Direto da fonte, na tomatolândia – Sacramento Bee, o jornal da capital da Califórnia.
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nunca mais irei com ele naquele café
Aconteceu comigo, não com ele. Mas ele não quer saber nem de passar em frente do Café Bernardo. Eu gosto do lugar, que pratica a California cuisine, com pratos leves, bastante legumes, tudo fresco. Mas por causa dessa história, ele não quer mais ir lá. Notem bem, ele nem estava lá, nem viu nada, mas porque eu contei pra ele, agora acabou-se o que era doce. Eu sempre argumento que o cara nem deve mais trabalhar lá, mas ele contra-argumenta dizendo – naquele lugar eu não como, nem morto! Então nunca mais irei com ele naquele café…
a cena do crime
Em algum dia no verão do ano dois mil eu escrevi:
Isso aconteceu por três anos, enquanto meu marido trabalhou num projecto de tomates, que não sei, nem lembro com detalhes o que era, mas com certeza era uma máquina. Durante esse período ele fazia testes nos campos do maior produtor de tomates da Califórnia. E o pessoal empurrava os tomates pra ele. Acho que todo mundo que trabalhava nesses campos levava pra casa os tomates que não tinham passado na peneira da perfeição. Era um mundaréu de tomate, uma coisa impressionante. Hoje ele tem outros projectos, que vez ou outra me rendem outros frutos – mas eu não gosto mais dessas histórias, porque não tenho mais tempo para transformar a minha cozinha numa processadora de alimentos. E me contento enormemente com a modesta produção de tomates da minha pequena horta, que só hoje me deu frutos suficientes para fazer um grosso molho de macarronada.
cestinhas para arroz
Parecem bolsinhas – e acho que até daria para usá-las como bolsinhas [idéia!!], mas são na verdade cestinhas para cozinhar arroz no vapor, que eu usei para fazer a receita de quinoa com milho, cebolinha e hortelã da Valentina. São feitas de palha de bambu e como vêm em três tamanhos diferentes, se adaptam à qualquer receita. O trio custou oito patacas na lojinha chinesa de downtown.
faça o seu forno solar
Eu estava pensando em comprar um, pois sou bem ineficiente com essas coisas de do-it-yourself. Mas quem quiser tentar fazer o seu próprio forno solar, pode seguir essas instruções, do Wiki How. Boa sorte!
tictictic
Found Julia
Quando o livro póstumo da Julia Child sobre os anos em que ela e o marido Paul Child viveram na França, escrito pelo seu sobrinho-neto, foi lançado em abril, todo mundo – eu inclusive – correu pra comprar o seu exemplar. Uma pena que a minha falta de tempo, adicionada à lista infindável e sempre crescente de livros que eu pretendo ler, me faz acabar não lendo nada. Mas outro dia puxei um livro de uma pilha sobre uma mesinha e achei My Life in France, que estava esquecido e soterrado por outros volumes. Vamos ver se agora eu tomo vergonha e me organizo pra começar a pôr as leituras em dia. Esse livro da Julia vem cheio de fotos em P&B da americana desengonçada fazendo aulas no Le Cordon Blue na década de 50. Como eu pude soterrá-lo por tantos meses!
Festa!
E olha só, a Revista Paradoxo faz três anos, com edição comemorativa e tudo. Eu estou lá, com minha coluna semanal sobre culinária. Tudo super chique, super cool, um arraso!
leftovers
um nabo para todos
De um blog que eu adoro, o Monólogo da Isabel:
curioso, em tempos de abundância, é ouvir os filhos cantar a aterradora história de Pollicino, história de fome que mete pais lenhadores que abandonam os filhos na floresta, lobos e ogres.
-o que há para jantar?
-há um nabo. às fatias
-só um nabo?
-um para todos
imaginas o que é não ter nada para comer? perguntei-lhes. não imaginam, nem eu… (porque a dieta a que me obrigo – é fome, mas não é essa fome).