crisp de tomates

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Vamos aos tomates, então? Inaugurando a temporada dos tomates frescos, afanei essa receita bacaninha da Elvira, que fiz com algumas adaptações. Ela serviu como acompanhamento, mas pra nós foi o prato principal no jantar e as sobras eu devorei sozinha no dia seguinte. Ficou muito bom. A Elvira usou os tomates cerejas e eu usei uns maiores e mais compridos. Mas todos locais e orgânicos, isso é o que realmente importa. Pisc!

faz 4 porções
2 fatias de pão de forma integral [*usei essas chips de milho]
1/4 xícara de queijo ralado [*usei parmesão]
2 colheres sopa de folhas de salsa fresca [*usei manjericão]
1 colher sopa de azeite
1 dente de alho picado
sal e pimenta moída na hora a gosto
700 g de tomates orgânicos

Pré-aqueça o forno em 400ºF/ 200ºC. Corte as fatias de pão em pedaços e coloque no processador [*usei as chips de azeitonas da marca Food Should Taste Good]. Junte o queijo ralado, as folhas de salsa [*usei manjericão], o azeite e o alho picado. Tempere a gosto com sal e pimenta.

Triture até o pão ficar bem esmigalhado e os ingredientes bem misturados. Reserve.
Corte os tomates ao meio e coloque em uma única camada numa assadeira. Espalhe a mistura de pão por cima.

Leve ao forno por 20-25 minutos ou até a farofa de pão ficar bem dourada. Remova a assadeira do forno e sirva em seguida.

parfait de pêssego com creme de mascarpone

Outra sobremesa preparada com fruta fresca da estação, super prática pra se fazer numa pessego-italianodo muito mais interessante. Achei a receita no website do Foster’s Market. Ficou super refrescante e realmente sofisticado. Um dos meninos hospedado aqui em casa experimentou, no inicio meio desconfiado, e simplesmente pirou o cabeção. Conseguir impressionar adolescente com um doce assim tão simples, é um feito para ser adicionado no currículo de vida, né?

faz duas porções
2 pêssegos orgânicos bem maduros
2 colheres de sopa de vin santo ou outro vinho doce de sobremesa
1/2 xícara de creme de leite fresco
1/2 xícara de queijo mascarpone
1/4 xícara de açúcar

Numa vasillha coloque os pêssegos descaroçados e sem pele, cortados em cubinhos e regue com o vin santo ou outro vinho doce da sua preferência. Deixe marinar. Enquanto isso, bata o creme de leite na batedeira até formar picos. Junte o queijo mascarpone e o açúcar e bata até misturar bem. Monte o parfait colocando uma camada de pêssegos, outra de creme, outra de pêssego, outra de creme. A última camada deve ser de creme. Salpique com biscoito de amareto ou de gengibre moído. Eu usei um biscoitinho japonês de chocolate. Se não servir imediatamente, coloque na geladeira.

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Eu espero o ano todo por eles. Daí eles chegam e me dêem licença, porque os tomates serão os astros por aqui durante algum tempo. Pra você pode ser somente um tomate, mas pra mim essa fruta é o símbolo do verão. Ou um pouco mais que isso, pois o tomate é protagonista de algumas histórias e teve um certo impacto na minha vida, desde que vim morar aqui na tomatolândia.

Durante o verão minha cozinha fica tomada e dominada pelos tomates. Eu exagero, na compração e na comilança, porque sei que a temporada é essa. Faço tanta salada, tanta sopa, inovo com algumas receitas, busco novidades, mas confesso que o que mais gosto de fazer é picar uns tomates super maduros, temperar com azeite, sal, vinagre, salpicar com ervinhas frescas e devorar tudo com fatias de pão tostados na frigideira. Também gosto de refogar tomates rapidamente no azeite e jogar por cima do macarrão cozido. Coisas simples da vida, que me dão imenso prazer, acompanhadas de uma taça de vinho tinto ou verde gelado, isso é verão pra mim.

