
A maior parte daqueles pinhões que ganhei no verão estava congelada para virar algo especial no inverno. Afinal de contas pinhão é [era pra mim] comida de frio. Procurei muito por uma receita de bolo, mas olha foi um clica-clica sem fim, porque tudo o que eu via levava [primeiramente] uma lata de leite condensado. Mas será o benedito? No final achei uma receita que me agradou numa página do governo do Paraná. Mas era aquele esquema sem muito detalhes, nenhuma informação se a colher de fermento era de chá ou de sopa, se o forno alto era 200 ou 180ºC, muito menos tinha detalhes insignificantes como tempo de cozimento. Adaptei de acordo com o meu bom senso e experiência na cozinha e felizmente o bolo vingou. E ficou bem gostoso, com um jeitão de pão de ló e praticamente substituiu o panettone no nosso Natal.
1 xícara de pinhão cozido e descascado
2 xícaras de açúcar
2 xícaras de farinha de trigo
1 xícara de amido de milho [maizena]
1 xícara de leite integral
3 colheres de sopa de manteiga
4 ovos [claras e gemas separadas]
1 colher de chá fermento em pó
Pré-aqueça o forno em 400F? 205ºC. Unte uma forma redonda com furo no meio com manteiga e polvilhe com farinha de trigo. Reserve. Moa os pinhões num processador e reserve. Na batedeira bata as claras em neve e reserve. Numa outra vasilha bata bem as gemas, a manteiga e o açúcar até ficar um creme bem liso. Peneire a farinha de trigo e a maizena e vá colocando no creme de gemas e manteiga bem devagar, alternando com o leite. Junte os pinhões moídos e incorpore bem. Por último acrescente as claras em neve e o ferment em pó. Coloque a massa na forma untade e asse por 30/40 minutos, até o bolo ficar bem dourado e a massa cozida no centro. Remova do forno, deixe esfriar bem e vire o bolo num prato ou travessa.



detalhe ostensivo dessa belezura usar um tablete de manteiga na massa, outro na cobertura, além da abundância de açúcar. O resultado foi um bolo DOCE, MUITO DOCE e com uma cobertura pesada. Não é o tipo de coisa que nos agrada. Mas se você curte algo mais substancioso, vai se animar com essa receita. Eu sinceramente achei que o bolo inteiro fosse encalhar. Guardei ele na geladeira coberto por uma folha de filme plástico e no dia seguinte decidi experimentar novamente, raspando parte da cobertura. Foi então que achei uma delicia! A massa do bolo gelada ficou muito mais gostosa e a remoção parcial de toda aquela cremosidade densa da cobertura deu um baita alivio. Deixo registrada aqui a receita para quem quiser testar, com o prestimoso lembrete que deve-se fazer o mise-en-place com bastante antecedência, pois vários ingredientes precisam estar em temperatura ambiente.














