arroz basmati
rúcula com tomate seco
pizza de queijo
sanpellegrino limonata
shrimp stir fried rice
tequiza beer
hot and sour shrimp soup
macarronada com porpeta
todo e qualquer tipo de pão
todo e qualquer tipo de queijo
ginger ale
pickles
alface com laranja
peixe frito
tomate com manjericão
milho cozido
hot tamales
french fries
earl grey tea
pasta de aliche
salada de batata
água gelada
foundue
veggie burguers
vietnamese egg rolls
falafel com tabuli
panqueca de ricota
sushi
chá mate gelado
hot dogs
[* dos arquivos do The Chatterbox – janeiro/2003]
Autor: Fer GuimaraesRosa
no, arigatô!
» meu marido recebe muitos acadêmicos japoneses, que vem conhecer a Universidade da Califórnia e o trabalho que ele faz aqui. eles são extremamente educados e gentis e sempre trazem presentinhos – sake, rapadura [sim, um açúcar que pra eles é super especial, mas que não passa de uma rapadura chic] e os típicos docinhos de arroz. esses docinhos eu passo…. adoro comida japonesa, mas até hoje não provei um doce que eu tenha gostado.
it’s all about the beer
Acho que foi anteontem que tive esse sonho estranho. Olhei para o outro lado da rua e vi o supermercado canadense que eu frequentava. Não era exatamente o mesmo, vocês sabem como as imagens dos sonhos nunca são exatas, mas eu sabia que era o Superstore. E estava coberto de neve, como costumava ficar – e ainda costuma, com certeza – durante oito longos meses. Mas por que estou contando isso? Não é só porque eu gosto de enrolar. O ponto é que depois do sonho fiquei o dia todo pensando naquele país gelado, onde vivi por alguns anos. Tirei do baú uma caderneta onde eu anotava tudo junto, receitas que eu pegava dos amigos, nas revistas ou na tevê e até dúvidas das aulas de inglês. Minha missão era encontrar nesse caderninho a receita de uma sopa de cevada que eu fazia sempre pra aquecer os ossos nos invernões. Não achei a receita, mas acho que me lembro mais ou menos como fazer. A receita original era beef and barley soup, que eu incrementei para beef, barley and beer soup. Excellent, eh?
A receita:
Sopa de Cevada com Carne e Cerveja
Refogue no azeite ou óleo meio quilo de carne para refogado [stew] cortada em cubinhos. Acrescente cebolas e cenouras picadinhas. Acrescente a cevada lavada e escorrida, refogue por um minuto. Jogue um litro de caldo de carne ou legumes, deixe cozinhar até a carne amaciar e a cevada ficar bem cozida e molinha. Acrescente mais liquido se precisar. No final acrescentar uma lata ou garrafinha de cerveja – de preferência uma bem forte e encorpada, testar o sal e acrescentar mais à gosto. Pode pôr um pouquinho de pimenta do reino se quiser. Deixar ferver por mais um minutos e servir fumegando.
Sopa Indiana de Batata Doce
Peguei essa receita na revista REAL SIMPLE. É facílima de fazer e muito saborosa. Só precisa ter cuidado com a quantidade de curry, senão fica muito apimentada.
2 batatas doces grandes cozidas e cortadas em cubinhos
1 cebola media cortada em pedacinhos
1 colher de óleo para refogar
um pedacinho de uns 2cm de gengibre fresco, descascado e picado bem fininho
1 colher de sobremesa de PASTA VERMELHA DE CURRY [nao é o curry em pó, nem o amarelo, é um curry vermelho e molhado, como uma pasta de tomate – cuidado, pois é HOT!]
1 lata de leite de coco
3 xícaras de caldo de galinha
sal à gosto
suco de um limão
coentro fresco
Refogar a cebola e o gengibre no óleo até ficar macio. Acrescentar a pasta de curry vermelho. Refogar por um minuto. Acrescentar o caldo de galinha e o leite de coco. Deixar ferver, abaixar o fogo e cozinhar por cinco minutos. Acrescentar a batata doce. Cozinhar por mais cinco minutos. Desligar o fogo. Acrescentar sal à gosto, espremer um limão. Na hora de servir, decorar com o coentro fresco picado.
what’s up, doc?
