Mês: março 2006
purê de ervilha
Não sei de onde eu tirei essa receita, mas ela foi um grande sucesso de crítica todas as vezes que preparei. É simplérrima e um excelente acompanhamento pra absolutamente tudo. Todas as vezes que eu fiz esse purê de ervilha, ele acompanhou um salmão grelhado na churrasqueira.
A receita:
Um pacote de ervilhas congeladas [a de lata não sei se funciona]
Um dente de alho grande
Leite ou iogurte natural
Folhas de hortelã fresco
Sal e pimenta do reino a gosto
Ferver a ervilha numa panela com água e o dente de alho descascado. Quando a ervilha estiver macia, coar e colocar ervilha cozida e alho no liquidificador. Acrescentar sal, pimenta do reino, um pouquinho de leite* ou iogurte natural e umas folhas de hortelã. Bater até ficar com consistência de purê. Servir.
* cuidado pra não colocar muito leite e deixar o purê aguado.
uma tarde qualquer no Sonoma Valley
sagu de lambrusco
Uma das minhas doces lembranças de infância é uma sobremesa que era preparada em duas variações – o sagu. Na época de uvas, tínhamos sempre o sagu de uva, feito com uvas vermelhas, daquelas boas pra se fazer vinho e que eram extremamente comuns na década de 70. E quando não tinha uva, minha mãe mandava fazer o manjar dos deuses para nós, crianças, o fabuloso sagu de vinho! Imaginem a nossa felicidade, ao poder comer uma vez por ano, talvez duas, uma sobremesa feita com bebida alcóolica! Nos sentíamos os bacanões, como se estivessemos girando displiscentemente uma bela e perfumada taça de vinho.
Toda essa reminiscência proustiana pra dizer que outro dia me deu vontade de comer sagu, e tinha que ser o de vinho, o mais excitante. Saí pra comprar sagu, mas meu etinerário não me levou na direção das lojinhas asiáticas, onde é facílimo achar as bolinhas de tapioca, que é o nome que o sagu leva aqui. Por acaso, achei uma coisa bem mais prática, vamos dizer, um sagu instantâneo, coisa pra sossegar as bichas em menos de dez minutos. A tapioca milagrosa vem numa pequena caixinha e tem o sugestivo nome de Quick Cooking Minute Tapioca da marca Kraft. Comprei [excomunguem-me!] no Wal-Martão de Dixon, onde agora tem [lordhavemercy!] um supermercado.
Bom, pra fazer o sagu, usei um vinho borbulhante de sobremesa, o adocicado Lambrusco. Segui a receita da caixinha, que era para pudim de suco de maçã. Fica pronto num instante e mata bem as saudades do sagu de vinho da minha infância.
A receita:
Sagu de vinho
1/3 xícara de açúcar
3 colheres de sopa de tapioca
1 pitada de sal
2 xícaras de vinho lambrusco
Misturar os ingredientes numa panela média e deixar descansar por 5 minutos. Cozinhar em fogo médio mexendo sempre até começar a ferver e engrossar. Tirar o fogo e deixar descansar. O sagu engrossa bem depois de frio. Serve 4 porções médias, 6 pequenas, duas grandes.
é realmente delicioso!
Eu não li uma palavra, mas fiquei encantada com a seqüência de fotos. Acho que esse é o post culinário mais lindo que eu já vi. Delicious!
noz
o bifão vegetal
Os cogumelos Portobello já são considerados um bife, pelo seu tamanho e textura, que se assemelha muito à carne. É bem comum o sanduíche de Portobello nos menus dos restaurantes. Ele é normalmente grelhado e montado como se fosse um hambúrguer. Realmente, o Portobello é um cogumelo muito saboroso e prático. Eu fiz uma receita inventada nesta semana.
Portobello recheado
Dois Portobellos – não lave, apenas passe um paninho para limpá-los.
Um bulbo de erva doce pequeno
Meio pimentão vermelho
Queijo Feta grego
Um dente de alho
Azeite, sal e pimenta do reino
Retire os caules dos cogumelos, pique e reserve. Doure um dente de alho numa frigideira com bastante azeite. Acrescente os cogumelos e frite um minuto de cada lado. Retire da frigideira e coloque numa forma refratária. Na frigideira, acrescente a erva doce e o pimentão ralados bem fininho, e os caules dos cogumelos picados. Refogue e tempere com sal e pimenta. Recheie os cogumelos com uma camada grossa de queijo feta [ou outro queijo branco picado] e cubra com o refogado. Asse em formo médio [365ºF/185ºC] por uns 15 minutos.
a cozinha estrangeira
Quem mora ou já morou no exterior sabe como é feita a adaptação dos hábitos e ingredientes brasileiros ao mercado local. Mas a pessoa recém-chegada normalmente se sente um bocado perdida. Quer fazer um arrozinho básico e compra um tipo “short grain” que vira uma gororoba. Não entende qual feijão é o mais parecido com o nosso “mulatinho”, na imensa variedade de feijões que se vê nas prateleiras do supermercado. Pão de queijo? Feijoada? Pastel? Quindim? Que ingredientes usar, como adaptar? Todas essas perguntas são super normais, mas nem sempre tem alguém pra respondê-las. Por isso um dos projetos da nossa associação Brazil in Davis era montar um banco de dados de receitas. E a melhor ferramenta para isso, com possibilidade de arquivos e links, é sem dúvida o publicador de blogs. Então montamos um Blog culinário, que será um esforço coletivo para organizarmos um livro de receitas para a comunidade. E como num grupo grande, cada um tem uma especialidade, sabe fazer uma coisa diferente, esperamos que com o tempo possamos ter um verdadeiro guia da culinária brasileira para o estrangeiro. Estou super animada com o projeto do Na Cozinha com Brazil in Davis!
norwegian food
* outro post reciclado…
O melhor desses tipos de festa é sempre a comida! No Norway Day fizemos o tour pelos comes e bebes. Meatballs in a Brown Sauce with Dill and Sour Cream, Sweet and Sour Cucumber Slices, Boiled Red Potatoes, Herring in Dill Sour Cream and Mustard, Norwegian Bay Shrimp on Rustic Bread, Blotkake [bolo de morango – parece uma seda de tão macio!], Rossetes [uma friturinha de massa fininha, salpicada de açúcar], Aebleskivers [norwegian donuts] e a cerveja – da Thirsty Bear Brewery[clara e escura].