chowder de milho & abobrinha

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Me inspirei numa receita que vi na revista Cooking Light e dalí zarpei para fazer do meu jeito. Milho e abobrinhas também são protagonistas do nosso verão. Milho é um legume que eu sempre adorei, mas nunca pensei que um dia eu fosse ficar feliz por ter uma abundância de abobrinhas na gaveta da minha geladeira. Pois acreditem, eu fico! Não sei se já tinha, alguma vez, misturado esses dois ingredientes. Uma chowder de legumes foi muito bem-vinda. Servi morninha, mas você pode servir fumegante ou mesmo gelada.

2 espigas de milho amarelo
2 abobrinhas — usei uma amarela e outra verde
1/2 cebola
5 fatias de bacon [*uso sempre o do Niman Ranch]
1 1/2 xícara de leite
1/2 xícara de água
Queijo cheddar ralado [*usei o cheddar branco]
Sal a gosto
Uma pitada de pimenta cayenne
Ciboulettes picadinhas para servir

Frite o bacon numa panela robusta. Quando eles ficarem bem crocantes, remova da panela e coloque sobre folhas de papel toalha [*pode fazer no microondas também, daí adiciona um pouco de óleo na panela para refogar os legumes].

Bata 2/3 do milho no liquidificador com o leite. Na mesma panela que fritou o bacon, refogue a cebola na gordura, adicione as abobrinhas raladas e o 1/3 do milho. Refogue até os legumes ficarem bem macios. Junte o creme de milho com leite e a água. Refogue por uns 10 minutos, mexendo de vez em quando. Tempere com o sal e a pimenta cayenne. Desligue o fogo. Sirva a seguir ou deixe esfriar. Coloque a sopa nos pratos e salpique com um punhado de queijo cheddar ralado, um punhado do bacon frito e um pouquinho de ciboulette picada.

a zilhonésima sopa de tomate

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Foi uma segunda-feira extremamente desgastante. Daquelas que parecem não ter fim. Sem mencionar o fato de que tivemos um dia tórrido, com quarenta graus. Daí chega em casa, pega a cesta orgânica, divide a cesta orgânica, reclama da quantidade de verduras [ainda!] que chegaram, reclama que não veio nenhum tomate, lava, lava, lava. Na hora de preparar o jantar, o desânimo me abateu. Não só pelo cansaço, mas pelo calor que faz mesmo a gente perder um bocado de energia e de apetite. O jantar que ficou decidido na minha cabeça—sopa fria, alright! Usei tomates em lata, os orgânicos e fire roasted da Muir Glen, que eu uso, adoro e recomendo. Usei uma lata de 800gr de tomates inteiros, sem pele.

1 lata de 800gr de tomates fire roasted
[faça os tomates assados ou grelhados para substituir]
1 xícara de água gelada
Um punhado de folhas de manjericão fresco
Suco e raspas da casca de meio limão grande
Sal a gosto
Tabasco para temperar

Bata os tomates, a água e o manjericão no liquidificador. Passe tudo pela peneira e coloque numa sopeira. Tempere com o suco e raspas do limão, sal a gosto e gotas de tabasco [*usei o tabasco verde de jalapeño]. Leve à geladeira para gelaer. Sirva. Essa receita proporciona 4 porções bem generosas. *servi com essas tortillas chips da marca Food Should Taste Good.

