no que ando pensando [muito]

Entrei numa farmácia pra comprar pastilha de tosse e a cena que vi na minha frente me pareceu naquele momento a pura imagem do inferno—uma variedade absurda de doces e chocolates, centenas de pacotes de salgadinhos, um infinito de bebidas artificiais, bebidas alcóolicas, enlatados, comida de caixa, em pó e congelada. E lá no fundão, os remédios. Claro que as farmácias não são novidades pra mim e sempre entro nelas por um motivo ou outro, mas naquele eu dia fiquei chocada. Fui tomada por um sentimento de profunda tristeza quando vi a tonelada de doces de natal serem substituídos por uma tonelada de doces de valentines numa estalada de dedos. Vi naquele cenário colorido uma armadilha atrativa e cruel de açúcar e corantes. As farmácias se transformaram em imensas lojas de conveniência [ou inconveniência], que te vende o problema e depois te vende a solução. São um retrato do que tem de mais paradoxal neste país. desculpa o clichê, mas são.

Passei os feriados de final de ano cozinhando e falando sobre comida com a minha mãe. Falei sobre a minha surpresa por ter virado uma celebridade no meu trabalho pelo simples fato de que eu como comida. E como comida no prato, usando garfo e faca, guardanapo, copo. Sou um assombro! Porque desde a década de 50 do século 20 que os americanos foram desaprendendo a cozinhar, deixando os velhos e laboriosos hábitos por outros mais simples e práticos. E hoje estamos a beira de um colapso na área de saúde, epidemia de obesidade, muitas doenças estranhas, muitas mortes. Isso que estou dizendo não é nenhuma novidade, os fatos estão escancarados. Eu vejo, você vê, mas não é todo mundo que percebe. Ainda há muita falta de informação, muita gente simplesmente não sabe que todo esse lixo se se ingere está nos transformando, nos adoecendo e nos matando. Agora não é mais somente a opção pela praticidade, mas é pela falta de instrução e de conhecimento. Quem vem de uma família onde não se cozinha há pelo menos quatro gerações faz o quê? Faz o que cresceu fazendo e o que acha normal fazer.

Ando muito pesarosa e desanimada, achando tudo uma aberração, uma caminhada cega em direção ao precipício. No trabalho, toda vez que vejo um colega colocando uma caixa de comida processada congelada no microondas, meu coração afunda. Nunca falo nada, mas mesmo de boca fechada, sem julgar ou criticar, posso mostrar delicadamente que há outro lado. Sento na mesa, onde outros colegas se juntam para almoçar e conversar, às vezes dividimos comida. Eu monto meu prato com salada fresca, minha comida simples e no final de sobremesa descasco uma laranja, o que muitas vezes gera olhares de genuíno espanto—olha, alguém que descasca laranja! Todo dia escuto um—oh, você se alimenta tão saudavelmente! ou um—uau, seu jeito de comer é tão legal, tão caprichado! Sempre comi assim, é a minha resposta. Não posso mudar o mundo, mas depois de dois anos dividindo a cozinha na hora do almoço com outros colegas, posso dizer que consigo pelo menos passar uma mensagem positiva e talvez ter uma pequena influência com relação à futuras possíveis mudanças de hábitos.

galette de acelga

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A primeira receita do ano tinha que ser um prato leve, feito com verdura e grãos integrais, só pra dar aquela ilusão de que comeremos assim o ano todo. No meu caso até que é verdade, só que essa torta foi feita em dezembro, quando chegou uma acelga gigantesca na minha cesta orgânica. Usei a receita dessa massa e para o recheio fiz um que aprendi há pelo menos uns trinta anos e que repito sempre. Fica uma torta bem leve, boa para comer quentinha na hora, mas dá até pra ser devorada fria no dia seguinte.

para a massa
2 xícaras de farinha de trigo integral
1 colher de chá de sal
12 colheres de sopa de manteiga sem sal gelada cortada em cubinhos
2 ovos caipiras batidos
Coloque a farinha e o sal no processador de alimentos. Junte a manteiga e pulse até formar uma farofa. Junte os ovos e pulse até forme uma massa. Amasse num disco, cubra co m plástico e leve para gelar por pelo menos 1 hora.
para o recheio
1 acelga grande
4 colheres de manteiga
Sal e pimenta do reino a gosto
Raspas da casca e suco de 1 limão

