Hop Kiln winery

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A Hop Kiln é uma vinícola linda, bem na saída de Healdsburg. Paramos para dar uma olhada e ficamos encantados com os jardins na beira do rio, com muitas mesas de madeira para picnic—e alguns visitantes aproveitando, como deve ser feito. A vinícola também tinha uma vendinha na área de tasting, com uma variedade de mostardas, vinagres, óleos, pestos, vinagretes e molhos doces. Eu não provei nenhum, porque tinha acabado de almoçar. Mas marquei touca, não comprando nada para trazer comigo.
Sentamos ao sol para olhar o mapa e decidir qual seria o nosso destino. Nisso o Uriel viu uma blogueira celebridade e fez ela sentar se equilibrando no murinho e tirou essa foto dela toda descabelada, só para provar que blogueiras famosas são pessoas comuns. Pisc! Seguimos em frente.

Restaurant Charcuterie

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Chegou a hora do rango, com os nossos estômagos dando aqueles sinais típicos, e nós ainda não tínhamos decidido onde comer. Passamos por vários lugares interessantes no centro de Healdsburg, alguns cheios de gente, outros nem tanto. Demos aquela vistoria geral, também olhamos os menus. Tínhamos passado por esse pequeno restaurante chamado Charcuterie. Ele ainda estava fechado, mas um pessoal bacana já esperava na porta. Olhei o menu—saladas, pastas, sandubas. Seguimos em frente, mas o fato de ter gente na calçada esperando o restaurante abrir impressionou o Uriel demasiadamente. Ele não parou de falar no tal Charcuterie. Eu já tinha até escolhido o meu favorito, quando ele mencionou mais uma vez o lugar com gente esperando na porta. Deve ser bom. Só tinha um jeito do meu marido sossegar o facho: vamos lá no tal Charcuterie então! O restaurante bem pequeno estava lotado. E tinha gente esperando na porta. Nós tivemos sorte e fomos colocados rapidamente numa mesinha que fazia dupla com uma mesa maior, onde sentaram um trio de meninas asiáticas. Pedimos nosso rango—eu pedi um sanduiche de portobello e pimentão e o Uriel uma pasta putanesca. Bebemos água com gas e eu pedi uma taça do Pinot Noir 2006 da vinícola Hook and Ladder no Russian River Valley. Já que estavamos ali, queria beber o vinho da região. Esse Pinot Noir não decepcionou. A comida também, apesar de super simples, não decepcionou, muito pelo contrário. Meu marido até sugeriu que os preços estava muito módicos para a qualidade e sabor da comida. As mocinhas asiáticas curiosas da mesa ao lado perguntaram—what’s that? para absolutamente tudo que estávamos comendo. Na hora da sobremesa, eu pedi um floating island e o Uriel um strawberry shortcake e ficamos chocados com o tamanho dos pratos. Um baita exagero, ninguém precisa de uma sobremesa daquele tamanho.

Healdsburg, CA

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A primeira cidadezinha que visitamos foi Healdsburg, no condado de Sonoma. Fiquei encantada com o lugar. As cidadezinhas das regiões vinicultoras aqui na Califórnia são todas umas fofuras, geralmente com uma downtown histórica, pracinha com coreto e muitas lojinhas e restaurantes bacanas. Healdsburg superou todas as outras que já visitei até hoje. É uma cidade adorável e certamente com a lista de restaurantes mais sofisticada. Ficamos como dois baratões tontos, tentando decidir onde almoçar. Eram muitas opções. Pra variar, dei uma passadinha nas lojinhas de antiguidades que eu adoro, enquanto o Uriel esperava sentado num banco na calçada, ou me seguia pela loja, reclamando de tudo. Encaroçar em loja de antiguidade abarrotada de coisinhas mil pra se olhar com marido que não gosta de fazer compras na cola, é missão impossível e destinada ao fracasso.

Russian River Valley

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Passamos o final de semana no visitando vinícolas pelo Russian River, Alexander e Dry Creek Valley. Essa é uma área belíssima e extensa, fora do circuito hype do Napa e Sonoma Valley, mas com uma quantidade de vinícolas realmente impressionante. Muitas são pequenas e tocadas por famílias, outras são grandes e famosas. Tivemos uma visão de outra parte produtora de vinhos que ainda não tínhamos explorado. Vamos esquecer o Napa e o Sonoma Valley por um tempo e nos concentrar nessa outra região, que ainda vai render muitas visitas. Adoramos tudo que vimos e provamos e eu tirei tanta foto que ainda estou pensando como vou me organizar.

