salada de vagem & queijo feta

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Essa é uma salada que nem parece ser grande coisa, ainda mais porque a base dela é a vagem—legume que não me seduz muito. Mas olha, que agradável surpresa! A receita saiu do meu blog favorito do momento e me deu a oportunidade de gastar um tantão de vagens, que agora andam chegando aos montes na cesta orgânica.

serve 4 porções
500 gr de vagens
120 gr de queijo feta
1/4 de cebola roxa cortada em fatias finérrimas
Folhas de manjerona ou orégano fresco [*usei orégano]
1/4 xícara de azeite de oliva extra-virgem
1 limão, casca ralada e suco espremido
1 pingo de nectar de agave ou açúcar [*usei mel]

Numa panela coloque as vagens e um pouquinho de água e leve ao fogo. Deixe ferver e remova, apenas para as vagens ficarem levemente cozidas, al dente. Não deixe ficarem moles. Coe e deixe esfriar. Numa travessa coloque o azeite, o suco e raspas do limão e o agave [usei mel]. Misture bem com um batedor de arame até emulsificar. Junte as fatias de cebola, as vagens, a manjerona ou orégano fresco [usei orégano] e o queijo feta esmigalhado. Misture bem, leve à geladeira para gelar e depois sirva.

The Best Years of Our Lives

Já revi esse filme umas 7543 vezes e em todas elas eu choro e choro e choro. The Best Years of Our Lives é um clássico tear jerker e ganhou sete Oscars em 1946, contando a história de três veteranos voltando da Segunda Guerra e se ajustando à uma sociedade em pleno processo de transformação. Depois de milhares de filmes sobre a guerra, os heróis deixam os campos de batalha e são colocados em outro cenário—obrigados a guardar as medalhas na gaveta e enfrentar a rotina, emprego e crises familiares.
Todas as vezes que revi esse filme, talvez por estar com a vista embaçada pelas lágrimas, nunca tinha reparado no tanto que os personagens bebem e comem. Até que num dia, revendo mais uma vez [e me acabando de tanto chorar mais uma vez] percebi a cena onde o personagem do galante Dana Andrews, um piloto de combate durante a guerra, pega um trabalho preparando sundays, banana splits e vacas pretas no soda counter da farmácia da cidade. Dei um rewind no filme e revi tudo com outros olhos.

The Best Years of Our Lives
The Best Years of Our Lives The Best Years of Our Lives
The Best Years of Our Lives The Best Years of Our Lives

Os três personagens principais, Fredric March, Dana Andrews e Harold Russell, retornam ao país e à cidade onde viviam antes e reencontram amigos e família. A vida não é mais a mesma, nem pra eles que estiveram ausentes por anos, nem para os que ficaram. Harold Russell tem a adaptação mais difícil, já que ele perdeu os braços numa explosão e volta para casa com um mecanismo de ferro no lugar das mãos. Ele é realmente um veterano de guerra sem os braços, o que deixa a história mais impressionante. E ganhou um Oscar de melhor ator coadjuvante pelo desempenho nesse papel, que foi o único da sua breve carreira como ator.

The Best Years of Our Lives The Best Years of Our Lives
The Best Years of Our Lives The Best Years of Our Lives
The Best Years of Our Lives The Best Years of Our Lives

Fredric March volta ao seu emprego de bancário, mas agora ele tem um problema com a bebida. Dana Andrews volta para a esposa, uma bimbo fútil que logo lhe dá um pé na bunda. Ele decide procurar um emprego na farmácia da cidade e tem um choque ao entrar no local e encontrar um ambiente totalmente diferente, quase uma loja de departamentos. Tudo mudou nas cidades americanas depois da guerra. Os supermercados substituiram os mercadinhos e as grandes drugstores tomaram o lugar do pequeno balcão onde se vendia remédios e produtos de higiene. Andrews começa vendendo perfume e depois vai para o soda counter, onde serve sorvetes.

