Mês: maio 2007
pasta com cenoura, pinoles e tomilho
Dica maravilhosa da Sally, que viu e testou a receita deste blog lindo. Uma simplicidade incrível e uma mistura de ingredientes muito interessante. Não tem como errar.
Cozinhe a pasta da sua preferência em bastante água e sal. Enquanto isso descasque as cenouras e corte em fatias finíssimas – use o peeler e vá fatiando até a cenoura quase desaparecer. Eu faço tudo em uma panela só. Quando a pasta estiver cozida al dente, escorra e reserve. Coloque a panela de volta ao fogo, ponha azeite, jogue a cenoura ralada, um punhado de pinoles e outro punhado de tomilho fresco. Refogue rapidamente, acrescente sal a gosto, jogue a pasta cozida, desligue o fogo, mexa bem para os ingredientes se incorporarem bem e sirva. Fiquei tentada a polvilhar com queijo ralado, mas me forcei a seguir a receita e realmente o queijo não fez a manor falta. Na receita original vai cebola, mas como a Sally, eu também decidi não usar.
salada de pepino com molho de sour cream e dill
Essa salada refrescante e delicada saiu da edição de junho da revista Everyday Food. Fiz com pepino japonês, mas pode ser feita com qualquer variedade.
Corte os pepinos em fatias bem finas e tempere com um molho feito com: suco de um limão, 1/2 xícara de sour cream, dill fresco [eu usei o seco], sal marinho e pimenta do reino moída na hora. Eu adicionei um fio de azeite, porque sou uma metida que precisa sempre mudar alguma coisa. Não me arrependi.
muffins de pistacho com mel
Receita irresistível que vi na Ana e precisei fazer. Dei uma adaptada, porque não tinha todos os ingredientes. Os muffins ficaram densos, porém bem saborosos. A medida do sucesso de uma receita aqui é sempre o número de unidades que o meu marido consome. Desses muffins, sobraram apenas quatro de uma fornada de doze!
1 xícara de farinha de trigo comum
1 xícara de farinha de trigo integral
1/4 xícara de flaxseed meal – não usei
1 1/4 colher de chá de fermento em pó
1/8 colher chá de sal
1 xícara de buttermilk – não tinha, usei half-and-half, um creme de leite diluído
1/2 xícara de açúcar mascavo
2 colheres de sopa de óleo
2 ovos, levemente batidos
1/4 xícara de uvas passas brancas – não usei
3 colheres de sopa de pistachos picados
Mel a gosto
Pré-aqueça o forno em 350°F/180ºC. Misture os ingredientes secos numa vasilha. Em outra vasilha misture bem os outros ingredientes. Faça um buraco no meio da mistura seca e jogue lá a mistura liquida. Mexa bem, jogue os pistachos na massa e coloque em colheradas nas forminhas de muffins, untadas ou forradas com formas de papel. Asse por 15 minutos. Deixe esfriar numa grade. Na hora de servir derrame mel a gosto por cima do muffin. Eu usei o golden syrup e acho que exagerei um pouco…
completando…
Depois que abri minha geladeira para o público, fiquei pensando na dinâmica dessa nossa função de guardar/preservar alimentos. Olhei as fotos que tirei da minha ice box naquela particular segunda-feira e concluí que ela nunca teve exatamente esse conteúdo, nessa determinada combinação e composição, e nunca terá novamente. Porque o que eu coloco na minha geladeira depende de fatores variados, sendo o mais importante a estação do ano. São as estações que definem basicamente o cardápio e consequentemente os ingredientes. Uma geladeira no inverno é bem diferente da geladeira de verão, com exceção daqueles produtos que nunca saem de lá—porque são sempre úteis ou porque são esquecidos mesmo.
Outro exemplo é a marca dos produtos, que nem sempre são as mesmas. Nessa específica segunda-feira, a minha geladeira não continha algumas coisas que ela sempre contém, como o meu iogurte favorito “european style”, a caixinha de buttermilk, a lata de ameixas secas do Uriel, entre outras pequenas coisinhas. Os sucos variam, os containers com restinhos variam, até o tamanho das embalagens de leite variam, pois às vezes eu compro leite de galão.
Três coisas pra se notar nessas fotos: Um: não há frutas na geladeira, pois eu nunca coloco nenhuma fruta lá, incluindo também os tomates, que não devem ser refrigerados de maneira alguma, a não ser que você não se importe de comer tomate com sabor de nada. Dois: nós consumimos latícinios a beça. queijos e mais queijos, cremes, etc. Três: eu quase não congelo produtos como carnes, peixe e frango. compro geralmente o que vou usar na semana. por isso sobra tanto espaço no congelador magrelo pra tanto sorvete—outra coisa que consumimos muito no verão.
