
No meio dos maços de aspargos verdes tinha apenas um maço do roxo. Foi justamente o que comprei. E por causa da minha escolha, o moço comentou—cuidado para não ter um déjà vu psicodélico! ha ha ha! Mas eu já sabia que depois de cozidos os aspargos roxos iriam ficar verdes, assim num *plin*. Tie-dye desbotados. O moço ainda deu a dica pra eu pingar suco de limão e fazer um branqueamento. Ah, nem pensar viu. Quis fazer tudo bem simples, porque esses aspargos foram servidos no almoço de Páscoa, quando eu preparei sozinha outros pratos e, atrapalhada na cozinha, nem cogitei fazer nenhum truque acrobático apenas para manter a cor.

Cozinhe os aspargos rapidamente numa panela com um pouquinho de água. Somente até eles ficarem cozidos, mais al dente—isto é, mantendo uma certa resistência às dentadas. Daí é só colocar os aspargos cozidos numa travessa, regar com azeite de oliva e salpicar com uma farofinha feita com panko, folhas de salsinha, sal, raspas e suco de limão, tudo moído num mini processador. E servir.













figos em três bancas diferentes no Farmers Market. Numa delas, vendo figos e mais figos empilhados na minha cestinha, a mocinha vendedora comentou desoladamente—ah, você já comprou figos? E eu heróicamente resolvi levar mais duas cestinhas dela, pra não fazer desfeita, nem causar constrangimentos, usando uma justificação perfeita—vou fazer geléia. E foi o que fiz, não só porque queria mesmo fazer uma geléia, mas porque precisei fazer a tal geléia para não desperdiçar tanta fruta deliciosa. Não lembro exatamente se cozinhei os figos com limão ou com baunilha, só sei que rendeu bastante e um pote da geléia de figo ainda estava na geladeira enquanto eu arrumava as malas para viajar para o Brasil em outubro. Como nunca nessa vida eu iria correr o risco de deixar uma geléia caseira feita com figos frescos e orgânicos acabasse criando mofo dentro da geladeira, passei rapidamente o pote para o freezer. Viajei e esqueci.





