Estava lendo um thread no forum do chowhound sobre um outro assunto quando alguém comentou um procedimento adotado pela rede de supermercados Safeway um tempo atrás. Esse supermercado já irritava com algumas chatices. Primeiro na explícita cara de saco cheio dos empacotadores quando você pedia sacolas de papel. A pergunta vinha em forma de uma quase imposição—is plastic okay? Não, não é okay, eu quero papel. E lá vinha o carão. Hoje melhorou e eles aceitam bem as sacolas reusáveis que os clientes por ventura tragam de casa e até tentam vender as deles.
O segundo caso é a dos funcionários chatonildos que interrompem a sua concentração pelos corredores pra perguntar—are you finding everything okay? Grrr! Se eu não estivesse, iria tomar a iniciativa de perguntar, né? Não sei de onde esse pessoal de marketing tira essas idéias geniais de integração com o cliente.
Mas o que se comentava no chowhound era outra coisa irritante, que felizmente eles pararam de fazer. Na hora de entregar a nota fiscal, o caixa olhava o seu nome, que vem impresso nela porque todo mundo usa o cartão de descontos onde registra nome e telefone, e lascava o forçado—thank you Mr.fulano, have a nice day! Esse negócio de falar o nome das pessoas numa cidade super multicultural deu xabú, pois muitos nomes são difíceis de pronunciar e ninguém tem a obrigação de saber como dizer perfeitamente Mr. Bruschtscosvisk, ou Ms. Uphadayaya, ou Mrs. Arroyo-López-Ramirez. No meu caso virava e mexia dava uma confusão porque Rosa parece ser primeiro nome, Guimarães forgetabouit ninguém consegue pronunciar, então às vezes eles me chamavam de miss Fernanda.
Mas parece que os clientes reclamaram tanto dessa estratégia pseudo simpática intimista, que o gerenciamento da rede resolveu voltar atrás e desobrigar os caixas desse lero-lero. Eu vou pouquíssimo ao Safeway, mas bem que da última vez que estive lá reparei na ausência daquele titubeamento final—ahn, thank you miss, miss, miss… Fernanda?