Pique a acelga e refogue na manteiga. Cozinhe bem, não deixe ficar com água. Tempere com sal e pimenta do reino a gosto. Antes de rechear a massa, tempere com as raspas e suco do limão. Abra a massa, coloque sobre uma forma forrada com papel vegetal, coloque o recheio no centro da massa, feche os lados. Pode pincelar com gema, mas eu geralmente pincelo com um pouco de mostarda diluída em água. Salpique com queijo parmesão ralado e ele ao forno pré-aquecido em 375°F / 200°C. Asse até a massa ficar dourada e completamente cozida.

filé de peixe escabeche

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Fiz esse peixe com vários dias de antecedência para servir no almoço da chegada da minha mãe, que foi num dia se semana quando eu ainda estava trabalhando. Servi com pão fresquinho e uma sopa. Fiquei meio atrapalhada e nem lembrei de tirar foto do prato, que ficou bem bonito. Depois de devorarmos quase tudo, pequei o iphone e cliquei essa última bocada. Minha mãe adorou esse escabeche e essa receita vai ficar aqui pra ela vir buscar quando voltar das férias.

2 cenouras médias cortadas em comprimento
1/4 xícara de azeite de oliva extra-virgem
1 cebola cortada em fatias finas
4 raminhos de tomilho
4 folhas de louro
1 dente de alho grande cortado em fatias finas
1/4 xícara mais 2 colheres de sopa de vinagre de vinho tinto [*usei o jerez espanhol]
Sal e pimenta do reino moída na hora
4 ou 6 filés de peixe branco

Usando um mandoline corte as cenouras em tiras finas. Em uma frigideira aqueça 1/4 xícara de azeite de oliva. Adicione as cenouras, as cebolas, raminhos de tomilho, louro e o alho e cozinhe em fogo moderado até que os legumes amoleçam, por cerca de 6 minutos. Retire do fogo. Acrescente o vinagre e tempere com sal e pimenta. Deixe descansar por 10 minutos.

Numa frigideira grande antiaderente aqueça 1/2 cm de azeite. Tempere os filés de peixe com sal e pimenta e coloque no azeite quente na frigideira. Frite os filés dos dois lados. Transfira os filés para um refratário com tampa [se for guardar] ou para uma travessa [se for servir em seguida]. Cubra com os legumes e o molho. Eu adicionei também o restinho de azeite que sobrou da fritura do peixe. Deixe descansar em temperatura ambiente durante 3 horas antes de servir. Ou leve à geladeira e remova e deixe voltar à temperatura ambiente antes de servir.

peras assadas com caramelo

peras no caramelo

Fiz essa receita para o lanche da noite de um domingo. Usei umas peras que estavam bem maduras e precisavam ser consumidas com urgência. Que receita maravilhosa, super fácil e rápida de fazer, usando poucos ingredientes que se transformam numa iguaria ultra delicada. Faria muito bonito também se fosse servida como sobremesa.

3 peras grandes peras bem maduras
3 colheres de sopa de manteiga sem sal
3 colheres de sopa de açúcar
1/2 xícara de creme de leite fresco
1 pitada de sal

1 a 2 colheres de sopa nozes ou amêndoas picadas e levemente tostadas. Aqueça o forno a 375°F/200°C. Remova o miolo com caroço das peras. Se quiser descasque, mas eu não fiz. Colocar as peras numa frigideira. Corte a manteiga em pedacinhos e distribua sobre as metades das frutas. Polvilhe com o açúcar e leve a frigideira ao forno. Asse por 20 a 30 minutos, regando ocasionalmente com os sucos. Retire as peras da frigideira, deixando o caldo. Leve a frigideira ao fogo alto e cozinhe, mexendo sempre, até a mistura fica com uma cor de caramelo. Despeje o creme de leite e deixe ferver, acrescentando uma pitada de sal. Cozinhe mexendo com uma batedor de arame. Regue as peras com esse molho, salpique nozes ou amêndoas tostadas por cima e sirva, ainda quente.

