pãezinhos de maçã e passas

paozinho-maca.jpg

Mais de 40 anos se passaram desde a última vez que devorei um desses pãezinhos. Era uma alegria quando minha mãe pedia pra cozinheira fazê-los. Eu adorava a maçã assada com as passas e sempre removia a casquinha de açúcar, porque essas doçuras nunca foram minha predileção. Lógico que na minha casa havia livros publicados pelo Açúcar União. Que casa que não tinha? Era desse volume que os deliciosos pãezinhos se materializavam pelas mãos da cozinheira Cida. Mas esse livro que eu tenho não é herança de família. Pelo menos não da minha família. Há alguns anos várias caixas de papelão com doação de livros chegaram na minha garagem e esse estava entre eles. Foi o único que eu peguei pra mim, só por causa dessa receita. Deixei o livro por anos aberto na página dela e finalmente decidi fazê-la pela primeira vez. A minha versão ganhou o toque especial do açúcar de grapefruit na massa, mas ficaram igualzinhos aos que eu comia na minha infância. Devorei muitos, removendo a casquinha de açúcar, e matei aquelas lombrigas que estavam me atormentando há mais de 40 anos!

para a massa
2 tabletes de fermento biológico fresco [*usei dois envelopes]
4 colheres de sopa de manteiga
1 xícara de água morna
2 ovos caipiras
1 xícara de açúcar [*usei um açúcar de grapefruit feito exatamente como este de limão]
7 xícaras de farinha de trigo
1 colher chá de sal
3 colheres de sopa de manteiga derretida
1 xícara de uvas passas
2 e 1/2 xícaras de maçãs descascadas e fatiadas finas
para o glacê
2 xícaras de açúcar de confeiteiro
4 colheres de sopa de leite

Numa vasilha grande dissolva o fermento na água, junte o açúcar, o sal, a manteiga, os ovos e aos poucos a farinha. Sove bem, cubra com um pano e deixe crescer em lugar escuro por uma hora ou até a massa dobrar de volume. Abra a massa com um rolo , pincele com a manteiga derretida, cubra com as maçãs e salpique as passas. Corte a massa em quadrados e enrole cada um de ponta a ponta. Coloque os pãezinhos numa assadeira forrada com papel vegetal, leve ao forno desligado e deixe crescer novamente por mais uma hora.

Pré-aqueça o forno em 365ºF/ 185ºC. Coloque as assadeiras com os pãezinhos e asse até ficarem levemente dourados. Remova do forno, deixe esfriar uns minutos e cubra com o glacê, que é apenas o açúcar misturado com o leite.

receitasuniao.jpg receitasuniao.jpg

the antique fair/ Ten22

em março em março em março
em março em março em março
em março em março em março
em março em março em março
em março em março em março
em março em março em março
em março em março em março

Finalmente descobrimos uma feira de antiguidades que acontece mensalmente bem perto de nós. É a antique fair de Sacramento, montada num espaço enorme bem debaixo da freeway onde mais de trezentos vendedores expõem suas relíquias. Levamos bem umas três horas para ver quase tudo. Fomos na do mês de março [quando tirei essas fotos] e já voltamos na de abril. Vende-se muito cacareco, mas também tem bastante coisa divertida e interessante. Eu sempre consigo achar umas coisinhas legais. No domingo em março saimos da feira verdes de fome, depois de horas de camelança, e acabamos indo almoçar num restaurante instalado num ponto bem turístico da cidade—Old Sacramento. Lembro do fuzuê em torno desse Ten22 quando lá era apenas um nightclub, num investimento feito por um dos jogadores do time de basquete da cidade. Hoje ele virou um restaurante da linha farm-to-fork, usando ingredientes locais e sazonais. Eu gostei do ambiente e da comida, que muito caprichada e super gostosa. Ou seria o apenas efeito do horário e da fome? Pisc! Não, estava muito bom mesmo!

