos caipiras grandes
1 e1/2 xícaras de farinha de trigo
1 e 1/2 colheres de chá de fermento em pó
1 colher de chá de bicarbonato de sódio
1 xícara de ruibarbo, cortado em pedaços pequenos

Pré-aqueça o forno a 350ºF/ 176ºC . Unte uma forma redonda com óleo e forre o fundo com papel vegetal ou manteiga. Numa tigela grande misture bem com uma batedor de arame o iogurte, o açúcar, o sal e o extrato de amêndoa. Junte o óleo na massa lentamente, mexendo sempre. Adicione os ovos e continue batendo até a massa ficar homogênea. Numa outra tigela peneire a farinha, o fermento e o bicarbonato de sódio e misture na outra massa com uma espátula. Despeje tudo na forma untada e espalhe o ruibarbo picado por cima. Asse o bolo por cerca de 45 minutos, ou até que o centro esteja totalmente cozido. Deixe o bolo esfriar por 10 minutos e desenforme.

torta de iogurte [& ruibarbo]

torta de ruibarbo

Para o almoço do feriado de Memorial Day eu encasquetei de fazer uma receita leve, fresca, sem precisar usar o forno e onde eu pudesse usar alguns talos de ruibarbo. Achei essa aqui deveras interessante e adaptei, troquei os morangos frescos pelo ruibarbo cozido levemente numa calda de mel. Olha, talvez eu deva refazer usando os morangos. Eu gostei do resultado, mas nem todo mundo dividiu o meu entusiasmo. O crítico foi um deles, que experimentou só uma lasquinha e deu o veredito—não gostei! E não comeu mais. Não estou aqui para desanimar ninguém, mas talvez essa torta não seja mesmo pro gosto de todo mundo, ou seria melhor fazer mesmo com os morangos.

para a crosta:
2 xícaras de nozes tostadas
1 e 1/2 xícaras de tâmaras sem o caroço
1/4 colher de chá de sal marinho
1/2 colher de chá de canela em pó
para o recheio:
2 colheres de chá de gelatina em pó [1 envelope]
1/2 xícara mais 2 colheres de sopa de leite integral
1 e 1/2 xícaras de iogurte grego integral
1/4 xícara de açúcar mascavo [*usei o meu açúcar de limão]
1/4 colher de chá de extrato de baunilha
1 pitada de sal marinho

No processador de alimentos coloque todos os ingredientes da crosta e pulse até obter uma massa grossa e com aderência e que possa ser moldada na forma. Pressione a mistura em uma camada uniforme no fundo e nos lados de uma forma de 22 cm com fundo removível. Reserve.

Numa tigela pequena polvilhe a gelatina sobre 2 colheres de sopa de leite frio e deixe repousar por 5 minutos. Em uma panela pequena em fogo médio esquente o leite. Quando começar a formar pequenas bolhas nas bordas, retire do fogo e adicione à mistura de gelatina. Mexa bem até dissolver completamente. Em uma tigela média, misture o iogurte, o açúcar mascavo, a baunilha e uma pitada de sal. Misture com o iogurte com a gelatina dissolvida. Despeje essa mistura sobre a massa da torta. Leve à geladeira até endurecer, por mais ou menos 2 horas. Remover a torta da forma e servir com o ruibarbo que foi cozido numa calda de mel e limão.

A calda de mel eu fiz à olho: meia xícara de mel, uma colher de sopa de água e uma colher de sopa de suco de limão. Cozinha em fogo baixo até engrossar e joga os ruibarbos cortados em palitos. Cozinha só por um minutinho e desliga o fogo. Não deixe o ruibarbo desmanchar. Se decidir usar morangos, apenas decore os fatias da fruta fresca.

torta de ruibarbo

shake de ruibarbo

shake-rhubarb.jpg

Essa foi uma das bebidas mas deliciosas que já experimentei nos últimos tempos. Servi como sobremesa. Estamos na estação do ruibarbo [que é bem curta] e estou encontrando talos muito bonitos e baratos no meu supermercado local. Estou aproveitando. Mas se ruibarbo for difícil de achar, substitua por outra fruta. Acho que deve ficar muito bom com morango ou pêssego. A receita saiu no novo NYT Cooking.

500gr de ruibarbo cortado em fatias finas
5 colheres de sopa de mel
1/2 xícara de iogurte grego [ou o iogurte comum]
2 xícaras de cubos de gelo
Um pouquinho de água de rosas, para dar sabor
Um punhadinho de pistachios picados, para decorar

Misture o ruibarbo, o mel e 2 colheres de sopa de água em uma panela. Leve ao fogo, deixe ferver, abaixe o fogo e cozinhe, mexendo sempre, até o ruibarbo derreter, uns 8 minutos. Remova do fogo e deixe esfriar. No liquidificador adicione a compota de ruibarbo, o iogurte, os cubos de gelo e um pouquinho de água de rosas [não exagere]. Bata bem até ficar homogêneo. Se quiser pode adicionar mais mel e água de rosas. Despeje em dois copos, decore com os pistachios e sirva.

