sabão feito em casa

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O sabão feito em casa pela Osmarina chegou na semana passada na mala do Gabriel. Ela me mandou um tablete, porque sabe como eu sou atrapalhada, mancho todas as minhas roupas com respingos de comida e esse sabão é famoso por ser tiro e queda na eliminação de manchas. E a Osmarina é expert nessas tarefas de desencardir. Eu aqui, com todos os produtos sofisticados pra espirrar, nem sempre consigo os resultados que ela consegue com uma simples barra de sabão em pedra. Além de tudo esse sabão é feito com sobras de óleo usado de cozinha, aquelas que você não deve jogar no ralo da pia nunca.

Para quem quiser experimentar fazer esse poderoso sabão em casa, aqui vai a receita, enviada pela minha mãe:
5 litros de óleo de cozinha usado e coado, 1 copo de sabão em pó, 1 copo de pinho sol, 1 copo de detergente, 1 quilo de soda cáustica Yara, 1 litro de água fervendo, bem fervendo. Colocar a soda no balde com a água fervente, tomar cuidado porque borbulha*, colocar o sabão, o pinho sol, o detergente e por último o óleo. Bater por 40 minutos com o cabo de uma vassoura—só que a Osmarina bateu com as colheres da batedeira por 20 minutos e ela achou que ficou melhor. Colocar numa vasilha retangular e deixar até o dia seguinte. Cortar em pedaços.

* Minha sugestão é que você use luvas e, se possível, também óculos de proteção para fazer o sabão, afinal estará mexendo com soda cáustica e o seguro morreu de velho, num é?

uma bolsa para a bolsa

Cria-se o hábito. No carro eu mantenho uma cesta redonda grande, duas sacolas de pano, duas de lona plastificada e uma térmica. Não tem mais erro, nunca esqueço de levá-las comigo quando vou às compras. Sacoletas de plástico NO MORE! Mas o negócio era a comprinha informal, que não era aquela compra de supermercado, quando se dá apenas uma passadinha na farmácia ou de repente se vê algo legal e decide comprar. Lá vem a sacolonstra. Mas um dia, no passado, eu fui até a bookstore da UC Davis ver uns earphone novos para usar no meu computador durante o trabalho e vi essas sacoletas. Comprei várias para dar de presente e guardei uma pra mim. Ela é perfeita para se carregar na bolsa e para ser sacada nos momentos cruciais—eu não preciso de nenhuma sacola, pois tenho a minha própria. Tcharannn! Alegria, alegria! Ela é bem pequena, cabe na palma da mão e quando aberta fica enorme, carrega muita coisa. Além de ser feita de um material resistente e lavável, ainda é lindona. A Andrea do bacanérrimo blog Superziper tem uma igual e a mesma opinião que a minha.

um pau pra toda obra

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Vocês já pararam pra pensar que alguns utensílios de cozinha são clássicos. Nós só precisamos ter um exemplar de cada e nem é absolutamente necessário que eles sejam bonitos, que estejam acompanhando o último grito da moda & design, que sejam feitos com o melhor material, talhados em modelos ultra-modernex e cheios de incrementações tecnológicas. Porque o trabalho que eles realizam independe de visual, de material, de luzinhas piscando e cores fosforescentes.

Outro dia tirei meu rolo de macarrão da jarra onde ele sempre fica e ao invés de só fazê-lo trabalhar desengonçadamente [mea culpa, admito], olhei pra ele com uma atenção incomum. Ele é um rolo de macarrão completamente sem glamour. Lembrei que ele foi uma das primeiras coisas que comprei para a minha casa californiana. E adquiri rapidamente porque é imprescindível que toda casa, mesmo as que ainda nem tenham panelas, tenha um rolo de macarrão. Comprei o meu numa garage sale que alguém nos levou. Comprei o rolo de macarrão, usado e meio rachado, junto com uma caneca rústica de cerâmica azul, que aindo tenho e que foi por anos a minha favorita. O rolo de macarrão vem trabalhando incansável por anos e anos, sem nunca dar problema, sem me deixar na mão, abrindo toda e qualquer massa para torta ou massa para pizza, com uma funcionalidade excepcional.

Meu rolo de macarrão é um utensílio de segunda mão, de madeira comum, com um pequeno racho, um pouco desengonçado no manuseio [mea culpa, admito], com uma cor desbotada, mas sempre botando pra quebrar eficientemente no serviço que lhe foi designado.

a lancheira da Wilma F.

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Dois dias participando de um seminário em Sacramento mudou a minha rotina. Me fez finalmente tirar a poeira e usar pela primeira vez a lancheira grande, que comprei um tempo atrás junto com a pequena, naquela incrível loja online.

Como eu não sabia como iria ser o esquema de comida do evento, fui para o seminário carregando minha lancheira da Wilma Flintstone. Essa lancheira é uma coisa impressionante de espaçosa. Estou acostumada com a pequiena, que uso diáriamente pra levar meus snacks pro trabalho, mas a grande me surpreendeu. No primeiro dia levei até uma caneca, pois não podia ficar sem o meu chá. Ela arrancou comentários elogiosos de boa parte dos participantes do evento. Muita gente perguntou onde eu tinha comprado a lancheira fofa. Sucesso! Acabei almoçando com minhas colegas na área de alimentação de um shopping que eu detesto em Sacramento, com predominância absoluta de junk food. Elas comendo uma gororoba chinesa acomodada numa embalagem de isopor [yacks!] e eu com minhas saladinhas de edamame e de batata-doce, sandubinha de cenoura com azeitonas, banana, laranja em cubinhos, iogurte, lahdihdah…

procure & ache

Orgânico, sustentável, local, sazonal, criado e abatido com humanidade, são palavras que eu uso muito aqui no Chucrute, mas que podem deixar de ser apenas palavras e tornarem-se uma ação. Tudo vai depender de como você vai se posicionar diante delas. Quer assinar uma cesta orgânica, quer comprar carne, ovos, leite, produtos de animais criados com respeito, procure um fornecedor mais perto de você.
Para facilitar essa busca, eu decidi montar uma página de links e informações sobre agricultura orgânica e sustentável, que vai ficar permanentemente no menu da direita, logo abaixo do link para o dicionário & dicas. Usem e abusem. Por enquanto há pouca coisa, mas o objetivo é ir coletando mais links e dados e ir melhorando e expandindo a página. Se alguém tiver dicas, sugestões, quiser dividir alguma experiência, boa ou ruim, acrescentar mais links, por favor fique à vontade para deixar um comentário aqui .

deu na lata

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Uma das minhas [muitas] manias é comprar latas. Tenho latas e mais latas, que na maioria das vezes acaba num canto da cozinha, ou no fundo do armário, sem uma verdadeira utilidade. Se a lata vier com biscoitos dentro, eles acabam velhos e ressecados, porque eu não sou de biscoitos. Mas as latas, ah, as latas são irresistíveis—como essas, que eu comprei no século passado e estavam perdidas no buraco negro da minha cozinha. Foram resgatadas ontem.

serviço de utilidade pública

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Em anos e anos usando espátulas na cozinha, nunca tinha usado uma tãoo boa quanto essas. São da Chef’n e são as melhores. Comprei uma, comprei outra, comprei mais uma, porque espátulas nunca são demais. Elas são de silicone por fora, com uma barra de metal por dentro—como dá pra ver mais ou menos na espátula branca. Dá pra usar os dois lados, o que é uma mão na roda. Aqui cada uma dessas custa em torno de dez patacas. Vale a pena o investimento. Eu recomendo!
* coincidência as cores serem branco, vermelho e azul, hein? pisc!