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Eu sou fã dos pepinos, especialmente desses. Quando eles começam a aparecer no Farmers Market no meio do verão, fico animadíssima, pois essa é uma das variedades mais doces e delicadas. Eles são pequenos, no formato mesmo de um limão. E são deliciosos em saladas. Às vezes eu como puro, só descasco, corto em fatias e nhack! Mas tem que descascar, não dá pra fatiar com casca como outros pepinos, pois a casca do pepino limão é bem áspera e com alguns micro espinhos.
Autor: Fer GuimaraesRosa
red flame grapes
um vasinho na mesa
Para iniciar um esperado e bem-vindo final de semana!
tireless fezoca
Meu pai tem um arquivo enorme de fotografias em slides, que deve ter sido uma versão muito popular na década de 60 e 70. Mas aqueles slides não resistiram muito bem ao tempo, por isso no ano 2000 meu pai teve o trabalhão de digitalizar toda a coleção de fotos, limpando as imagens e assim salvando as preciosas cenas famíliares do ostracismo das caixinhas esquecidas no fundo do armário. Quando eu recebi os cds com as fotografias restauradas passei dias em estado de total arrebatamento emocional, me divertindo imensamente com tudo o que estava podendo rever. Na maioria das fotos eu estou exibindo a minha famosa personalidade exuberante e super ativa, fazendo todas as caretas possíveis e preenchendo todos os espaços fotografáveis com a minha presença charmosa e divertida.
Nessa sequência com meus irmãos na piscina do clube, tirada no início da década de 70, eu não deixei por menos e apareci em TODAS as fotos, fazendo todas as poses e algumas piruetas e caretas, é claro. Consegui ofuscar até a pose singela da minha fofíssima irmã, com minha fantástica pose de sereia insistente e aparecida. Eu era realmente incansável.
Se alguém por algum acaso não conseguiu me identificar, eu sou a criatura onipresente de maiozão azul.
forever
um baita pepino
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Meu chefe me apareceu com um pepino, que ele ofereceu e eu aceitei, não pude recusar. Ele disse que era um pepino japonês, mas eu duvidei. E contou que pegou dois deles na horta pública do departamento de Plant Science, fato que eu também duvidei. Que ele pegou os pepinos lá na horta eu tive certeza, mas duvidei que pudesse só passar e ir pegando. Acho que você tem que trabalhar nela pra poder pegar os legumes e verduras. Mas tudo bem, eu aceitei o pepino que me foi ofertado tão gentilmente pelo meu chefe e com ele fiz uma salada.
Fatiei o pepino bem fininho no mandoline e temperei com um molho feito com iogurte integral, suco de limão, flor de sal, pimenta branca moída, dill seco e bastante azeite.
torta de tomate e ricota


Essa é a época do ano em que eu fico completamente frenética tentando usar todos os tomates que chegam via cesta orgânica, pela horta ou nas minhas compras impulsivas no Farmers Market ou no Co-op. Então temos um ítem com tomate em todas as refeições, seja salada, prato quente ou frio. A razão pra tanta pressa é que os tomates estragam rápido, pois eles ficam na bancada da cozinha, nunca na geladeira.
Tomate guardado na geladeira perde definitivamente todo o seu sabor e textura original. Portanto, se você costuma guardar seus tomates na geladeira, nunca realmente provou o verdadeiro sabor adocicado e delicado desse fruto.
Outro dia usei vários dos tomates grandes super maduros numa receita bem simples e que ficou bem legal. Cortei uma tampa e despolpei os tomates—com a polpa e as tampas fiz molho. Recheei os tomates com uma mistura feita com restos de arroz basmati misturados com bastante salsinha picada e um tanto de azeitonas pretas. Antes de rechear os tomates, pinguei no fundo azeite e salpiquei com sal, coloquei o recheio, decorei com uma bolota de cream cheese e levei ai forno até eles ficarem cozidos e gratinados. Ficou muito bom.
E desta vez matei os tomatinhos pequenos, amarelos e vermelhos, numa torta que revelou-se no mínimo o máximo. A receita saiu da supimpa Everyday Food.
torta de tomate e ricota
Serve 4 pessoas
2 xícaras de farinha de pão fresca
1/4 xícara de azeite de oliva
1 xícara de ricota de leite integral
1/2 xícara de queijo parmesão ralado
2 ovos grandes
2 colheres de sopa de manjericão fresco picadinho
Sal e pimenta do reino moída a gosto
Tomates cortados em fatias ou tomatinhos cortados ao meio
Pré-aqueça o forno em 450ºF/ 230ºC. Misture a farinha de pão com o azeite até formar uma farofa. Eu faço minha farinha na hora, com pão torrado ou bolachas integrais. Pressione essa farofa no fundo de uma forma de aro removível [daquelas de fazer cheese cake]. Numa vasilha misture bem a ricota, o queijo parmesão, os ovos, o sal e a pimenta e o manjericão picadinho. Espalhe esse creme sobre a massa de farinha de pão e azeite. Cubra tudo com os tomates e regue com um fio de azeite. Leve ao forno e asse por 35 a 45 minutos. Deixe esfriar, desenforme. Sirva morna ou na temperatura ambiente.
piu!