sopa fria de favas verdes

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Tudo tem seu tempo na parada sazonal dos ingredientes—a natureza é quem manda. As favas verdes, tão frescas e tenras durante o inicio e pico da estação, vão mudando quando a temporada se encerra. Comprei algumas já no finzinho e quando cozinhei percebi que elas estavam muito mais farinhentas do que as que preparei semanas antes. Li que isso é normal, pois elas vão ficando maduras. Por isso os meus planos de salada se transformaram numa sopa. Das frias. E que ficou uma das melhores que já fiz.
Corte 1 alho-poró grande [ou dois pequenos] ao meio, embrulhe em papel alumínio grosso, salpique com sal e um fio de azeite e asse até ele ficar bem tenro. Eu fiz isso na churrasqueira. Enquanto isso debulhe as vagens, cozinhe as favas em água e escorra. Despele as favas e reserve. No liquidificador coloque as favas cozidas [mais ou menos 1 xícara e 1/2] e despeladas, o alho-poró e água fria o suficiente para bater um creme. Comece com pouco e vá adicionando maios até obter a consistência desejada. Não deixe muito grosso, nem muito ralo. Acerte o sal e adicione adicione pimenta do reino moída na hora e um fio extra de azeite. Coloque numa sopeira ou jarra e leve à geladeira até a hora de servir.

sopa de abobrinha grelhada

sopa-abob-grelhadasO tempo continua estranho por aqui. Parou de chover, mas as temperaturas sobem e descem, abre o sol, depois nubla, venta, uma situação bem incomum. Mas já tivemos uns dias razoavelmente quentes e daí já me dá os cinco minutos das sopas frias. Elas não foram apenas uma febre do verão passado. Como os sorvetes e as variações de gelatinas, as sopas geladas já foram incorporadas no meu cardápio sazonal. Essa, totalmente invencionice, ficou interessante. Não provocou epifanias gastronômicas, mas inaugurou a temporada das sopas frias. As abobrinhas já estão chegando com frequência na cesta orgânica, como também o manjericão—a cada semana um maço maiorzinho. Também usei novamente os pinoles, pois tenho um saco que quero gastar. E o buttermilk, que pode muito bem ser substituído por iogurte.

2 abobrinhas de casca verde
1 1/2 xícara de buttermilk
1/2 xícara de água
1 xícara de folhas de manjericão fresco
1/3 xícara de pinoles
2 colheres de sopa de suco de limão
Sal e azeite

Corte as abobrinhas em pedaços, tempere com sal e azeite e grelhe ou asse até elas ficarem bem douradas dos dois lados. Remova da grelha ou forno [fiz na churrasqueira] e deixe esfriar um pouco. Coloque as abobrinhas grelhadas e os outros ingredientes no liquidificador e bata bem até formar um purê. Acerte o sal se precisa. Coloque numa sopeira ou jarra e leve à geladeira. Sirva a sopa bem fria.

sopa fria de pepino e coentro

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A primeira receita de sopa que fiz do livro de sopas da Anna Thomas. Essa de pepino, coentro e hortelã ficou muito refrescante. E é tão leve que você vai tomando e quando percebe já mandou ver metade da sopeira sozinha!

700 gr de pepino
3/4 colher de chá de sal marinho
3 xícaras [750 gr] de iogurte de leite de cabra [ou o grego]
1/2 xicara [30 gr] de coentro fresco
1/2 xícara [20 gr] de hortelã fresco
2 colheres chá de sementes de cominho torrada e moída
1 colher de chá de pimenta jalapeño picadinha
2 colheres de sopa de suco de limão, e mais para servir
1/2 xícara de água gelada

Descasque o remova as sementes do pepino, se tiver. Pique em cubinhos e coloque numa vasilha. Você vai ter umas 4 xícaras de pepino picado. Junte o sal, mexa bem com as mãos e deixe descansando por 15 minutos.

No liquidificador junte o iogurte, o pepino e o liquido que formou, o coentro e hortelã e o cominho tostado e moído [toste na frigideira e moa no mini-processador ou pilão]. Bata em partes. Deixe mais liquido ou mais pedaçudo conforme a sua preferência. Adiciona a jalapeño. Adicione o suco de limão, junte água até quanto achar necessário—não deixe muito liquida. Teste o sal. Na hora de servir, acrescente mais suco de limão se quiser e sirva com pistachios picados por cima.

