the pistachio nut

Já comentei sobre eles aqui, quando postei a receita de pesto e contei que meu marido tem um projeto de colheitadeira mecânica de pistacho, que ele testa todo final de verão numa das fazendas do maior produtor da Califórnia. Ele trazia o pistacho cru, que é bem gostosinho de comer, mas não tão bom como o cozido e torrado. Eu inventei de processar os pistachos há uns três nos e desisti. Dá muito trabalho e é melhor comprar na loja mesmo… Umas fotos antigas de um campo de pistachos no inverno, da planta com as frutas frescas e uma moda por aqui: chili & lime pistachio!

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um campo de pistachos numa manhã de inverno no norte da Califórnia
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uma planta de pistacho com os frutos frescos
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hot chili & lime pistachios que eu adoro!

Queijo Duro com Vinho & Pão

Li na revista…

“Camponeses suíços criaram o fondue séculos atrás e transformaram numa refeição o queijo que ficou duro, misturado com o vinho de mesa. Já o fondue de chocolate foi uma invenção americana, que ficou muito popular nos anos sessenta.”

Essa é a prova de que nem todo prato servido hoje em restaurante caro ou que a plebe pensa que é chique teve suas origem em sofisticados salões das cortês reais. Muita coisa era comida de camponês, de gente pobre, pra aproveitar restos, usar os ingredientes da estação ou da ocasião – que nem sempre era de fartura.

Eu quase não faço fondue porque o Uriel detesta, mas de vez em quando no inverno até que me dá vontade. Nunca me esqueço de um fondue que fiz uma vez pra um casal de amigos, quando aconteceu um forrobodó inexplicável na hora de sentarmos, acho que alguém esbarrou na fonduzeira sem querer e ficamos olhando petrificados a toalha de mesa [novinha!!] PEGAR FOGO!! Eu acordei do transe letárgico de incredulidade à tempo de correr pra cozinha, encher uma vasilha com água e CHUÁÁÁ! Não consegui salvar a toalha, que foi pro lixo.

Eu acho fondue uma comida meio cafonona, apesar de ser inegavelmente gostosa. Acho que é porque aqui, onde ele virou moda nos anos sessenta, vemos e revemos ad nauseam os resquícios dessa moda em centenas de fonduzeiras cor de abóbora e verde oliva à venda nas garage sales e thrift stores. Parece que todo mundo quer se livrar dessas aberrações, mas ninguém consegue, então elas permanecem firmes e onipresentes na sua feiura e insistência. Eu já tive uma dessas quando éramos estudantes e pobres no reino canadense. Mas hoje tenho uma normal – preta, com cumbuquinhas de cerâmica. Mesmo assim continuo achando o business do fondue uma coisa um pouco over the top, quando todo mundo come demais, se lambuza, queima os beiços e põe fogo na toalha.

Eu tinha uma receita de salada que eu servia com o fondue, pra contrabalançar as zil calorias do queijo e todo aquele pão. Não tenho mais a receita, mas acho que consigo lembrar…..

Salada Alice
Um pé de Alface cortado em pedaços
Um bulbo de erva doce picadinho em fatias
Uma laranja em gomos cortados em quatro
Cenoura ralada em fitas
Fatias finas de maçã
Misture tudo e tempere com o seguinte molho:
Sal/pimenta do reino
Azeite
Suco de limão/suco de laranja
semente de erva doce
iogurte natural
Bater bem e temperar a salada.

