comida de cowboy

Fomos à uma festa que comemorava a aposentadoria de um dos professores colega do Uriel. O cara, muitíssimo simpático, fez parte da banca de contratação dele anos atrás. Numa das fases da contratação teve um jantar num restaurante quando eu fui convidada. A intenção era me conhecer, saber a minha opinião sobre viver definitivamente aqui em Davis. Fomos à um restaurante de california cousine – tudo light, fresco, seasonal, orgânico. Lembro que o John comentou durante esse jantar que tinha uma fazenda onde criava gado. Pois agora, aposentado, ele vai se dedicar cem por cento à sua fazenda.

Um pouco diferente do costume, o homenageado foi o cozinheiro para o banquete. Ele fez questão de preparar a carne – barbecue, para quase cem pessoas. Fiquei um pouco desconfiada quando o meu marido disse que o menu da festa seria churrasco, mas estava confiante que teria sorte de comer um naco de carne bem passada. Mal sabia eu que o churrasco seria cowboy style.

Tri-tip é um corte de carne que já me falaram equivaleria a picanha ou a maminha. É um corte muito bom para churrasco ou mesmo para fazer assada. Mas no menu de ontem ela veio misturada num desses molhos de churrasco adocicados que é muito popular por aqui. A carne era de excelente qualidade, vinda da fazenda do John, macia e saborosa. Mas o tal molho estragava tudo.

Esse é o menu do cowboy – carne com o molho doce acompanhada de feijão. No jantar de ontem havia também salada de folhas verdes e tomate cereja, salada de batata [que foi o que mais gostei] e pãezinhos. O feijão é exatamente aquele que se vê os cowboys comendo nos filmes – pequenos grãos de cor marrom clara, molho viscoso, sabor adocicado tal qual o molho da carne. Sinceramente, ECA!

Não vou dar, nem mesmo quero saber a receita desse feijão e desse molho de barbecue, porque esse é o tipo de comida que só se prova por curiosidade ou por falta de opcão, quando não se pode ofender o dono da festa.

Tom Kah Gai

O nome dessa sopa em tailandês soa muito ridículo para nós luso parlantes, mas garanto que o sabor supera tudo. Eu e o Uriel adoramos comida tailandesa [e o Gabriel e a Marianne também, preciso dizer], então estamos sempre batendo ponto num dos cinco ou seis tailandeses daqui da minha cidade. Sempre que vamos, eu tomo essa sopa que é originalmente feita com frango, mas eu peço para ser substituído por camarão. Eu tenho um problema com frango em restaurante asiático, não consigo comer. Então vou sempre de camarão. Todas as sopas orientais que eu gosto, incluíndo a hot & sour chinesa, eu aprendi a fazer em casa. Fiz a Tom Kah Gai, ou Galangal, Chicken and Coconut Soup para um jantar tailandês para doze pessoas que fiz aqui em casa uns anos atrás. Ficou perfeita!

Aqui está a receita:
1/2 litro de caldo de galinha
4 folhas de limão kaffir [a folha da árvore do limoeiro mesmo]
um macinho de lemon grass – erva cidreira
um pedaço de três cm de galangal fresco picadinho
[esse ingrediente é típico e se não for encontrado pode ser substituído por gengibre, que tem um sabor similar]
4 colheres de sopa de molho de peixe – uma espécie de shoyo com um sabor e odor bem forte – cuidado, é bem salgado e não deve ser abusado
2 colheres de sopa de suco de limão
300 gramas de peito de frango cortado em pedacinhos – para a minha sopa eu uso camarão, que eu acho que fica muito melhor!
2 latas de leite de coco
uma pitada de pimenta vermelha – chili powder
1 xícara de cogumelos brancos e frescos cortados ao meio
50 gr ou 1/2 xícara de baby corn – mini milho cortados em quatro no comprimento
Coentro fresco à gosto para decorar a sopa

Aqueça o caldo de galinha e vá colocando todos os outros ingredientes nele, com exceção do frango ou camarão e do leite de coco. Deixe ferver e então adicione os dois ingredientes restantes. Deixe cozinhar por un minutos até a carne ficar cozida. Abaixe o fogo, cozinhe por mais uns minutos. Jogue bastante coentro picado antes de servir. Eu gosto dessa sopa pura ou misturada com arroz jasmine cozido somente com água e sal.

me gusta…

arroz basmati
rúcula com tomate seco
pizza de queijo
sanpellegrino limonata
shrimp stir fried rice
tequiza beer
hot and sour shrimp soup
macarronada com porpeta
todo e qualquer tipo de pão
todo e qualquer tipo de queijo
ginger ale
pickles
alface com laranja
peixe frito
tomate com manjericão
milho cozido
hot tamales
french fries
earl grey tea
pasta de aliche
salada de batata
água gelada
foundue
veggie burguers
vietnamese egg rolls
falafel com tabuli
panqueca de ricota
sushi
chá mate gelado
hot dogs
[* dos arquivos do The Chatterbox – janeiro/2003]

no, arigatô!

