fogões dos anos 40

old stoves old stoves
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Estamos procurando um fogão novo, porque finalmente vamos fazer a conexão pro gás na cozinha e trocar aquele horrorever fogão elétrico. Mas procurar por fogões vintage não fazia parte do nosso plano de ação. Acabamos nesse lugar por puro acaso, procurando por lojas de antiguidades em Berkeley. O aplicativo do Yelp sugeriu a Reliance Appliance & Antiques e quando entramos lá tivemos uma baita surpresa. Fogões e mais fogões, todos dos anos 40, um mais lindo que o outro e todos funcionando tão perfeitamente quanto um fogão novinho. A dona da loja nos contou que fogões antigos são sua paixão e por isso ela garimpa essas preciosidades de mais de sessenta anos. Os fogões são totalmente restaurados por dentro e por fora. As peças internas são trocadas por similares novos e modernos. A loja era pequena e com muitas janelas, portanto foi um pouco difícil fotografar. Vimos fogões de todos os tamanhos, uns com até quatro fornos, outros com apenas quatro bocas, a maioria brancos, alguns azuis ou verdes bem clarinho. Um dos meus favoritos tinha um telescópio no painel superior, por onde você podia ver perfeitamente dentro do forno sem precisar abrir a porta. Uma inventividade genial que deve ter sido o máximo da bossa na época.

sun dried olives

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Na banquinha do Mike & Diane Madison no Farmers Market de Davis, comprei essas azeitonas orgânicas secas ao sol. Mike e Diane são respectivamente irmão e cunhada da chef californiana Deborah Madison. Eles moram num sítio na cidade vizinha de Winters. As azeitonas que eles produzem são bem interessantes, diferentes das azeitonas secas tradicionais que são bem oleosas. Essas são simplesmente desidratadas ao sol temperadas com sal marinho e não ficam rançosas como as outras. Comprei a caixinha em maio e ainda tenho parte dela guardada na geladeira.

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o rei das novidades

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A loja californiana Trader Joe’s já nasceu com um desejo de oferecer produtos diferentes, inusitados e da melhor qualidade para seus clientes. Na história deles tem alguém que estudava e vivia com a grana curta, mas queria oferecer jantares para os amigos regados a um bom vinho com preço justo. Virou a filosofia da loja, que vende tudo à preços modicos, mas os produtos muitas vezes são de cair o queixo. Não dá pra fazer aquelas compras básicas e gerais da semana, porque o lance deles é mesmo oferecer coisas gostosas e diferentes. E saem pelo mundo buscando essas novidades. Daí que dei uma passadinha pra comprar uns queijnhos e umas crackers que só acho lá e vi a novidade do mês chegada da Africa do Sul. Tinha também um sal marinho defumado e um tempero africano, que eu dispensei. Mas não deixei passar essa pimenta do reino misturada com flores secas—rosas, calendula, lavanda. E a mistura de chocolate, açúcar e grãos de café. Os dois produtos vêm numa embalagem grinder, pra você girar e moer em cima dos pratos e da comida. Prático!

colhemos uns figos

 

capay organic farm
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Estamos rodeados de fazendas e agora estou mais próxima de uma das maiores fazendas orgânicas da região—Capay Organic Farm. Já sabia que eles abrem para o público e escolas, que pode-se fazer tours e visitar. Desta vez eles abriram para a colheita, na parte onde ficam as figueiras para que o público pudesse colher as frutas. “Queremos que as pessoas conheçam e se acostumem com eles”—me disse uma das fazendeiras. Eu respondi que os figos já são meus velhos conhecidos e que eu espero o ano inteiro pela oportunidade de comer os figos californianos frescos. Acredito que a Califórnia seja o único estado do país que produz figos comercialmente. Quando chegamos, estacionamos ao lado das árvores de pistache, que estavam carregadíssimas. Mas eles ainda não estavam prontos para consumo. A colheita do pistache acontece somente pro final de setembro e começo de outubro, quando as casquinhas externas racham avisando que já é hora.