risoto de abóbora
[feito no forno]

risoto de forno risoto de forno

Escolhi esse risoto de forno do David Tanis para ser o prato principal, acompanhando dois peitos de frango assado, para o nosso jantar singelo de Thanksgiving. Achei interessante o modo de fazer, com o arroz pré-cozido. Mas arroz com abóbora não é exatamente um prato sofisticado. Confiei no talento do chefe Tanis e na escolha do NTY, que listou a receita no seu especial de Thanksgiving. O risoto se revelou uma deliciosa surpresa. Como fez uma quantidade enorme, comemos a sobras por muitos e muitos dias. Nem tirei uma foto decente, porque eu estava faminta quando servi o jantar. Mas achei que a receita deveria ser, de qualquer maneira, publicada aqui.

200 gr de abóbora de pescoço [butternut squash]
450 gr de arroz Carnaroli ou Arborio
4 colheres de sopa de manteiga
1 cebola média cortada em cubos [mais ou menos 1 xícara]
1 alho-poró médio, parte branca e parte verde macia, picado [mais ou menos 1 xícara]
Pitada de açafrão
Sal e pimenta do reino moída na hora
3 xícaras de caldo de abóbora ou de galinha quente
2 xícaras de queijo Gruyère ou Fontina ralado
1 xícara de ricota fresca
3/4 xícara de queijo parmesão ralado
2 colheres de chá raspas de limão
1 xícara de farinha de pão
3 colheres de sopa de salsa picada

Descasque a abóbora e corte em cubinhos bem pequenos. Com a casca e sementes, faça um caldo—junte 1/2 cebola pequena cortada, 2 dentes de alho em fatias, meia folha de louro e um raminho de tomilho. Cubra com 6 xícaras de água, deixe ferver por 20 minutos e coe. Leve uma panela grande com bastante água salgada ao fogo para ferver. Adicione o arroz e deixe ferver por 8 minutos, apenas para pré-cozer, os grãos devem permanecer duro no centro. Escorra o arroz em uma peneira, lave com água fria e espalhou sobre uma assadeira para esfriar. Pré-queça o forno a 375ºF/200ºC.

Numa panela de ferro ou bem robusta derreta 4 colheres de sopa de manteiga em fogo médio. Adicione a cebola e cozinhe, mexendo, até ficar macia, por cerca de 5 minutos. Adicione o alho-porro e o açafrão e mexa bem. Quando o alho-porro estiver macio, depois de uns 2 minutos, adicione os cubinhos de abóbora, mexa bem e desligue o fogo. Tempere com sal e pimenta do reino a gosto. Adicione o arroz pré-cozido, o caldo de abóbora quente, o queijo fontina ou gruyère, a ricota, o parmesão e raspas de limão, misturando delicadamente com uma colher de pau. Despeje a mistura de arroz em uma assadeira bem untada com manteiga. Polvilhe com farinha de pão, leve ao forno pré-aquecido e asse por 20 a 25 minutos. Cubra com papel alumínio, se necessário. Decore com salsinha picada antes de servir.

risoto de forno risoto de forno

torta de creme de cranberry

cranberry pie

Essa foi a segunda sobremesa que fiz pro jantar de Thanksgiving e a que mais gostei. Quando vi a receita do David Tanis no NYT, decidi naquele mesmo segundo que iria fazê-la. Mas a foto do jornal me enganou um pouco, pois eu imaginei uma torta mais leve e essa vai manteiga e gemas suficientes para classificá-la como “receita festiva”. O creme de cranberry é um curd, o que já é sinônimo de algo nada leve. Não é uma torta pra se comer fatias grandes, pois apesar da massa de farinha de arroz e avelãs, ela é bem robusta.

