homemade oreos

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Os fofíssimos inquilinos da nossa guest house vieram nos desejar Feliz Natal. Trouxeram um pratinho com biscoitinhos feitos em casa. Eram uma imitação caseira os famosos oreos, os cookies de chocolate recheados com um creme de baunilha. Eu não sou fã de cookies, e esses oreos são extremamente doces pro meu gosto. Esses, feitos em casa, estavam bem gostosos. Bem menos doces que os originais.

Thanks Feast

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Nosso almoço ajantarado de Thanksgiving aconteceu no final na casa da Melissa e Bill, que são grandes amigos do Gabriel e Marianne—a Melissa é amiga de infância da Marianne. Como eles moram na mesma vizinhança, foi fácil carregar o peru e os outros rangos, incluindo a minha sobremesa que ficou enorme. A Melissa preparou uns hors d’oeuvres com queijos diversos, bolachinhas, frutas e trufas. O menu incluiu o peru assado, cranberry sauce, gravy, o stuffing servido separado, purê de batata, ervilhas cozidas, cenouras caramelizadas, rodelas de batata-doce assadas na manteiga, salada de folhas verdes com pêra e nozes e um gratinado de abóbora com queijo de cabra. A minha sobremesa foi um trifle de chocolate com laranja, e tinha uma torta de abóbora e sorvete de baunilha feito em casa. Eu levei um Merlot excelente da vinícola Pine Ridge. A Reidun levou outros vinhos e bebidas espumantes e a Melissa comprou um vinho de romã armênio para servir com a sobremesa que ninguém gostou muito…

very grateful

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O Thanksgiving é a celebração que eu mais gosto, porque não é nada mais que reunir a família, comer coisas gostosas e agradecer por tudo que temos. E eu só tenho o que agradecer. Neste ano teremos um almoço aqui em Davis, na casa do meu filho. Eu já preparei minha sobremesa e às onze da manhã a Marianne vai colocar o seu famoso peru, que é assado lentamente besuntado na manteiga e ervas, no forno. Para o blog, eu sempre tiro essas fotos matinais da minha mesa de trabalho, que é a minha mesa da cozinha. Adoro passar minhas manhãs ali, lendo e fazendo planos culinários. Um feliz Thanksgiving para todos e muito, muito obrigada por tudo!

chá para o bebê

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Eu não tive chá de bebê, pois esse tipo de festa não era comum quando eu estive grávida. Mas já fui à muitos aqui na América do Norte e também já organizei alguns. Esse foi para uma amiga querida que vai ter um menino em fevereiro. Aqui fazemos tudo muito simples, usando o esquema de potluck—cada um traz um prato, pois não temos ajudantes domésticas, precisamos facilitar. Então para esse chá eu comprei as bebidas, sodas naturais, guaraná, suco de goiaba, lambrusco branco e água, e dois bolos, e servi uma caponata que já tinha feito há um tempo com pãozinho francês fresco. As convidadas trouxeram muitas coisas diferentes, desde uma torta turca feita com semolina, até saladas, quiches, patês, pão de queijo, triângulos de espinafre e torta de abóbora. As convidadas formavam um grupo de quinze pessoas bem eclético e eu não conhecia quase ninguém, mas isso não impediu a enturmação. A futura mamãe estava linda, radiante e feliz. Foi uma das melhores festas que eu já organizei.

três

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Em primeiro de novembro de 2005 às 11:22:40 da manhã nascia o Chucrute com Salsicha, com seu primeiríssimo post de inauguração. Com certeza eu tinha passado o dia anterior sentada por horas e horas e horas na cadeira do meu pequeno escritório montando o blog, ajeitando o layout, colocando tudo em ordem para iniciar a função de blogar sobre comida, que desde então nunca parou.

E hoje o Chucrute completa três anos de postagens diárias, com muitas fotos, muitas receitas e, principalmente, muitas histórias. Milhares de pessoas passam por aqui todos os dias e isso coloca um certo peso nos meus ombros, que eu tenho tentado carregar com o máximo de firmeza e elegância.