japanesericecake.JPG

» meu marido recebe muitos acadêmicos japoneses, que vem conhecer a Universidade da Califórnia e o trabalho que ele faz aqui. eles são extremamente educados e gentis e sempre trazem presentinhos – sake, rapadura [sim, um açúcar que pra eles é super especial, mas que não passa de uma rapadura chic] e os típicos docinhos de arroz. esses docinhos eu passo…. adoro comida japonesa, mas até hoje não provei um doce que eu tenha gostado.

it’s all about the beer

Acho que foi anteontem que tive esse sonho estranho. Olhei para o outro lado da rua e vi o supermercado canadense que eu frequentava. Não era exatamente o mesmo, vocês sabem como as imagens dos sonhos nunca são exatas, mas eu sabia que era o Superstore. E estava coberto de neve, como costumava ficar – e ainda costuma, com certeza – durante oito longos meses. Mas por que estou contando isso? Não é só porque eu gosto de enrolar. O ponto é que depois do sonho fiquei o dia todo pensando naquele país gelado, onde vivi por alguns anos. Tirei do baú uma caderneta onde eu anotava tudo junto, receitas que eu pegava dos amigos, nas revistas ou na tevê e até dúvidas das aulas de inglês. Minha missão era encontrar nesse caderninho a receita de uma sopa de cevada que eu fazia sempre pra aquecer os ossos nos invernões. Não achei a receita, mas acho que me lembro mais ou menos como fazer. A receita original era beef and barley soup, que eu incrementei para beef, barley and beer soup. Excellent, eh?

A receita:
Sopa de Cevada com Carne e Cerveja
Refogue no azeite ou óleo meio quilo de carne para refogado [stew] cortada em cubinhos. Acrescente cebolas e cenouras picadinhas. Acrescente a cevada lavada e escorrida, refogue por um minuto. Jogue um litro de caldo de carne ou legumes, deixe cozinhar até a carne amaciar e a cevada ficar bem cozida e molinha. Acrescente mais liquido se precisar. No final acrescentar uma lata ou garrafinha de cerveja – de preferência uma bem forte e encorpada, testar o sal e acrescentar mais à gosto. Pode pôr um pouquinho de pimenta do reino se quiser. Deixar ferver por mais um minutos e servir fumegando.

Sopa Indiana de Batata Doce

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Peguei essa receita na revista REAL SIMPLE. É facílima de fazer e muito saborosa. Só precisa ter cuidado com a quantidade de curry, senão fica muito apimentada.
2 batatas doces grandes cozidas e cortadas em cubinhos
1 cebola media cortada em pedacinhos
1 colher de óleo para refogar
um pedacinho de uns 2cm de gengibre fresco, descascado e picado bem fininho
1 colher de sobremesa de PASTA VERMELHA DE CURRY [nao é o curry em pó, nem o amarelo, é um curry vermelho e molhado, como uma pasta de tomate – cuidado, pois é HOT!]
1 lata de leite de coco
3 xícaras de caldo de galinha
sal à gosto
suco de um limão
coentro fresco
Refogar a cebola e o gengibre no óleo até ficar macio. Acrescentar a pasta de curry vermelho. Refogar por um minuto. Acrescentar o caldo de galinha e o leite de coco. Deixar ferver, abaixar o fogo e cozinhar por cinco minutos. Acrescentar a batata doce. Cozinhar por mais cinco minutos. Desligar o fogo. Acrescentar sal à gosto, espremer um limão. Na hora de servir, decorar com o coentro fresco picado.

what’s up, doc?

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… crique, amprie & xerete bem xeretado

» acho que todo mundo gosta de chegar numa casa e olhar as tranqueiras coladas na geladeira. sejam imãs, receitas, fotos, desenhos dos pimpolhos, o cenário da porta e laterais de uma geladeira reflete um pouco a personalidade do morador e, principalmente, do cozinheiro. na minha geladeira tem eu [em versão foto e ícon], a Catarina, minhas viagens, meu quadrinho favorito, o Dylan, telefones, indicação da máquina de lavar louça, poesia concreta [hahaha, que audácia a minha!] e uma piadinha meio boba que só os mais perspicazes pegam…pisc!

pão, leite, banana, alface, flores

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Há um tempo que eu peguei o bom hábito de incluir flores na lista de compras. Vai alí no super? Traz umas flores. Aqui os supermercados já facilitam tudo, colocando as flores logo na entrada, pra ninguém poder dizer que não viu ou esqueceu. Eu compro as mais baratas, de $2,99 a 5,99, mas elas fazem uma diferença danada na casa, especialmente durante os meses frios quando o tempo não permite encher vasos. Hoje dei uma passadinha no Trader Joe’s e vi todo mundo levando flores nos pacotes de compras, como eu. Trouxe comigo lindas gérberas laranjas.

dia de reis

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» eu tenho apenas uma simpatia de dia de reis, que aprendi com a minha mãe, que aprendeu com a avó dela, e vamos mantendo a tradição. comer nove sementes de romã, deixar secar, embrulhar num pedacinho de tecido vermelho [já usei papel vermelho e dobrei] e costurar com linha vermelha, fazendo um saquinho. carregar na carteira o ano todo. no dia seis de janeiro, substituir por um novo. é simpatia pra ter sempre grana no bolso!