para a massa:
1 e 1/4 xícaras [180 gr] de avelãs
1 xícara de farinha de arroz
1/4 de colher de chá de sal
1/2 xícara de açúcar
6 colheres de sopa de manteiga amolecida
para o creme:
340 gr de cranberries frescas
1 xícara de açúcar
Suco e casca ralada de 1 laranja
8 colheres de sopa manteiga amolecida
2 ovos caipiras mais 2 gemas

Aqueça o forno a 325ºF/ 162ºC. Coloque as avelãs espalhadas em uma assadeira e asse por 10 a 15 minutos. Coloque as avelãs torradas em uma toalha limpa e esfregue para remover a pele. Reserve. Em um processador de alimentos moer nozes com metade da farinha de arroz até que a mistura se assemelha a farinha de milho grossa. Adicione o restante da farinha de arroz e o sal e pulso brevemente. Bata o açúcar e a manteiga por um minuto ou dois até formar um creme pálida e grosso. Adicione a mistura de farinha e misturar bem até formar uma massa. Se a massa ficar muito quebradiça acrescente 1 a 2 colheres de sopa de manteiga amolecida ou um pouco de água fria. Pressione a massa uniformemente em uma forma grande de aro removível. Usar metade da massa para forrar os lados e a outra metade para forrar o fundo. Espete o fundo da massa com um garfo e leve ao congelador por 30 minutos. Aqueça o forno a 350ºF/176ºC. Asse a massa previamente refrigerada por cerca de 15 minutos ou até dourar levemente. Remova do forno e deixe esfriar completamente.

Faça o recheio, colocando as cranberries, o açúcar e suco e raspas da casca da laranja em uma panela e leve para cozinhar em fogo médio. Cozinhe até que cranberries estalem e amoleçam, por cerca de 10 minutos. Transfira as cranberries cozidas para uma food mill ou peneira de malha média e prense sobre uma tigela. Adicione a manteiga no líquido quente e bata bem. Coloque os ovos e gemas extras numa outra tigela e bata levemente. Lentamente misture uma xícara do purê de cranberry quente sobre os ovos, para temperar. Em seguida misturar os ovos com o resto do purê. Retorne o purê de cranberries para a panela e cozinhe em fogo baixo até engrossar, por cerca de 10 minutos. Deixe esfriar em temperatura ambiente. Despeje o creme de cranberries sobre a massa pré cozida. Asse em forno pré-aquecido a 350ºF/176ºC por 10 minutos. Esfriar sobre uma grade. Armazenar em temperatura ambiente por até 2 dias.

fresh cranberry fresh cranberry
cranberries frescas

torta mousse de abóbora
com chocolate branco

pumpkin-white chocolate

Essa foi uma das nossas sobremesas de Thanksgiving. Queria fazer uma torta de abóbora e me encantei com essa receita. O resultado ficou bom, mas um pouco doce demais para o nosso gosto. Comemos uma fatia cada um e o resto levei pra dividir com meus colegas no trabalho. Eles não acharam nada doce. Adoraram e comeram tudo. O que seria do roxo se todo mundo só gostasse de amarelo, né?

para a massa:
1/4 xícara de macadâmias
10 biscoitos graham cracker inteiros
[*esses biscoitos são bem grandes, se for usar outro tipo de biscoito, tipo Maria ou Maisena, dobre a quantidade]
7 colheres de sopa de manteiga sem sal derretida
1/4 xícara de açúcar mascavo claro
1 colher de sopa de cornmeal fina
3/4 colher de chá de canela em pó
1/4 colher de chá de noz-moscada ralada
1/4 colher de chá de sal kosher
para o recheio:
1 colher de sopa gelatina em pó sem sabor
100 gr de chocolate branco picado
2 gemas grandes de ovo caipira
1/4 xícara de açúcar
1 xícara de creme de leite fresco
1 folha de louro
2 pitadas de pimenta da Jamaica em pó
1 pitada de noz-moscada ralada
1/2 colher de chá de extrato de baunilha
1 e 1/2 xícaras purê de abóbora
1/2 colher de chá de sal kosher

Para fazer a massa, pré-aqueça o forno a 325°F/163°C. Espalhe as macadâmias sobre uma assadeira e leve ao forno por 15 minutos, até dourar. Remova do forno deixe esfriar. Mantenha o forno ligado. Em um processador de alimento pulse os biscoitos até ficarem totalmente moídos e transfira para uma tigela. No processador pulse as macadâmias até ficarem bem moídas e junte ao biscoito na tigela. Em seguida adicione todos os outros ingredientes e misture bem. Pressione a massa sobre o fundo e os lados de uma forma funda de torta. Leve ao forno e asse por cerca de 20 minutos. Remova e deixe esfriar.