O Chucrute com Salsicha é um espaço muito especial para mim porque ele reflete um bocado de quem eu sou. Os assuntos aqui são sempre muito variados, os papos seguem as estações do ano e vão pipocando conforme as idéias e as oportunidades vão surgindo. Eu não tenho nenhum esquema planejado ou um sistema de organização para blogar. Não me empenho em pesquisas, não sigo modismos, nem endosso produtos ou pessoas que eu não conheço direito ou não confio. Não tenho pretensão de fama ou grana, só escrevo sobre o que eu gosto e sobre o que me interessa, por isso não promovo ou participo de eventos coletivos. Eu faço a minha pauta, de um jeitão idiossincrático que é só meu. Não me inspiro no estilo de blogar nem nas idéias de ninguém. O Chucrute sempre foi um espaço original e autêntico, influenciado apenas pelas minhas convicções, pela maneira com que eu encaro a vida, pelas minhas opções, aspirações e realizações.

Defendo com insistência quixotesca a propriedade das minhas fotos, pois elas são a expressão da minha visão do mundo—desde a amplitude das paisagens das vinícolas californianas até os micro detalhes de uma flor se abrindo ou de uma lagarta morando num pé de tomate. Sem essas imagens o Chucrute com Salsicha não estaria completo. E a minha escrita, com todas as costumazes mancadas ortográficas e a abundância de expressões peculiares, é parte da minha personalidade, uma extensão do meu papo firme na vida real. Eu gosto de escrever, de fotografar e de comentar qualquer tipo de assunto relativo à culinária—um pouco mais do que gosto de cozinhar e comer. Por isso não considero o Chucrute com Salsicha apenas um blog de receitas. Ele é sim um blog sobre comida, e também sobre bebidas, música, cinema, política, livros, amor, prazer, felicidade e vida!

e agora são oito

Eu gosto de marcar datas, especialmente para poder ter alguma referência e poder relembrar e recontar quando a memória começar a falhar. O marco importante que quero frisar hoje é que completo oito anos escrevendo blogs ininterruptamente. Oito anos de textos diários sobre a vida, sobre comida, filmes, música, gentes, gatos, meu cotidiano aqui nas terras californianas, como também pequenas e grandes viagens.
Quando eu comecei minhas blogagens, os blogs não eram conhecidos, muito menos populares. Meu e-mail chegava nas caixas dos meus amigos com a assinatura que eu uso até hoje [leia o meu pensamento] e os que iam lá checar o que os meus pensamentos poderiam ser, voltavam encantados e entusiasmados. O meu primeiro blog, The Chatterbox, foi mãe de muitos blogs nos primórdios da blogolândia, assim como o Chucrute com Salsicha também acabou sendo mãe de alguns blogs de culinária.
Eu e o meu The Chatterbox saimos em muitas reportagens sobre blogs em quase todos os jornais e revistas brasileiros. Estávamos lá nos primeiros relatos, que acabaram dando inicio à febre blogueira que se alastrou pela internet no inicio deste novo século. Era muito engraçado ganhar aquele tipo de destaque, já que eu estava apenas escrevinhando os meus pensamentos sobre o meu cotidiano e sobre a vida. E é isso que venho fazendo até hoje. São três blogs ativos, oito anos de vida, muitos textos, muitas fotos, informação à beça que já dá pra fazer de arquivo da memória, somado à muitos amigos, muitos encontros e alguns desencontros, pois eles também fazem parte. A soma dos oito é extremamente lucrativa, pois desde o inicio que eu tinha absolutamente certeza de ter encontrado a mídia perfeita para por em prática o que eu sempre quis fazer: escrever para quem quiser me ler.

