Mastering the Art of French
Cooking [versão para tablet]

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No dia quinze de agosto o mundo comemorou o aniversário de 100 anos da Julia Child. Homenagens abundaram em sintonia com a amplitude da sua influência. Ninguém pode negar que a magnitude do marco de referência que essa mulher se tornou na cultura gastronômica mundial é algo incomensurável. Eu não vou fazer homenagem, porque nem é necessário. Mas como pessoa totalmente favorável às novas midias, quero contar que a editora Knopf Doubleday/Random House Digital lançou em julho deste ano um app para ipad e nook—Mastering the Art of French Cooking: Selected Recipes. A editora já tem os dois volumes do clássico Mastering the Art of French Cooking em versão e-book. Mas nesse app, que tem apenas uma compilação das receitas mais famosas e algum excertos dos livros, traz umas fotos bem legais, tem lista de ingredientes e equipamentos culinários, um depoimento com a Judith Jones que foi uma grande amiga e a editora da Julia, muitos daqueles vídeos pioneiros com a Julia preparando as receitas e a até audio com pronúncia dela para os nomes dos pratos em francês. Não é comparável ao volume massivo dos dois livros, mas custa apenas $2.99 e é bem divertido.

o primeiro livro—Ruth Reichl

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Eu nunca fui uma pessoa ligada em gadgets. Não mesmo. Até adquirir o iPhone e perceber que gadgets são super úteis. E mais do que úteis, são divertidas. Ponderei um pouco, como fiz com o super-celular, mas acabei decidindo que seria uma boa coisa adquirir o Kindle—o leitor de livros da Amazon. Um dos motivos que pesaram na balança na hora da decisão foi a facilidade de comprar, carregar e ler mais livros. Andava me sentindo um pouco frustrada com minhas parcas leituras. Gosto imensamente dos livros, mas não tenho preconceito nenhum contra novas tecnologias. E o Kindle tem a vantagem, pra mim, de compactar muitos volumes num lugar só e assim economizar um baita espaço físico, que eu já não tenho sobrando. Escolhi o novo livro da Ruth Reichl, Not Becoming My Mother, para estrear meu Kindle. Na verdade estreei a autora também, já que apesar de ter um dos seus livros, nunca tinha lido nada dela. Esse não é exatamente um livro sobre comida, mas sim um tipo de catarse pública que ela precisava fazer com relação à mãe. Eu entendi que Miriam Reichl apareceu nos outros livros da filha como uma figura engraçada. Pois ela realmente era. Preparando e servindo comidas exdrúxulas, envenenando os convidados da festa de noivado do filho, histórias que ficaram conhecidas como The Mim Tales. Neste livro, Ruth resgata a imagem da mãe, que foi uma mulher frustrada por não poder trabalhar fora e ter que enfrentar as tediosas tarefas domésticas. Tinha escutado uma entrevista da Ruth falando sobre a mãe na NPR e achei que iria querer ler o livro. E é leitura rápida, apenas 120 páginas, o que fez muitos leitores reclamarem que aquilo nem era um livro, mas sim um longo artigo. Mas livro ou artigo, não foi fácil para Ruth escrever sobre a mãe. Gostei muito da minha primeira experiência de leitura no Kindle e já estou engatando segunda para ler outro. Desta vez as aventuras do chef David Lebovitz em Paris.

» para os curiosos, dá para adicionar livros de domínio público no Kindle, usando sites como o Projeto Gutenberg. só que os livros grátis não têm a mesma formatação bonitinha dos vendidos pela Amazon. também dá pra ouvir música em formato mp3 e navegar toscamente pela internet. uma grande utilidade é poder consultar a wikipedia online. outra é o dicionário embutido que facilita buscar o significado de uma palavra dentro do texto, sem precisar sair da página. muito bom. só falta mesmo a tela iluminada para leituras noturnas e com acesso à cores, mas isso virá com o tempo, tenho certeza!