The Best Years of Our Lives The Best Years of Our Lives
The Best Years of Our Lives
The Best Years of Our Lives The Best Years of Our Lives
The Best Years of Our Lives
The Best Years of Our Lives

Mãe [Myrna Loy] e filha [Teresa Wright] conversam seriamente na cozinha enquanto preparam o almoço, descascando batatas e debulhando ervilhas.

The Best Years of Our Lives The Best Years of Our Lives

O filme tem muitas cenas num bar, onde os três amigos se encontram frequentemente para beber e conversar. E também tem cenas em restaurantes, onde a familia de Fredric March vai jantar e dançar, e onde Teresa Wright se encontra com Andrews. Nas cozinhas servem-se o café da manhã, com ovos e torradas feitas numa engenhoca acoplada à porta do forno. E eles comem, bebem e dialogam, tentando entender o papel de cada um nessa nova estrutura. Porque tanto pros heróis quanto pros cidadãos comuns, nunca mais o mundo seria o mesmo como o de antes da guerra.

The Best Years of Our Lives The Best Years of Our Lives
The Best Years of Our Lives
The Best Years of Our Lives

salada caprese
[com vinagre de mel]

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O supermercado que eu frequento aqui em Woodland [o Nugget Market] não é perfeito, nem tem todas as coisaradas orgânicas que o Co-op de Davis oferece. Mas ele tem muita coisa diferente, produtos locais e inúmeras sofisticações. Pelo que tenho encontrado nas prateleiras. posso imaginar que deve ter uma população de foodies na cidade, porque muitos ingredientes oferecidos ali não são pra qualquer um. Como esse vinagre feito de mel de castanha, que coloquei no carrinho assim que vi. Eu não sabia que era possível fazer vinagre de mel, mas é! No mesmo dia que adquiri essa novidade, já testei temperando uma salada caprese feita com dois tipos de tomates orgânicos ultra maduros, mussarela fresca e folhas de manjericão. O sabor do vinagre de mel é bem delicado. Gostei muitíssimo!

del rio

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um pepino heirlooom

Como se já não bastasse a pepinada que tem chegado na cesta orgânica semanalmente, eu ainda vou no Farmers Market e compro mais pepinos. Mas como resistir às diferentes variedades, formatos, cores e possibilidades de sabores? E quando a moça fala que o pepino é HEIRLOOM? Daí não tenho como me controlar! Comprei, comprei mesmo e compraria mil vezes de novo. Esse pepino é de uma delicadeza ímpar, virou salada sem nem precisar descascar.

salada de pepino, salsão & atum

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Fiz essa salada e comi ela inteirinha, não tenho nem um pingo de vergonha de admitir. Eu janto sozinha três noites por semana, então se calhar de aparecer uma salada gostosa como essa, sinto muito mas eu devoro tudo mesmo, sem nem pestanejar ou sentir culpa. E ela ficou gostosa, refrescante, substanciosa além de me dar a oportunidade de gastar alguns pepinos, que no momento abundam na minha geladeira.

da revistinha Everyday Food
serve 4 porções [ooopss!]
2 colheres de sopa de sementes de papoula [*não tinha e omiti]
3 colheres de sopa de vinagre de arroz
1 colher de sopa de açúcar
2 colheres de sopa de azeite de oliva extra-virgem
2 pepinos cortados de comprido e depois enviezado
3 talos de salsão [aipo] cortados em partes grandes
[*reserve as folhas do salsão para decorar]
1 lata de atum drenada [*usei a conservada no azeite]
Sal marinho e pimenta do reino moída na hora

Numa saladeira misture as sementes de papoula [eu não usei], o vinagre, o açúcar e o azeite. Adicione o pepino, o salsão e o atum. Misture bem. Tempere com sal e pimenta do reino moída na hora e decore com as folhas separadas do salsão. Sirva imediatamente ou guarde na geladeira em recipiente coberto por um dia.

