the girl & the fig

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Não me lembro como eu cheguei no website do restaurante the girl & the fig, mas guardei para uma eventual visita. Quando comecei a pensar e pesquisar onde iria querer almoçar para comemorar adiantado o meu aniversário, resolvi sem nenhuma indecisão libriana que iria ser ali. Sonoma é cidade vizinha e irmã do Napa e fica a uma hora de Davis. E fazia muitos anos que nós não íamos à Sonoma. Foi uma viagem tranquila, com o Gabriel dirigindo com o pai ao lado, eu e a Marianne tagarelando no banco de trás. O restaurante fica no centro da cidade, a downtown histórica. Adorei o lugar, super charmoso, exatamente como eu imaginava—um restaurante de inspiração francesa, mas com alma californiana. O que implicou em ingredientes locais e fresquíssimos, tudo feito com muito capricho. Como domingo o menu é de brunch, optamos por sanduíches. Uriel escolheu uma sopa de tomate e depois abocanhou um hamburguer de primeira linha, feito com top sirloin moído, acompanhado das charmosas matchstick frites. Gabriel mandou ver na omelette du jour acompanhada de salada verde. Marianne quis inovar e pediu o salami & brie sandwich que veio com red onion confit , sherry mustard, baguette e celery root salad. Eu pedi a grilled fig & arugula salad, que veio com pecans, chevre, pancetta, fig & port vinaigrette. E depois mandei bala num roast pork loin tartine que veio com caperberries, lavender sea salt e toast. Pedi também uma porção das frites, que dividi com a Marianne. Bebemos água, limonada e eu pedi um cocktail de champagne com licor de figo. Nem pedimos sobremesa, mas depois que passeamos pelo centro de Sonoma, fizemos comprinhas e tiramos fotinhas, paramos na doceria de um hotel e compramos tortas de figo!

a fritada florida

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Com tantas dicas legais que recebi sobre as blossoms, escolhi fazer a coisa mais óbvia e fácil. Mas é muito típico. Durante a semana nem sempre tenho tempo de sofisticar, mas sobraram umas seis flores e quem sabe hoje saia algo mais legal. Fiz uma fritada com ovos, queijo fontina, ciboulettes picadinhas e com os floretes por cima. Ficou bem interessante.

brandade de bacalhau & batata

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Para um jantar com amigos, quis preparar uma receita de bacalhau diferente da que eu sempre faço. Onde mais se poderia achar receitas fantásticas, senão no fabuloso blog da Elvira? Foi lá que eu peguei essa versão portuguesa de uma receita francesa, que realmente arrasou Paris em chamas. Ficou deliciosa, apesar de eu ter esquecido—êta cabeção—de colocar sal. Salpicamos com flor de sal portuguesa e devoramos acompanhado de arroz branco e salada de folhas, mais vinho verde, é claro! Nas fotos, as batatas e o bacalhau cozinhando e a descabelada metida a cozinheira nos momentos finais da preparação.

A receita como está na Elvira:
brandade de bacalhau
400 g de bacalhau demolhado
2 folhas de louro
600 g de batatas
1 raminho de salsa
2 dentes de alho
sumo de 1/2 limão
10 cl de natas * creme de leite fresco
1/2 copo de azeite
sal & pimenta
manteiga q.b.

Colocar as postas de bacalhau num tacho com as folhas de louro. Cobrir com água fria (sem sal). Cozer em água a fervilhar por 10 minutos. Deixar o bacalhau arrefecer na água de cozedura. Descascar e lavar as batatas. Cozer em água a ferver por 20 minutos. Escorrer o bacalhau, reservando metade da água de cozedura. Remover cuidadosamente as peles e as espinhas. Desfiar o peixe e reservar. Escorrer as batatas e desfazê-las em puré com o auxílo de um garfo. Reservar. Pré-aquecer o forno a 200ºC/ 400ºF.