happy chocolate day

Ontem minha nora, Marianne, fez trinta anos. Vamos ter muitas comemorações neste final de semana e no próximo. Como é de praxe, eu já fiquei toda animada com a possibilidade de fazer um bolo pra ela e assim praticar meus baking skills, que precisam de muito treino. Pensei no trabalhão que eu iria ter fazendo um bolo de aniversário, na bagunça, nos acidentes, nos possíveis e prováveis fracassos, no tempo que iria gastar e decidi aceitar a sugestão da minha amiga Leila—comprar um bolo no Nugget.
Conversando pelo telefone com a mãe da Marianne, para combinarmos o weekend, ela citou o fato de que domingo é dia de Páscoa. Juro que me surpreendi. Esse é um feriado que foi aos poucos ficando cada vez menos importante no meu calendário comemorativo. Primeiro que aqui a sexta-feira santa não é feriado. E eu não me importo com chocolates. Fazia as coisinhas quando o Gabriel era pequeno. Lembro como se fosse hoje a excitação da manhã de domingo, com ele procurando os ovinhos pelos arbustos e matagais do sítio da minha tia Anah. Lembro da risada alta dela, toda vez que ele achava um dos preciosos ovos que ela mesma tinha escondido. Hoje as histórias de Páscoa são apenas doces lembranças.
Mas teremos ovos e coelhos, que serão providenciados pela sogra do Gabe, que é a festeira da família. Ela curte os ovos e coelhos, traz o chocolate. No ano passado passamos a Páscoa na casa dela, e foi quando tirei essas fotos, que estão batendo o recorde de visitas de navegantes vindos pelo Google em busca de imagens de ovos e coelhos. Sinceramente, isso me deixa deveras triste e bastante furiosa, pois essa gente vem buscando imagens e vão pegar e usar, sem pedir, sem dar crédito. Os coelhos e os ovos da Reidun e as minhas fotos, vão ser usadas por aí, como se fosse de domínio público. A internet está mesmo infestada de larápios e copiões.

26 no Tucos

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Não me lembro exatamente porque casamos no dia dois de janeiro. Acredito que era o único dia vago, pudera. E não queríamos esperar porque eu já estava no quinto mês de gravidez. Então até hoje, enquanto o povo em geral sossega o facho das comemorações no segundo dia do ano, nós ainda temos mais um regabofe pela frente. E a cada ano que passa, a necessidade de comemorar se intensifica, afinal tantos anos juntos não é pra qualquer um.
Escolhi o Tucos Cafe para celebramos o nosso ano vinte e seis. Foi uma escolha inteligente. Já estivemos lá outras vezes, para almoçar ou apenas beber sucos de frutas brasileiras. O proprietário Pru Mendez* é casado com uma portuguesa e já morou no Brasil. Além dos sucos naturais, o Tucos também oferece feijoada e uma deliciosa adaptação da receita de pão de queijo da minha cunhada Pat, que segundo o Pru é um sucesso entre os americanos. Ele conseguiu transformar um salgadinho super simples e popular numa verdadeira delicacy, fezendo uma adaptação dos queijos, adicionando pasta de trufas, com um resultado extremamente delicado. Feito na hora, o pão de queijo chega quentíssimo à mesa, derretendo na boca.
Desta vez pegamos o cardápio do jantar e tudo o que pedimos estava perfeito. O Tucos oferece uma carta de vinhos bem incomum, com opções de vinhos de vários cantos do mundo, todos exclusivos. Eu pedi um Sousao feito aqui na Califórnia, com um sabor bem apimentado. Provamos um prato de queijo da serra português, que veio com pães, amêndoas torradas, passas brancas e um azeite bem denso e perfumado. Depois eu pedi uma salada simples, com fatias de maçã e uma torrada com queijo de cabra temperado e morno. O prato do Uriel, de carpaccio de prosciutto com alcaparras e queijo grana, estava sublime. Eu acabei comendo umas boas fatias, pois a quantidade era suficiente para duas pessoas. De prato principal o Uriel foi de ravioli com molho de lagosta e eu comi um steak com purê de raizes e legumes refogados. A sobremesa nos frustou um pouco, mas deu pra perceber que era tudo feito a mão, até o sorvete, que a garçonete nos comunicou era feito por eles.
O Tucos está instalado numa casinha pequena e aconchegante em downtown, atrás da estação de trem. A comida é de excelente qualidade, orgânica, local, e o atendimento é um primor de atenção e delicadeza. Enquanto o Uriel pagava a conta, fui conversar com o Pru, quando ele me contou do sucesso do pão de queijo e da feijoada e me falou que procura sempre pelos melhores ingredientes. Apesar de fazer parte do movimento Slow Food e de apoiar ao máximo os produtores e negócios locais, ele disse não ser um radical nem um fanático, e não se importa de trazer um produto de outro lugar, se concluir que aquele é o melhor. A carne que eu comi, por exemplo, é grass fed importada do Uruguai. Ele disse que o Uruguai tem a melhor carne de gado alimentado da maneira tradicional, com grama. Não tive como discordar, pois o meu prato estava uma delícia.
* posando descontraídamente na última foto em companhia da notável e altamente colunável dona do chucrute.

