Dia de preguiça e papo-furado

Fez um tempo horrível na semana passada e final de semana. Chuvarada incessante e frio, parece brincadeira, quase no final de abril. Desencavei umas blusas de lã, que já tinha sido guardadas pro próximo inverno. O aquecedor da casa ligou numa dessas manhãs frias. Deu até um desânimo. Mas hoje olhando a previsão do tempo, constatei que essa deve ter sido a última bufada que o inverno deu na nossa cara. Hoje máxima de 23ºC, quinta 26ºC e no final de semana 29ºC! Minha irmã chega aqui em Davis na quarta-feira e já tenho um barbecue meio planejado para o sábado, pois sexta é aniversário do Gabe.

Já começo a pensar na comida. Vou ter duas crianças aqui por duas semanas. Do que eles gostam? O que eles comem? Pra mim, ter crianças em casa envolve algumas mudanças na lista de compras, porque eles comem coisas que nós normalmente não comemos. Mas pelo que a minha irmã me disse, o Fausto e a Catarina comem de tudo.
Sábado no Farmers Market, um friooo, um tempo ruim, fui às compras empunhando a minha sacolinha e cestinha. O negócio de cidade pequena é que você não consegue ir à lugar nenhum sem cruzar com algum amigo ou conhecido—e eu tenho muitos amigos e conheço muita gente! No Market não tem jeito, eu levo o dobro do tempo fazendo compras, pois sempre encontro alguém. No sábado encontrei minha ex-chefe com o marido e um casal de professores que conheci outro dia. Minha ex-chefe estava prestes a ter um colapso físico causado pela obesidade, quando teve uma crise da meia-idade e mudou absolutamente tudo na vida dela: emprego, rotina, relacionamentos e alimentação. Ficou natureba, frequentadora de academia e perdeu sei lá—muitos, muitos quilos. Ficou magérrima e agora, invés de se lambuzar de junk food como fazia antes, come produtos fresquinhos e orgânicos! Um exemplo a ser seguido por muitos. Na saída do mercado, quando compro o peixe, reencontrei o casal de professores e ela disse—você sabe o que é comida boa! Estávamos comprando as mesmas coisas nos mesmos lugares, então respondi com uma piscadela—você também sabe, hein!

Fui comprar uma garrafa de Brandy pra fazer o pudim de croissant no sábado à noite, quando o pessoal despenca nos supermercados da cidade pra comprar snacks e booze para o final de semana. Quando passei minhas comprinhas pelo caixa, incluindo a garrafa de mé, o rapazinho que me atendeu perguntou com uma cara folgazona— o Brandy é pra hoje ou pra amanhã? Mas tem cabimento uma pergunta dessas? Olha bem pra minha cara rapaissszzzzzz! O Brandy é para uma receita—respondi.

7 comentários em “Dia de preguiça e papo-furado”

  1. Fer, mesmo a distância, sei pq vc tem muitos amigos… 🙂
    Ah, aquela sua questão da Bebel no meu brog. É a Camila Pitanga, uma atriz que está fazendo um papel de prostituta na novela das 8. Acompanhei a gravação.
    Bjs.

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