Eles são um casalzinho provavelmente nos seus setenta anos. Às vezes percebo que eles são meio espaçados—dão troco de mais ou de menos, esquecem de te dar o produto ou te dão em dobro. Mas o que me atraí na banca deles no Farmers Market é que tudo parece ter vindo de um quintalzinho ou talvez um pequeno sítio. Os produtos não são bonitos, muito menos abundantes. É um pouquinho disso, outro pouquinho daquilo, gosto sempre de parar lá e comprar coisinhas. No ano passado virei freguesa das mini abobrinhas que eles tinham sempre numa cestinha. Neste ano elas já chegaram e como resistir à essas pequenuchas com flores? Comprei todas, infelizmente não eram muitas.
Passei cinco dias sozinha, então para o almoço de um deles fiz as abobrinhas na churrasqueira, só pra mim. Cortei todas ao meio, temperei com um pouquinho de sal de limão e alecrim caseiro [na mesma receita deste de laranja] e azeite. Grelhei dentro de um envelope de papel alumínio grosso e servi com umas bolinhas de queijo de cabra misturado com folhas de salsinha fresca e pingos de suco de limão.
Como não consegui comer todas as abobrinhas sozinhas, porque para aquele almoço solitário também grelhei um maço de brócolis fininhos, comprados na banquinha do casalzinho, e fiz uma quinoa com cogumelos. Mas guardei as sobras, que viraram uma deliciosa sopa fria no dia seguinte. Apenas bati as abobrinhas no liquidificador com um pouco de água, um pouco de kefir, um fio de azeite e um pouquinho de salsinha fresca. Ficou super saboroso e refrescante.
Adorava comer as flores de abobrinha quando estava grávida (e ainda adoro), meu sogro plantou durante toda minha gravidez e acho que nunca deixei nenhuma virar abobrinha, pobrezinhas! 🙁
Oi Fer,
Sou alucinada por abobrinhas com flores, nao consigo resistir quando vejo. Grelhadas assim nunca preparei, e’ uma otima ideia. Beijos.
Eu só quero registrar q verdadeiramente amo seu blog,essa magia de vc descrever as 4 estações com delícias culinárias e o seu dia a dia é tão gostoso já faz muito tempo q leio seu blog!
Obrigada por existir!!!
Te adoooro,beijinhos em vc e a todos q te amam….
R: Marisa, adorei saber disso!! obrigada e beijos! :-**
Hehehe, bolinho de flor de abóbora é como chamávamos lá em casa. Flor macho de abóbora (é que a abóbora que eu conheço tem flor macho – que não tem a abobrinha ligada – e flor fêmea) passada em uma massinha de farinha, leite e ovo e fritinha na hora! Aliás, do pé de abóbora a gente só não copia as folhas velhas pq os brotos eram devidamente cortados e refogados (conheço com o nome de cambuquira – um sabor inigualável). Ai que fome!
Adoro seu blog, venho sempre que posso!
R: Obrigada, Leticia! também comia a cambuquira no Brasil, empanada assim mesmo como você descreve. delicia total! beijo
as flores fritas como fazem em Italia são uma delicia, uma especie de tempura …
Adoro essas suas histórias singelas. Deu vontade de passar na banquinha deles também. 🙂
Uma das razões que me levou a semear abobrinha num canteiro é que eu queria comer as flores também. Mas, pelos vistos, elas não vão nascer! Acho essas pequenas e redondas super bonitas 🙂
Humm, delicia Fer! Nos comemos abobrinhas com flores hoje no almoco, tem muuuuitas assim aqui na Italia.
Voce come o miolo da flor tbem Fer? (vi q vc so cortou elas ao meio mesmo na foto) Eu quando faco elas retiro o stamen do centro, nao achei q podia comer.
Adoro abobrinhas, grelhadas, assadas, cortadas fininho e temperada com salt pepper and olive oil… delicia nesse calor
Ana
R: se nao podia já morri mil vezes, Ana, pois nunca tirei. 😉
E as flores, você não come?
R: sim, como. grelhei as flores atachadas nas abobrinhas. e comi!