Para fazer o recheio polvilhe a gelatina sobre 1/3 xícara de água e deixe descansar por 5 minutos. Coloque o chocolate branco em uma tigela grande. Em uma outra tigela bata as gemas com o açúcar. Em uma panela pequena ferva 3/4 xícara de creme de leite fresco com a folha de louro, a pimenta da Jamaica, a noz-moscada e a baunilha. Descarte o louro. Regue lentamente a mistura de creme de leite na mistura do ovo batendo com um batedor de arame. Junte a mistura de gelatina. Despeje rapidamente a mistura de ovos ainda quente sobre o chocolate branco e deixe descansar por 1 minuto. Em seguida bata com um batedor de arame até ficar um creme bem homogêneo. Misture o purê de abóbora e o sal. Leve à geladeira por cerca de 1 hora.

Em uma tigela pequena misture o restante 1/4 xícara de creme de leite e bata até formar picos moles. Coloque esse creme no recheio de abóbora e mexa delicadamente com uma espátula. Coloque o recheio sobre a massa assada e fria. Cubra e leve à geladeira por pelo menos 1 hora antes de servir.

bolinho de lentilha & quinoa
[com molho de feno-grego]

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Essa é uma daquelas receitas que depois que você prepara, fica se perguntando por que não aparecem mais ideias como essa na sua frente. Dá uma alegria imensa comer algo incrivelmente gostoso, criativo, feito sem nenhum ingrediente animal. Eu me sinto feliz a beça quando isso acontece. Não sou oficialmente vegetariana, nem vegana, mas consumir carne me deixa um pouco de baixo-astral. Nós adoramos esses bolinhos, só que eu achei que deu mais bolinhos do que deveria [minha mão rebelde provavelmente adicionou medidas maiores dos grãos e do tofu] e faltou um pouco de molho. Mas da próxima vez que eu fizer essa receita [essa vou refazer muito!] vou cuidar para que haja abundância de molho.

para os bolinhos:
1 xícara de lentilhas [tipo beluga/caviar] crua
1/2 colher de chá de sementes de erva-doce
1 xícara quinoa crua
1 colher de chá de sal
1 colher de chá de alho picado
1/3 xícara de coentro picado
200 gr de tofu firme
1 a 2 colheres de sopa de azeite de oliva
para o molho:
6 dentes de alho picados
1 colher de sopa de gengibre fresco picado
1 colher de chá de cúrcuma em pó
1 e 1/2 colheres de sopa de azeite de oliva
1 tomate grande cortado em cubos
1 colher de sopa de folhas secas de feno-grego
1 lata de leite de coco
1 colher de sopa de suco de limão tahiti
1 colher de chá de açúcar mascavo
1/2 colher de chá de sal
1/4 colher de chá de pimenta caiena
1/4 colher de chá de pimenta do reino

Numa panela coloque as lentilhas, as sementes de erva-doce e 3 xícaras de água e leve para ferver em fogo alto. Assim que ferver, abaixe o fogo, tampe a panela e cozinhe por 25 minutos. Escorra bem as lentilhas e reserve. Numa outra panela colocar a quinoa bem lavada e 1 xícara de água e levar para ferver em fogo alto. Assim que ferver, abaixe o fogo, tampe a panela e deixe cozinhar por 15 minutos ou até toda água ser absorvida. Desligue o fogo e reserve.