Quixote

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Mais uma vez a Elise organizou um evento fantástico para os food bloggers de Sacramento, turma batuta na qual eu me incluo. Passamos o domingo na vinícola Quixote, recebidos com todos os salamaleques pelos simpáticos proprietários Pam Hunter e Carl Doumani. A vinícola fica um pouco afastada do circuitão do Napa Valley e só recebe visitantes que ligam e fazem reserva ou que são convidados, como nós fomos.
O que primeiro impressiona na Quixote é a sua arquitetura. Carl Doumani explicou em minúcias como ele e Pam contactaram o artista austriaco Frederick Hundertwasser para fazer o design da vinícola. Carl nos contou que foram anos de negociações, pois Hundertwasser tinha horror à cidade de San Francisco e não queria vir para os EUA. No final, o carismático Carl Doumani venceu e trouxe o artista para o Napa Valley, onde ele colocou suas idéias mais uma vez em prática. Tudo na Quixote parece ser encantado. O casal Carl e Pam é amante das artes e pra onde quer que se olhe, vê-se pinturas, esculturas, desenhos, fotografias, objetos de arte de todos os estilos. A Quixote é um lugar realmente especial, escolhido para ser a casa de Pam e Carl, e que ainda produz um vinho orgânico delicioso e de altíssima qualidade.

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Fomos recebidos com um tour pela vinícola, com explicações detalhadas sobre a cultura das vinhas orgânicas e depois fizemos uma experimentação de vinho e queijos, organizada pela chef Janet Fletcher, que foi treinada no Culinary Institute of America e no Chez Panisse. Ela escreve uma coluna sobre queijos no jornal San Francisco Chronicle e publicou vários livros. Um deles nós recebemos de presente. Nosso grupo era formado dos blogueiros e de três colunistas de revistas em Sacramento. Fizemos o tasting na casa de Pam e Carl, que é simplesmente uma formosura. Pam é apaixonada pela cultura japonesa, então a casa toda tem inúmeros elementos asiáticos na arquitetura e no decoração. Nosso tasting incluiu a variedade Cabernet Savignon e Petit Syrah combinados com queijos Zamorano, Pecorino di Grotta e Erhaki. O Pecorino foi o meu favorito. Também gostei muito do Petit Syrah, que era um vinho que eu nunca tinha experimentado

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Depois do wine tasting tivemos um almoço, preparado pelo chef Raul Steven Salinas III, que estava simples, porém magnífico. Uma salada de folhas verdes com caqui Otow e nozes foi servida. Todos os ingredientes usados pelo chef eram locais e orgânicos. Depois nos servimos de Short Ribs assadas—que o chef nos contou ter assado por muitas horas no molho de vinho Petit Syrah e caldo de galinha. A carne estava desmanchando, delicada e e saborozissima. Acompanhou um refogado de cevada com legumes de outono assados—abóbora e nabo. A sobremesa foi um Apple Cobbler morninho, com chantily de baunilha.

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Depois do almoço nos despedimos de Pam e Carl na Quixote e rumamos para uma visita à outra vinícola espetacular, a Quintessa que eu já tinha visitado no verão. No outono a paisagem é estupendamente linda! Na Quintessa fizemos mais um tasting da produção deles de 1993 e 2004—a Quintessa só produz um tipo de vinho, que é um blend. Mais queijos deliciosos, pasta de marmelo e bolachas integrais. Foi um dia cheio de delicias, excelente vinho, comida maravilhosa, companhia de pessoas incríveis com o melhor papo do mundo—comida! Pra mim, que nem me considero uma boa cozinheira, é um grande privilégio poder fazer parte desse grupo.

you can get everything you want

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at Alice’s restaurant

Eu tirei essa foto na Portobello Road em Londres porque eu adorei o lugar e também porque me lembrei imediatamente do Alice’s Restaurant do Arlo Guthrie. O Arlo era um jovem hippiezinho no Festival de Woodstock e continua um hippie até hoje, já não tão jovem. Mas quando ele ainda era um piázinho desengonçado, compôs uma música chamada Alice’s Restaurant, que é literalmente uma viagem, pois dura quase meia hora. Depois o Arthur Penn dirigiu o Arlo num filme, também chamado Alice’s Restaurant, com a Alice e seu restaurante. O filme é outra viagem, hiponga.
Não sei explicar exatamente como, onde e por que, mas eu e o Uriel temos até essa private joke, quando dizemos um pro outro—you can get everything you want [at Alice’s restaurant]. Também não sei por que eu gosto tanto do Arlo e tiro foto do restaurante—ou pelo menos parecia um restaurante, em Londres, só por causa da música dele. Talvez não seja somente pelo fato do Arlo ser fofo, engajado e cantar músicas de protesto, mas também porque ele é o filho caçula do Woody Guthrie. Quem é Woody Guthrie, você me perguntará? E eu responderei prontamente, Woody Guthrie foi um grande folk singer norte-americano e um dos caras que influenciou Bob Dylan.

