tortinhas de milho

tortademilho_1.jpg metal_1.jpg

O milho que eu recebo na cesta orgânica estava se acumulando e com essa receita eu dei cabo de uns seis sabugos. Fiz essas tortinhas num dia e comemos elas no dia seguinte, frias e acompanhadas de sour cream temperado.

Para fazer o recheio primeiro remova os grãos do milho com uma faca. Pique um pouco de cebola—eu usei da roxa porque era o que eu tinha, e refogue em um tanto de azeite numa panela grande. Junte o milho e refogue até ele ficar bem cozido. Junte sal e pimenta do reino moída na hora a gosto e um pouquinho de creme de leite fresco. Não deixe ficar um recheio molhado. Junte folhinhas de manjericão fresco cortadas com as mãos e reserve.

Faça a massa. Eu usei essa receita da Heidi Swanson, porque ando buscando ideias pra fazer com um pacote de farinha de centeio que tenho guardada. Ficou uma massa bem saborosa. Gostei e vou repetir.

2/3 xícara de farinha de centeio
1 e 1/2 xícaras de farinha de trigo
1/4 colher de chá de sal
Um punhadinho de alecrim seco
1 xícara [16 colheres de sopa] de manteiga gelada
1/3 xícara de água gelada ou cerveja

Coloque as farinhas, alecrim seco e sal no processador. Pulse. Coloque a manteiga gelada em cubinhos e pulse várias vezes até obter uma farofa. Junte a água gelada aos poucos e vá pulsando até obter uma massa. Remova do processador, coloque sobre uma folha de filme plástico, achate num circulo e embrulhe. Leve à geladeira por 2 horas. Essa massa pode congelar.

Abra a massa o mais fina possível. Eu abro entre duas folhas de filme plástico, que funciona bem pra mim. Forre as formas com a massa. Cubra a base da massa com papel alumínio ou vegetal, coloque pesos por cima [pode ser pesinhos de bolinha de cerâmica ou feijões] e leve para assar em forno pré-aquecido em 375ºF/ 200ºC. Quando a massa ficar levemente dourada, retire do forno, coloque o recheio de milho refogado e volte ao forno por mais uns dez minutos ou até a cobertura ficar levemente dourada. Remova do forno, sirva quente ou fria. Eu servi acompanhado de sour cream temperado com sal, pimenta do reino moída na hora e azeite.

molho de tomate
[supersimples]

molhomaissimples.jpg

É o molho mais simples que existe e que aprendi com um amigo italiano. Bate muitos tomates orgânicos maduríssimos no liquidificador, sem nenhuma água só mesmo os tomates. Eu usei de vários tipos e cores, amarelos, vermelhos e laranjas. Depois passa tudo por uma peneira fina e reserva. Numa panela robusta derrete um pouco de manteiga e refoga nela outro pouco de cebola picadinha. Quando a cebola ficar macia joga o molho de tomate, tempera com sal e pimenta do reino moída na hora e deixa cozinhar em fogo baixo até reduzir e ficar um molho bem grosso. Nos últimos minutos juntar um punhadão de folhas frescas de manjericão. Desligar o fogo e deixar descansar um minuto. Servir com o macarrão da sua preferência—eu escolhi um ravioli de queijo, e bastante queijo parmesão ralado na hora por cima.

the farm school

the farm school the farm school
the farm school the farm school
the farm school the farm school
the farm school the farm school
the farm school the farm school
the farm school the farm school
the farm school the farm school

Teve notícia nos jornais, tevês e rádios, porque foi a primeira classe a se formar nesse curso de fazenda. Eu estava lá convidada por uma das formandas e voltei um pouco mudada. Chegamos atrasados e por causa do nosso almoço tardio e do calor intenso nem tivemos muita vontade de jantar com as galinhas antes da cerimônia. Foi um jantar todo preparado com produtos da horta que podíamos avistar das mesas e regado à vinhos locais. Nos concentramos nas águas aromatizadas, servidas em jarras de conserva. Foi só o que fiz—beber água, andar pra lá e pra cá e conversar com amigos. Quando todos foram embora e a luz do entardecer já estava naquele ponto de transformar uma simples paisagem num cenário mágico, eu e o Uriel fomos sozinhos fazer um passeio pelas hortas rodeadas por pomares de nozes. No centro da pequena fazenda os barulhinhos vindos de um galinheiro nos dizia que já era hora de dormir—pois elas são madrugadeiras em tudo. Essa escola fazenda na cidade vizinha de Winters é parte de um projeto maior e que tende a crescer ainda mais. Enquanto passeava pelas hortas eu fiquei absolutamente tomada pela beleza de tudo aquilo e pensando o quando eu adoraria trabalhar num lugar assim. Sei que trabalhar com a terra não é pra qualquer um e certamente não deve ser pra mim, mas essa visita me deixou repensando muita coisa. E repensar é sempre o primeiro passo.

