olha, chegou a cesta!

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Toda semana é essa mesma cena, que tem se reproduzido por anos e anos. Quando chega a cesta—que na verdade não chega sozinha, pois eu tenho que ir buscar—os gatos fazem a inspeção geral, cheirando cada micro centímetro e o Roux, quem mais, mordisca o que estiver mais apetitoso. No verão ele ataca a palha do milho. Depois do cheira aqui, cheira acolá, morde aqui, morde acolá, eles seguem com o que estavam fazendo, o que geralmente envolve dormir, comer, usar o banheiro e para o Roux, quem mais, perseguir o Misty ou pinotear pela casa atrás de um rato de pano.

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Muito antes de iniciar o Chucrute com Salsicha eu já era adepta dos orgânicos e falava deles no meu outro jurássico blog. E muitos anos antes de aportar aqui na Califórnia, eu já tinha minhas idéias naturebas, que aqui pude por quase cem por cento em prática. Nasci com essa tendência, então nada mais natural do que divulgar o que eu acredito e pratico. Vivo citando essa minha cesta orgânica, pois é ela que me traz a materia prima para os meus almoços e jantares. O centro é a cesta e o resto é acréscimo, que eu faço questão de que seja também orgânico. E não só orgânico, mas sazonal, local e sustentável. E o que não for local que seja pelo menos fair trade. E o que for do reino animal que seja produzido sem antibióticos e principalmente que não envolva nenhum tipo de confinamento torturante e crueldade. Esse é o meu moto, meu mantra.

Nesta cesta chegaram muitos tomates de três variedades, abobrinhas de duas variedades, pimentões verdes de duas variedades, pimenta jalapeño, pepinos, espigas de milho, um maço gigante de manjericão, batatas, rainbow chard, cebola amarela e roxa, alho, um repolho roxo, tomatillos, dois melões e um pacote de damascos. Tava pesada pacas, viu?

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A minha cesta é uma CSA da fazenda dos estudantes da Universidade da Califórnia, campus Davis. Se você, como muitos outros visitantes do Chucrute com Salsicha, estiver pensando em adotar os alimentos orgânicos, sazonais, locais e sustentáveis e quiser saber se tem algo do gênero na sua cidade ou região, dá uma olhada nesta página de links que eu organizei um tempo atrás. Pode ser que você encontre o que está procurando. E se souber de algo legal que não esteja lá, me avisa que eu adiciono.

Ubuntu

Ubuntu—que significa “praticar atos humanitários em relação aos seus semelhantes” num dialeto sul africano—não é apenas mais um restaurante vegetariano onde não se serve carne, mas sim um espaço onde se promove a celebração das delicias dos ingredientes fresquíssimos, muitos cultivados na horta biodinâmica que o restaurante mantém, outros vindos de inúmeras fazendas da região. A cozinha do Ubuntu é extraordinária e lindíssima. Eu nunca tinha visto um uso tão extenso das flores comestíveis, que aparecem como ingrediente ou guarnição nos mais diversos pratos, dos frios aos quentes, até a sobremesa. E tudo é absurdamente fresco. Esqueça definitivamente que existem saladas pré-lavadas e vendidas em sacos. No Ubuntu cada folha é manipulada com um imenso cuidado. Vi um dos chefs espirrando cada folhinha verde com água e vi os pratos sendo preparados e montados como se cada um fosse uma jóia preciosa indo para um leilão.

Eu tinha esse restaurante marcado na minha lista de lugares para ir há muito tempo. Resolvemos almoçar lá no sábado. O Ubuntu restaurante e yoga studio fica no centro da cidade de Napa, instalado num prédio antigo que foi reformado com um design ecológico, usando madeira reciclada, transformada por artesões locais em pisos e móveis.

Ubuntu
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Ubuntu Ubuntu
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A garçonete que nos atendeu primeiro nos contou sobre o significado da palavra Ubuntu, e sobre a horta biodinâmica de onde vem a maioria dos produtos fresquíssimos, de como a primavera era a melhor e mais excitante estação para os chefs e de como todos os pratos, servidos em pequenas porções, tinham sido preparados para que fossem divididos entre os comensais. Tivemos um pouquinho de dificuldade para entender o cardápio, cheio de nomes e ingredientes diferentes. Mas iniciamos com as três entradinhas clássicas—azeitonas castelvetrano marinadas num pesto de nasturtium [nastúrcio/capuchinha], as amêndoas marcona com açúcar de lavanda e flor de sal e os palitinhos de grão-de-bico fritos com molho romesco.

