a fada verde

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Um Absinto veio na mala de Paris até San Francisco. Adorei tanto que outro idêntico [e maior] foi comprado numa lojinha de bebidas aqui em Davis. Dia de folga, todos nós merecemos relaxar e se inspirar com a fadinha verde!
Ponha 1 dose de absinto no copo
Coloque um cubinho de açúcar na colher especial – com furos
Jogue 3 doses de água gelada através da colher e do açúcar
Mexa bem
Coloque uns cubinhos de gelo [meu gosto] e aproveite!
Tchintchin! Cheers! À La Votre

salada vietnamita

Este é o prato que eu peço sempre no meu restaurante vietnamita favorito. É basicamente uma salada e vem acompanhada de rolinhos primavera fritos. O charme de tudo está no molho – picante e doce ao mesmo tempo. A receita está hoje na Paradoxo.

Bun Thit Nuong – Salada Vietnamita de Macarrão de Arroz
2 xícaras de macarrão de arroz [rice noodles ou vermicelli]
1 pepino descascado e cortado em cubinhos ou tiras
1/4 xícara de broto de feijão
1/4 xícara de alface americana picada fininha
6 camarões grandes
1/4 xícara de amendoim torrado
Folhas de hortelã fresco
1 xícara de molho Nuoc cham*

Para a salada, amoleça o macarrão, deixando ele de molho em água fervendo por 3 minutos. O macarrão de arroz não precisa ser cozido, como outros.

Cozinhe o camarão da maneira que preferir, fervendo por um minuto, fritando ou, como é feito no restaurante da esquina de casa, abertos ao meio, como uma borboleta e grelhados.

Monte a salada em camadas em pratos individuais:
Ponha o pepino no fundo, em seguida a alface picada, depois os brotos de feijão. Coloque o macarrão de arroz amolecido por cima, e no topo os camarões. Regue com o molho nouc cham e salpique com o amendoim e as folhas de hortelã.

*Nuoc cham é um molhinho tradicional que é servido com quase todos os pratos vietnamitas. Serve para temperar as saladas, pra molhar os rolinhos fritos, parece uma sopinha rala e é uma delícia!

1 parte de suco de limão
1 parte de vinagre de arroz
1/2 parte de molho de peixe [fish sauce – contém muito sal e é muito forte, então use com moderação]
1 parte de açúcar
2 partes de água

Misture tudo, acrescente fatias bem finas de pimenta verde [serrano peppers] e fatias bem finas de cenoura. Deixe descansar na geladeira por pelo menos uma hora antes de usar.

Banana para todos!

Eu adoro banana, mas não sei por que sempre acabo com um monte de frutas passadas na cesta, muito maduras para serem consumidas frescas. Nesses horas dá uma raiva, porque não curto muito fazer torta de banana ou mesmo o pão de banana, uma das receitas tradicionais daqui. Faço então um doce de banana bem fácil, bom pra comer com queijo fresco.

Doce de Banana
Queime mais ou menos uma xícara de açúcar mascavo numa panela e faça um caramelo. Quando o caramelo estiver bem grosso, desligue o fogo e acrescente umas seis bananas maduríssimas cortadas em pedaços. Junte o suco de meio limão amarelo, uma colher de sopa de água e ponha pra cozinhar no fogo baixo. Mexa frequentemente com uma colher de pau. Deixe a panela meio tampada, pois o doce começa a espirrar quando começa a ferver. Deixe apurar, mexendo sempre. Desligue o fogo, deixe esfriar. Guarde na geladeira.

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E para quem gosta de bolos e pães, uma receita tradicional:

Banana Bread [Receita da revista Everyday Food]
1/2 xícara de manteiga em temperatura ambiente
1 xícara de açúcar
2 ovos grandes
1 1/2 xícara de farinha de trigo
1 colher de chá de bicarbonato de sódio
1 colher de chá de sal
1 xícara de banana bem madura amassada
1/2 xícara de creme azedo [sour cream]
1 colher de chá de baunilha
1/2 xícara de nozes picadas

Pre-aqueça o forno em 350°F/ 178ºC. Unte bem com manteiga uma forma de assar pão. Numa batedeira, bata o açúcar e a manteiga até ficar um creme macio e leve. Adicione os ovos e bata até eles se incorporarem ao creme.

Numa vasilha média, misture a farinha, o bicarbonato e o sal. Adicione a mistura de farinha ao creme. Misture levemente. Adicione as bananas, o creme azedo e a baunilha. Misture bem, adicione as nozes e coloque na forma untada.