Save the Bones for Henry Jones

[Nat King Cole & Johnny Mercer]
♪ ♫ we’re gonna have a supper
we’ll eat some food that’s rare
and at the head of the table
we’ll place brother henry’s chair
invite all the local big dogs
we’ll laugh and talk and eat
but we’ll save the bones for henry jones
‘cause henry don’t eat no meat
today i’ll go to market
buy up a lotta fish
well, that will thrill brother henry
‘cause fish is his special dish
get a large can of molasses
have something really sweet
but we’ll save the bones for henry jones
‘cause henry don’t eat no meat ♪ ♫
henry is not a drinker
he rarely takes a nip
he don’t need a napkin
‘cause the things he eats don’t drip – blip!
one day we had a banquet
it really was a bake
they started off with short ribs
then finished off with steak
but when the feast was over
brother henry just kept his seat
and we served the bones to henry jones
‘cause henry don’t eat no meat ♪ ♫
♪ ♫
our banquet was most proper
right down to demitasse
from soup to lox and bagels
and pheasant under glass – class!
we thought the chops were mellow
he said his chops were beat – reet!
we served the bones to henry jones
‘cause henry don’t eat no meat
he’s an egg man
henry don’t eat no meat
he loves a pullet
henry don’t eat no meat
a vegetarian
henry?
coming mother!
soup’s on

velharias—love

velharias love velharias love
velharias love velharias love
velharias love velharias love
velharias love velharias love
velharias love velharias love
velharias love velharias love
velharias love velharias love
velharias love velharias love
velharias love velharias love

Não sei exatamente quando comecei esse meu hábito de encaroçar lojas de antiguidade, mas hoje virou um divertimento comum—meu e do Uriel. Se passamos por uma, precisamos parar para olhar. E encontramos de tudo, desde as lojas super incríveis e bem decoradas, lotadas de preciosidades com preços exagerados, até os muquifos desorganizado que mais parecem um junkyard. Sempre achamos algo legal e que dá pra comprar. Essas lojas, além de divertidas, também são ultra fotogênicas. Faço uns cliques aqui e ali sempre que possível e quando não tem alguém avisando que não pode fotografar [bem raro]. Essas fotos são uma compilação de algumas lojas que visitamos em San Francisco e no Sonoma wine country no ano passado.

Pittock Mansion — Portland

Portland Portland Portland
Portland Portland Portland
Portland Portland Portland
Portland Portland Portland
Portland Portland Portland
Portland Portland Portland
Portland Portland Portland
Portland Portland Portland
Portland Portland Portland
Portland Portland Portland
Portland Portland Portland
Portland Portland Portland
Portland Portland Portland

No segundo dia em Portland fomos visitar uma mansão histórica que fica numa linda área de mata em cima de um morro. A Pittock Mansion foi contruída em 1914 pelo pioneiro e enpreendedor Henry Pittock. Nascido na Inglaterra, Pittock imigrou para a Pennsylvania e em 1853 com 19 aos pegou uma daquelas carruagens que levava famílias e aventureiros para desbravar o oeste. Pittock chegou ao Oregon, onde começou a trabalhar num jornal do qual acabou dono depois de alguns anos. A casa super moderna, apresentando uma mistura dos estilos inglês, francês e turco, dá uma visão panorâmica maravilhosa da cidade de Portland, com vista para todas as montanhas ao redor. Não posso negar que uma das coisas que eu mais gosto de fazer e que mais me entretem é visitar casas antigas. Essa me fez voltar na sala de jantar e cozinha ums mil vezes. Não é uma casa ostensiva, mas é bem ampla e confortável, com um engenhoso sistema de aquecimento e de intercom. Eles não mantinham muitos empregados e contratavam diaristas. Dá pra ver a lavanderia, a area de geladeira que era separada da cozinha, a despensa, a área do mordomo com ármários com as louças. Nem tudo na casa é original da família, pois quando a casa foi vendida na década de 60 muita coisa se perdeu. Mas quando um objeto ou móvel é original tem um pequeno cartãozinho com o logo da mansão alertando. No andar de cima fiquei muito impressionada com o quarto montado numa espécie de varanda, arejado o suficiente para ajudar os enfermos com a tuberculose, uma doença bem comum na época. E com os banheiros, absolutamente modernésimos, com chuveiros super high-tech. Não fotografei a casa por fora, porque ela estava em obras. Visitamos também a casinha do caseiros [últimas duas fileiras de fotos] que achei uma gracinha, com a cozinha mais fofa do mundo. A casinha tem dois andares e está também cuidadosamente preservada. Seguindo o guia você aprende não somentes fatos sobre a família que viveu lá, mas também sobre a cidade. Os jardins da mansão são maravilhosos e dá pra passar muitas horas lá, dentro e fora, também num pequeno museu montado no subsolo da casa, onde se faziam as festas e hoje mantém um acervo de rádios, vitrolas, gramofones, fonógrafos, televisões e outras fontes de entretenimento audio-visuais.