Depois dividimos uma salada de verdes da horta, chamada de gargouillou, com folhas verdes, flores, raízes e um pózinho de avelãs e beterraba. A salada quase não tinha tempero algum, para que se pudesse sentir o sabor de cada folhinha. Achei muito refrescante e adorei a quase ausência do molho.

Depois nós pedimos um mini-nhoque de cenoura com uma camada de pesto e mais outras coisas que não consigo lembrar, mas que estava uma delícia, leve e suave. E o prato final de couve-flor na panelinha de ferro, que chegou à mesa super pelando, com brotos de coentro e torradinhas de manteiga escura. Esse prato me encantou! Estava delicioso demais. Dividimos os dois pratos quentes, com nossas colherezinhas que vem com cada prato. Eles mudam os pratos e talheres a cada novo pedido. No Ubuntu não é permitido ser egoísta, você é incentivado de todas as maneiras a dividir. Gostei disso.

As sobremesas, também com colheres para dividir, fecharam nosso almoço com chave de ouro. Tivemos um sorvete de citros com rodelas de bananas com uma camada de caramelo por cima de cada uma e um micro bule com um leite de coco morno pra jogar em cima. Simplesmentedivinomaravilhoso! E depois um sorvete de lima keffir com tapioca de ruibarbo e uma soda sabor gerânio afogando tudo. Eu comi pronunciando mantras de alegria e prazer.

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Apesar das porçoes serem pequenas, achamos que comemos muito bem com três entradas, dois pratos quentes, uma salada e duas sobremesas. A conta ficou muito aquém do que eu imaginava que ficaria. No Open Table, onde fiz as reservas, a lista de preços indicava entre $31 e $50 por pessoa e é exatamente isso. E ainda bebemos prosecco, ginger ale natural e uma garrafona de água com gás.

O menu é sazonal e por isso muda constantemente. O David Lebovitz esteve lá no outono do ano passado e provou algumas coisas similares e outras diferentes. Gostei de ler a opinião dele [um chef] pois é quase a mesma que a minha [uma reles mortal].

sustainalovability

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Já escrevi tanto sobre este festival que acontece todo mês de maio e coincide com o final de semana do dia das mães, que já esfolei o dedo cata-milho. Neste ano, o Whole Earth Festival completou 40 anos, firme e forte, cada vez mais dedicado às suas propostas originais. Essa festa imensa que dura três dias não acumula lixo nenhum, graças à implementação da reciclagem intensiva. Não há copos, pratos e talheres de plástico ou papel. Pagamos pelos utensílios, que são reutilizáveis e que quando devolvemos e ganhamos o dinheiro de volta. Ninguém aqui é bobo de desperdiçar grana, né? E toda a comida servida no festival é vegetariana, orgânica, local, natureba plus! Eu adoro comer os rangos e neste ano fui de comida vegan, que não é algo muito comum de se ver por aí. Comi um prato mediterrâneo, com dolmas—os rolinhos de folha de uva com molho de tahini, salada de folhas com um molho de nozes e um humus de coco delicioso acompanhado de torradinhas veganas. Pensar que nesse prato saborosissimo não foi usado nenhum ingrediente de origem animal, me inspira! E o Uriel foi de pita de berinjela, que também estava muito bom. Bebemos uma limonada de gengibre adoçada com agave nectar e depois matamos o caloire com picolés de kiwi colada!

Eu devo ter mesmo uma alma hiponga que fica feliz apenas em passear por esse festival, ver as barracas de artesanato, as barracas políticas, as de tratamentos alternativos, palestras esotéricas, de vida alternativa. Neste ano havia duas barracas ensinando a usar os fornos solares. Só não vi muitos protestos políticos, por uma boa razão. E tem muita gente dançando, improvisando música, shows de artistas mais profissionais, dança, batucada, até escola de samba [a UC Davis tem uma muito boa]. Toda a energia usada no festival vem dos painéis solares, que são instalados em vários pontos.

Para mais detalhes sobre essa festa, siga o link do meu post sobre o Whole Earth do ano passado ou ainda o de um ano anterior. E veja mais fotos de 2009 AQUI e outras fotos de 2008 AQUI.

a straight line exists between me and the good things

O advento da primavera traz mudanças caracteristicas na paisagem do Arboretum, não apenas pelo colorido clássico do aparecimento das novas flores e verdes, mas também pelo nascimento de centenas de patinhos. Caminhando pelo percurso de três milhas que acompanha um riacho, observo a agitação ruidosa provocada pelos novos fofoletes habitantes do local. Vejo muitas famílias com crianças parando para olhar as famílias de patolinos com seus adoráveis patolinozinhos. Vejo também muita gente carregando suas câmeras DSLR com lentes bacanudas, clicando, além das simpáticas trupes patolinescas, as plantas florindo, os horizontes e mil reflexos fotogênicos providenciados pelo riacho. Tenho muita sorte de morar ao lado desse Arboretum, que é um espaço ecológico belíssimo e apinhado de cenários super ultra fotografáveis em qualquer estação do ano.