sopa essência do tomate

essencia-tomateOutro dia a querida Ana me enviou uma coleção de links de receitas de sopas frias—minha obsessão deste último verão. Adorei todas e vou fazer uma por uma. A primeira que preparei foi esta de tomate, com uma receita muito peculiar, ressaltando o doce natural dos tomates. Eu coloquei uma pitada de sal marinho por minha própria conta. Gostei imensamente do resultado. Os tomates consumidos na época, orgânicos e super maduros, são deliciosos. Estou aproveitando enquanto posso, pois em breve eles sumirão. Gastei dois minutos para fazer essa sopa e devorei lambendo o prato—ninguém viu, pois eu estava sozinha.

serve 4 pessoas
4 xícaras de tomates variados super maduros
1/4 de xícara de azeite extra-virgem
1 colher de sopa de nectar de agave [*pode substituir por mel]
1/2 xícara de folhas de manjericão fresco cortado em tirinhas
Sal [* adição minha]

Bata no liquidificador 3 xícaras de tomates, o azeite, agave e 2 xícaras de água gelada, até formar um creme [*e eu passei tudo pela peneira e coloquei um pouco de sal marinho]. Sirva a sopa e decore cada prato com o resto dos tomates e o manjericão em tirinhas.

sopa fria de pepino e castanha

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Eu tenho um monte de aplicativos de receitas no meu IPhone e obviamente que nunca uso nenhum. Mas num dia em que tive um tempo livre para pensar durante minhas horas de trabalho, fui pensar logo em comida—e especialmente no que iria fazer para o jantar. No app do Epicurious.com dei de cara com esta receita e parei ali mesmo. Estava decidido o jantar.
Vou dizer: ficou uma sopa simplesmente deliciosa. Raspamos os pratos e foi só a educação que nos preveniu de também lambê-los. Usei um pepino japonês quase sem semente e que não solta muita água. A pimenta italiana foi substituída por uma jalapeño vermelha que estava bem doce e nem um pouco picante.
3 pepinos grandes, descascados, sem sementes e picados
1 pimenta Cubanelle corta ao meio sem sementes
[*usei uma jalapeño vermelha]
1/3 xícara de azeite de oliva extra-virgem
1/2 xícara de castanha de caju torrada
2 colheres de sopa de vinagre de vinho tinto
1 dente de alho picado
No liquidificador junte todos os ingredientes e bata bem, adicionando água gelada a vontade, até atingir a consistência desejada. Adicione sal e pimenta a gosto. Coloque tudo numa sopeira e leve à geladeira. Sirva decorado com ciboulettes e tomates picados se quiser. Eu não quis.

gazpacho de berinjela

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Da edição de julho de 2009 da revista Bon Appétit saiu esse gazpacho diferente, feito com berinjela. Usei duas unidades pequenas dessas simpáticas rajadas grelhadas na churrasqueira, que é onde eu faço a maioria nos legumes durante os meses calorentos do verão. Ficou uma sopa muitíssimo saborosa e interessante, nós aprovamos.

Serve 8 pessoas
2 berinjelas grandes cortadas ao meio
5 colheres de sopa de azeite de oliva
4 tomates grandes e maduros cortados em quatro
2 cebolas médias picadinhas
2 dentes de alho picadinhos
3/4 de colher de chá de cominho em pó
1/8 de colher de chá de pimenta cayenne
3/4 xícara de iogurte integral
1/2 xícara de suco de limão
1/4 xícara de tahini [pasta de gergelim]
2 xícaras de água
Azeite extra na hora de servir

Pré-aqueça o forno em 325ºF/ 162ºC. Pincele as berinjelas com azeite e salpique com sal e pimenta. Coloque as berinjelas com a parte cortada para baixo numa forma forrada com papel alumínio. *Eu pulei esse processo, fazendo na churrasqueira. Asse até que a beinjela fique macia. Deixe esfriar, remova a casca e as artes com mais sementes. Coloque a polpa cozida numa vasilha e reserve.