Uma coisa que não mostrei, portanto ninguém viu, é que essa geladeira não é filha única! Tenho outra geladeira na garagem, onde guardo bebidas—vinhos que precisam gelar, cerveja, algum refrigerante pra minha nora. Uso muito essa geladeira extra quando tem festa aqui, ou recebo convidados e visitas.
a verdade, nua, crua e fria
Olhei com curiosidade o conteúdo de algumas geladeiras de blogs bacanas e apesar de ter achado a idéia legal, ponderei um bocado até decidir se iria abrir a minha também. Sou bem relutante com questões de seguir trends, mas esse eu achei tão divertido, então — what the heck — resolvi aderir! Minha geladeira é bem abarrotada, não deu pra condensar tudo numa foto. Fiz um set com todas as prateleiras e micro-detalhes. O que será que a minha geladeira revela sobre a minha personalidade? Boa oportunidade também pros guris observarem as marcas dos produtos.
flapjacks
Uma receita clássica de flapjacks deste website de receitas retrô. Eles ficam simplesmente uma delicia! Eu adicionei damascos secos em pedacinhos, o que deu um upgrade nas barrinhas amanteigadas de aveia.
4 oz /100g de aveia grossa
2 oz / 50g de manteiga
3 oz /75g de açúcar [usei mascavo]
1 colher de chá de Treacle ou Golden Syrup [substitua por mel ou melado]
Numa panela derreta a manteiga e o syrup, adicione o açúcar e a aveia. mexendo sempre em fogo médio [coloquei os damascos em cubinhos também]. Espalhe a mistura numa forma untada com manteiga e asse por uns 15 minutos. Tire do forno, corte com uma faca e deixe esfriar. Ele endurece depois, formando barrinhas. Essa receita dá 4 porções.
no jornal da capital
O jornalista Bob Sylva, que descende de portugueses do Açores, fez uma excelente reportagem sobre os blogs de culinária da região de Sacramento, para o jornal da capital* — o Sac Bee. O Chucrute com Salsicha está lá, junto com outros queridos bloggers que tive o prazer de conhecer pessoalmente. As fotos estão super bacanas e criativas. Eu fiz um clique das páginas do jornal — AQUI e AQUI.
* será que o governador Arnaldão Schwarzenegger lê o Sacramento Bee??
wonderland
quantas saladas poderei fazer!
Verdes são a alma das saladas. Eu cresci comendo alface, agrião e rúcula. Mas também comia o espinafre, o repolho, a acelga, entre outras folhas não tão populares. Esses verdes são entidades batutas, que podem virar um bela salada em solo, misturados entre si ou com outros ingredientes, abrindo um leque de possibilidades quase infinito. Minhas piscadelas amorosas se inclinam na direção da rúcula, que é o meu verde favorito—e vamos ser sinceros: que VERDE, hein? Adoro o sabor pungente e picante dessa folha. Acho que ela acompanha bem quase tudo e mistura-se bem à quase tudo, além de ser deliciosa sozinha, temperada levemente com um salzinho, azeite e um pingo de vinagre de vinho tinto.
Por três anos eu plantei rúcula na minha horta. Um ano deu bem, no outro ano não deu nada e no último ano eu simplesmente esqueci das folhas lá no quintal, por falta de tempo, porque me embananei nas minhas funções domésticas, porque às vezes essas coisas acontecem mesmo, conformemo-nos. No final do inverno finalmente deitei abaixo os resquíscitos da horta do verão passado, que se cobrira de pés de tomates ressecados e mato. Revirei a terra cheia de minhocas, arranquei o mato, plantei ervas e perdi metade para bichos invisíveis que todo ano atacam meus canteiros de devoram as coisas gostosas. Um pé de cebolinha sumiu inteiro, certamente obra de algum mamífero patudo e não de seres repelentes rastejantes. Mas aos poucos a horta foi tomando caras de horta novamente. O hortelã chocolate se espalhou rapidinho, renascido da tumba de Lázaro. O orégano e o tomilho rebrotaram, as novas ervinhas foram criando raizes ou sucumbindo aos bichos. Plantei vários pés de tomates intercalados por alguns de manjericão. E assim foi indo até quando numa das minhas inspeções notei um matagal verde se espandindo num dos cantos de um dos canteiros. Como era volumoso e uniforme, logo vi que não podia ser mato. Peguei uma folha e cheirei—hm, não pode ser—mordi e mastiguei outra folha—nhoccrunchnhoc—será?? ohdearlord, é RÚCULA!
Segundo a minha amiga Alison, o fato de eu ter esquecido a rúcula na horta no verão passado, permitiu que ela florecesse e polinasse. Sem ter plantado nada, vou ter com certeza salada abundante o verão inteiro. A melhor salada, a minha favorita, e assim, sem mais nem menos, fruto da minha total desorganização.