tudo lindo para o primeiro almoço

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Para o almoço do primeiro dia do ano, fiz uma costela de carneiro, batatas assadas e uma salada de alface, rúcula e cubinhos de laranja temperada com um vinagrete de limão. De sobremesa uma panna cotta. Gostei das cores da mesa. O Gabriel e a Marianne nos acompanharam nesse almoço simples, do qual não houve sobras.

Foreign Cinema – San Francisco

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Uriel me convenceu a sair da toca na noite de Ano Novo. Fomos para San Francisco, onde nos contaram que a festa é sempre bonita. A cidade tem milhares de opções para todos os bolsos e gostos. Escolhi um restaurante que eu já estava querendo conhecer há tempos—o Foreign Cinema. Fiz reservas e fomos para a cidade mais linda do mundo na noite do dia trinta e um de dezembro.
O restaurante é bem bacana, tem duas áreas internas e uma externa, com um muro alto onde eles passam filmes estrangeiros. Na noite do reveillon havia também filmes nas paredes da parte interna do restaurante. Enquanto lá fora o filme projetado era o italiano cabeça O Jardim dos Finzi-Continis, lá dentro, onde ficamos, a diversão foi garantida com o over the top Beyond The Valley of The Dolls, um cult soft porn exageradérrimo e cafonérrimo dos anos 70. Nós jantamos um menu de quatro pratos, que podíamos escolher de uma lista interessante, com um preço fixo. Estava tudo muito saboroso, mas devo confessar que fiquei um pouco irritada com a quantidade minúscula das porções, comparadas com o preço nada pequeno da conta. A sopa de entrada, um creme de lagosta, veio num potinho um pouco maior que um dedal, na quantidade equivalente a talvez uma colher de sobremesa. Mas tudo bem, isso foi o de menos. O lugar era legal, a comida estava deliciosa e nós nos divertimos.
Saímos do restaurante às 11:38pm e com a ajuda inestimável do GPS conseguimos chegar ao Embarcadero uns minutos antes da meia-noite. Trocamos de sapato e nos agasalhamos melhor no carro e corremos para ver os fogos, embaixo da Bay Bridge. Foi um espetáculo muito bonito. Depois caminhamos pela orla, que estava apinhada de gente. Eu sou desacostumada com multidões, então fiquei um pouco atordoada. Todo mundo festejando sob a vigilância e ostensiva patrulha da gentil polícia de San Francisco. Havia muitos bêbados, drogados e a cidade estava uma muvuca total, mas tudo acontecendo naquela incrível civilidade e jeitão nonchalant típico da cidade. Voltamos logo em seguida para Davis, afinal eu queria dormir a primeira noite do ano na minha caminha!