… crique, amprie & xerete bem xeretado |
» acho que todo mundo gosta de chegar numa casa e olhar as tranqueiras coladas na geladeira. sejam imãs, receitas, fotos, desenhos dos pimpolhos, o cenário da porta e laterais de uma geladeira reflete um pouco a personalidade do morador e, principalmente, do cozinheiro. na minha geladeira tem eu [em versão foto e ícon], a Catarina, minhas viagens, meu quadrinho favorito, o Dylan, telefones, indicação da máquina de lavar louça, poesia concreta [hahaha, que audácia a minha!] e uma piadinha meio boba que só os mais perspicazes pegam…pisc!
pão, leite, banana, alface, flores
Há um tempo que eu peguei o bom hábito de incluir flores na lista de compras. Vai alí no super? Traz umas flores. Aqui os supermercados já facilitam tudo, colocando as flores logo na entrada, pra ninguém poder dizer que não viu ou esqueceu. Eu compro as mais baratas, de $2,99 a 5,99, mas elas fazem uma diferença danada na casa, especialmente durante os meses frios quando o tempo não permite encher vasos. Hoje dei uma passadinha no Trader Joe’s e vi todo mundo levando flores nos pacotes de compras, como eu. Trouxe comigo lindas gérberas laranjas.
dia de reis
» eu tenho apenas uma simpatia de dia de reis, que aprendi com a minha mãe, que aprendeu com a avó dela, e vamos mantendo a tradição. comer nove sementes de romã, deixar secar, embrulhar num pedacinho de tecido vermelho [já usei papel vermelho e dobrei] e costurar com linha vermelha, fazendo um saquinho. carregar na carteira o ano todo. no dia seis de janeiro, substituir por um novo. é simpatia pra ter sempre grana no bolso!
um picnic de verão
não gosto de casca grossa
O Chucrute é um blog novinho, mas eu não nasci ontem no mundo dos blogs. Sou blogueira desde o tempo que só existiam dez blogueiros brasileiros blogando em blogs. Tenho um tantinho de experiência fazendo parte dessa comunidade pra saber o que é legal e o que não é. Tento seguir a netiqueta na blogosfera e no meu uso geral da internet e digo com todas as letras que abomino arrogância e grossura.
Desde que abri o Chucrute que estou linkando e visitando blogs de culinária em português. Todo mundo foi gentil, retribuiu link, visita, respondeu comentário ou comentou. Quer dizer, quase todos. Um blog nunca respondeu nada, nunca retribuiu nada, nem deu a mínima. E já saiu dos meus links. Não suporto maroquices….
Olha, não adianta querer botar panca, porque não é com talher de prata que se mostra elegância. Quem é chique, é chique e pronto, porque tem o chiquerê nas atitudes. Quem é chic faz bonito, sempre. E quem é brega, revela a breguice facilmente, até escrevendo num mero blog.
a primeira vez que mordi um cachorro
Eu não me lembro exatamente quantos anos eu tinha, mas certamente foi antes dos meus dez anos. Estávamos no Rio de Janeiro visitando a minha tia, irmã da minha mãe. Éramos sete crianças e as duas mulheres corajosas, que sei lá por que motivos resolveram sair pra rua com toda a tropa. Normalmente íamos à praia, mas nesse dia passamos a manhã caminhando pelas ruas de Copacabana. Numa certa hora entramos num lugar. Eu lembro de um balcão alto e de como de repente um sanduíche enrolado em folhas de papel manteiga chegou às minhas mãos, junto com uma garrafinha de Coca-Cola. Abri aquilo com curiosidade. Minha mãe controlava o nosso consumo de refrigerante e como morávamos no interior de São Paulo naquele início dos anos setenta, ainda éramos virgens dos modismos americanos de hambúrgueres e hot-dogs. Quando mordi aquele sanduíche comprido recheado de salsicha e com um molhinho de tomates, cebola e pimentão, fui aos céus! Pra mim aquilo passou a ser a comida mais deliciosa do mundo e a que eu iria desejar comer novamente por muitos e muitos anos.
Em 1974 nos mudamos para Campinas, que é a cidade natal do meu pai. Lá fui finalmente reencontrar o maravilhoso sanduíche, descobrir o seu nome peculiar e o lugar que o vendia: o cachorro-quente das Lojas Americanas. Passei anos da minha pré-adolescência sentada naqueles banquinhos em frente ao balcão verde claro em formato de S no subsolo das Lojas Americanas do centro de Campinas. Pra mim nunca existiu nada igual – o pão macio, a salsicha saborosa, o molho super cheiroso, as chips de batata, sempre acompanhados de uma super Coca-Cola gelada. Nunca mais comi um cachorro-quente como aquele da LASA, que tentei replicar por anos e anos na minha cozinha.
Quando morei no Canadá, provei um cachorro-quente muito bom, que fiz por muitos anos e até hoje faço. Não chega nem perto do cachorro-quente da LASA, mas fica muito bom.
Cozinhe as salsichas na água. Escorra. Retorne a panela com as salsichas ao fogo, regue com bastante azeite, deixe fritar. Acrescente rodelas de cebola a vontade. Pode salpicar a cebola com um pouco de sal. Servir no pão de cachorro-quente com mostarda e catchup [se quiser].