almoço em Peniche

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Estamos comendo bastante em restaurantes e com a exceção de um mal escolhido em Óbidos, temos comido muitíssimo bem. A maioria dos restaurantes serve uma comida simples e saborosa. Alguns surpreendem, como este chamado Kate Kero na pequena cidade litorânea de Peniche. Os peixes eram fresquíssimos e os pratos eram muito simples, servidos com salada e batatas cozidas. Eu pedi o meu peixe com batatas-fritas. Estou batendo o recorde de comer batata-frita, pois as daqui são deliciosas, cortadas a mão e fritas na hora. Nada de batata pré-frita e congelada. Aleluia!
Nas fotos, uma sopa de peixe, o meu prato principal de espadarte ou peixe-espada e o espeto de lulas pedido pela da cunhada da minha irmã. Bebemos um vinho rosé que todos disseram ser muito popular com os turistas estrangeiros, o Mateus, e de sobremesa eu provei o molotof, que é um pudim de claras em neve cozidas no leite com caramelo. Um almoço simples, porém memorável, como tem sido quase todas as minhas refeições aqui em Portugal.

um encontro em Lisboa

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Eu ainda estava com um jet-lag desgranhento, não tinha dormido nem uma piscada na noite anterior, então minhas olheiras estavam monstruosas e todo o meu ser ainda estava flutuando no limbo dos viajantes recém-chegados. Consegui conversar pelo telefone com as blogueiras de Lisboa e a Isabel [Pipoka] do blog Three Fat Ladies gentilmente tomou a iniciativa de arranjar todos os quiprocrós, definindo o ponto de encontro e a escolha e reserva do restaurante. Nós tínhamos ido à Belém naquela tarde e nossa volta foi maratonica, com uma fulanete batendo a porta do carro no elétrico, onde nos encontrávamos, e provocanto um caos e um congestionamento. Conseguimos voltar ao hotel à tempo para um banho e chegamos aoenas quinze minutos atrasados na A Brasileira, o café onde Fernando Pessoa sentava-se todos os dias, no Bairro Alto de Lisboa. Lá já estavam a Paula do O Que Der na Gana, a Goretti do Mal-Cozinhado e a Isabel do Cinco Quartos de Laranja. Logo depois chegaram as três lindas Three Fat Ladies e a Suzana do Gourmet Amadores e seguimos juntas para o restaurante Antigo Primeiro de Maio, onde já éramos esperados. Um pouco mais tarde chegou a Cris do Momentos da Cris, para completar o grupo, que também contou com o Zé, marido da Cris, a fofa Teresa, filha da Goretti, minha irmã Leandra, meu cunhado Luis e meus sobrinhos Fausto e Catarina. O restaurante era bem pequeno, mas bem aconchegante e a comida estava muito boa, apesar que eu mal consegui comer porque sentei no meio da mesa e queria desesperadamente conversar com todas! Depois que fomos convidados a nos retirar do restaurante, pois havia um grupo de alemães esperando para sentar na nossa mesa, caminhamos pelo belíssimo Bairro Alto até a praça do miradoro, onde conversamos em pé até altas horas. Lá chegou a última das moicanas, a querida Carlota, que não tem blog e é completamente adorável. Amigas de Lisboa, foi um prazer imenso encontrar pessoalmente com voces, colocar um rostinho e uma voz em cada personalidade blogueira, conhecer vocês um pouco mais e poder compartilhar algumas horas juntas num bate-papo muito agradável. Agora espero todas vocês na Califórnia, tá?
* nas fotos alguns ítens do cardápio—os peixinhos da horta, que são massinhas fritas com vagens, bolinhos de bacalhau, carapaus, pescada e um delicioso vinho verde, é claro!

Casa Pereira da Conceição

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Em Lisboa, na Rua Augusta, atrás da Praça do Comércio, vi essa lojinha antiga de café, chás e rebuçados simplesmente encantadora. Entrei para encaroçar e acabei pedindo licença para fotografar. Recebi sinal verde de dois gentis senhores portugueses e fiz algumas fotos. O que as imagens não passam é o delicioso cheiro de café que emanava do lugar.