salada de alface romana
[com pera asiática & amêndoa]

salada-alfaceromana.jpg

A alface romana tem um je ne sais quoi que eu adoro. Deve ser pela sua imperturbável e sempre presente crocância. Nessa salada ela desempenhou muito bem o papel de protagonista, sustentada pela delicadeza das fatias finíssimas de pera asiática e das lascas de amendoâs torradas. Temperei apenas com sal maldon, pimenta do reino moída na hora, azeite de oliva extra-virgem e suco de limão taiti. Ficou ultra refrescante.

bebida de gengibre [ginger ale]

ginger ale ginger ale
ginger ale ginger ale

Uma receita similar já apareceu por aqui nos primórdios pré-históricos deste blog. Não tem muito segredo. Fiz novamente com dois gengibres orgânicos monstros que eu tinha na bancada da cozinha—tenho sempre em quantidade pois uso muito para fazer infusão com limão, mas nesses dias baforentos chá simplesmente não dá.

2 xícaras de gengibre fresco moído no processador
2 xícaras de açúcar
4 xícaras de água

Coloque todos os ingredientes numa panela grande e robusta e cozinhe em fogo baixo até o caldo engrossar, ficar como um xarope bem leve. Desligue o fogo, deixe o xarope descansar por umas horas e depois passe tudo por uma peneira bem fina. Guarde o xarope num vidro fechado na geladeira. Para preparar o ginger ale junte água com gás, gelo e suco de limão, se quiser.

sopa fria de pepino & quinoa

sopa-pepino-quinoa_2S.jpg

Naqueles dias absurdamente quentes usar fogão é algo proíbido. Essa receita da Deborah Madison é uma sopa fria substanciosa e pode ser preparada com bastante antecedência. Fica refrescante e nutritiva, justamente o que o corpo precisa depois de um dia de bafão exaustivo.

para a sopa:
2 pepinos grandes descascados e picados
3 xícaras de iogurte integral natural
Bastante ervas frescas—usei manjericão, hortelã e orégano
3 colheres de sopa de azeite
Sal a gosto
Raspas da casca e suco de 1 limão
para a quinoa:
1 xícara de quinoa lavada
2 xícaras de água
1 pitada de sal

No liquidificador bata o pepino com o iogurte e as ervas até formar um purê bem liso. Junte o azeite, suco e raspas de limão e tempere com sal a gosto. Coloque num jarra e leve à geladeira. Pode ficar de um dia para o outro.

Coloque a quinoa com água e sal numa panela. Leve ao fogo e deixe ferver. Abaixe o fogo, tampe a panela e deixe cozinhar até evaporar toda a água. Tempere com azeite e raspas da casca de um limão. Reserve.

Na hora de servir divida a sopa em pratos e coloque uma porção de quinoa no centro de cada um. Se quiser decore com um fio de azeite.

at the county fair

at the county fair at the county fair
at the county fair at the county fair
at the county fair at the county fair
at the county fair at the county fair
at the county fair at the county fair
at the county fair at the county fair
at the county fair at the county fair
at the county fair at the county fair
at the county fair at the county fair
at the county fair at the county fair

