picolé de blackberry

E porque hoje vamos ter um dia baforento de 42ºC, precisamos ter um estoque de picolés de frutas no congelador. Usei as blackberries que colhi na fazendinha orgânica da road 99 e que estavam se desfazendo de tão maduras. E aquele sour cream orgânico. Até o final do dia tenho certeza que não vai sobrar nenhum.
2 xícaras de blackberries
1/4 xícara de suco de romã puro
1/2 xícara de sour cream
nectar de agave a gosto
Bater tudo no liquidificador e despejar nas forminhas de picolé da sua preferência. Levar ao congelador, depois é só desenformar e schlep!
bolo de cereja & chocolate


Por causa dessa minha mania adquirida que gente do hemisfério norte tem de ficar checando a previsão do tempo neuróticamente, no domingo eu já sabia que uma onda de calorão estava chegando. Isso me deixou meio obcecada pela ideia de fazer um bolo, porque quando o bafão se instala no way josé que eu vou ligar o forno. Procurei por uma receita de bolo de chocolate, mas parei quando achei essa que me agradou muito. O único porém é que eu não tinha a pera [um dos ingredientes principais, cof, cof, cof, desculpa!]. Pensei então que seria incrivelmente auspicioso trocar a pera pela cereja, que é uma fruta que também combina muito bem com chocolate e ainda está abundante por aqui. Foi o que eu fiz. Faça esse bolo com a pera ou com a cereja, mas faça, pois ele fica muito bom e ainda melhor no dia seguinte.
1 1/2 xícara de farinha de trigo
2 colheres de chá de fermento em pó
1/4 de colher de chá de sal
1 xícara de iogurte integral natural
1 xícara de açúcar
3 ovos caipiras grandes
1/2 colher de chá de extrato puro de baunilha
1/2 xícara de óleo vegetal
1 1/2 xícara de cerejas frescas picadinhas [sem caroço]
1/2 xícara de chocolate meio amargo picado
Pré-aqueça o forno em 350ºF/ 176ºC e unte com manteiga uma forma retangular de pão. Reserve. Numa vasilha pequena misture a farinha, o fermento e o sal. Reserve. Na batedeira bata o açúcar, os ovos e o extrato de baunilha até ficar bem cremoso. Junte o iogurte, batendo em velocidade média. Vá colocando a mistura de farinha aos pouquinhos. No final, desligue a batedeira e com uma espátula vá incorporando o óleo bem devagar e mexendo bem até a massa ficar bem lisa e consistente. Despeje metade da massa na forma untada. Sobre a massa coloque 2/3 das cerejas e do chocolate. Despeje o resto da massa sobre o recheio e coloque o restante das cerejas e chocolate por cima. Pressione levemente com a espátula para as frutas e chocolate afundarem um pouquinho na massa. Leve ao forno pré-aquecido por 55 ou 60 minutos, ou até o centro do bolo estar firme e cozido. Remova do forno e deixe esfriar por 5 minutos. Remova da forma e deixe esfriar sobre uma grade. Coloque numa travessa, corte em fatias e sirva.

pudim de damasco fresco

Tive um surto de excitação quando vi de longe as árvores carregadíssimas de frutas no ponto extremo do pequeno pomar de damascos. Foi como uma daquelas visões oníricas inesquecíveis que imprimem a imagem pra sempre na nossa memória—a copiosa folhagem verde salpicada pelo intenso amarelo-laranja dos damascos. Fomos até lá e constatamos que as frutas estavam realmente abundantes, embora elas fossem um pouco menores que as das outras árvores na frente do pomar. O Uriel disse que com certeza elas não tinham recebido o cuidado necessário, como as podas na época certa. Mesmo assim colhemos um balde delas. Com esse trancetê de ir colher frutas semanalmente na fazendinha orgânica, tenho acumulado mais frutas do que estamos conseguindo consumir. Já congelei uma parte, mas ainda tenho damascos a beça esperando para virar uma sobremesa interessante. Com alguns deles fiz este pudim refrescante e singelo. Usei um sour cream orgânico daqueles tão deliciosos que daria até pra comer puro, de colher, misturado com um fio de mel. Também usei o agar agar, que é na minha opinião um dos ingredientes mais práticos e incríveis que já usei na minha cozinha. Ele solidifica tão rapidamente que, em casos extremos, nem precisaria de geladeira. E não vamos esquecer dos damascos lindos, maduros, orgânicos, docinhos e fresquinhos que colhi com minhas próprias mãos.
6 damascos frescos pequenos
1 xícara de sour cream
1 xícara de leite de amêndoa [pode substituir por qualquer outro]
1 pacotinho [4g] de agar agar
Nectar de agave a gosto [pode substituir por mel]
1 punhadinho de folhas de manjericão fresco
No liquidificador bata os damascos [sem caroço], o sour cream, as folhas de manjericão e o nectar de agave até obter um purê. Reserve. Numa panela pequena coloque o leite de amêndoas e misture o agar agar nele. Leve ao fogo até ferver. Retire do fogo e misture a gelatina quente ao purê de fruta. Mexa bem para incorporar e divida em taças, forminhas ou copos. Leve à geladeira até gelar e sirva.
sopa fria de beterraba