Daí que vou ao Farmers Market e não compro apenas um montão de tomates frescos, locais e orgânicos que pretendo comer. Compro belezuras que quero fotografar, enfeitar a cozinha, arranjados numa travessa bonita. Tomates são charmosos, tomates são fotogênicos, tomates são bonitos, tomates são gostosos. Você não concorda?
»só não guarde tomates na geladeira porque eles perdem todo o seu delicioso sabor. essas bonitezas posando na foto são tomates heirloom.

picolé de damasco & gengibre

Estou virando uma pushover, sempre tentando convencer todos que vejo pela frente a consumir as sobremesas que preparo. No momento, picole-damascome concentro na divulgação dos meus picolés. Qualquer um que apareça na minha cozinha escuta a mesma lenga-lenga—quer provar um picolé? pega ai um picolé! experimenta meu picolé. que tal um picolé? picolés são ótimos para dar uma refrescada no calor. picolé everybody? picolé anyone?

Desovei esses picolés nos meus hóspedes, que aguentaram o ardor do gengibre até certo ponto. Eu avisei antecipadamente que adoro gengibre e portanto peso um pouco a mão. A mistura doce picante agradou mais ao Uriel e ao Gabriel. Eu já tinha feito essa experiência com o damasco e o gengibre antes. Desta vez fiz no palito e ficou simply outstanding!

1 xícara de creme de leite fresco
1 xícara de iogurte integral
1 xícara de damascos frescos descaroçados
1 colher de sopa [ou mais se quiser ousar] de gengibre fresco ralado
[*use o microplane pra ralar o gengibre, se você tiver um]
Mel a gosto pra adoçar
1 colher de chá de licor [*usei o Grand Marnier]

Bater todos os ingredientes no liquidificador e colocar nas forminhas ou copinhos. Se for usar copinhos, cubra cada um com um pedaço de filme plástico bem esticado, daí coloque os palitos, furando o plástico. Assim eles congelam retinhos.

torta de morango & blueberry

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Para o Fourth of July comprei morangos e blueberries que usei para fazer uns picolés patrióticos—vermelho e azul, misturados com creme de leite e iogurte [infelizmente sem fotos]. Com as sobras das frutas fiz uma torta, que servi no almoço do dia seguinte. Tirei a receita da massa do livro Seasonal Fruit Desserts da Deborah Madison. Já tinha preparado essa mesma massa para fazer uma torta de cerejas que também levou uma camada de frangipane na base. A combinação de frutas e o creme de amêndoas é realmente fenomenal. Essa versão com morangos e blueberries ganhou nota dez.

massa [tart dough]
faz uma torta de 22cm/ 9inch
1 xícara de farinha de trigo
[ou 3/4 xícara de farinha branca e 1/4 xícara de farinha integral]
1 colher de sopa de açúcar mascavo orgânico [escuro ou claro—usei o escuro]
1/4 colher de chá de sal
1 colher de sopa de casca ralada de limão, laranja ou tangerina
1 tablete/ 113 gr de manteiga sem sal gelada cortada em cubos
1 colher de sopa de água gelada misturada com 1/2 colher de chá de extrato de baunilha [ou 1/4 colher de chá de extrato de amêndoa]

Coloque a farinha, açúcar, sal e raspas da casca da fruta escolhida [*usei limão] no processador. Pulse. Adicione a manteiga em cubinhos e vá pulsando até obter uma farofa grossa. Adicione a água misturada com a baunilha [ou amêndoa] e pulse até obter uma massa.
Remova a massa do processador e embrulhe numa folha de filme plástico formando um disco e leve à geladeira por 30 minutos.
Essa massa pode ser colocada na forma pressionando pedaços dela com dos dedos. Ou pode-se abrir com o rolo, tendo o cuidado de enfarinhar bem a superfície e o topo da massa. Como decidi fazer uma torta tipo galette, abri a massa sobre uma folha de papel vegetal e coloquei sobre a assadeira.

Sobre a massa aberta espalhe uma receita de frangipane e depois cubra com as frutas. Salpique as frutas com açúcar [*usei o demerara]. Dobre as bordas sobre o recheio, pincele as bordas com creme de leite e salpique com mais açúcar. Leve ao forno pré-aquecido em 375ºF/ 190ºC e asse até as bordas da torta ficarem bem douradas e o recheio borbulhar dos lados. Remova a torta do forno e deixe esfriar.