Asse por mais ou menos 1 hora e 10 minutos. Retire do forno, deixe descansar por 10 minutos, retire da forma e deixe esfriar numa grade.

Consciência pesada

Fomos comer caranguejo e camarão num desses restaurantes barulhentos e atravancados e badulaques pendurados no teto, que marcam presença em cidades em beiras de rio ou mar. Me contaram então como se cozinha o caranguejo ou siri—nunca sei se são sinônimos com sotaques regionais, ou coisas completamente diferente—para que a carne fique macia, suculenta e com muito sabor. É o horror dos horrores! Os bichos são mergulhados vivos em água fria e vão cozinhando lentamente….

O caranguejo que comemos não passou por essa tortura. Foi morto e congelado antes de ser cozido. Menos mal. Mas o assunto foi pra uma área muito complicada e realmente difícil pra mim. Falamos dos frangos de granja que vivem uma vida curta e sofrida, sendo alimentados forçadamente de duas em duas horas, e das pobres vacas que viram bife, e das lagostas jogadas vivas na água quente, e dos peixes degolados. Sinceramente, se eu pensar muito viro vegetariana. Alias, não viro, mas sim desviro, pois tenho certeza absoluta que nasci uma vegetariana e fui lobotizada para me tornar uma carnívora. Minha mãe que sabe o sofrimento que era me fazer engolir um bife. Resisti a minha infância toda, até me libertar na minha adolescência, quando eliminei todas as carnes da minha dieta. Se proteína animal é imprescindível para o crescimento do ser humano, eu certamente sou uma aberração, pois cresci – e muito, sem ela.

Hoje eu como carne vermelha, peixe, camarão, carangueijo, lagosta, frango, mas tudo em moderação. Porco muito de vez em nunca. Não como molusco de nenhum tipo, nem sapo, escargot, paca, cobra, macaco, capivara, jacaré. Também não como coelho, nem pombo, nem vitela. Fico satisfeita e feliz com um bom prato de espaguete ao alho e óleo, queijo e pão.

Moqueca de Salmão da Paula

A Paula foi minha amiga nos anos que moramos no Canadá. O marido dela, professor da UNB, fazia um PhD em Engenharia Civil e o meu fazia o dele na área de Engenharia Agrícola. A Paula era uma baiana, migrada pro Ceará e exilada em Brasília. Ela cozinhava muito bem, e daquele jeito farto, muitos pratos na mesa, muita comida, tudo com ingredientes frescos, tudo feito do zero, nada de coisas semi-prontas, microondas, pózinhos que viram suco. Ela comprava uma cestona de laranjas numa terra onde as laranjas vindas do estado de Washington eram vendidas por unidade. A Paula fazia suco de laranja espremido fresquinho em pleno inverno de Saskatchewan, o que deixava os canadenses totalmente pasmos. Ela tinha um freezer desses horizontais, onde ela armazenava pão de queijo, que ela fazia pra servir bem quentinho a qualquer hora que chegasse uma visita. Com ela eu aprendi a fazer uma moqueca adaptada ao hemisfério norte, e que se tornou um coringa nos meus jantares para impressionar a gringaiada. Na terra do salmão, a Paula fazia essa moqueca, que ficava simplesmente deliciosa.

Moqueca de Salmão da Paula
Cortar um salmão em postas.
Lavar e temperar com:
1 cabeça de alho
4 colheres de sopa de suco de limão
1 1/2 colher de sobremesa de sal grosso
Bater tudo no liquidificador e então misturar:
2 colheres de sopa de páprica doce
1 1/2 colher de sopa de cominho em pó
1 colher de sopa de pimenta do reino

Passar esse tempero nas postas de salmão e deixar macerando por no mínimo duas horas, melhor ainda se for de um dia para o outro, dentro da geladeira.
Numa panela grande fritar bastante alho no azeite. Apagar o fogo e acrescentar bastante cebola cortada em rodelas, tomate em fatias e pimentão. Vai colocando em camadas. Colocar as postas de peixe temperadas por cima. Colocar outra camada de cebola, tomate e pimentão. Regar com bastante azeite. Salpicar com cebolinha e bastante coentro fresco picado. Jogar uma lata de leite de coco e colocar novamente no fogo. Cozinhar por mais ou menos uma hora. Servir com arroz branco.

* pode colocar batatas por cima de tudo.
** pode acrescentar azeite de dendê – para quem está acostumado.
*** pode fazer no forno, numa forma com tampa, que possa ir ao fogo para fritar o alho.