As sensuais sopas frias ingressaram definitivamente no meu menu de comidas de verão, principalmente para levar de almoço no trabalho. Elas são refrescantes, nutritivas e super práticas. Eu coloco em potes de vidro com tampa e muitas vezes nem uso a colher, bebo como se fosse um suco. Tenho feito muitas variações com pepino ou abobrinha [das verdes e amarelas], junto uma folha verde como sorrel e ervas frescas como hortelã, manjericão ou tomilho, junto buttermilk ou kefir, tempero com sal, pimenta do reino moída na hora, azeite e vrrrumm! Deixar gelar antes de servir ou acrescentar uma pedra de gelo junto com os ingredientes antes de bater.
Para a minha alegria e inspiração a revista Martha Stewart Living de julho trouxe algumas receitas de sopa fria e fui correndo fazer a primeira delas, com beterraba crua. Fiquei imensamente surpresa com a deliciosidade dessa sopa, que já preparei duas vezes. É super simples de fazer, só é preciso os poucos ingredientes e um liquidificador. Coloque as beterrabas cruas no copo do liquidificador. Eu não descasquei as minhas, só lavei bem e cortei em pedacinhos. Junte um punhado de cebolinha verde [eu usei a ciboulette], sal, pimenta do reino moída na hora, azeite e buttermilk. Bata bem e coloque numa jarra. Deixe gelar e então sirva com um fio de buttermilk por cima e ciboulettes picadinhas. Eu levei para o meu almoço na universidade usando os meus famosos copos de geléia e coloquei um fio extra de azeite por cima. Deixe na geladeira até a hora de comer/beber. A cor dessa sopa é tão divinamaravilhosa que você vai ter vontade de fazer o que eu fiz e sair com o copo na mão mostrando a lindeza cor púrpura pra todos os seus colegas de trabalho. Confiem em mim, mes amis—essa sopa vale até pagar esse mico, que por ser um mico gourmand ninguém julga, nem critica, nem repara!
viver na Califórnia é …


Ver campos recém plantados com uvas cabernet na periferia da sua cidade.
《 click click click 》
Preciso deixar registrado aqui meu imenso agradecimento aos criadores do iphone e do instagram que de certa maneira salvaram esse blog da indolência. Porque infelizmente eu não tenho mais tempo nem paciência para tirar fotos com câmera. Um dia começei a achar muito chato carregar um monte de equipamento pra lá e prá cá. E parei de fazer. Com o iphone é tudo muito mais prático e rápido, posso tirar muito mais fotos, nem sempre super perfeitas, mas o registro fica feito. O que anda acontecendo é que às vezes eu tiro fotos das mesmas coisas usando primeiro a dupla iphone/instagram e depois a câmera e acabo gostando mais do resultado dos cliques do celular. É um fenômeno ainda sem explicação e que pode não ser completamente compreeendido por todos, mas conquistou a minha simpatia. A verdade é que essas fotinhas mixurucas de celular deixaram o Chucrute com Salsicha mais colorido. E o mais incrível é que estou muito satisfeita com isso!
arroz verde com páprica