como arruinar um dia perfeito

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Quando o Uriel propôs de irmos até Apple Hill no domingo, para o festival da colheita da maçã, logo pensei que aquela não era uma boa idéia. Quando li o relato da Sheri no Edible Sacramento tive certeza: seria uma FRIA! Mas fomos assim mesmo. E fomos tarde, pois eu precisava nadar. Eu só consigo nadar nos finais de semana. Pegamos a estrada pensando em almoçar em algum orchard em Apple Hill. Congestionamento na freeway, congestionamente na estradinha que leva aos pomares, dificuldade para estacionar, gentarada saindo pelo ladrão, familias e mais famílias com crianças, pais, avós, bisavós, querendo desfrutar as atividades promovidas pelas fazendas. E que atividades minha gente: correr por pumpkin paths fajutos, andar de cavalo [detesto, detesto essas coisas envolvendo animais], pagar ingresso para brincadeiras de quermesse, ficar horas na fila para tudo, inclusive para comer as mil e uma sobremesas feitas com maçã. No pomar que paramos, eles vendiam de tudo—tortas congeladas de maçã, vinho de maçã, suco de maçã, descascador de macã, e muitas maçãs, é claro. Fomos procurar algo para comer de almoço. O menu maravilhoso de hamburguer, hot dog, corn dog, chili dog, fritas, e eteceterá me desanimou. Mais desânimo quando vi o cartaz na janelinha da venda—espera de 30 a 45 minutos. Esperar tudo isso pra comer um monte de fritura? O Uriel se colocou na fila dos doces de maçã e comprou donuts, tortas, dumplings. Depois pegamos a estradinha congestionada novamente, pra tentar achar um restaurante. No meio de uma floresta de pinheiros achamos um pub inglês que servia todos aqueles pratos típicos, misturados aos norte-americanos, nada que entusiasmasse. Pedimos um rango mesmo assim e saímos de lá frustrados e desapontados. Fomos até o fim da estrada que corta Apple Hill e pegamos a freeway novamente, dando de encontro com outro congestionamento. Nesse ponto meus nervos já estavam em frangalhos e o Uriel decidiu parar em Placerville, que é uma cidadezinha histórica da corrida do ouro, com um ponto de interesse peculiar—um bar que foi construído no local onde ficava uma árvore onde se enforcavam criminosos, bem no estilo old wild west. Uma coisa fantasmagórica e deprimente. A cidade, que já visitamos duzentas e trinta e sete vezes, é bem bonitinha, com um bar a cada metro e muitas lojas de antiguidade. Eu me diverti nas lojinhas, bebemos suco de maçã, café e fomos embora. Que total desperdício de um belo domingo!

the girl & the fig

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Não me lembro como eu cheguei no website do restaurante the girl & the fig, mas guardei para uma eventual visita. Quando comecei a pensar e pesquisar onde iria querer almoçar para comemorar adiantado o meu aniversário, resolvi sem nenhuma indecisão libriana que iria ser ali. Sonoma é cidade vizinha e irmã do Napa e fica a uma hora de Davis. E fazia muitos anos que nós não íamos à Sonoma. Foi uma viagem tranquila, com o Gabriel dirigindo com o pai ao lado, eu e a Marianne tagarelando no banco de trás. O restaurante fica no centro da cidade, a downtown histórica. Adorei o lugar, super charmoso, exatamente como eu imaginava—um restaurante de inspiração francesa, mas com alma californiana. O que implicou em ingredientes locais e fresquíssimos, tudo feito com muito capricho. Como domingo o menu é de brunch, optamos por sanduíches. Uriel escolheu uma sopa de tomate e depois abocanhou um hamburguer de primeira linha, feito com top sirloin moído, acompanhado das charmosas matchstick frites. Gabriel mandou ver na omelette du jour acompanhada de salada verde. Marianne quis inovar e pediu o salami & brie sandwich que veio com red onion confit , sherry mustard, baguette e celery root salad. Eu pedi a grilled fig & arugula salad, que veio com pecans, chevre, pancetta, fig & port vinaigrette. E depois mandei bala num roast pork loin tartine que veio com caperberries, lavender sea salt e toast. Pedi também uma porção das frites, que dividi com a Marianne. Bebemos água, limonada e eu pedi um cocktail de champagne com licor de figo. Nem pedimos sobremesa, mas depois que passeamos pelo centro de Sonoma, fizemos comprinhas e tiramos fotinhas, paramos na doceria de um hotel e compramos tortas de figo!