shrub de cereja negra

shrub-cherry.jpg

Logo no final do inverno me deu um faniquito, porque não tinha mais shrubs na geladeira e eu precisava repor o estoque. Então passei algumas semanas marinando frutas no vinagre. Fiz alguns com frutas frescas [abacaxi e pera] e outros com frutas congeladas [blackberries, framboesas e esse de cerejas negra]. A receita é sempre a mesma. O experimento com as frutas congeladas deu muito certo, nem precisa descongelar, apenas mistura o pacote das frutas com o vinagre e prossegue normalmente. O favorito dessa leva foi o de cereja negra. Em breve teremos uma abundância de frutas frescas e farei mais shrubs, bebida imprescindível para nos refrescar durante o verão.

bolo de earl grey & laranja

bolo-earlgrey-laranja.jpg

Achei a ideia desse bolo feito com o chá preto misturado com a laranja, absolutamente genial. Coincidentemente eu tinha acabado de comprar uma dúzia das laranjas cara cara, que é uma variedade com polpa avermelhada. Até que gostei do resultado, mas achei que ficou um pouco doce demais pro meu gosto. A culpa foi do glacê. Se eu for refazer essa receita certamente usarei apenas um terço da quantidade do açúcar do glacê ou talvez nenhum açúcar, só regando o bolo com o suco e o chá. Mas se você é fã de coisas mais adocicadas, essa é uma receita ideal. Não curti muito, mas não preveni outros de curtirem—levei o bolo pro meu trabalho, deixei ele na cozinha e em trinta minutos não tinha nem um farelo no prato. Sucesso!

1/4 de xícara de açúcar branco
1/4 de xícara de açúcar demerara
1 xícara de açúcar de confeiteiro
2 ovos caipiras
7 colheres de sopa de manteiga sem sal, derretida e fria
1 xícara de farinha de trigo
1 colher de chá de fermento em pó
1/4 colher de chá de sal
4 saquinhos de chá earl grey [da melhor qualidade possível]
6 colheres de sopa de suco de laranja cara cara
[*pode substituir laranja navel ou suco de tangerina]
1 colher de chá de água de flor de laranjeira

Pré-aqueça o forno em 350ºF/ 176ºC. Unte uma forma redonda de 20 cm com manteiga e forre com uma rodela de papel vegetal ou manteiga. Misture açúcar e os ovos em uma tigela e bata bem até ficar cremoso e leve. Adicione a manteiga derretida e misture bem. Peneire a farinha, o sal e o fermento juntos e adicione à massa. Abra os saquinhos de chá e despeje as folhas em uma tigela pequena. Despeje o chá na massa e mexa bem. Misture o suco de laranja e água de flor de laranjeira. Despeje a massa na forma preparada, leve ao forno e asse por 20-25 minutos até que o bolo esteja cozido no centro. Remova do forno, deixe esfriar completamente e inverta o bolo em um prato antes de colocar o glacê.

glacê de laranja e earl grey
1/2 xícara de açúcar de confeiteiro peneirado
1 e 1/2 colher de sopa de chá earl grey preparado bem forte
1 colher de sopa de suco de laranja

Misture o açúcar de confeiteiro com chá e suco de laranja até ficar um creme grosso. Despeje sobre o bolo e deixe descansar por pelo menos 30 minutos antes de servir .

peras assadas com verjuice
açafrão & alecrim

Em todos os livros do Yotam Ottolenghi eu via receitas que mencionavam um ingrediente chamado verjuice, mas nunca tive a curiosidade de procurar e comprar. Até outro dia quando aportei no mercadinho de produtos internacionais onde vou de vez em quando. Vou lá porque gosto de olhar as mercadorias indianas e do oriente médio, mas vou também por que eles vendem uns ingredientes brasileiros e eu às vezes peço pra proprietária indiana encomendar coisas com o fornecedor brazuca dela. Neste dia eu fui lá pedir pra ela trazer bananinha do tachão de ubatuba [podem rir, mas quem tem boca vai à Roma, né?]. Ela não é boba e está trazendo cada vez mais produtos brasileiros, como carne seca, queijo catupiry e goiabada cascão. Bom, nesse dia eu finalmente vi as garrafas de verjuice e a luz verde piscou dizendo—compra, compra, compra! e eu comprei. Essa foi a primeira receita que fiz com esse suco de uvas verdes que é muito usado para substituir sucos cítricos ou vinagre em inúmeras receitas salgadas e doces. As peras usadas aqui precisam estar bem firmes, porque elas vão assar por um período longo e precisam ficar inteiras, não podem desmanchar. O verjuice e o mel formam uma calda muito deliciosa. Essa receita faz uma sobremesa bem delicada, intrigante e sofisticada, muito boa para uma ocasião festiva.

250ml de mel
400ml de verjuice
2 pitadas de açafrão
2 ramos de alecrim fresco
8 peras Bosc, firmes
Pré-aqueça o forno a 356ºF/180ºC. Numa panela média coloque todos os ingredientes, menos as peras, e deixe ferver. Remova do fogo e reserve.

