Comfort food

Peguei na Wikipedia uma explicação para um termo muito usado em inglês: comfort food.

“The term comfort food refers to any food or drink to which one habitually turns for temporary respite, security, or special reward. The reasons that something becomes a comfort food are diverse but include the food’s familiarity, simplicity, and/or pleasant associations. Small children often seem to latch on to a specific food or drink (in a way similar to a security blanket) and will repeatedly request it in high stress situations. But adults are certainly not exempt. A substantial majority of comfort foods are composed largely of simple or complex carbohydrate, such as sugar, rice, refined wheat, and so on. It has been postulated that such foods induce an opiate-like effect in the brain, which may account for their soothing nature”.

Pra mim, comfort food é uma comida que me faz lembrar da minha infância, de bons momentos, que tem um cheiro aconchegante, que faz você se sentir em casa, como o cheiro das roupas de cama e banho ou do cobertor. Fazendo uma pequena lista, essas são as minhas comfort foods:
Mingau de aveia
Feijão com arroz
Sopa de feijão com macarrãozinho
Canjica
Arroz doce
Pudim de pão
Bala de mel
Café com leite
Pão com manteiga
Pão francês com queijo e presunto
Leite com açúcar queimado
Vaca Preta [sorvete com Coca-Cola]

Basmati

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Meu arroz favorito: Basmati indiano. Fica sempre soltinho e tem um aroma muito especial. Minha receita é de arroz de preguiçoso: colocar na panela 1 xícara de arroz lavado e escorrido, 1 1/2 xícara de água, sal à gosto, alho em pó à gosto e uma colher de sobremesa de óleo de canola. Pôr no fogo alto, quando ferver abaixar o fogo e cozinhar até a água secar. Desligar o fogo, tampar a panela e deixar o arroz descansar por uns minutos antes de servir. Essa é uma das comfort foods do meu filho, que adora o meu arroz!

O Arroz do Carreteiro

“Não tem mistério o feitio
dessa iguaria bagual:
É xarque – arroz – graxa – sal
É água pura em quantidade
Na panela cascorenta
Alho – cebola ou pimenta,
Isso é conforme a vontade.”
“Hoje te matam à míngua
Em palácio e restaurante,
Mas não há quem te suplante,
Nem que o mundo se derreta,
Se és feito em panela preta,
Servido em prato de lata
Bombeando a lua de prata
Sob a quincha da carreta!”
[* cantiga popular gaúcha, que ensina a receita do prato tradicional dos pampas – in Cozinha Brazileira (com recheio de história) – Ivan Alves Filho & Roberto Di Giovanni]

potluck

Eu gosto dessa palavra—potluck—cada um leva um prato e todos dividem. Às vezes a divisão não traz muita sorte pra uns ou outros, pois nunca se sabe que tipo de comida vai aparecer na mesa. Ainda mais quando o potluck envolve uma turma internacional. Eu já fui num potluck onde não consegui comer quase nada, pois tudo era estranho demais pra mim. Era uma confraternização entre os estudantes chineses do meu professor de inglês canadense. Eu sempre metida em tudo, me danei. Não lembro o que levei, mas tenho certeza que não fez o menor sucesso. Nosso gosto ocidental nem sempre agrada aos orientais. Mas eu lembro vivamente de um peixe com molho de feijão preto que me assustou pacas. E os ovos de pato esverdeados. Eu não como ovo nem normal, quem dera um que ficou “estragando” envolto em ervas e folhas. Bom, eu também já tive minha comida rejeitada em potlucks, como nos banquetes internacionais da U of S, no Canadá, quando eu preparava a minha maravilhosa feijoada brasileira e muita gente torcia o nariz e dizia no thanks! enquanto eu oferecia sorridente os brazilian black beans. Uma vez eu levei refresco de guaraná num potluck, desses de pacotinho da TANG, que misturei com água gasosa e acrescentei gelo e rodelas de limão. Quando eu falei que era guaraná, alguém me perguntou se a bebida era apropriada pra crianças. Nem todo mundo tem a obrigação de saber desses detalhes culturais, né? Mas essas situações são ótimas pra gente contar no blog e dar bastante risada. Pode ser que a minha cara de nojo e susto olhando pro peixe no molho de feijão tenha virado uma história divertidíssima, contada em cantonês ou em mandarin, entre gargalhadas de desprezo pelas babaconas ocidentais cheias de nojinho.