Picar finamente a salsa com os dentes de alho. Colocar o bacalhau desfiado numa frigideira anti-aderente. Juntar a salsa e o alho. Regar com o sumo de limão. Aquecer em lume brando, adicionando o azeite em fio e mexendo com uma colher de pau. Cozinhar por 4-5 minutos, sem parar de mexer. Adicionar o puré de batata e as natas. Misturar muito bem para ligar os ingredientes. Se for necessário, acrescentar um bocadinho da água de cozedura do bacalhau. Rectificar os temperos.

Transferir o preparado para uma assadeira ligeiramente untada com azeite. Alisar a superfície com o auxílio de um grafo e espalhar pedacinhos de manteiga. Levar a gratinar no forno por 10 minutos, ou até a brandade se apresentar levemente dourada. Servir de seguida, com salada mista.

as frô das bóbras

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Como resistir à essas frôzinhas simpáticas? Lembro que minha mãe fazia essas flores empanadas e fritas, mas eu mesma nunca fiz. A sugestão da fazendeira que me vendeu foi recheá-las com queijo de cabra e fritá-las. Ela também disse que o Epicurious tem algumas boas receitas. Elas ainda estão na geladeira. Urgência se faz. Mais idéias serão muito bem-vindas.

life is very short, and there’s no time for fussing and fighting, my friends

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Do fundo do meu coração—muito obrigada à todos que deixaram recados aqui ou pelo dia de ontem! Não vou conseguir achar as palavras certas pra descrever a alegria e o conforto que cada palavra escrita me proporcionou. Sempre quis fazer um texto especial agradecendo à todas as pessoas que vem aqui, as que comentam, as que não comentam, mas que fazem meus textos e minhas fotos terem importância. Cada comentário recebido ontem chegava como uma gota de mel pra adoçar o dia amargo, nublado, triste. Felizmente fizemos uma comemoração no domingo, pois o dia primeiro de outubro não foi nem um pouco comemorativo. Minha sogra morreu no dia do meu aniversário. Passei o dia chateada e estressada, falando com pessoas da família e com o meu marido, que estava no sul da Califórnia. Ele está indo para Campinas hoje. A vida é curta meus amigos. Vamos aproveitá-la bem.

sorvete de manga
[ com cardamomo ]

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Manga e banana são frutas que não têm produção local, então tenho que me contentar com as que vêm de longe. Sempre que vejo as mangas mexicanas expostas nos supermercados, lembro de uma amiga suiça imigrada para o Canadá que rolava os olhos quando eu reclamava daquelas mangas sem gosto, que tinham viajado milhares de quilômetros até chegar nas nossas mesas. Mas tudo mudou depois que ela e o marido fizeram a viagem da vida deles ao México. Passaram meses planejando. fizeram jantares para nos mostrar os mapas, o etinerário, os planos. Depois fizeram outros jantares para mostrar as fotos, contar as histórias e aventuras. Eles voaram até Los Angeles e depois dirigiram pelo México, fazendo visitas à lugares não turísticos, tudo planejado e estudado, com engrenagem e desempenho de um relógio suiço. Num dos jantares depois da viagem ela virou-se pra mim e disse—agora eu entendo o que você queria dizer quando reclamava das mangas sem gosto. pela primeira vez na vida eu provei uma manga de verdade lá no México e realmente, aquelas de lá não tem comparacão com as que compramos aqui! Minha amiga teve uma epifania gastrônomica comendo uma manga no México.
Por isso nunca espero muito das frutas que vêm de outros países, seja porque estão fora de estação ou porque não há producão. Mas quem resiste à uma receita de sorvete de manga, como essa, perpetrada pela Neide? Não quis nem saber se a manga era a mais perfeita ou não. Fui em frente! Modifiquei um pouquinho a receita, só para não perder o hábito.
Bati no liquidficador a polpa de duas mangas, algumas sementes de cardamomo [que esmaguei no pilão primeiro], mais ou menos uma xícara de kefir e adocei com nectar de agave. Coloquei na sorveteira e voilá! Tá dificil parar de comer esse sorvete, tive até uma série de dolorosos brain freezes, tal a minha esganação.