uma bolsa para a bolsa

Cria-se o hábito. No carro eu mantenho uma cesta redonda grande, duas sacolas de pano, duas de lona plastificada e uma térmica. Não tem mais erro, nunca esqueço de levá-las comigo quando vou às compras. Sacoletas de plástico NO MORE! Mas o negócio era a comprinha informal, que não era aquela compra de supermercado, quando se dá apenas uma passadinha na farmácia ou de repente se vê algo legal e decide comprar. Lá vem a sacolonstra. Mas um dia, no passado, eu fui até a bookstore da UC Davis ver uns earphone novos para usar no meu computador durante o trabalho e vi essas sacoletas. Comprei várias para dar de presente e guardei uma pra mim. Ela é perfeita para se carregar na bolsa e para ser sacada nos momentos cruciais—eu não preciso de nenhuma sacola, pois tenho a minha própria. Tcharannn! Alegria, alegria! Ela é bem pequena, cabe na palma da mão e quando aberta fica enorme, carrega muita coisa. Além de ser feita de um material resistente e lavável, ainda é lindona. A Andrea do bacanérrimo blog Superziper tem uma igual e a mesma opinião que a minha.

43 graus

43_panzanella_S

Pedalando minha bicicleta pelo campus da UC Davis às cinco da tarde me senti dentro de um forno natural. O ar estava seco e amarelado e os meus olhos ardiam com o calor que estava no pico, marcando 43ºC / 109ºF. Nesses dias extremamente quentes, o departamento de saúde pede para as pessoas evitarem ficar na rua, fazer exercícios, levar crianças à piscina, pois o ar fica insalubre. Felizmente, essas ondas de calor duram no máximo três dias, embora elas aconteçam várias vezes durante o verão. Felizmente também temos uma excelente infra-estrutura e só se sente o calor na rua. Minha casa tem ar condicionado central, como a maioria das casas e locais públicos ou de trabalho. Eu fecho as janelas pela manhã para não deixar o bafão entrar e quando chego em casa, o a/c já ligou automaticamente para manter a temperatura da casa nos agradáveis 25ºC / 77ºF. Por isso eu não uso o fogão nesses dias tórridos, porque não faz sentido ter uma temperatura controlada e esquentar deliberadamente uma parte da casa. E como esquenta! Em dias secos e quentes como esse, até a chama do fogão produz calor demais. Então o jeito é cozinhar na churrasqueira, onde eu já adquiri maestria, ou fazer receitas que não precisam cozimento. Nesse dia baforento optei mais uma vez pela panzanella. Essa salada é uma refeição completa e não precisa usar o fogão para prepará-la. Nessa variação usei abobrinha. Mas já fiz várias vezes a receita clássica e a versão com aspargos. Assim jantamos no primeiro dia da ondaça, que ainda vai nos castigar por mais dois dias. E a previsão pra hoje—lord have mercy—é de 44ºC / 112ºF.

menu du jour

Salada de batatas de casca vermelha, cozidas e descascadas, temperadas com um molho de creme fraiche, suco de limão, mostarda dijon, flor de sal e óleo de nozes torradas e salpicadas com ciblulettes/chives.

Salmão selvagem assado na churrasqueira sobre uma cama de cebolas, salpicado com sal defumado e pimenta do reino.

Purê de ervilhas e edamame com menta e iogurte.

Carpaccio de abobrinha verde e amarela, temperada com uma mistura de suco de limão, óleo de abacate, flor de sal e salpicada com folhas frescas de estragão e fatias finíssimas de queijo manchego

Pão de centeio integral. Manteiga orgânica sem sal.
Água fresca e vinho verde.