Descasque as peras, corte ao meio longitudinalmente e retire o núcleo mas deixe a haste intacta. Coloque as peras em um prato refratário ou de cerâmica e despeje o líquido por cima. Cubra o prato com papel alumínio. Asse por 40 minutos, vire as peras algumas vezes na calda quente e deixe cozinhar por mais 30 minutos ou até ficar cozido, removendo o papel alumínio nos últimos 10 minutos. Retire do forno deixe esfriar um pouco e sirva com sorvete ou um creme inglês, se quiser. Eu não quis.

bolo de maçã, rum & nozes

bolo de maçã, rum e nozes

bolo de maçã, rum e nozes

Com algumas maçãs pra usar, procurei por ideias para fazer um bolo. Essa receita da revista Bon Appetit me serviu porque era fácil e juntou booze com frutas. E muitas frutas. Juro que fiquei um tanto preocupada quando misturei um quilo de maçãs picadas à massa. Achei que aquela argamassa não iria virar um bolo, mas virou um bolo bem gostoso!

1/2 xícara de rum escuro
2 e 1/2 xícaras de farinha de trigo
2 colheres de chá de fermento em pó
2 colher de sopa de canela em pó
1 colher de chá de sal
1/2 colher de chá de pimenta da Jamaica moída
2 xícaras de açúcar
3 ovos caipiras grandes
3/4 xícara de óleo vegetal
2 colheres de chá de extrato de baunilha
4 maçãs grandes [1 quilo] descascadas e cortadas em cubinhos
1 xícara de nozes picadas
1 xícara de passas [*usei as currants]

Preaqueça o forno a 350°F/ 176ºC. Unte com manteiga e polvilhe com farinha uma forma grande e retangular. Coloque o rum numa panela pequena e cozinhe até reduzir a 1/ 4 de xícara. Reserve.

Peneire os próximos 5 ingredientes em uma tigela média. Usando batedeira, bata o rum, o açúcar, os ovos, o óleo e a baunilha por cerca de 5 minutos até formar um creme grosso. Adicione a mistura de farinha e bata só até misturar. Acrescentar as maçãs, nozes e passas e misturar com uma espátula. Coloque a massa na forma preparada. Leve ao forno e asse por cerca de 40 minutos ou até o bolo ficar totalmente cozido no centro. Remova do forno e deixe esfriar. Corte em quadrados e sirva.

bolo de maçã, rum e nozes bolo de maçã, rum e nozes

redução de romã

cinco romãs

redução romãs

Fui para o Brasil em dezembro e deixei uma travessa com uma dúzia de romãs gigantescas numa travessa em cima de um móvel na sala de jantar. Quando voltei elas ainda estava lá, muito lindas, decorando o ambiente. Mas eu voltei pra um absoluto ziriguidum e não tive tempo de abrir nenhuma delas. Foi apenas no final do mês de janeiro que arrumei a coragem que precisava para abrir todas aquelas frutas, que naquela altura já estavam bem ressecadas. Milagrosamente consegui salvar seis delas. Uma usei em saladas e com as outras cinco fiz essa redução. Bati todas as sementes no liquidificador, passei por uma peneira adicionando um pouquinho de água e coloquei tudo numa panela de ferro. Deixei cozinhar por muitas, muitas, muitas horas em fogo baixíssimo e o resultado foi um uma xícara de uma calda fortíssima e saborosíssima—o puro purê da fruta! Não vai um pingo de açúcar, portanto não fica um doce, mas um molho. Usamos para colocar no sorvete, no iogurte, eteceterá.

frutas secas cozidas no vinho

frutas secas cozidas no vinho

Esse molho de frutas secas é usado como acompanhamento para a torta de ricota da Deborah Madison. É uma ótima ideia e as sobras podem ser usadas no iogurte, no sorvete, eteceterá. O vinho Pedro Ximenez pode ser substituído por Porto ou Zinfandel tinto. As medidas não precisam ser exatas e as frutas também podem variar. Mantido na geladeira num recipiente com tampa, essas frutas se conservam por dois meses.

2 xícaras de água
2 xícaras de vinho Pedro Ximenez, Porto ou Zinfandel
1 e 1/2 xícaras de açúcar
1/2 fava de baunilha cortada na metade pelo comprimento
1/2 colher de chá de grãos de pimenta preta torradas levemente em uma frigideira
1 pau de canela
1 pedaço grande de casca de laranja [sem a parte branca]
1 pedaço grande de raspas de limão [sem a parte branca]
1/2 xícara de damascos secos cortados em pedaços pequenos
1/2 xícara de peras secas cortadas em pedaços
6 figos secos cortados ao meio
1 xícara de ameixas secas sem caroço cortadas em quatro
1/3 xícara de passas douradas
1/3 xícara de passas
1/4 xícara de cerejas secas

Levar a água, o vinho e o açúcar para ferver em uma panela com as especiarias e raspas de cítricos. Quando o açúcar tiver dissolvido adicione as frutas. Reduza o fogo e cozinhe com a panela parcialmente coberta até que as frutas estejam macias e o molho mais engrossado, por cerca de 30 minutos. Transfira para um frasco limpo com tampa. Guarde na geladeira.