Outra receita ultra criativa da Heidi Swanson, que eu fiz duas vezes—uma com rúcula selvagem, que é mais amarga e nozes; e outra com baby rúcula e amêndoas. Das duas vezes nós adoramos e levamos as sobras nas nossas marmitinhas pro trabalho. Foi o nosso prato principal e servi com vinho verde que combinou muito bem!
faça o arroz:
2 xícaras de arroz integral
3 xícaras de água
1 pitada de sal
1 xícara de ervilhas congeladas
Lave o arroz, coe numa peneira e coloque numa panela. Acrescente a água, o sal e leve ao fogo alto. Quando começar a ferver abaixe o fogo e deixe cozinhar com a panela tampada até a água secar quase toda e o arroz ficar macio. Jogue as ervilhas congeladas e misture bem com um garfo. Faça isso quando o arroz ainda estiver bem úmido, ainda com um pouco de água. Cozinhe por um minuto, desligue o fogo, tampe e reserve.
faça a manteiga de rúcula:
4 colheres de sopa de manteiga sem sal em temperatura ambiente
1 punhado de rúcula lavada e secada
1 pequena echalota [shallot]
1 pitada de sal
1 fio de mel
Bata tudo num mini processador até virar uma pasta. Reserve.
prepare o prato:
Numa vasilha coloque o arroz, junte a manteiga de rúcula, um punhado de folhas de rúcula picadas, um punhado de folhas de hortelã picadas e um punhado de queijo tipo Gruyere [* eu usei o Comté]. Misture bem e sirva com um pouquinho de pinoles ou amêndoas tostadas por cima [*eu usei amêndoas], uma pitada generosa de páprica defumada [pimenton de la vera] e suco de limão se quiser, eu não quis.
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gelatina de vinho rosé

As fotos dessa sobremesa não fazem justiça a tamanha lindeza e gostosura que ela realmente é. Uma gelatina de vinho rosé borbulhante, com um toque de rosas, misturada com fruta fresca. Eu não tinha as framboesas da receita original, então fiz com as lindas cerejas Rainier que comprei no Farmers Market. Fica uma gelatina festiva e chique––vou querer refazer usando as berries.
3 xícaras de vinho rosé
2/3 xícara de açúcar
1 xícara de água
1 colher de sopa de água de rosas
1 colher de sopa de licor de framboesa opcional]
4 pacotinhos [de 7gr cada] de gelatina em pó sem sabor
350 gr de framboesas frescas [*usei cerejas]
Coloque o vinho rosé e o açúcar numa panela e leve ao fogo médio. Quando ferver abaixe o fogo e cozinhe por 5 minutos. Enquanto isso coloque a água numa vasilha e despeje a gelatina por cima. Remova o vinho do fogo e coloque a água de rosas e o licor. Junte a mistura de gelatina e misture bem com um batedor de arame. Despeje numa forma refratária, cubra com plástico filme e leve à geladeira até firmar. Na hora de servir corte a gelatina com uma faca––faça cortes em todas as direções, até ela ficar toda quebrada em micro pedacinhos. Coloque essa gelatina picada em taças ou copos em camadas intercaladas com a fruta fresca. Sirva a seguir.
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UC Davis Farmers Market
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Não vou mentir nem negar que sou uma habitué um tanto quanto fanática dos Farmers Markets da região. Antes eu era frequentadora apenas do mercado de Davis nas duas versões de sábado e de quarta-feira, se bem que essa última era mais pra fazer os afamados picnics. Agora vou nas duas versões em Woodland, no sábado e terça-feira, e também nas quartas-feiras do UC Davis Farmers Market. Essa opção é bastante conveniente pra mim, pois fica bem pertinho do prédio onde trabalho e posso dar um pulinho lá durante o meu break da manhã. É uma variante minúscula e montada especialmente para servir a população de estudantes do campus—os que com certeza tem a pior alimentação de todas. Essa versão universitária, que começou em 2007, é sazonal e acontece semanalmente no campus durante a primavera e o outono. Esse mercado já figurou por aqui uns anos atrás quando eu ia lá com o meu saudoso chefe. Desde então eles mudaram para numa área mais espaçosa, mas a feirinha continua tão boa quanto e hoje mesmo eu fui lá e comprei um punhado de cerejas.











