o menu completo

Peito de peru assado e recheado com arroz selvagem e ameixa – o recheio servido separado, o peru acompanhado de apple butter;

Quinoa vermelha refogada com salsinha e cebouletes;

Salada de batata [new potato – tão tenras e com a casca tão fina que nem precisa descascar] temperada com a maionese aioli da Alice Waters;

Salada de rúcula com cogumelos e beterraba;

Salada de alface com queijo de cabra, também da Alice Waters.
De sobremesa a pecan pie e a salada de frutas de inverno, onde acrescentei pêra e kiwi.

Para beber água com gás, refrigerante de laranja vermelha, cidra quente e o Cabernet Sauvignon Faust que comprei na vinícola Quintessa.

e sobrou muita comida

 

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Espero que o Natal de todos vocês tenha sido maravilhoso! O nosso foi bem simples, com poucos convidados, mas a comida ficou explêndida—tudo preparado do zero, com os melhores ingredientes locais, sazonais e orgânicos. Foi uma comilança e tanto. Acho que impressionei as visitas, não pela sofisticação da ceia, muito pelo contrário. Provei que o simples pode ser divino. Mas isso não quer dizer que não deu trabalho! Ofaaa.. Pelo menos eu não lavei nenhuma louça.

está tudo [quase] pronto

A minha rotina de Natal é sempre a mesma, entra ano, sai ano. Neste ano a festa vai ser mais tranquila, porque não vem tanta gente. Mas é sempre cansativo. A única coisa que eu não faço é limpar a casa, pois tenho um serviço que faz isso com perfeicão uma vez por semana. O restante é meu trabalho. Eu faço as compras, decido o cardápio, cozinho, preparo, sirvo, entretenho os convivas. Só não lavo a louça final, que é trabalho do Uriel e Gabe. Sexta-feira, saí do trabalho às 3pm e comprei todos os presentes de Natal, além de queijos, panetones e alguns enfeites. No sábado, fiz as compras de comida—e fui á quatro lugares diferentes, dois em Sacramento, dois em Davis. Isso tudo enquanto lutava contra uma crise de enxaqueca morfética. Saí do último supermercado e quando estava na esquina lembrei: não comprei isso, aquilo e aquele outro! E tinha feito lista. Dor de cabeça é uma desgraceira. Domingo, estou um pouco melhor. Organizei o cardápio, que vai ser simplérrimo, mas com os ingredientes da mais alta qualidade. Minha homenagem à Alice Waters. Com tudo escrito, fiquei mais tranquila por me senti mais organizada. Como é feito nas revistas, dividi tudo ém partes, no que poderei fazer hoje, e o que só pode ser feito no dia ou na hora. Não posso contar muito com o Uriel, pois ele trabalha até o último minuto possível. Mas o Gabe já foi convocado para ajudar, pois quando eu tenho essas dores de cabeça, elas duram três dias cravados. Lord have mercy! Espero sobreviver à esse Natal para depois poder curtir minhas pequenas férias!

um dia, dois bolos

Por volta das três da tarde eu sempre saio para fazer uma caminhada pelo campus, esticar as pernas, respirar ar puro, espairecer e às vezes comer um bolinho na coffee house. Desta vez foi um de abóbora com especiarias, que estava muito bom. Quando regressei pra minha sala, fui pega no meio do caminho por um dos meus colegas. Eu logo saquei—era uma festinha pra mim, com bolo de chocolate e cartão com mil desejos de felicidades. É que na terça-feira eu e o Uriel recebemos nossa cidadania americana. Meus colegas decidiram que devíamos celebrar. E eu até comi a fatia do bolo, que não estava mal, apesar de ser daqueles comprados em supermercado.

Thanksgiving is just around the corner

E eu num suplício porque ainda não decidi que sobremesa vou fazer para o nosso almoço de família. Pelo menos já decidi que será algo com limão, por causa do meu surplus de frutas citricas. É de conhecimento geral que meu nome do meio é desastre quando se trata de fazer sobremesa. Mas eu estou me esforçando pra mudar isso.

Todo ano comemoramos o Thanksgiving na casa da sogra do Gabriel, que geralmente também convida amigos e é sempre uma reunião muito agradável, com comida simples e boa. A Marianne é a encarregada do peru. Eu sempre levo vinho e sobremesa. Antes eu costumava passar o feriado inteiro lá, fazendo compras no Marin county, mas agora eu prefiro voltar pra casa. O Thanksgiving é um dos meus feriados favoritos, deixando o Natal bem lá pra trás. Pra mim o Thanksgiving faz muito mais sentido, pois é uma festa de agradecer o que temos, comer, beber, passar o dia com a família. Nada de dar presentes, que é o que—na minha opinião, faz o Natal uma festa cansativa e irritante.

2 anos ou 24 meses ou 730 dias

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novembro06 dezembro06 janeiro07 fevereiro07
marco07 abril07 maio07 junho07
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Mas quem é que está contando?

Há exatamente dois anos eu criei um monstro chamado Chucrute com Salsicha. Esse monstro mudou-se para dentro de mim e agora me cutuca o tempo todo com seu dedo comprido e persistente, me cobrando—tem receita, tem foto, tem texto inteligente ou engraçado, o que vamos publicar hoje? Escrever e colocar fotos aqui virou uma obsessão perfeccionista e divertida que muita gente chama de hobby e eu chamo de chucrutagem.

Levando em conta minhas idiossincrasias, minhas inúmeras manias e minhas infindáveis chatices, abro as portas deste espaço sem nenhuma relutância para quem quiser visitar, entrar, sentar, puxar papo, beber um chá ou um licor, passar a mão no gato—se ele deixar—cheirar as flores, provar uma fatia do bolo ou só ficar quietinho folheando um livro ou uma revista.

Considero esta minha cozinha virtual um lugar extremamente especial. Escrevo e fotografo todos os dia, porque tudo que publico neste blog é o que me interessa, o que me estimula, o que me apaixona e o que me deixa feliz. Tenho um grande carinho e respeito por todos que passam por aqui e que valorizam esse meu trabalho diário. Hoje o monstro Chucrute com Salsicha quer simplesmente agradecer, humilde e sinceramente, aos que se identificam, aos que retornam, aos que se inspiram, aos que comentam, aos que participam, aos que incentivam, aos que se divertem, aos que fazem tudo isso valer a pena.