Wine tasting no Copia

copia_winetasting

copia_winetasting

copia_winetasting

No COPIA—The American Center for Wine, Food and the Arts, fiz um wine tasting bem diferente, usando um cartão e um monte de máquinas. Tive que testar essa inovação. Você compra a quantia que quiser, mínimo de dez dólares, depois passeia pelas diversas máquinas, cada uma contendo três tipos de vinho. Os tastings custam de um a cinco dólares, dependendo da qualidade do vinho. Eu testei três Cabernet Sauvignon da Califórnia e um Pinot Noir da Nova Zelândia. Bem legal!

frogurt de amoras

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Um monte de amoras, uma xícara de iogurte integral orgânico, 1/2 xícara de leite integral orgânico, mel a gosto. Bater tudo no liquidificador. Colocar na sorveteira. Eu gosto de manter as sementes no creme, mas quem não gosta pode bater as amoras no leite e passar por uma peneira ou food mill. Achei que a câmera não conseguiu captar cem por cento a magnifica cor natural desse sorvete.

if you believed they put a man on the moon

Foi um dia de temperatura amena que até nos permitiu um almoço na mesa do quintal. O rango não ficou uma maravilha, mas deu pra comer. Quase deixei torrar a sobremesa e exclamei irritada que devo estar com uma praga rogada, porque não é possível o tanto que eu me atrapalho.

Notícias fresquinhas e felizes do Brasil. A horta está bonita, com alguns tomates verdes pendurados nos pés. O manjericão está radiante. Estou de olhão nos pêssegos e nectarinas. Preciso investir muito tempo e trabalho no meu quintal. Farei.

Fizemos muitas coisas em casa. Tive um papo longo e interessante pelo telefone. Pizza de queijo. Já estava anoitecendo quando fomos dar comida, água e atenção para o Tim e o Sequel, os gatos do Gabriel e da Marianne. Eles não são como os nossos gatos, que se aprochegam de qualquer um e que até incomodam, como o Roux que sobe em cima mesmo das pessoas que não gostam dele. Os gatos do Gabriel são anti-sociais e desconfiados. Um deles parece um lord inglês, comprido, magro e sempre com uma cara de empáfia. Ele nunca chegou perto de mim, mas nesses dias tem tido um comportamento incomum, chegando em nós ronronando alto. Aos poucos conquistaremos a amizade desses dois felinos.

Estávamos voltando pra casa, quando vimos os fogos de artificio pipocando no painel gigante do céu cor de azul marinho. Imaginamos o parque lotado de gente, os ohs e ahs da multidão, esticamos o nosso pescoço para ver as luzes. Já em casa ouvimos o retumbante estouro do encerramento dos fogos. Na tevê, 1776, um musical histórico sobre a declaração da independência. Enfim, era o quatro de julho.

sopa de milho [thai]

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Fiz essa sopa numa porção individual, com sobra para o dia seguinte. Quis replicar mais ou menos a sopa tailandesa que eu adoro. Resolvi usar milho fresco. Fiz uma versão simplificada, que ficou exatamente como eu queria. Uma das coisas que eu gosto na cozinha tailandesa é que eles usam tomate em muitas receitas.

Grãos raspados de uma espiga de milho – mais ou menos 1 xícara
6 tomatinhos orgânicos e maduros
1/4 de uma cebola picada
Um pedacinho de gengibre fresco
Sal a gosto
1 folha de louro
Pimenta vermelha – usei a chipotle em pó e a cayenne em flocos
1/2 xícara de caldo de legumes – usei de cogumelos
1/2 xícara de leite de coco
Suco e raspas de um limão – usei o amarelo
Muitas folhas de manjericão fresco

Refogue a cebola e o gengibre ralado fininho no azeite. Quando a cebola estiver molinha, acrescente o milho. Deixe refogar uns minutos. Junte os tomates cortados em quatro. Coloque o caldo de legume, a folha de louro e deixe ferver. Acrescente a pimenta, o leite de coco, as raspas e suco de limão, salgue a gosto, deixe cozinhar um minuto, desligue o fogo e acrescente então as folhas frescas de manjericão. Sirva.