Casa do Alentejo

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Entrei em Portugal com o pé direito. Meu primeiro rango em Lisboa foi na Casa do Alentejo. Uma delicia de comida. Tomamos uma sopa de tomates, depois eu comi um bacalhau com migas de grão-de-bico que me encantou e a Le e o Luis comeram um refogado de porco com mariscos. As criancas [não] comeram um bife com batatas fritas. O vinho alentejano estava delicioso, assim também como os aperitivos de azeitonas curadas e uma linguiça bem forte. Tudo estava fantástico , sem falar que o lugar é um casarao antigo lindo todo decorado com os famosos azulejos. A Catarina chorou pra entrar no lugar, porque ela disse que parecia a casa da bruxa. E parecia mesmo, hahaha! Mas aí que é que estava o charme. Reparem na touca do Fausto, ostentando o brasão do time de futebol do avô português dele—o Sporting.

em Lisboa

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Estou cá! Cheguei bem, apesar do desgaste da viagem longuíssima. Segundo minha divertida irmã, eu fiz o mesmo percurso da tocha olimpica. Mas já vi bastante de Lisboa, apesar do cansaço imenso. Conexão de internet no hotel não é tão fácil como eu pensei que seria, mas estou conectada para mandar um tchauzinho daqui. Muito obrigada por todas as dicas maravilhosas, estamos anotando tudo e já fizemos alguns roteiros

as rosas daqui

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Elas não são as mais bonitas. Tenho que espirrá-las com água de esguicho antes de colocá-las nos vasos, porque não importa quantas mil joaninhas trabalhem afoitas, elas apresentam sempre uma colônia de pulgões. Todo ano elas aparecem mais ou menos por esta época, este ano um pouco mais tarde que o usual. Mas logo elas estarão enchendo os vasos até eu não aguentar mais colhê-las e desistir, deixando que desfolhem lá mesmo no pé. Algumas são muito cheirosas, todas são bem espinhudas, umas são bem pequenas, outras são realmente enormes. As cores variam em tons de vermelho, rosa, amarelo e creme. Algumas abrem de uma maneira tão escancarada que nem parecem que são as flores que são. Rosas. E são todas do meu jardim.

panzanella de aspargos

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O casalzinho veio dirigindo de Chico até Davis para nos conhecer e olhar a guest house por dentro. Chegaram às 6:30 pm, que teoricamente seria a hora do jantar do casal ancião que gosta de jantar com o recolher das galinhas. Quando eles chegaram eu estava na cozinha, terminando de preparar uma saladeira enorme de panzanella de primavera. Enxuguei as mãos no pano de prato e fui cumprimentá-los—nice to meet you, nice to meet you. Eu já tinha conversado com ela pelo telefone, tinha pedido pra ela ligar pro Uriel, que por outro lado disse que teria que falar primeiro comigo. O Uriel adora fazer esses ping-pongs, quando ele bem sabe que eu sou librianamente impossibilitada de tomar decisões. Mas não tínhamos dado muitas esperanças ao casalzinho, porque baseados nas nossas péssimas experiências do passado, colocamos “casais” e “pessoas com animais de estimação” na nossa lista negra de inquilinos não desejados.

Mas o Uriel é um cara de coração puro e singelo, que não tem muito jeito pra dar uma de durão. Enquanto eu terminava de preparar a panzanella, ele levou o casal pra uma visita à propriedade e quando voltaram parecia que estava tudo certo para alugarmos a casinha para eles.

?????

Ainda não sabemos como vai ficar, porque eles querem mudar somente em junho, pois ainda estão terminando classes na universidade lá em Chico. Mas eles são tão fofinhos, estão tão encantados pela casinha e aceitando todos os nossos poréns, que acho que vamos acabar nos dobrando à inconveniência deles serem um casal.

Estava tão empacada com a idéia de fazer uma panzanella para o jantar, que até fui ao Co-op comprar um belo pain au levain da padaria Acme de Berkeley, depois cozinhei no vapor um maço de aspargos magrelos que veio na cesta orgânica e preparei a receita clássica da panzanella, com os aspargos substituindo os tomates. Jantamos a salada crocante discutindo os detalhes dos talvez futuros inquilinos.

* essa salada fica melhor ainda depois de descansar algumas horas na geladeira, ou mesmo no dia seguinte.

* * sim, a cidade chama-se Chico—welcome to California, folks!