Sirva morna ou fria, com sorvete, chantilly ou apenas creme de leite fresco, que foi como nós fizemos.

frangipane
1/2 xícara de amêndoa moída ou farinha de amêndoa
1/4 xícara de açúcar
1 ovo
3 colheres de sopa de manteiga amolecida
3/4 colher de chá de extrato de baunilha
1 colher de sopa de farinha de trigo

Coloque todos os ingredientes num processador [ou mini-processador] e misture tudo até formar uma pasta cremosa. Use em seguida ou guarde na geladeira em recipiente de vidro com tampa. Antes de usar remova da geladeira e deixe ficar em temperatura ambiente. Essa receita é o suficiente para forrar a base de uma torta grande.

pasta com pesto & abobrinha

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Na cartinha da fazenda orgânica daquela semana veio uma receita de pesto zucchini, que eu li por cima e não entendi bem o que realmente era. Anunciei aos quatro ventos que iria fazer o pesto de abobrinha—já pensaram que bacana, pesto de abobrinha! Mas quando li a receita com atenção, caí na real. Era pesto com abobrinha, não pesto de abobrinha. Tudo bem, fazia mais sentido. A abobrinha não iria segurar o pesto e para adicioná-la teria que remover o manjericão? Não, isso não pode!

Apesar da decepção com a pseudo-novidade, fiquei com a idéia na cabeça. Pesto de abobrinha. Resolvi preparar um pesto, que fiz sem medidas, usando bastante folhas de manjericão fresco, queijo parmesão ralado na hora, um dente de alho, um punhadão de sementes de girassol torradas, um pouquinho de sal e muito azeite.

Cozinhei um macarrão integral al dente em bastante água com sal. Cortei abobrinhas e temperei com sal e azeite e grelhei na churrasqueira—pode fazer no forno ou grelha no fogão.

Temperei o macarrão com o pesto. Use um pouco da água do cozimento para dissolver o pesto, se achar necessário. Misturei as abobrinhas grelhadas e servi com bastante queijo parmesão ralado na hora.

polenta com molho de tomate [fresco]

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Estou com dois hóspedes em casa, dois rapazinhos de 16 anos, filhos de duas grandes amigas que já viveram aqui em Davis. Eles estão passando férias, visitando com amigos, relembrando os velhos tempos, comendo todos os rangos que sentiam saudades. Outro dia um deles me disse—Fê, estou louco pra comer sua comida, você tem tanta coisa gostosa na sua cozinha! Então fiz um almoço caprichado pra eles. Como um deles é vegetariano, pensei num prato substancioso, porém agradável para uma refeição de verão. Fiz a polenta no dia anterior e na hora de servir grelhei rapidamente na churrasqueira. Queria servir com um molho, mas não queria nada quente nem pesado. Improvisei um molho feito com tomates crus que ficou simplesmente o fino da bossa. Ficou tão bom, que eu e o Uriel devoramos as sobras com pão no lanche da noite.

Para a polenta, usei os corn grits bem rústicos. Numa panela coloque três xícaras de água, um pouquinho de sal e um pouquinho de azeite e deixe ferver. Jogue 1 xícara de farinha para polenta e deixe cozinhar por uns 5-10 minutos, mexendo de vez em quando. Desligue o fogo, deixe esfriar uns minutos e coloque a polenta numa forma ou refratário. Se fizer de um dia pro outro, como eu fiz, cubra e guarde na geladeira. Minutos antes de servir, corte a polenta em quadrados e grelhe na churrasqueira ou grelha de fogão por alguns minutos de cada lado. Sirva com o molho de tomates crus.

Para o molho e tomate, bata no liquidificador ou processador duas xícaras de tomates orgânicos bem maduros, um punhado de orégano fresco, sal, pimenta do reino moída e azeite. Bata tudo, coloque numa molheira e sirva sobre os quadrados grelhados de polenta.

sanduíche aberto de pepino

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Para um dia quente. Duas palavras: substancioso e refrescante. Pão, queijo, pepino. A receita original, saida da revistinha Everyday Food, era feita com pão francês. Eu usei um pão preto bem robusto. Use o pão que quiser. Prepare uma pasta com queijo feta temperado com suco e raspas da casca de limão e pimenta do reino. Fatie o pepino com um mandoline ou uma faca afiada. Não precisa descascar. Espalhe a pasta de queijo sobre o pão, cubra com fatias de pepino e tempere com uma pitada de pimenta moída na hora e um fio de azeite.