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cream of roasted jalapeños
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Todo ano eu recebo dezenas de pimentas jalapenõ na minha cesta orgânica. Algumas vezes chegam também cayenne. Eu nunca sei o que fazer com elas, por medo ou falta de idéias mesmo. Mas este ano, depois de ter provado a sopa de chili no Duarte’s Tavern de Pescadero, concluí que assim não poderia ficar e decidi que este ano as pimentas vão entrar na roda e dançar um samba—ou rumba, ou conga, ou salsa.
As primeiras jalapeños que chegaram já foram pra churrasqueira, onde foram tostadas, embrulhadas em folhas de papel toalha e quando esfriaram foram despeladas e abertas, as sementes removidas. Nem usei naquele dia, guardei na geladeira e fui buscar uma receita para fazer uma sopa com elas. Achei essa, que era exatamente o que eu procurava. Fiz e ficou bem interessante, não excepcional como a sopa do Duarte’s, mas pelo menos fiquei feliz por ter usado minhas pimentas.
cream of roasted jalapeño soup
12 jalapeños, assadas, removido peles e sementes
1 cebola pequena picada
1 xícara de creme de leite fresco
2 colheres de sopa de manteiga
2 colheres de sopa de farinha de trigo
4 xícaras de caldo de galinha * usei de legumes
Sal a gosto
Sour cream e tortillas chips para servir * opcional
Coloque as jalapenõs, a cebola e o creme de leite no processador e bata até formar um creme. Numa panela derreta a manteiga e junte a farinha, misturando bem até ficar uma mistura bem lisa. Devagar junte o creme de pimenta, mexendo constantemente para evitar que queime. Adicione o caldo de galinha ou legumes e o sal e continue mexendo até a sopa engrossar. Reduza o fogo e deixe cozinhar por 5 minutos, mexendo sempre. Remova do fogo e sirva quente ou deixe esfriar e sirva morna ou fria, com tortillas e sour cream se quiser.
Crisp de nectarina
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Essa receita saiu do livro Chez Panisse Café Cookbook da Alice Waters e fez parte do Menu Califórnia que foi montado a pedido do Eduardo, para ser degustado pela sua simpática confraria. Ele era originalmente um crisp de pêras, mas como no final da receita a Alice sugere que essa sobremesa pode ser feita com outras frutas, resolvi testar com o resto das nectarinas do meu quintal que sobreviveram às doações e congelamentos. Ficou excelente.
Crisp de nectarina
[serve de 4 a 6 pessoas]
Cobertura
1/2 xícara de nozes ou amêndoas *usei amêndoas
1 xícara de farinha de trigo
3 colheres de sopa de açúcar mascavo
2 colheres de sopa de açúcar branco
1/8 colher de chá de canela em pó
Uma pitada de sal
6 colheres de sopa de manteiga sem sal
Recheio
6 nectarinas maduras [mais ou menos 1 quilo], descaroçadas e cortadas em fatias
1/4 xícara de açúcar
2 colheres de sopa de farinha de trigo
Pré-aqueça o forno em 375ºF/200ºC.
Toste as nozes ou amêndoas levemente e depois pique. Numa vasilha misture a farinha, o açúcar mascavo e branco, a canela e o sal. Corte a manteiga em pedacinhos e jogue na mistura de farinha, mexendo com os dedos até obter uma farofa. Junte as nozes picadas e misture bem—essa cobertura deve ficar numa consistência firme, quando pressionada com a mão. Pode ser preparada até uma semana antes e ficar guardada na geladeira.
Coloque as fatias de nectarina numa vasilha. Adicione o açúcar. Polvilhe com a farinha e misture gentilmente com as mãos. Coloque a mistura num refratário de vidro ou cerâmica—eu usei ramequins. Com uma colher, coloque a cobertura sobre as frutas, pressionando levemente. Coloque o refratário sobre uma assadeira e leve ao forno, na grade central, e asse por 40 ou 50 minutos, até que a cobertura esteja dourada e o suco das peras tenha engrossado. Sirva morno com sorvete de baunilha ou chantilly aromatizado com Armagnac. Eu servi frio e acompanhado de um copo de leite integral orgânico, quase um creme.
