oréganos

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As ervinhas nos vasos mudaram-se para o quintal. Duas delas já tinham perecido, um pouco culpa do gato maluco, outro pouco culpa da falta de luz direta, não sei. Tinha achado um cantinho que bate sol a tarde toda, mas talvez precise mais que sol. Nunca consegui fazer os vasinhos de ervas vingarem dentro de casa. Vamos ver se no quintal elas sobrevivem. Senão a última alternativa será a horta e bye bye vasinhos…

Corn Chowder Salad

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Cansada, cheia de achaques hormônicos, de mau humor, me preparando pra jantar sozinha, procurei por uma receitinha fácil, prática e que me ajudasse a sair daquele estado desalentador que ainda insistia em relembrar—It’s only Tuesday!

A primeira receita que vi e que me animou muito foi a de um Corn Chowder, uma sopa típica do sul dos EUA. Sopa, sopa… Tudo na receita me interessou, menos o fato de ser uma sopa. Não estou mais no embalo dos caldos aquecidos. Tive então a idéia de transformar a sopa numa salada, muito mais apropriada para essa época e o meu humor resultante de um dia descabelante de primavera. Usei quase os mesmos ingredientes e mandei bala. O resultado foi de comer com colher, que é como a gente come comida confortante, pra curar todos os achaques e reativar os ânimos para continuar firme até o fim da semana.

1 lata de milho verde – pode usar o congelado ou melhor ainda, se tiver, o fresco
1 cenoura ralada
1 cebolinha picada
Bastante salsinha picada
Pimentão vermelho picado – eu usei o assado e desidratado
Pimenta cayenne em flocos – da vermelha, qualquer uma, seca ou fresca

Misturar tudo numa saladeira e temperar com um molho feito com suco de limão verde, um pingo de maionese, buttermilk, azeite, sal marinho. Bata bem para emulsificar e adicione aos outros ingredientes. Misture bem e sirva.

torta de espinafre e queijo

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O rolo de phyllo pastry [massa folhada estilo grega] estava descongelado na geladeira há semanas. Um rolo de queijo de cabra implorava para ser usado urgente. Chegou espinafre fresco na cesta—folhonas enormes e verdolentas, uma overdose de clorofila. Resolvi juntar esses três ingredientes numa torta. Missão: jantar. Dificuldade: média. Primeiro prepare o recheio, pois ele deve estar frio quando for colocado na massa. Eu refoguei um scallion [cebolinha], parte branca e verde num tanto de azeite. Use cebola, se nao tiver scallion. Joguei lá as folhas de espinafre lavadas, escorridas e picadas grosseiramente. Refoguei só até as folhas murcharem. Acrescentei sal marinho grosso, pimenta do reino fresca, um punhado de pistachos moídos [use nozes, pinoles, amendoas se tiver e quiser] e acrescentei o queijo de cabra [use feta se tiver e quiser]. Abri a massa. Se não tiver a phyllo, qualquer uma folhada serve. Com a phyllo é importante pincelar muito bem cada folha com manteiga derretida. Forre uma forma grande com parchement paper, vá colocando as folhas da massa e pincelando uma por uma com bastante manteiga—saravá, Julia Child! Não sei se fica tão bom se substituir a manteiga por óleo vegetal em spray ou outra coisa menos calórica. Manteiga é manteiga, não há substituto! Quando terminar as camadas, coloque o recheio sobre a massa, dobre como quiser [eu sou péssima nisso, minhas tortas sempre ficam feias] e asse em forno pré-aquecido em 350ºF/180ºC até a massa ficar dourada e crocante. Sirva frio, que eu acho que fica mais gostoso.

Almoçamos fora no domingo

Família desorganizada, acho que éramos os únicos sem reserva para um restaurante no domingo de dia das mães. Quase duas da tarde e já tínhamos tentado quase todos os bons restaurantes de Davis. Até um em Sacramento. Mas queríamos comer por aqui mesmo, de preferência em downtown, onde poderíamos ir a pé. O único restaurante que nos deu uma resposta positiva foi o Tucos Wine Market and Cafe, que fica em downtown, perto da estação de trem, numa casinha pequena e aconchegante. Já tinha recebido recomendações desse lugar, pela comida e pelo wine tasting. Eles têm um cardápio simples, com ingredientes locais, tudo feito do zero, sem firulas, mas com capricho. É o meu tipo de lugar. A carta de vinhos não é extensa, mas os poucos são exclusivos. Nós optamos pelo menu do dia das mães, que incluia uma sopa de cenoura, aspargos enrolados no prosciutto e queijo, com ovo pochê [que dispensei] e torradas, talharini feito em casa com molho branco camarão e ervilhas, e uma tortinha de cerejas com sorvete de baunilha. Eu ganhei uma deliciosa taça de prosecco, incluida no pacote das mães. Foi um almoço delicioso, feito sem pressa, num ambiente super acolhedor. Pros outros restaurantes que não tinham lugar pra nós—uma banana!
* O Gabriel jurou ter visto uma latinha de guaraná passeando numa bandeja pelo restaurante. Quando fomos apresentados à lista de bebidas sem álcool, uma surpresa: além do guaraná, oferecido como algo super chique, uma variedade de sucos de polpa de frutas—real natural rainforest fruit juices, straight from Brazil. Acerola, caju, cacau, graviola, goiaba, mamão, manga, maracujá, abacaxi e tamarindo, batidos com água ou leite, estilo vitamina.