gelado de milho

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Fiz novamente o famoso sorvete da pamonha, que pra mim é uma das coisas mais deliciosas desse mundo. Eu perco a pose de moça fina, pois não consigo parar de comer essa gostosura com sabor de roça! Já estou com uma abundância de espigas na geladeira e estou feliz, pois este ano a fazenda plantou da variedade amarela, que é a que mais gosto. Esse milho é de uma doçura ímpar. A receita é quase a mesma, só substituí o buttermilk por creme de leite fresco e o açúcar demerara por néctar de agave.

peach mint frogurt

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Esse frogurt foi feito no improviso, porque o cabeção descascou e picou um bocado de pêssegos maduríssimos, colocou tudo no congelador para ficar somente por alguns minutos e só foi lembrar de tirar muitos dias depois. Pensei imediatamente no incrível sorbet de morango da Charlene e achei que daria pra fazer um igual, de pêssego. Coloquei no liquidificados os pêssegos congelados, mel a gosto, um punhado de folhinhas de menta fresca e uma dose de licor Cointreau. Logo vi que minha intenção de sorbet não iria ficar igual ao sorbet da minha amiga e tasquei na mistura uma xícara de iogurte natural integral e a partir dali tudo correu tranquilo. Sorveteira e nhac-nhoc-nhac. Esse frogurt foi devorado em tempo recorde.

frogurt de amoras

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Um monte de amoras, uma xícara de iogurte integral orgânico, 1/2 xícara de leite integral orgânico, mel a gosto. Bater tudo no liquidificador. Colocar na sorveteira. Eu gosto de manter as sementes no creme, mas quem não gosta pode bater as amoras no leite e passar por uma peneira ou food mill. Achei que a câmera não conseguiu captar cem por cento a magnifica cor natural desse sorvete.

gelado de pêssego [e amora]

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Eu sou cliente que dá preferência. Gosto de comprar de certos produtores no Farmers Market. Compro sempre os ovos de uma família simpática—e quando quero ovos tenho que ir cedo, porque eles vendem rapidíssimo. Gosto do casal japonês que vende folhas verdes pra saladas, e do japonês dos cogumelos, também volto sempre no moço engraçado das frutas, e na família onde o guri faz as contas todo atrapalhado. Compro as flores sempre do mesmo casal, que já me conhece e eu e ela sempre trocamos uma prosa. Curto comprar com a bonitona do azeite, a alemã dos pães, com as mocinhas da Capay, e com a sorridente cunhada da Deborah Madison, que vende as melhores geléias. E tenho a maior simpatia por um casal de senhores, onde eu compro tomates, nozes e figos, além dessa senhorazinha que vende as frutas menos bonitas, mas eu gosto de tudo que compro dela, e gosto especialmente dela, por uma razão vingativa. Tudo porque uma vez vi ela dando a maior bronca num fulano boçal que estava apertando as frutas. Grr, como eu odeio essa gente que aperta todas as frutas, escolhe, escolhe, escolhe, escolhe, escolhe, abre as espigas de milho, provam tudo e às vezes viram as costas e não compram nada, grrgrrr! E nesse dia ela falou por mim, falou o que eu gostaria de eu mesma ter falado—NÃO APERTE AS FRUTAS PORQUE ELAS ESTÃO MADURAS E SÃO MUITO DELICADAS, NÃO PRECISA APERTAR! O fulano fez uma cara de pateta ofendido e foi embora sem comprar. A senhorinha nem pestanejou com remorso. Melhor perder um possível cliente, do que aguentar aquela tortura de olhar esses tipos machucando as frutas. Bom, eu aprovei o que ela fez, gosto muito dela e pronto. Por isso no sábado fiquei feliz em revê-la no mercado, pois ela sumiu por umas semanas. Reapareceu vendendo uns deliciosos pêssegos amarelos, que são os meus favoritos. Comprei muitos, sem apertar nenhum, e com eles fiz um sorvete.

Estava descascando os pêssegos quando o Uriel apareceu na cozinha para xeretar e quando eu disse o que ele estava fazendo, ele sugeriu que eu acrescentasse um restinho das blackberries que salvaram-se da nossa trogloditice rústica, que nos fez devorar as frutinhas puras, sem creme, nem açúcar. Decidi abraçar a idéia dele e joguei lá umas dez blackberries, junto com uns seis pêssegos bem maduros descascados, mais 1/2 xícara de leite integral e 1 xícara de creme de leite fresco. Juntei mel a gosto e uma colher de sopa de licor de cassis, bati tudo no liquidificador e depois joguei na sorveteira. Sempre tenho o cuidado de ver que o liquidificador não transforme tudo num purê homogêneo, para deixar o sorvete cheio de surpresas pedaçudas. No teste de textura e sabor o crítico me deu um high five enquanto divulgava seu veredito extremamente positivo. As blackberries não foram suficientes para apagar o sabor intenso do pêssego, mas elas deram uma cor lindíssima ao sorvete.

frogurt de limão

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Solstício — 41ºC. O dia mais longo do ano. Um calorão. Mais de uma razão pra fazer OUTRO sorvete. Eu adoro fazer esses sorvetes, porque geralmente é só misturar os ingredientes e em menos de meia hora já se pode devorar uma deliciosa sobremesa gelada. Eu tinha comentado com o Uriel que iria fazer um sorvete com limão, pois meu limoeiro ainda está carregado de limões carnudos e cheios de suco. Ele tinha tentado me desanimar, dizendo que iria ficar muito forte. Pois era forte mesmo que eu queria, bem LIMÃOZUDO! Fiz um frozen yogurt.
1 xícara de iogurte natural integral
1 xícara de kefir
Raspas da casca e o suco puro e fresco de um limão
[1/2 xícara de suco]
Nectar de agave ou mel a gosto
1 colher de sopa de licor Limoncello
Misturar tudo e colocar na sorveteira.