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Estou tentando ajustar algumas horas de caminhadas no meu dia-a-dia, geralmente nos finais de tarde. Só não rola nada nas segundas, pois todos já sabem que neste dia tenho que pegar a cesta orgânica, dividir tudo com a Marianne, lavar e ensacar os legumes e verduras que serão usados durante a semana. Outros dias podem ser diferentes, com pequenas mudanças necessárias. Como naquele dia em que eu corri até supermercado para comprar pão e frutas, porque ando comendo muitas frutas, além da banana diária, e aproveitando a época dos citrus, que eu adoro. Depois tirei a louça limpa da máquina de lavar e guardei tudo nos armários, enquanto os gatos me cercavam na cozinha, o Roux falando comigo daquele jeito dele, dando pulinhos e fazendo uma cara engraçada. Esses gatos me fazem um cerco acirrado no final da tarde, tudo em função dos biscoitinhos crocantinhos que damos pra eles. É tanto dramalhão, miação, olhares pidões, corre pra lá e pra cá me seguindo, que parece que a bicharada está esfomeada, morrendo à mingua. Eu geralmente faço eles esperarem até às 6pm. Dai satisfaço as lombrigas felinas e eles finalmente sossegam e me deixam circular livremente pelo espaço da cozinha. Mas nesse dia diferente eu não fui caminhar nem cozinhei, porque fomos jantar no Ciocolat com nossos amigos. Depois voltamos pra casa, eu subi pra tomar banho e deitar no ritual de encerramento do dia e o Uriel voltou pro trabalho, como ele sempre faz.

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Esse foi uma noite atípica, porque normalmente eu preparo o jantar e se fizer algo diferente, legal ou criativo, fotografo para o blog. Se não, eu apenas ligo pro Uriel, ele chega, jantamos, depois limpamos a cozinha juntos, embora não sobre muita coisa pra limpar já que eu sou uma cozinheira obcecada em ir limpando tudo enquanto cozinha. E encerro o expediente quando eu subo pro quarto com o Roux atrás de mim, dando bote nas minhas pernas e querendo conversar. Meu dia termina na cama, lendo, com a tevê ligada, chorando com a cena de algum filme, me sentindo cansada, cansada, até desabar e Zzzz…

Iniciei um novo dia com o pé direito, depois de uma noite inteirinha de sono ininterrupto, o que é uma preciosidade pra mim. Fechei os olhos às 10pm e só reabri às 6:20am, como se a noite não tivesse existido e acordando de um sonho super ternura, onde eu estava bebendo chá com minha melhor amiga, Michelle [Obama].

Aprende-se, sempre

O que eu realmente gosto no meu cotidiano culinário é saber que há sempre algo novo para se conhecer. Sabores, texturas, ingredientes, maneiras de preparar, misturas, técnicas. Os horizontes estão abertos à novas tendências, experimentos e criatividade. Posso confirmar que estou sempre aprendendo e acho isso tri-bacana, pois a culinária não é nem nunca vai ser uma caixa fechada, com tradicionalismos inalteráveis, idéias impassíveis, verdades fixas e absolutas.
Por isso ainda não perdi totalmente o entusiasmo com as minhas desventuras na cozinha e adoro quando tenho algo novo para colocar em prática. E a novidade desta semana foi o caldo com a fibra e sementes da abóbora, que aprendi com a mestra Deborah Madison. Ela ensina a usar o interior da abóbora, aquela parte fibrosa, e as sementes—que eu sinceramente não tenho a menor paciência de torrar e aproveitar.

Abri uma abóbora red kuri ao meio, as fibras e sementes foram para uma panela, junto com algumas folhas de verdura verde, uns dentes de allho, pimenta preta e juniper e bastante água. Virou um caldo, que depois de ferver, ferver, foi coado e usado numa sopinha singela com macarrãozinho orzo.