Quiches

Minha amiga Fabi me ligou para pedir as receitas de uns quiches que eu fiz para uma festa em novembro. Os quiches ficaram ótimos, mas como sempre tive que dizer que não tinha as receitas, pois inventei e não anotei. Mas no problema, pois com certeza fiz o meu ritual culinário de pegar uma receita básica e adaptar para os meus ingredientes e o meu gosto. Por exemplo, não vai queijo nenhum nas receitas que achei de quiche de cebola ou alho poró, mas no meu vai. E eu sempre uso o que tenho na geladeira. Aliás, os quiches são uma ótima pedida para desafogar a geladeira!
Então, pra querida Fabiana, duas receitas de quiches que peguei nos meus livros, mas que podem e devem ser livremente adaptadas.
Quiche de Cebola ou Alho Poró
Aqueça o forno em 450ºF/232ºC [alto].
Forre uma forma de 9 inch/23 cm com uma massa pronta de torta. Fure com o garfo e ponha na geladeira.
Corte em fatias finíssimas bastante cebola ou alho poró. Derreta numa panela 3 colheres de sopa de manteiga. Adicione as cebolas ou alho poró e cozinhe, mexendo em fogo baixo até ficarem translucidas. Misture numa outra panela 3 ovos, 1 xícara de sour cream, 1 colher de chá de sal, 1/4 de colher de chá de pimenta do reino, 1 colher de sopa de sementes de dill ou celery, ou as ervas frescas picadinhas se for possível. Misture tudo nas cebolas ou alho poró já cozidos, pincele o fundo da massa gelada com uma clara de ovo batida, coloque a mistura na massa. Asse por 10 minutos em 450ºF/232ºC, abaixe para 300ºF/150ºC e asse por mais meia hora. Sirva bem quente com uma salada verde. Receita do livro The Joy of Cooking.
Quiche de Queijo Suiço e Cogumelos
Aqueça o forno em 375ºF/200ºC.
Derreta 1 colher de sopa de manteiga, adicione 1 1/2 xícara de cebola picada, refogue bem. Adicione 14 lb de cogumelos, sal, pimenta do reino, tomilho e 1/2 coljer de chá de mostarda em pó. Refogue por 5 min e remova do fogo.
Misture 4 ovos, 1 1/2 xícara de leite e 2 colheres de sopa de farinha de trigo no liquidificador ou food processor, batendo muito bem.
Forre uma forma com massa pronta para torta e espalhe no fundo 1 1/2 xícara de qurijo suiço ralado no ralo grosso . Adicione a mistura de cebola e cogumelos, coloque a mistura de ovos por cima e salpique com paprika.
Asse por 35 ou 45 minutos ou até que o centro fique firme. Servir quente, morno ou na temperatura ambiente [ao gosto do freguês]. Receita do livro Moosewood Cookbook.

Bolo de gengibre

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Estou tentando melhorar as minhas habilidades fazendo bolo. Como sempre fui uma negação nessa área, estou adorando conseguir seguir receitas e fazer bolos gostosos. Essa receita eu tirei da revista Everyday Food da Martha Stewart. É um bolo super tradicional daqui da América do Norte. E como toda receita testada na cozinha maravilhosa da Marthinha, ficou ótimo. Eu recomendo que se use a forma que eles indicam na receita – a Bundt com um furo no meio.
ginger cake
1 xícara de gengibre fresco moído
3 xícaras de farinha de trigo
2 colheres de chá de bicarbonato de sódio
1 colher de cha de sal
1 1/2 xícara de açúcar
2/3 xícara de melado
2 ovos
1 xícara [2 tabletes] de manteiga sem sal derretida
1/3 xícara de água quente
açúcar de confeiteiro pra enfeitar
Aqueca o forno em médio [350ºF/ 176ºC]. Unte a forma com manteiga ou spray e salpique com farinha. Misture a farinha, o bicarbonato e o sal, dissolvendo bem com o batedor de ovos. Numa vasilha separada bata os ovos com o açúcar e o melado até ficar bem cremoso. Acrescente a manteiga e 1/3 xícara de água quente. Coloque a mistura de farinha e bata bem. No final acrescente o gengibre moído. Coloque a massa na forma untada e asse por 45 minutos. Deixe esfriar completamente antes de desenformar. Decore com açúcar de confeteiro polvilhado com uma peneira.

o angu

Todo mundo tem seus dias de desastre na cozinha e hoje foi o meu. Querendo aproveitar o estoque de legumes orgânicos na geladeira, resolvi fazer uma sopa, que cozinhou, cozinhou e começou a ficar estranha. Adicionei uns feijões, também da cesta orgânica, e dai o negócio ficou parecendo o conteúdo de um caldeirão borbulhante de bruxa. Bati tudo no liquidificador na esperança de melhorar o aspecto da gororoba, mas a situação só piorou. Foi então que resolvi adicionar uns macarrõezinhos….

Dizem que a fome é o melhor tempero, mas nem isso ajudou. O acompanhamento também ficou péssimo, a sobremesa decepcionou, o jantar foi um completo desastre e tenho certeza que ninguém vai querer a receita.