gelado de passas ao rum

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Estava olhando umas fotos de uns bolinhos no Mission Beach Cafe, em San Francisco, quando aquela luzinha acendeu—plin—sorvete de passas ao rum!
Foi uma epifania! A lembrança desse sabor que fez parte do menu gelado da minha infância, juntamente com o de flocos, me encheu de entusiasmo. Procurei por algumas receitas e acabei resolvendo improvisar a minha própria. Não tem muito segredo. Fiz tudo com um dia de antecedência.
1 xícara de passas – usei a variedade flame, orgânica
Rum o suficiente para cobrir as passas – usei rum escuro, da Republica Dominicana, resquícito da minha ex-inquilina. Deixe as passas de molho no rum por muitas horas, ou até elas absorverem quase toda a bebida e ficarem inchadas e macias.
Faça um creme com:
1 xícara de leite integral orgânico
1 gema de ovo da Felizberth
1/4 xícara de açúcar
1 colher de chá de extrato puro de baunilha
Bata bem com um batedor de arame e leve ao fogo, até ferver. Retire do fogo, deixe esfriar e leve à geladeira para gelar.
Do dia seguinte misture as passas mergulhadas no rum ao creme de baunilha e adicione 2 xícaras de creme de leite fresco. Misture bem e leve à sorveteira.
Esse sorvete satisfez plenamente o nosso paladar nostálgico!

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E vejam só. Estava compenetrada, tentando tirar fotos do sorvete com rapidez e eficiência, pois afinal de contas está calor e o gelado derrete fácil, quando um cabeção felino entrou no raio de visão da minha câmera. Êta bicho curioso, não pode perder nenhum buxixo, tem que xeretar em absolutamente tuuuuudooooo….

gelado de banana & pecan

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Com esse sorvete eu provei que é possível fazer uma coisa assim, gostosa e simples, até naqueles dias em que a sua cabeça está completamente nublada e você acha que não vai conseguir nem mesmo cortar um tomate ou fazer um café com leite.

Duas bananas, um pouco de mel—porque essa fruta já é bem doce, 1 xícara de creme de leite fresco, 1/2 xícara de leite integral. Bater tudo no liquidificador. Juntar um punhado de pecans torradas na frigideira ou forno. Deixe as pecans esfriar bem e quebre-as com as mãos. Junte ao creme de banana. Coloque tudo na sorveteira.
Usei as pecans, porque já tinha feito o sorvete de banana antes e queria mudar um pouco. As pecans torradas ficam muito mais aromáticas que as cruas e combinam muito bem com a banana.

gelado de menta chocolate

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Essa é a minha versão funky do famoso sorvete de menta com chocolate chips, que foi um sabor muito popular nos anos 80 e era um dos meus favoritos na época. Não por causa do chocolate, mas sim por causa da menta. Adoro essa erva. E como tenho uma abundância de uma variedade de menta muito interessante na minha horta, decidi arriscar replicar o famoso mint chocolate chip ice cream. Só que a minha versão é um pouquinho diferente, pois não usei chocolate chips, mas sim os cacao nibs. Esses são o cacau na sua forma mais pura e apesar de terem um sabor intenso quando mastigados, os cacao nibs não interferem no sabor do sorvete, que fica completamente mentolado. Muito bom!
Bati um punhado de folhas de menta chocolate no liquidificador com 1/2 xícara de leite integral e deixei descansar por uma hora. Depois coei, ficou um leite esverdeado. Eu deixei um pouquinho das folhas da menta moída no leite, mas isso não é necessário. Misturei ao leite mentolado 1 xícara de creme de leite fresco, adocei com mel a gosto e coloquei os cacao nibs—não coloque muito! Coloquei o liquido na sorveteira e voilá!
Em todos os meus sorvetes cremosos eu uso leite integral e creme de leite orgânico da Straus Family Creamery. Acho que a qualidade desses ingredientes refletem na qualidade do produto final, que fica sem sombra de dúvidas o fino da bossa. Pisc!

passion frozen delight

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Maracujá, aqui não há. Mas a polpa congelada pode ser encontrada no mercadinho internacional, e há uns meses eu comprei dois pacotes porque precisava ter essa opção. E outro dia bateu a inspiração—sorvete! Por que não?

Fiz a receita básica: 1 xícara de creme de leite fresco, 1/2 xícara de leite integral. Bati levemente no liquidificador com um punhado de cerejas, mel a gosto e 1 xícara da polpa do maracujá, que eu descongelei e ficou bem liquida. Por ter acrescentado uma quantidade grande de liquido à mistura básica, onde geralmente vai somente a fruta, resolvi aplicar um truque que aprendi com a Elise: coloquei duas colheres de sopa de vodka na mistura e coloquei na sorveteira. O álcool ajuda a manter a cremosidade do sorvete, e esse vai ficar bem sedoso quando finalizado e depois de passar horas, ou mesmo dias, no congelador, vai se firmar numa textura bem macia. O resultado desse sorvete ficou excepcional. Forte, realmente passional como é a característica do maracujá, com o toque delicado da cereja.

gelado de morango

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Os morangos da Swanton Farm que nós não devoramos puro, viraram sorvete. A receita é a basicona—uma parte de creme de leite fresco, meia parte de leite integral, os morangos cortados ao meio, mel a gosto e uma dose de licor Grand Marnier. Bater tudo ligeiramente no liquidificador e colocar na sorveteira. Não bata muito, para que os morangos não se desfaçam totalmente e o sorvete ganhe pedacinhos da fruta aqui e ali. Foi um dos sorvetes mais elogiados que eu já fiz!