dia de fazer e comer peixe

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Sábado é dia de farmers market, de comprar peixe fresco no peixeiro e fazer um prato com ele. Desta vez comprei o halibut, mas fiquei com uma preguiça imensa de sair atrás de receita, então fiz como eu sempre faço—assado embrulhado no papel—que fica invariavelmente uma delicia. O halibut é um peixe bem branco e bem carnudo, ficou realmente especial assado nos envelopinhos. Fiz uma cama bem confortavel com fatias bem grossas de dois tipos diferentes de maçã e um talo de aipo ralado para cada filé. O peixe foi temperado com sal grosso e pimenta do reino moída. Depois ganhou fatias de limão e bolotas de manteiga de ervas. Foi para o forno em 375ºF/ 190ºC e assou por uns 20 minutos.

Beef Stroganoff – take II

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Sempre pensei que eu deveria fazer essa versão classuda do monstruoso estrogonofe para poder fotografar. Na primeira vez que fiz essa receita, num jantar para os meus amigos Tatiana e Guilherme, não poderia imaginar o sucesso que ela faria. Esse estrogonofe não é aquele horrorendo feito com catchup e creme de leite de lata—bleargh!

A receita, que eu fiz naquele jantar e repeti muitas outras vezes, saiu da revista Everyday Food. É carninha refogada com cebolas e cogumelos frescos, temperada com uma mostarda Dijon fino da bossa, o melhor iogurte grego e servida sobre uma cama de delicados egg noodles. O modo de fazer está AQUI.

meu dia de fúria

Não vou conseguir traduzir em palavras o tamanho do cansaço que estou sentindo neste momento. É cansaço misturado com um sentimento imenso de indignação e desilusão. Vira e mexe eu observo abusos sendo praticados por todos os lados, gente repassando e surrupiando receitas desenvolvidas por blogueiros, ou copiando conteúdo com pesquisas detalhadas, o trabalho árduo de outra pessoa sendo usado indiscriminadamente, sem falar na cópia de imagens, de idéias e de estilo. A web oferece aos desonestos uma maneira fácil de ganhar reconhecimento e até uma graninha, sem precisar produzir absolutamente nada, só praticando a habilidade da cópia e da cola. Quase todo dia eu encontro websites usando minhas fotos sem permissão e sem crédito. Também fico desalentada vendo o estilo do Chucrute com Salsicha ser reproduzido aqui e ali, como se o que eu faço naturalmente e espontaneamente fosse uma espécie de fórmula mágica para o sucesso. Agora recebo a denúncia de que uma revista brasileira está copiando e publicando minhas receitas e minhas fotos, ganhando com publicidade, sem nunca ter me contactado, nem me dado nenhum crédito, nada! É o fim da picada da malandragem, da desonestidade e da falta de caráter. O descaso total pelo direito do outro parece ser uma praga que se abateu sobre a humanidade. Pra mim é completamente incompreensivel que uma publicação use o meu material sem autorização, violando meus direitos autorais, assim na boa. Nem vamos falar de ética aqui, né? Estou cansada, chateada e abatida. Mas vou tomar providências legais desta vez. Toda vez que deixamos pra lá numa situação dessas, estamos dando permissão para esses LADRÕES agirem tranquilamente e à luz do dia, dando risada na nossa cara e lucrando às nossas custas. Pra mim é BASTA! BASTA MESMO!
A tal revista ladra chama-se In House. É distribuida gratuitamente na região de Suzano e Mogi das Cruzes no estado de São Paulo e vive de publicidade paga por anunciantes. Se alguém tiver acesso, por favor guarde um exemplar.

Prevention of Farm Animal Cruelty Act

prop2.jpg Foto DAQUI Duas grandes surpresas no resultado da votação das propostas de lei aqui pra Califórnia—a absurda aprovação da proposta oito, que remove o direito de casamento para os gays e a vitória da proposta dois, que vai prevenir crueldade em fazendas de animais. Eu fiquei chateada pela proposta oito, pois acredito que todos os seres humanos devem ter os mesmos direitos e beneficios legais. Mas a aprovação da proposta dois era MUITO mais importante pra mim, pois ela vai mudar todo o sistema atual, impondo e reinforçando uma infra-estrutura mais humanitária nas fazendas criadoras de animais. Essa lei vai proibir o confinamento cruel, onde o animal não pode se mover, levantar ou se esticar. Só de pensar que esses bichos vivem suas breves e dolorosas vidas sem um direito primordial para qualquer ser vivo, que é o de poder se mover, meu coração dói de tanta tristeza. Fiquei imensamente feliz com a vitória nas urnas da proposta dois, que agora vai virar lei e possivelmente inspire e pressione outros estados a fazer o mesmo!

bacalhau a Califórnia

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O bacalhau é canadense, que foi desalgado de molho na água com duas trocas por 24 horas, depois cozido no leite. O resto são os ingredientes básicos de uma bacalhoada, com o detalhe significante de ser tudo californiano—local e orgânico. As batatas novas, daquelas com a casca finíssima quase um papel de seda e as echalotas [shallots] compradas no Farmers Market de um fazendeiro da região. As azeitonas verdes vieram de Sonoma e o azeite maravilhoso veio de Corning, no Tehama county. As batatas foram pré-cozidas e para montar a bacalhoada foi só regar o fundo de um refratário com azeite, deitar uma camada de batata cozida cortada em rodelas, outra camada do bacalhau em pedaços grandes, uma camada das echalotas cortadas em fatias finas, muitas azeitonas, outra camada de batata, regar com bastante azeite e colocar em forno médio por uns 20 minutos.