Ficamos pouco tempo na fazenda, porque não tínhamos almoçado e eu tinha nadado, estava bem faminta. E eles nao ofereciam nada, além de legumes e frutas numa feirinha e bebidas geladas. E estava calor, o Uriel esqueceu de levar chapéu e todas as sombras estavam ocupadas por famílias fazendo picnic enquando uma bandinha tocava um animado bluegrass. Fomos colher os figos, que estavam maduríssimos. Eles tinham muitas árvores do maravilhoso candy stripes figs, que infelizmente ainda não estavam no ponto. Saímos da Capay com as botas sujas de lama e paramos para um hamburguer tradicional com batatas fritas na cidade vizinha de Esparto e depois engatamos em toda velocidade em direção à cidade de Napa, onde passamos o resto da tarde.

coleção de copos

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A foto saiu da edição de agosto pra iPad da revista Martha Stewart Living. Esses são a versão americana dos copos de requeijão brasileiros. São chamados de sour cream glasses e vinham de brinde entre os anos 50 e 70. Eles foram evoluindo no design e hoje podem ser encontrados em abundância—em vários tamanhos, estampas e cores, em lojas como a eBay.

The Automat

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Um dos meus passatempos favoritos no iPad é ficar navegando pelo app da revista LIFE, que tem um arquivo imenso de imagens atuais e antigas. Numa dessas viagens achei essa galeria de fotos de automats. Adoro os automats, que só conheci em fotos e filmes. Esses restaurantes/cafeterias foram muito populares entre os anos 20 e 50 e alguns ficaram imortalizados em cenas de alguns filmes clássicos. Nos automats os comensais entravam e colocavam moedinhas nas janelinhas escolhidas, de onde tiravam sanduíches, sopas, fatias de torta e bolos, frutas e sorvetes, além das torneirinhas que serviam café, chá e leite dia e noite. Os automats desapareceram do mapa, mas ficaram registrados na cultura popular através de fotos e filmes. Eles também deixaram descendentes—as maquinetas de bebidas, comidas e até de gadgets, que hoje pipocam por todos os cantos do mundo. Tenho guardado no meu diretório de memória de filmes inúmeras cenas passadas dentro de um automat, mas a mais divertida pertence ao fofíssimo filme Easy Living de 1937, protagonizado pela minha atriz favorita de todos os tempos, Jean Arthur e por um jovenzinho Ray Milland. Esse filme é absolutamente delightful e eu recomendo para qualquer um que goste de cinema e filmes clássicos. Mas a cena no automat é impagável, quando a Arthur entra lá faminta e desempregada [usando um casaco carésimo, que é o pivô de toda a trama] e só consegue comprar um café. Milland é um moço rico experimentando a vida de um trabalhador comum, fazendo serviço de busboy dentro do restaurante. Ele tenta ajudar a charmosa e engraçada Arthur, abrindo umas janelinhas pra ela poder comer sem pagar. O que acontece depois você só vai acreditar assistindo toda a cena. E depois de ver essa cena, vai com certeza querer ver o filme inteiro!

um fogão elétrico

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O fogão veio com a casa e, ao contrário da máquina de lavar louça, está em ótimo estado. Pelas condições do forno dá pra concluir que ele é quase novo. Mas é um fogão elétrico. Desde os meus anos canadenses que eu não colocava uma panela sobre o queimador de um fogão elétrico. E digo mais, nunca senti saudades de fazer isso. E digo mais ainda, detesto fazer isso. Quando vi o fogão elétrico na cozinha da casa nova já fui avisando—vamos trocar por um a gás! Infelizmente não vai ser tão simples assim, pois não há conexão pro gás atrás do espaço do fogão e vamos ter primeiro que chamar um encanador, furar parede, puxar cano, eteceterá-eteceterá. Já vi até o tipo de fogão que quero comprar, mas ainda não comprei.

Enquanto isso, vou ter que ir me virando com esse fogão mesmo. E estou fazendo com muito cuidado, porque fogões elétricos são o instrumento perfeito para se queimar comida e encrustar panelas. Como tive muitas esperiências deprimentes no passado, estou praticamente pisando em ovos. No primeiro dia na casa tostei umas fatias de pão de azeitona numa frigideira vintage que tenho e que foi a única que achei no meio das 9854 caixas fechadas. Preciso dizer que tive que usar a esponja de aço pra limpá-la. E imediatamente acendeu a luz vermelha de alerta! Depois assei cenouras, fiz uma quinoa com camarão frito, preparei risoto e sopa de lentilhas, assei frango com gengibre e cebola e até cozinhei macarrão. Com o cuidado que estou tomando foi tudo bem até agora, só ainda não assei nenhum bolo e confesso que ainda estou um pouco receosa de fazê-lo. Espero que a conexão do gás seja uma das próximas da lista dos serviços por fazer na casa, porque neste quesito eu sou bastante conservadora—gosto de cozinhar com fogo. De outro jeito simplesmente não me parece natural.