Cookie básico

Para a , que me pediu receitas de cookies. Eu não sou exatamente uma “cookie person” e posso passar meses sem colocar um na boca. Para um cookie me fazer esticar a mão e apanhá-lo , ele precisa ser muito especial e eu não me impressiono fácil.
E o que mais se vê pelo hemisfério norte nessa época do ano são cookies. Eu vou à uma reunião de trabalho e tem uma bandeja de cookies em cima da mesa. Eu nem olho, mas sinto o cheiro. Recuso comê-los, pois não quero ficar com os dentes cheios de farofa enquanto falo de coisas importantes. No Canadá eu conheci uma suiça que tinha como tradição todo Natal fazer uns cookies realmente deliciosos – esses eu comia – colocar em caixinhas enfeitadas e dar de presente para os amigos. Todo ano eu recebia a minha com um sorrisão na cara. Mas nunca pedi as receitas. Cookie não é a minha praia – ou melhor, it’s not my cup of tea!
Mas fui olhar umas receitas de cookies da Martha Stewart, pois tudo que ela ensina é exaustivamente testado e quando a receita é publicada nas revistas dela, é certeza que vai dar certo. Na Everyday Food de dezembro tem uma receita de massa básica para cookies, que depois você pode cortar com moldes, enrolar e cortar, decorar e até congelar. Boa para fazer enfeites comestíveis para a árvore – isto é, se você faz árvore e gosta de assar cookies.
A receita:
Massa básica para biscoitos amanteigados
* Faz 30 cookies
3 xícaras de farinha de trigo
1 xícara de açúcar de confeiteiro
1 xícara [ou 2 tabletes] de manteiga sem sal e gelada cortada em pedacinhos pequenos
1/2 colher de chá de sal
1 colher de chá de extrato de baunilha
4 gemas grandes
mistura de ovo para pincelar – opcional – 1 clara de um ovo grande batida com 2 colheres de chá de água
Coloque a farinha, o açúcar, a manteiga e o sal no food processor e misture até ficar com uma textura grossa. Numa vasilha separada misture as gemas levemente batidas com a baunilha. Com o motor do food processor ligado, adicione essa mistura de gema à massa. Misture bem até formar uma massa uniforme. Prepare os cookies com a massa, que é melhor trabalhada se descansar enrolada em filme plástico na geladeira por pelo menos uma hora.

difícil não gostar dela!

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Nigella Lawson na capa do suplemento Life desta semana, onde ela dá uma receita facílima de costelas assadas e algumas dicas para receber em casa, começando por – NUNCA tente uma receita nova para uma festa grande, fique sempre com o que você já sabe fazer e que tem certeza que dá certo. Ela também afirma que acredita em trabalho infantil e sempre coloca as crianças para arrumar as mesas. E os amigos são sempre convocados para ajudar, misturando os cocktails ou abrindo os vinhos. Nigella também adverte: a anfitriã nunca deve usar sapatos novos no dia da festa – uma metáfora para o fato de que a anfitriã não deve exagerar na roupa, nem fazer seus convidados se sentirem mal vestidos perto dela. Ela conta que nas festividades do ano passado, recebeu amigos e família com os pés descalços. “Vista-se e aja da maneira mais confortável e seus convidados vão seguir o seu exemplo e se sentirão confortáveis também.”
A receita das costelas assadas:
4 ou 5 quilos de costela
1 colher de sopa de azeite
2 colheres de sopa de sal
1 colher de sopa de pimenta do reino moída na hora
Aqueça o forno em 450ºF [220ºC]. Passe o azeite nas costelas, salpique com sal e pimenta, ponha numa forma larga e coloque no forno. São quinze minutos de forno para cada meio quilo de carne. Deixe assando por uma hora e 45 minutos. Retire a costela do forno e deixe descansar por uns minutos. Transfira para uma travessa e cubra com papel alumínio. Deixe descansar por no mínimo 15 minutos. 35 minutos é o tempo ideal de descanso. Retire o papel alumínio, corte e sirva.

Limonada Suiça

Todo ano, nessa época, eu tenho a minha ‘safra’ de limões verdes no limoeiro do meu quintal. É quando eu começo a fazer jarras e jarras de limonada suíça. É uma bebida refrescante, cremosa, deliciosa e nostálgica da minha infância.

Descasque os limões com uma faca afiada. Tire tudo, a casca verde e pele branca. Deixe só a polpa. Bata no liquidificador com água gelada. Passe por uma peneira. Acrescente açúcar e gelo à gosto. Sirva em copos altos!

* o que nós chamamos de limão no Brasil, não é o mesmo limão dos americanos. o limão deles é o amarelo. o verde eles chamam de lime. portanto essa bebida pra eles é uma limeade e não lemonade.