Para fazer o molho refogue o alho e gengibre no azeite em uma panela até ficar dourado, mexendo sempre para evitar que queimem. Adicione a cúrcuma e refogue mais um minuto. Adicione o tomate picado e refogue até que os sucos tenha evaporado, cerca de 5 a 8 minutos. Adicione o leite de coco, as folhas de feno-grego, o suco de limão, o açúcar mascavo, sal, a pimenta caiena e do reino. Deixe ferver e desligue o fogo. Reserve.

Para fazer os bolinhos pré-aqueça o forno a 400°F/205°F. Em um processador de alimentos pulse a quinoa e metade das lentilhas até obter uma textura de areia grossa. Despeje tudo em uma tigela grande e adicione as lentilhas restantes, o coentro fresco picado, sal e alho picado e misture bem. No mesmo processador de alimentos coloque o tofu e 1 a 2 colheres de sopa de óleo. Pulse o tofu e o óleo até obter uma massa homogênea, raspando as laterais com uma espátula se for necessário. Adicione o tofu na mistura de lentilha e misture bem. Prepare uma assadeira forrada com papel vegetal. Amasse a mistura de lentilha com as mãos e forme os bolinhos Coloque os bolinhos na assadeira e leve no forno por 20 a 25 minutos. Aqueça o molho e coloque os bolinhos assados nele. Polvilhe com o coentro fresco picado e sirva imediatamente.

bolo de fécula de batata
[torta margherita]

bolo fécula batata

bolo fécula batata

Bolo de fécula de batata faz parte das doces lembranças da minha infância. Quando minha mãe mandava fazer esse bolo era uma excitação, porque tínhamos que esperar até o dia seguinte pra comê-lo. Eu ficava vigiando a forma com o bolo, que era uma das maiores que a minha mãe tinha e era colocada em cima do de um buffet e coberta com um pano de prato. Realmente esse bolo fica muito melhor no dia seguinte e é incrivelmente delicioso, pois ele derrete na boca. A receita que a minha mãe usava para fazer esse bolo era da mãe da tia dela, uma italiana obviamente. Eu nunca parei pra pensar no tanto de receitas italianas que fizeram parte da minha infância e que eu nunca associei como sendo italianas. Mas elas eram passadas de um parente para o outro e ninguém naquela época tinha esse interesse que temos hoje de identificar as origens das coisas. Quando resolvi fazer esse bolo procurei muito por uma receita até encontrar essa aqui, que é uma adaptação de uma receita tradicional italiana e fica igualzinho ao bolo da minha infância. A receita italiana que minha mãe ainda usa pede para bater o creme de ovos por uma hora. Eu imagino que quando a mãe da tia da minha mãe fazia esse bolo, as batedeiras elétricas não era comum. Então faz sentido a uma hora ser reduzida para os 10 minutos desta adaptação. Eu acho que deixei batendo por uns 15 minutos. Fiz essa receita várias vezes e na última usei ovos de pata no lugar dos ovos comuns de galinha, pois eu tinha um surplus deles na geladeira. O bolo ficou mais alto e bem fofo, derretendo na boca. Deixe esfriar bem antes de servir. E se conseguir aguentar, sirva no dia seguinte pois fica muito melhor.

6 ovos caipiras, gemas e claras separadas
2/3 xícara de açúcar
1 xícara de fécula de batata

Bata as gemas e metade do açúcar até ficar bem esbranquiçado e cremoso, por cerca de 10 ou 15 minutos. Quanto mais tempo bater, mais macio ficará o bolo. Em uma outra tigela bata as claras em neve, adicione o restante do açúcar e continue batendo até formar picos firmes. Delicadamente acrescente um pouco da fécula de batata na mistura de gema, misturando com uma espátula. Junte um pouco das claras em neve e misture delicadamente, continue alternando a fécula e as claras e misturando, até obter uma massa bem homogênea. Coloque tudo em uma forma de bolo redonda untada e forrada com papel vegetal e leve ao forno pré-aquecido a 350ºF/ 176ºC por cerca de 25 minutos ou até o bolo ficar levemente dourado. Retire do forno e deixe esfriar um pouco na forma antes de remover. Deixe esfriar completamente sobre uma grade antes de servir.

bolo fécula batata bolo fécula batata