pudim de morango

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Eu fiz essa sobremesa num outro dia e até tuitei e bloguei, dizendo que era uma gelatina de morango, mais elderflower, mais iogurte, mais agar-agar. E alguns pediram fotos, outros pediram detalhes e muitos não deram a mínima. Mas eu voltei ao assunto, não por causa da popularidade do meu tuite ou blogue, mas porque não consigo parar de comprar morangos do japonês que injeta cada um deles com adoçante no seu laboratório secreto atrás da plantação [ainda não desencanei dessa desconfiança]. E daí que eu até olhei umas receitas e até me animei com uma que levava gelatina. Mas no meio do caminho decidi entrar num atalho, me perdi e acabei fazendo essa receita mesmo, que recebeu apenas uma pequena mudança no modo de fazer—na primeira bati os morangos no liquidificador com o iogurte e nessa mantive os morangos inteiros.

Então lave e corte muitos morangos e encha uma forma [com capacidade para umas 3 xícaras] com eles. Numa xícara prepare a bebida de elderflowers colocando um dedo de xarope [usei esse da Ikea] e completando com água. Coloque numa panelinha, adoce com mel e salpique por cima um envelope de agar-agar [2/3 colher de sopa]. Leve ao fogo e deixe ferver. Desligue o fogo e junte 1 xicara de iogurte natural integral e uma dose de licor de elderflowers [St-Germain]. Misture bem com um batedor de arame e despeje sobre os morangos. Leve à geladeira até esfriar bem e firmar. Desenforme numa travessa e sirva.

Se não tiver a dupla de xarope/licor de elderflower tente outras variações como suco de laranja/licor Grand Marnier ou Cointreau, ou suco de limão/Limoncello.

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bolo de cacau

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Eu tinha UM ovo na geladeira e inventei que queria assar um bolo. Fui procurar uma receita usando polenta ou semolina. Vários livros já tinham sido folheados sem sucesso quando abri o calhamaço vermelho da Amanda Hesser—The Essential New York Times Cookbook e no index de bolos achei o cocoa or amazon cake. Fui checar e fiquei alegremente surpresa quando vi na lista de ingredientes que não pedia ovo! E nem leite e nem manteiga. Fui poupada de ter que fazer uma corrida ao supermercado num domingo à tarde. A autora dizia lá que aquele não era o melhor bolo de chocolate do mundo, mas que era um bolo muito bom e uma receita apropriada caso você quisesse fazer algo rápido e gostoso pra levar à algum evento de amigos. E sem ovos, leite ou manteiga, esse interessante bolinho chocolatudo ainda é vegano. Fiz numa piscada e ficou muito bom—denso e saboroso. Servi pro lanche da tarde acompanhado de pêssegos grelhados e um pingo de creme de leite fresco. Depois ainda comemos as últimas fatias acompanhadas da versão morangos frescos e creme de leite.

1 e 1/2 xícara de farinha de trigo
1/3 xícara de cacau puro em pó, sem açúcar
1 colher de chá de fermento em pó
1 xícara de açúcar
1/2 colher de chá de sal
5 colheres de sopa de óleo vegetal
1 xícara de água gelada
1 e 1/2 colher de chá de extrato puro de baunilha
1 colher de sopa de vinagre de cidra

Pré-aqueça o forno em 350ºF/ 176ºC. Unte uma forma redonda de bolo de 22 cm. Numa vasilha misture a farinha, o cacau, o açúcar, o fermento e o sal usando um batedor de arame. Numa outra vasilha misture o óleo, a baunilha e o vinagre. Junte a 1 xícara de água gelada e bata bem. Acrescente a mistura dos ingredientes secos à dos líquidos e bata bem até ficar uma massa bem lisa. Coloque na forma, alise com uma espátula e leve ao forno por 30-35 minutos. Remova do forno e deixe esfriar. Remova da forma e coloque numa travessa. Salpique com açúcar de confeiteiro se quiser. Eu não quis.