No ano passado fizemos nossa primeira visita à uma county fair. Neste ano resolvemos voltar. Como tínhamos um outro compromisso no mesmo dia, fomos bem cedo logo depois do almoço e a feira estava bem vazia. O buxixo acontece à noite, quando uma multidão baixa nos fairgrounds da cidade para se divertir nos rides e jogos, ver shows, beber cerveja e comer porcariada frita. Foi mais um final de semana tórrido com temperaturas chegando a quase 40ºC e por isso não foi muito fácil caminhar pela feira. Mas mesmo assim aproveitamos. Tomamos apenas um sorvete de massa, bebemos litros de água e olhamos todas as exposições. Eu não curto roda gigante e quetais, nem me entusiasmo com jogos de argola ou pescaria pra ganhar bonecos de pelúcia. Gosto de ver a competição de legumes e caminhar pela feira só olhando e fotografando. Se não estivesse tão quente teríamos até ficado um pouco mais.

pudim morno de vinho marsala

marsala-custard_1S.jpg
Puxei da estante o livro What we eat when we eat alone da Deborah Madison para emprestar para uma colega no trabalho. Pra mim é impossível pegar um livro que eu não abria há anos e não dar uma relida rápida ou pelo menos uma folheada. Nesse ínterim avistei uma receita e quis fazê-la imediatamente. Muito fácil, com poucos ingredientes, esse pudim ficou pronto numa piscada. A autora recomenda que ele seja comido morno e foi o que fizemos. Frio ele já não fica tão bom. E pra ser absolutamente sincera, nem morno eu gostei tanto assim. Achei que fica um pouco forte, talvez por causa da mistura de vinho com as gemas. Mas isso é só porque eu sou uma chatoronga e não curto muito sobremesa com ovos. Mas certamente agradará comensais menos fricoteiros.
1 xícara de creme de leite fresco
3 colheres de sopa de açúcar
3 gemas de ovo caipira
1/3 de xícara de vinho marsala
Coloque uma chaleira com água para ferver. Arrange 4 ramequins, potinhos ou xícaras numa forma grande e funda. Reserve. Pré-aqueça o forno em 325ºF/ 162ºC. Numa panela pequena coloque o creme de leite e o açúcar e leve ao fogo médio até quase ferver. Mexa para ajudar a dissolver o açúcar. Numa vasilha média coloque as gemas e bata levemente. Despeje o creme de leite sobre as gemas bem devagar e mexendo delicadamente, com cuidado para não formar muita bolha. Adicione o vinho marsala e passe essa mistura por uma peneira, colocando numa jarra medidora. Divida o liquido entre os quatro ramequins colocados na forma. Encha a forma com água fervendo numa altura até a metade dos ramequins. Cubra tudo com uma folha de papel alumínio e leve ao forno por uns 25 minutos ou até os pudins ficarem firmes. Desligue o forno e deixe os pudins descansarem até ficarem mornos. Remova a forma do forno com cuidado, retire os ramequins da água e sirva.
marsala-custard_2S.jpg

Mastering the Art of French
Cooking [versão para tablet]

MTAOFC08S.jpg MTAOFC01S.jpg
MTAOFC09.jpg MTAOFC011.jpg
MTAOFC014.jpg MTAOFC013.jpg
MTAOFC017.jpg MTAOFC011.jpg
MTAOFC05.jpg
MTAOFC06.jpg

No dia quinze de agosto o mundo comemorou o aniversário de 100 anos da Julia Child. Homenagens abundaram em sintonia com a amplitude da sua influência. Ninguém pode negar que a magnitude do marco de referência que essa mulher se tornou na cultura gastronômica mundial é algo incomensurável. Eu não vou fazer homenagem, porque nem é necessário. Mas como pessoa totalmente favorável às novas midias, quero contar que a editora Knopf Doubleday/Random House Digital lançou em julho deste ano um app para ipad e nook—Mastering the Art of French Cooking: Selected Recipes. A editora já tem os dois volumes do clássico Mastering the Art of French Cooking em versão e-book. Mas nesse app, que tem apenas uma compilação das receitas mais famosas e algum excertos dos livros, traz umas fotos bem legais, tem lista de ingredientes e equipamentos culinários, um depoimento com a Judith Jones que foi uma grande amiga e a editora da Julia, muitos daqueles vídeos pioneiros com a Julia preparando as receitas e a até audio com pronúncia dela para os nomes dos pratos em francês. Não é comparável ao volume massivo dos dois livros, mas custa apenas $2.99 e é bem divertido.