Bata os tomates no liquidificador ou no processador. Coe para remover as semente e reserve.

Aqueça o azeite numa panela robusta e refogue a cebola e o alho ate ficarem dourados. Acrescente o cominho em pó e a pimenta cayenne. Junte o iogurte, o suco de limão e o tahini. Misture bem, desligue o fogo. Junte a berinjela assada. Bata em partes o refogado de berinjela com o suco de tomate no liquidificador. Junte água até conseguir a expessura desejada—eu deixei mais grossa. Acrescente sal a gostom, coloque tudo numa sopeira e leve à geladeira. Pode fazer no dia anterior. Mantenha refrigerado. Na hora de servir acrescente mais azeite individualmente, ao gosto do freguês.

mais uma sopa de tomate

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Quando o Uriel viaja, minha vontade é sempre de não fazer absolutamente nada. Ou fazer coisas que nunca faço, como fritar bolinhos, devorar tudo com a boca aberta, beber litros de vinho e ficar dançando como um fantasma da Isadora Duncan pela casa. Mas normalmente eu me comporto. Janto pão com tomate ou faço alguma coisa simples, mas que me satisfaça. Neste dia foi uma outra versão de uma sopa de tomate. A idéia saiu de uma sopa um pouco mais elaborada, publicada naquela edição de Julho da Martha Stewart Living que teve uma reportagem especial só com sopas frias.
1 quilo de tomates maduros
1/2 colher de chá de coriander em pó [coentro]
1/4 colher chá cominho em pó
1/4 colher chá de sementes de caraway [alcaravia]
1/4 colher chá pimenta vermelha em flocos
azeite e sal
Coloquei os tomates cortados ao meio no broiler até eles começarem a amolecer e ficar coradinhos, por uns 10 minutos, sempre vigiando, porque no broiler o jogo é rápido. Depois joguei os tomates assados e o caldo que formou no liquidificador e bati bem, sem água. Usei tomates vermelhos e amarelos, todos heirlooms. Deveria ter passado tudo pela peneira, mas por preguiça não passei e me arrependi. Da próxima vez passarei, pois alguns dos tomates tinham uma casca mais grossinha que ficaram perceptíveis na sopa. Coloquei o suco de tomate numa sopeira e coloquei azeite numa frigideira de ferro e ali refoguei os temperos—cominho e coriander em pó, sementes de caraway e flocos de pimenta. Refoguei uns minutinhos e joguei esse azeite aromatizado na sopeira. Salguei a gosto e servi com torradas integrais e uma fatia de queijo gorgonzola. Ficou uma refeição leve, mas que me alimentou muitíssimo bem.
Tá difícil a coisa, mas eu ando num esquecimento absurdo. Esqueço se já lavei o cabelo com o shampoo, esqueço se tomei ou não o remédio e esqueci que tinha ASSADO os tomates pra fazer essa sopa. Me desculpem, já corrigi. Garçon, sai uma dose tripla de Ginko Biloba, s’il vous plaît!

sopa fria de ervilha

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Outra sopa fria, ainda do especial da Martha Stewart [junho/2009] e outra vez o pepino foi substituído, desta vez pela ervilha. Os pepinos não estão abundantes este ano, mas tudo bem, pois as ervilhas fizeram bonito nessa sopa super refrescante. Usei um pacotinho pequeno de ervilhas orgânicas congeladas. Em lata não serve.

Faz quatro porções.
Coloque no liquidificador 1 1/2 xícara de ervilhas congeladas, 1 xícara de sour cream, 1/2 xícara de folhas de manjericão freco, 1/2 xícara de folhas de hortelã fresco e 1 xícara de água gelada. Bata bem, se quiser pode passar pela peneira, mas eu não fiz. Coloque tudo numa sopeira, adicione suco de 1 limão, sal e pimenta Tabasco a gosto. Sirva imediatamente ou deixe gelando mais tempo na geladeira até a hora de servir.