E a abóbora foi pro forno cortada em cubinhos e depois de assada foi temperada com suco de limão, sal rosa do Himalaia, bastante azeite prensado com limão e salpicada com folhinhas frescas e aromáticas de manjericão, que estão crescendo na estufa da fazenda e foi nosso treat na cesta orgânica da semana. Essa foi a melhor salada de abóbora que já comi em muitos ano. Foi servida morna no jantar e o restinho que sobrou foi o meu almoço frio no dia seguinte.

dia feijão com arroz

Não quero de jeito nenhum ficar só reclamando das segundas-feiras, porque não é justo. Mas que nesses dias eu me sinto mais desgastada, isso é verdade. Faz tempo que o Uriel vem sugerindo que eu arrume uma pessoa pra dividir a cesta orgânica, mas eu sempre respondo exaltada—mas QUEM?QUEM?QUEM? Não tenho muita paciência de sair por aí perguntando e buscando por alguém. Mas uma cesta inteira por semana para uma família de dois está se tornando um estresse. Neste momento, além das abundantes folhas verdes, muitas cenouras tomaram conta das gavetas da geladeira. E eu vivendo essa fase desânimo.

Como ainda estamos em janeiro, muitas resoluções de ano novo ainda estão na roda, sendo planejadas, administradas e colocadas em prática. Portanto, quase que meio sem querer, arrumei uma partner para dividir comigo a opulenta cesta de verduras e legumes. A Marianne chegou logo depois das cinco e meia da tarde daquela segundona, empunhando uma sacolinha de pano. Discutimos sobre algumas idéias, eu fiquei feliz pois ela aceitou levar um maço de chard e metade do brócoli romanesco, que pra mim não é apenas um legume esdrúxulo de outro planeta, mas um troço realmente dos infernos, que não sei como fazer e não gosto de comer.

—leva essas cenouras coloridas… elas são bem doces…
—okay.
—e o brócoli?
—sim, posso levar tudo.
—e esse lindo legume fractual [o monstro romanesco]?
—tem gosto do quê?
— uma mistura de brócolis com couve-flor.
—detesto couve-flor.
—okay, mas o sabor mais evidente é de brócolis.
—okay.
—e aquele repolho gigante?
—odeio repolho!
—okay.

Ficamos um tempo conversando sobre receitas, ela tentando me dar idéias de como detonar o repolhão, levou bastante coisa e combinamos de fazer um teste. Ela decidiu que precisa se alimentar melhor, embora não tenha muita paciência com cozinha. E eu preciso desesperadamente dar vazão para a imensa quantidade de legumes e verduras superdesenvolvidas que recebo toda semana. It’s a done deal.

Feliz da vida, lavei apenas metade das verduras e legumes que costumo lavar sempre. Será que esse nosso acordo vai vingar? Tomara! E mesmo sendo uma segunda-feira, precisei pensar no que fazer pro jantar. O feijão já estava cozido, só precisei temperar. Fiz um arroz vapt-vupt. Refoguei folhas de chard no azeite e depois espremi um limão por cima e salpiquei com flor de sal. Esse foi o nosso jantar, que o Gabriel também acabou levando pra casa dele—arroz, feijão e verdura, cuidadosamente ajeitados numa marmitinha de vidro.

mãozinhas extras [na cozinha]

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Que delicia que foi ter a Patricia e a Livia me ajudando com a cesta orgânica nesta segunda-feira! A Pat lavou, secou e ensacou TODAS as folhas verdes, com a ajuda da Livia, que também descascou umas cenouras fresquinhas pra gente depois cortar em palitinhos e comer com um molho rancho improvisado, que ficou ótimo. Se eu pudesse ter mais mãozinhas assim na lavação toda semana. Fazer o jantar nesse dia foi uma tranquilidade…

Fair Trade

jasmine-coral-rice_1S.jpg jasmine coral rice Quando eu perguntei ao meu amigo que é diretor da fazenda orgânica da UC Davis e uma das pessoas mais engajadas em políticas de agricultura e meio-ambiente que eu conheço, o que mais eu poderia fazer além de comprar local e orgânico de produtores que praticassem a auto-sustentabilidade, ele respondeu na lata—buy Fair Trade!
Ele também me recomendou pesquisar os fazendeiros que adotassem práticas justas com seus trabalhadores, não explorando mão de obra barata e ilegal. Mas o Fair Trade é um detalhe muito importante para os produtos que vem de países mais pobres e em desenvolvimento, pois essa prática econômica tem como um dos seus objetivos principais promover um sistema global de economia sustentável e justa. Morando num país rico que compra produtos de países mais pobres, é minha obrigação tentar não contríbuir com qualquer tipo de exploração. Banana, chocolate, café, açúcar são produtos que têm uma boa distribuição Fair Trade aqui nos EUA. A banana e a quinoa que eu compro são Fair Trade. Há muitos outros produtos nas prateleiras dos supermercados que também são, é só procurar com cuidado. Esse delicioso arroz jasmine coral da Tailândia é Fair Trade. Fique de olho nesses produtos você também!
»Para saber mais, visite o website da Fair Trade Federation.